qui, 2 maio 2024

Crítica | Power (Project Power)

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Power, novo filme de “super heróis” da Netflix, possui uma premissa pra lá de instigante: e se uma pílula permitisse a qualquer um ter super-poderes por cinco minutos? Com a ideia de promover uma reviravolta no gênero, Power conta a história de um policial que se une a um veterano do exército e uma traficante adolescente para lutar contra criminosos que usam uma misteriosa pílula. Mesmo com uma proposta tão interessante, Power não atinge todo seu potencial.

Power tinha tudo pra ser um dos melhores filmes do gênero: bons atores no elenco (Rodrigo Santoro, Jamie Foxx e Joseph Gordon-Levitt) além de Henry Joost e Ariel Schulman na direção, conhecidos pelo suspense Nerve: Um Jogo Sem Regras, e uma ideia diferente de tudo já feito recentemente. Porém, não é com só boas ideias que se faz um excelente/ótimo filme. É preciso ousar e por a mão na massa pra se obter o merecido destaque. Mas calma, o longa também não é uma tragédia. Ele apenas se perde nas convenções do gênero e fica abaixo do que poderia apresentar.

Foto: Netflix/ Reprodução

Os primeiros momentos do filme instigam e são pra lá de promissores, destaque para a cena que envolve Jamie Foxx (Luta por Justiça) na qual vemos um traficante usando a misteriosa pílula. A cena em questão é tecnicamente bem construída e os efeitos especiais usados para o poder liberado são de tirar o fôlego, não deixando nada a desejar quando comparado com os poderes vistos em alguns filmes da franquia dos X-Men; diria até que alguns dos efeitos especiais do longa, não todos, são mais realistas do que os vistos em toda franquia da Fox. O design das pílulas é muito bem feito e o efeito delas no organismo também chama atenção. Mas passado esse momento a trama começa a desacelerar, falta agilidade a história em alguns momentos, talvez com a ideia de explanar mais o universo criado e os protagonistas, faz com que o roteiro falhe em andar com a história e criar empatia do espectador com os “heróis” e com as suas motivações, apresentando apenas algumas características dos personagens aqui e ali, além das razões do por que estão fazendo o que estão fazendo, mas muito pouco pra que nos importemos de verdade com eles.

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Foto: Netflix/ Reprodução

Mesmo com esses problemas no roteiro, a trama criada pelo roteirista Mattson Tomlin (Little Fish) amarra a história de modo satisfatório, às vezes de modo muito conveniente, conseguindo criar um início, meio e fim sem atropelos para a história. As cenas de ação são repletas de sangue e violência, e isso deve fazer a alegria dos fãs de filme de ação. O longa ainda é repleto de referência a cultura pop, temos para todos os gostos: desde de citações a Batman & Robin até Clint Eastwood, os caçadores de easter eggs vão amar.

Os destaques do filme vão para Dominique Fishback (O Ódio que Você Semeia) que tem o arco melhor construído e encanta com sua atuação ao lado de atores consagrados como Foxx e Joseph Gordon-Levitt (7500). As atuações de Foxx e Levitt são seguras e eles cumprem bem os seus papéis na trama. Rodrigo Santoro (Westworld), infelizmente, possui pouco tempo em tela. Fica a sensação de que seu personagem poderia ter sido melhor aproveito na trama. Os vilões são unidimensionais e seu antagonismo e insuficiente para fazer alguma diferença na história. Uma pena.

Foto: Netflix/ Reprodução

Power entretém e possui alguns momentos empolgantes, mas fica muito aquém do esperado. Não que o filme seja ruim – longe disso – mas é perceptível que ele poderia alçar voos maiores com um pouco mais de coragem. Um bom filme que perdeu a chance de ser super com “S” maiúsculo.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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