sáb, 27 abril 2024

Crítica | Matador de Aluguel

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A produção de um filme de ação é uma jornada que seguem caminhos específicos, de um lado temos “ação de prestígio” com cenas bem elaboradas e com foco na direção delas como “John Wick” e “Mad Max”, de outro temos um caminho que abraça o galhofa e surreal como a franquia Velozes e Furiosos. Com raras exceções, a falta de escolha no caminho que o filme irá seguir acaba resultando num longa que falha em alcançar algum senso de identidade. Esse é o caso do remake Matador de Aluguel, filme lançado no Prime Video estrelando Jake Gyllenhaal.

A trama segue a história de Elwood Dalton (Gyllenhaal), um lutador de MMA sem-teto com um passado notório que só lhe rende o suficiente para assustar os inimigos em brigas de beco por dinheiro, e não o suficiente para sair de seu antigo Chevy Nova.

Existe uma certa distância entre o espectador e os cenários de ação, ao invés de existir algum tipo de tensão dentro dos embates, o protagonista é sobrenaturalmente uma máquina de matar definitiva, desmantelando casualmente esquadrões de capangas sem fazer parecer nada mais que uma mera inconveniência. Mesmo quando as coisas pioram ao seu redor, o filme não se interessa em criar algum sentimento de perigo, porque, como é eventualmente esboçado, quando ele fica com raiva, coisas ruins acontecem. 

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Apesar dessa falta de risco e tensão, há inúmeras lutas brutais e agressivamente filmadas, organizadas de forma a garantir que os espancamentos aumentem continuamente. As batidas do roteiro criam situações minimamente interessantes para os embates de Gyllenhaal, desde a luta subterrânea abortada na abertura até um clímax do longa que conta com um embate contra um assassino que desafia as leis da física.

No fim, Matador de Aluguel acaba sendo um filme que não se decide no que precisa se aprofundar, as lutas brutais apesar de serem bem coreografadas não existem peso, o enredo não é cômico ou surreal o suficiente para nos dar uma sensação de escape, no lugar disso temos uma tentativa de drama que falha ao tentar alcançar ao menos um ponto convencional.

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