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    Crítica | Gran Turismo: De Jogador a Corredor

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    São cada vez mais comuns adaptações cinematográficas que utilizam material vindo dos videogames. Mas convenhamos, são poucas que realmente fazem jus ao material de origem. Como exemplo de ótimas adaptações para a TV e cinema, temos: Sonic 1 e 2 e The Last of Us. Para aumentar essa lista chega aos cinemas Gran Turismo: De Jogador a Corredor, produção que conta a história real do jovem Jann Mardenborough, que ao vencer uma série de competições do vídeo-game Gran Turismo, promovidas por uma grande empresa automobilística, ganha a oportunidade de se tornar um piloto profissional.

    Por mais que o filme adapte uma história real e que a narrativa use aqui e ali elementos do game para contar sua história. Gran Turismo: De Jogador a Corredor é antes de mais nada um filme esportivo, que se baseia em grandes clássicos para contar a história. Duvida? Confira então: o protagonista ao ser aprovado entra em um treinamento básico com os melhores competidores do mundo todo e tem um rival para superar (Top Gun). Após isso, ele acaba sendo orientado por um mentor que já foi um grande corredor e que agora quer ajudar um jovem a alcançar a glória (trama de Rocky e Creed). Essas referências servem como base e acabam fazendo o roteiro ser bem clichê e em alguns momentos bem previsível. Mesmo assim, a produção com direção de Neill Blomkamp (Distrito 9) consegue emplacar e conquistar o público. O primeiro motivo é a é a direção de Blomkamp que cria cenas de corridas incríveis. As sequências de corrida são de tirar o fôlego e o som transforma a experiência do espectador em uma epopeia pra lá de autêntica e repleta de adrenalina. Além disso, o diretor ainda consegue transportar a linguagem visual dos jogos durante as cenas de corrida, o que deverá agradar aos jogadores do game. O segundo motivo é a dupla de protagonistas, vividos por Archie Madekwe (SEE) e David Harbour (Stranger Things) que se completam em cena e possuem uma excelente química, mas é inegável que o grande nome do filme é Harbour que com sua experiência rouba as cenas. Por fim, a montagem dinâmica faz o filme voar e no fim da sessão, nem irá parecer que vimos uma produção de 135 minutos.

    Por mais que a produção tenha pontos altos e necessário apontar os problemas. Orlando Bloom (Carnival Row) tem seu talento desperdiçado e se torna quase que um garoto propaganda ambulante no filme. Não existe uma linha de dialogo do personagem que não seja voltada para destacar os produtos Gran Turismo. A primeira cena do filme é basicamente uma propaganda de cinco minutos do jogo. Para nossa sorte, o filme não foca apenas nisso e consegue desenvolver a história de modo interessante.

    Gran Turismo: De Jogador a Corredor é uma ótima adaptação baseada em um vídeo game e deve agradar a quem conhece a franquia de games e quem ama esportes de velocidade. Assista o quanto antes e se divirta sem moderação.

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