qui, 26 dezembro 2024

Crítica | Noite Infeliz

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O espirito natalino está entre nós! Com a chegada do mês de dezembro começam a surgir produções que tem o Natal e os seus elemento como foco principal da narrativa. Nessa época são, geralmente, lançadas animações e comédias românticas sobre o tema. Porém, às vezes surgem produções fogem do tradicional arroz com passas e surpreendem. Essas produções geralmente apostam no politicamente incorreto para buscar seu espaço e o que mais poderia chocar o público do que um Papai Noel esmagador de crânios e boca suja? Noite Infeliz, é a nova produção natalina que pretende divertir a plateia, enquanto mostra o Papai Noel em pessoa encarando uma equipe de mercenários que invade um complexo familiar na véspera de Natal.

A produção começa mostrando que o Papai Noel está sofrendo uma crise de identidade devido a sua falta de fé na humanidade. Presentear as crianças atualmente já não o satisfaz, e ele percebe que o espírito natalino está desaparecendo. Logo nos primeiros cinco minutos notamos o tom do filme dirigido por Tommy Wirkola (Zumbis na Neve). Cinismo e sarcasmo são as principais características do Papai Noel vivido por David Harbour (Stranger Things), que claramente se diverte em cena e com as desventuras que seu personagem precisa enfrentar para salvar uma “inocente” criança, vivida pela ótima Leah Brady (The Umbrella Academy). Harbour apresenta seu personagem como um verdadeiro herói de ação digno de filmes dos anos 80.

Se existe alguma falha na produção, é o roteiro que é brega e recicla todos os elementos possíveis de filmes natalinos em prol de contar uma história que poderia ser melhor desenvolvida. A sensação que fica ao fim da sessão é que a produção se esticou demais em algumas situações que poderiam não existir ou serem melhor desenvolvidas. Mas mesmo com essa falha que é bem evidente no segundo ato da produção, o filme ganha corpo e um upgrade dessa metade para o fim. O diretor resolve abandonar o uso de frases natalinas para dar graça e deixa de lado as subtramas criadas para encher linguiça e passa a usar um banho de sangue para passar sua mensagem de que com o Natal ninguém brinca!

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A direção escolhe diversas formas criativas de eliminar os capangas. São esmagamentos, decapitações, facadas, tiros… Tudo que você imaginar é usado de modo convincente, e bem violento, para tirar a vida dos vilões. Mesmo sendo uma produção de baixo orçamento, as cenas que envolvem violência são bem feitas e apostam no gore, quando não são mostradas a direção usa bem os cortes de câmera para mexer com a imaginação do espectador. A produção ainda consegue adicionar alguns elementos e easter-eggs de clássicos natalinos como Duro de Matar e Esqueceram de Mim, à história de modo que elas funcionam como homenagens nada discretas. Algo que se torna divertido de se ver em cena.

Se a produção ganha pontos com a presença de Harbour no papel de herói e de Brady como criança “indefesa”, o mesmo não se pode falar do restante do elenco. John Leguizamo (John Wick) até convence como vilão, mas o restante do elenco de apoio é muito sem sal e não acrescenta em nada a narrativa, sendo um bando de personagens vazios e aborrecidos que estão lá apenas por que é preciso estar.

No fim das contas, Noite Infeliz é a produção mais sanguinária do ano! E também bem divertida, quando se permite. Um filme perfeito para quem curte filmes de ação com muita, muita, violência. Assista, mate sua sede de sangue, e tenha um Feliz Natal!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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