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    Crítica | O Pior Vizinho do Mundo

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    A carreira de ator de Tom Hanks começou em 1980 quando estreou no suspense Trilha de Corpos, de lá para cá, o ator atuou em diversas produções feitas para a TV e em outras produções no cinema que levaram o ator ao estrelato pelo seu absurdo talento em dar vida aos mais variados tipos de personagens. O ator é detentor de dois Oscar, Philadelphia (1993) e Forrest Gump (1994), mas poderia ter recebido muitos outros prêmios por seus fenomenais trabalhos. Para aumentar a galeria de ótimos filmes, e memoráveis personagens, do ator chega aos cinemas nesta quinta-feira (26) O Pior Vizinho do Mundo. A produção nos apresenta Otto Anderson, um viúvo rabugento cuja a única alegria provém de criticar e julgar os seus exasperados vizinhos. Quando uma energética jovem família torna-se a sua nova vizinha, Otto conhece a perspicaz e grávida Marisol, que demonstra estar à sua altura. Daqui nasce uma amizade que irá virar o mundo de Otto de cabeça para baixo.

    O Pior Vizinho do Mundo é o remake de Um Homem Chamado Ove de 2015, a produção é uma história simples sobre a vida de um homem rabugento, viúvo que deseja tirar sua própria vida por não ver mais sentido em seguir em frente. Com a chegada de uma nova família de vizinhos, o homem amargurado começa a ter uma nova perspectiva sobre a sua vida e as das pessoas ao seu redor. O filme dirigido por Marc Forster (Guerra Mundial Z) não quer em momento nenhum reinventar as histórias de superação que envolvem amizades inesperadas. O diretor tem ciência da simplicidade de sua história e prefere apostar suas fichas no que tem de melhor: seu roteiro e no elenco comandado por Tom Hanks (Náufrago). Forster consegue captar nos diálogos e nos silêncios de seu protagonista as dores que ele carrega consigo. A atuação de Hanks é honesta e pra lá de carismática, em outras mãos Otto (seu personagem na trama) talvez não tivesse a mesma sorte e poderia ser tachado como chato, mas Hanks consegue criar diversas camadas e aprofundar todas elas com seu talento e criar, assim, um personagem autêntico. O restante do elenco tem seus momentos para brilhar, em especial, Truman Theodore Hanks (Relatos do Mundo) e Rachel Keller (Tokyo Vice) que possuem uma boa química em cena e conseguem tocar o espectador ao mostrar o passado de Otto. Outro destaque é Mariana Treviño (Club de Cuervos) que é cria em cena uma personagem adorável e importante para a história.

    O ritmo da produção talvez seja o maior defeito dessa produção, a direção opta por percorrer toda sua história afim em um ritmo lento, afim de dar espaço para que todas as situações que são apresentadas na trama, sejam desenvolvidas de modo satisfatório. Algumas delas realmente poderiam ser eliminadas do corte final, mas tendo paciência, todos os elementos apresentados no longa tem sua importância revelada e justificada ao longo da narrativa.

    O roteiro escrito por David Magee (Em Busca da Terra do Nunca) consegue equilibrar muito bem as situações de comédia com o seu drama que trata com muito respeito sobre temas pesados como luto e suicido. As situações na qual os personagens são inseridos durante toda a trama são muito críveis e honestas. Quem nunca conviveu com alguém que aparentemente vive de mal com a vida? Mas quantas pessoas tentaram descobrir o que levou essa pessoa a ser desse jeito? A produção em seus 126 minutos consegue mostrar os motivos que levaram o personagem de Hanks, ser quem ele é, tudo isso feito de modo respeitoso e coerente com a proposta.

    O Pior Vizinho do Mundo é um filme encantador que mostra como pequenas atitudes podem mudar a vida de alguém. Tenha certeza que você só não saíra emocionado, após ver esse filme, se você já estiver morto por dentro.

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