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    Crítica | Radioactive

    Netflix/Divulgação
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    Marie Skłodowska-Curie, foi uma física e química polonesa, que conduziu pesquisas pioneiras sobre radioatividade. Curie fez uma verdadeira revolução no meio científico e na própria história ao ser a primeira mulher do mundo a ganhar DOIS prêmios Nobel. A cinebiografia lançada na Netflix é uma adaptação de Radioactive: Marie & Pierre Curie: A Tale of Love and Fallout, escrito por Jack Thorne (que é o roteirista do filme).

    Netflix/Divulgação

    Radioactive não é uma cinebiografia tradicional! O modo de contar sua história e sua estética, são diferentes da maiorias das cinebiografias vista até o momento, o que pode causar um certo estranhamento no início, mas nada que atrapalhe a experiência. A trama foca em contar a história de Marie (Rosamund Pike) e a sua luta em ser ouvida e respeitada pela comunidade científica do final do século XIX, retratando diversos momentos de sua vida: desde de seu casamento e as descobertas científicas feitas ao lado do marido, Pierre Curie. O longa ainda mostra como as descobertas da cientista impactaram o mundo. O maior elogio a essa obra, fica para a interpretação MAGISTRAL de Rosamund Pike (Eu Me Importo), sua construção de personagem é minuciosa e brilhante! Os atores que compartilham a cena com ela são ofuscados pela presença da atriz que está espetacular no papel. Sam Riley (Malévola) tem uma atuação correta e Anya Taylor-Joy (Vidro) é brilhante em suas cenas. Mas o filme é de Pike que consegue construir uma personagem rica em detalhes, mesmo sendo discreta. A narrativa incomum, usa de uma sequências de flashbacks para mostrar o lado positivo e negativo que a radioatividade trouxe para o mundo. Se revelando na trama quase que como um sonho. Ao mostrar os benefícios e malefícios da descoberta o filme dirigido por Marjane Satrapi (As VoZes) deixa o espectador decidir se aquilo realmente valeu a pena.

    Netflix/Divulgação

    A montagem do filme é o calcanhar de Aquiles do longa. A trama é repleta de cortes que ocorrem de modo acelerado, o que prejudica a compreensão de alguns detalhes, para quem não conhece a cientista e suas contribuições. Os acontecimentos (da vida pessoal ou profissional) ocorrem sempre de modo acelerado e se você piscar pode perder muita coisa, o que prejudica o público e não mostra a evolução de Curie como pessoa e cientista. O roteiro do escritor do livro, na qual a trama se baseia funciona bem e mesmo com a montagem frenética, consegue aprofundar os personagens e revelar suas motivações. A trilha sonora é inserida em momentos oportunos e engrandece as cenas na qual são inseridas.

    Radioactive é uma obra que oferece um retrato respeitoso sobre o trabalho e a vida de uma das maiores cientista que esse mundo já viu. Essa é uma das melhores cinebiografias científicas já feitas e merece ser conferida.

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