qua, 1 maio 2024

Crítica | O Jogo da Invocação

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Os adolescentes de Salem descobrem uma faca amaldiçoada que liberta um demônio. Este os força a entrar em versões horríveis e mortais de jogos infantis onde não há vencedores, apenas sobreviventes. A trama de O Jogo da Invocação, filme estrelado por Asa Butterfield (Sex Education), Natalia Dyer (Stranger Things), Kolton Stewart (A Wake) e Benjamin Evan Ainsworth (Pinóquio) derrapa na tentativa de criar uma história assustadora durante seus 76 minutos de duração.

Uma história que decide usar brincadeiras infantis como elementos para causar suspense e terror pode funcionar, diversas produções já exploraram essa temática de modo eficiente. O Jogo da Invocação falha em muitos fatores. O primeiro deles é na apresentação dos personagens centrais da história. Nenhum deles é desenvolvido de modo relevante ou satisfatório, como se importar por eles? Na verdade nem o demônio/fantasma/ser sobrenatural tem suas motivações justificadas. Elas são apresentadas, mas são completamente banais e sem lógica, soando forçada durante a exibição, em especial após a revelação.

Durante o filme, as cenas de terror não assustam e geram pouca tensão (leia quase nenhuma). O roteiro escrito por J.J. Braider (Corrente do Mal) em parceria com os diretores Eren Celeboglu (The Internet Kills) e Ari Costa (A Sense of Humor) aposta em dar espaço para os atores brilharem com suas atuações. O problema é que o texto não permite isso e o elenco faz, o básico do básico com o que o texto oferece. Texto esse, que está repleto de incoerências e furos. A direção afim de criar tensão nas cenas de possessão usa e abusa de flashes e de um som distorcido, afim de provocar alguma sensação no espectador, o que funciona em duas cenas, mas depois acaba se tornando cansativo, pois vemos o mesmo efeito várias e várias vezes. Os jogos escolhidos, não tem suas regras apresentadas e servem apenas para matar algum personagem. O último jogo até empolga, mas já é tarde. As mortes são violentas, mas usam muito a sugestão dos atos, invés de mostrar ele.

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A montagem frenética atrapalha e dá a sensação de que muita coisa está acontecendo, de modo muito rápido e isso não é ruim, mas acaba atrapalhando na imersão. A maquiagem tem alguns efeitos interessantes, mas outros que deixa evidente a falta de recursos da produção. O elenco cumpre o que o roteiro pede e não empolga.

O Jogo da Invocação tem várias falhas e se tornA esquecível por não desenvolver bem sua principal proposta. 2023 não foi um bom ano para o gênero do terror é este filme comprova a razão dessa afirmação.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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