seg, 23 dezembro 2024

Crítica | La Casa de Papel: Coreia

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La Casa de Papel está de volta a Netflix. O grupo de mascarados mais famosos de toda a Espanha voltam em um remake coreano. A nova produção conta uma história conhecida. La Casa de Papel: Coreia acompanha um grupo de criminosos que executam o maior roubo da história da península coreana. Em 2025, a Coreia do Sul e Coreia do Norte são unificadas e uma nova moeda é criada. Apesar de, a princípio, a unificação parecer algo positivo para a península, logo percebemos que a realidade está longe disso. Com a nova moeda, os ricos de ambos os lados acumulam riqueza enquanto os pobres continuam sofrendo na miséria. Um grande estrategista, conhecido como o Professor (Yoo Ji-tae), reúne um grupo de assaltantes com diferentes habilidades para cumprir essa complicada missão. Mas com personalidades distintas, os criminosos acabam entrando em conflito uns com os outros, causando problemas ao complexo plano. No dia do assalto, várias complicações inesperadas aparecem pelo caminho, obrigando cada um dos bandidos a tomar atitudes desesperadas para que o plano funcione e eles voltem milionários para casa. 

Diversos sucessos coreanos foram lançados recentemente na Netflix: Round 6 (2020) e All of Us Are Dead (2021) são alguns dos exemplos de produções inovadoras e que trouxeram a esperança de vermos algo inédito na nova versão da série espanhola. Porém, o resultado foi abaixo do esperado e o que se viu foi uma trama sem grandes alterações, sendo quase que uma cópia fiel do que vimos na versão original e recém finalizada.

A trama até apresenta elementos novos que poderiam “revolucionar” a trama, levando a história para novos lugares. A premissa inicial mostra a motivação por trás do golpe, um ódio ao sistema capitalista, que após a unificação entre as coreias do Norte e do Sul levou os ricos a ficarem mais ricos, e os pobres a ficarem mais miseráveis. Porém tudo de novo para nisso e o que vemos é uma repetição de trama, relacionamentos e tantos outros elementos da versão original.

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O remake possui os mesmos personagens, características, trejeitos e dinâmicas da versão original. A mesma situação é recriada, as mesmas estratégias são adotadas por ambos os lados e isso só confirma a ideia de repetição, apresentando assim para a série uma proposta bastante similar ao que foi gravado por Álex Pina, criador da série.

O elenco composto por Yoo Ji-tae (Professor), Park Hae-soo (Berlim), Jang Yoon-ju (Nairóbi), Lee Won-jong (Moscou), Jun Jong-seo (Tóquio) , Kim Ji-hun (Denver), Lee Hyun-woo (Rio), Lee Kyu-ho (Oslo) e Kim Ji-hoon (Helsinki) até tentam dar novas nuances as personalidades de seus personagens na história, mas poucas coisas novas podem ser vistas de fato. De todos os personagens, Tóquio, vivida por Jong-seo, é quem tem o seu arco original mais alterado e sua personalidade é mais centrada que a versão vivida por Úrsula Corberó que era muito inconsequente em suas atitudes.

La Casa de Papel se consolidou na Netflix como um grande sucesso, porém se repetiu o quanto pode. Os melhores momentos da versão coreana acontecem quando novos elementos são abordados e explorados. Caso queira repetir o sucesso do original, La Casa de Papel: Coreia precisa inovar e fugir da sombra da versão espanhola. Repetir tudo nos mínimo detalhes é uma receita para o fracasso.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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