seg, 23 dezembro 2024

Crítica | O Exterminador do Futuro: Zero 

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O Exterminador do Futuro: Zero começa em 2029, quando a Skynet domina o mundo e as máquinas começam uma guerra contra os humanos. Disposta a vencer, a inteligência artificial de defesa envia um de seus ciborgues para 1984, com a missão de matar aquele que poderia levar os humanos à vitória no futuro. A nova produção faz parte do universo da franquia, mas é centrada em personagens que ainda não conhecemos, em local diferente do que o espectador está habituado.

Centrada nas linhas temporais dos anos de 1997 e 2022. A produção apresenta como fio condutor a luta pela sobrevivência, em especial, a luta da família de Malcolm Lee, um dos protagonistas dessa aventura. A ausência de uma analise sobre questões ligadas a moralidade das ações dos envolvidos é interessante de ser vista. O roteiro escrito por Mattson Tomlin (Power) constrói diversas situações repletas de ação e tensão, sem deixar algumas interessantes reflexões de lado. O foco principal (e ponto mais alto) acaba sendo o estudo sobre os seus personagens! A família do protagonista, apresenta personagens interessantes: Malcolm é um homem com dores, devido ao seu passado, seus filhos são negligenciados e o mais velho deles tem uma raiva crescente do pai, por isso. De todos os personagens apresentados, os Lees são os mais complexos e intrigantes. O Exterminador dá vez, não é o mais marcante, mas é eficaz e letal (quando o roteiro permite). A intimidação que ele transmite se dá mais pela pela trilha sonora instrumental, do que pelo seu visual.

A direção de Masashi Kudo (Chain Chronicle) dá a trama um ritmo ágil, mas sem ser frenético demais. Conseguimos compreender tudo que é apresentado e os desdobramentos das situações ocorrem com naturalidade. Outro destaque é a fotografia que dá um ar quase que oitentista a produção. A qualidade técnica do anime, realça bastante os ambientes e as cenas de violência, transformando o que vemos, num banho de sangue esteticamente impecável.

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O Exterminador do Futuro: Zero é uma grata surpresa para o gênero de ficção científica e apresenta um frescor a franquia. Que mais histórias como essa sejam apresentadas nos cinemas e na TV. Com personagens memoráveis, seria um pecado esta produção não ter uma sequência.

Acompanhe nossa cobertura completa sobre o Festival Internacional de Cinema de Veneza nas nossas redes sociais AQUI.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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