
Um dos mais importantes encontros governamentais do mundo é cercado por terroristas nesse thriller de ação com Viola Davis. Em G20, a Presidente dos Estados Unidos Danielle Sutton (Viola Davis) é o alvo número um dos criminosos que atacam a cúpula dos governantes reunida na Cidade do Cabo na África do Sul. O plano dessa gangue é reunir os dados e as informações faciais das maiores autoridades do mundo com o objetivo de controlar os mercados e a economia mundial, utilizando ferramentas de deepfake para isso. Entre reféns e feridos, a família de Sutton desaparece na confusão. Depois de escapar dos agressores, Sutton precisa canalizar seu talento para a governança e sua experiência militar para defender sua família, seu país e salvar os líderes mundiais.
A diretora Patricia Riggen (Os 33) cria uma utopia que tenta misturar ação e política é o resultado dessa mistura não é bom. A proposta do roteiro escrito por oito pessoas é criativa, mas são tantos elementos inseridos que a abordagem não dá liga. O texto não consegue desenvolver bem nenhum personagem central, o personagem mais bem desenvolvido é o de Viola Davis (A Mulher Rei) que mesmo com um texto tão fraco, consegue dar alguma profundidade ao que vemos em tela.

Para piorar a direção não sabe filmar cenas de ação. Elas existem e são bem distribuídas, mas carecem de urgência e gravidade. Davis tem um ótimo físico em cena e consegue de dar conta das cenas de combate, mas a direção opta por criar cenas onde ela não é usada e quando é utilizada, são tantos cortes que as cenas causam confusão espacial e não entregam nenhum trecho memorável ou digno de nota.
Anthony Starr (The Boys) surge como um antagonista interessante, mas não tem tempo de tela para explorar suas motivações. Os melhores momentos do filme acontecem quando a dupla (Starr e Davis) estão em cena. Pena que os demais personagens não tenham espaço para mostrar algo de relevante e os que tem são irritantes. O desenvolvimento da premissa é interessante, mas a construção da proposta tem altos e baixos, que tornam a ideia em algo difícil de ser entendido com palpável (em especial, se observamos o cenário político da vida real).
Em G20, Viola Davis é escalada para salvar sua família, o país e o mundo. No fim, ela consegue salvar apenas a produção de ser uma bomba e isso aconteceu por muito pouco.