Tom Carter é um especialista em demolição e uma lenda entre os criminosos. Ele conseguiu roubar uma fortuna sem nunca ter sido pego, mas tudo muda quando ele se apaixona por Annie e decide deixar o crime para trás. Disposto a mudar de vida, Tom aceita se entregar para a polícia em troca de uma sentença reduzida. Mas ele é enganado por agentes corruptos do FBI, que o incriminam por um assassinato e o obrigam a fazer justiça com as próprias mãos para limpar o seu nome. Dirigido por Mark Williams (co-criador de Ozark) o thriller policial é perfeitamente aceitável e entretém.
Tudo começa de forma muito promissora. Conhecemos os personagens, suas personalidades e suas motivações, coisa que raramente os filmes de ação fazem, mas a partir (em especial no segundo ato) daí o filme se torna uma obra comum repleta clichês do gênero, com cenas de lutas (corretas), mas não espetaculares, perseguições de carros banais, explosões e tiroteios. O diretor Williams não se esforça em criar algo realmente épico, em vez disso, ele prefere apostar no talento de Liam Neeson (Busca Implacável) que com sua seriedade e personalidade recicla todos os outros seus personagens de filmes de ação e consegue carregar essa obra nas costas, além de derrubar os bandidos da vez.
Neeson bota pra quebrar e faz sua parte muito bem, mas o roteiro escrito por Steve Allrich (The Canyon) não empolga muito e atores como Jai Courtney (Esquadrão Suicida), Kate Walsh (The Umbrella Academy) e Jeffrey Donovan (Sicario: Terra de Ninguém), sofrem um pouco para serem relevantes nesta trama genérica de ação. O filme é repletos de altos e baixos, e essa falta de sintonia prejudica o filme que não é o mais marcante da carreira de nenhum dos envolvidos.
Legado Explosivo depende demais do carisma do seu protagonista para contar uma história que não é original. Entre altos e baixos, o filme entretém, mas pouco desse tal legado sobra após a sessão.