sáb, 21 dezembro 2024

Crítica | Loki (2ª temporada)

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Conhecido como deus da trapaça, Loki é um personagem da Marvel, baseado em um conjunto de lendas dos povos escandinavos. Em seu arco de estreia nos cinemas, o irmão adotivo de Thor se tornou a grande ameaça da Fase 1 no MCU, enfrentando de igual para igual os Vingadores. Com o passar do tempo, o personagem foi se redimindo de suas atitudes vilanescas e se tornou um anti-herói no MCU. Com o encerramento da Saga do Infinito, a Marvel apostou suas fichas numa série dedicada ao personagem afim de expandir seu universo. A série se tornou uma brincadeira espirituosa sobre o multiverso. Na série vimos a apresentação de diversas situações e elementos que, atualmente movem a Saga do Multiverso. Após a série, a ideia de multiverso acabou sendo abordada em outras produções e acabou não sendo tão bem desenvolvida (Doutor Estranho 2 e Homem-Formiga 3). Com isso, ficou a dúvida: uma nova temporada de Loki colocaria a Marvel novamente nos trilhos do sucesso e salvaria a saga de um possível fracasso? A resposta você encontra aqui.

Na nova temporada Loki precisa lidar com as consequências da decisão de Sylvie (Sophia Di Martino) em matar Aquele Que Permanece (Jonathan Majors). O retorno da série acontece com algumas mudanças que podem desagradar. O romance entre Loki e Sylvie, que foi construído ao longo da primeira temporada é deixado totalmente de lado, como se nunca tivesse aconteceido. Além disso, a química entre Mobius e o protagonista também é afetada pelas decisões narrativas. Na primeira temporada ambos os personagens tem uma relação, construída pela desconfiança entre eles. Na segunda temporada, Loki deixa esse seu lado “maligno” de lado e abraça a sua benevolência. Algo que prejudica a dinâmica entre os personagens. Para compensar isso, o roteiro aposta suas fichas em destrinchar as motivações de Loki e dos personagens que o cercam, dando mais espaço para os coadjuvantes.

O grande nome da temporada é Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) que cria um personagem pra lá de carismático, conseguindo roubar a cena em alguns momentos. Tom Hiddleston (Thor: Ragnarok) segue sendo fantástico e elegante na construção do anti-herói mais adorado do MCU. Sophia Di Martino (Yesterday) é o sinônimo de perfeição e transpira empatia, nas suas cenas. Os demais personagens da trama tem mais espaço para brilhar e aproveitam as chances dadas.

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A série cria seus alicerces, nos três primeiros episódios. Eles são arrastados, mas importantes para o desenvolvimento da problemática principal. No quarto episódio a trama decola e os episódios se tornam tremendamente emocionantes e chocantes. A série se torna show de angústia (no melhor sentido da palavra), pois a narrativa leva o espectador ao limite, com a tensão gerada. O último episódio é a melhor coisa já feita pela Marvel, nos últimos anos.

A produção possui efeitos especiais impecáveis. NENHUMA cena que usa cgi ou algum tipo de efeito tem algo que possa ser alvo de reclamações. A fotografia, em especial dos últimos episódios, é de tirar o fôlego e complementa o clima de devastação para qual a série se encaminha ao longo dos episódios. O figurino é outro acerto, tudo relacionado a década de 20 é reproduzido com perfeição.

A segunda temporada de Loki é, de longe, a melhor produção da Marvel em 2023! O final da série indica que o deus da trapaça será de extrema importância para derrotar Kang no futuro do MCU. Fica a torcida para que a Marvel saiba aproveitar o personagem nos cinemas.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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