Publicidade
Publicidade
Início Críticas Crítica | Sky Rojo (1ª temporada)

    Crítica | Sky Rojo (1ª temporada)

    NETFLIX/Divulgação
    Publicidade

    Álex Pina é o cara do momento na Netflix. O produtor, escritor, criador e diretor de televisão espanhol é conhecido mundialmente pelas séries La Casa de Papel e Vis a Vis. Para aumentar seu currículo de produções no serviço de streaming, chega a série Sky Rojo, que deve agradar aos fãs das séries citadas.

    NETFLIX/Divulgação

    Sky Rojo conta a história de três prostitutas que fogem de casa após deixarem seu cafetão gravemente ferido e sentenciado à cadeira de rodas. Uma brasileira, uma colombiana e uma espanhola fazem uma viagem sabendo que têm grandes chances de morrer. Tendo cometido vários crimes graves, sem poder pedir ajuda à polícia e com a máfia em sua busca, elas têm apenas duas opções: fugir até que sejam pegas ou serem as primeiras a revidar. A série na sua cena de abertura mostra ao que veio e sem pudor ou papas na língua, usa da sensualidade e violência para contar sua história. Se o primeiro episódio é frenético e te prende, os demais são mais contidos. A narração em off, mescla o passado e presente das protagonistas e lembra muito a narrativa usada na série La Casa de Papel.

    O trio protagonista possui personalidades distintas e se completam de modo a equilibrar a série, em quanto uma é mais razão, a outra é mais coração. Cada uma delas tem uma razão para ter caído na prostituição e essas histórias são reveladas gradativamente nos episódios. Por mais que a série tente desglamourizar a prostituição, ela faz isso de modo superficial e acaba deixando isso apenas nas entrelinhas. O foco da produção espanhola é a violência e a consequência das ações das personagens principais, com isso a proposta de falar de um tema tão importante perde força (o assunto é abordado aqui e ali, mas não é abordado com afinco). Para piorar a série, é curta (tem em média, menos de 30 minutos de duração) e os episódios ocorrem de modo urgente, deixando a temática em segundo plano. A violência ocorre de modo comedido, mas agrada. O roteiro é bem didático e de fácil entendimento. A trilha sonora é incrivelmente boa e acrescenta bastante as cenas, em especial as de ação, que são bem coreografadas e filmadas.

    NETFLIX/Divulgação

    O elenco possui uma boa química e cumpre bem seu papel, das protagonistas Yany Prado (A Rainha Sou Eu) é o grande destaque, pois consegue construir a melhor personagem da série, ela é a que possui o arco dramático mais bem desenvolvido e a reviravolta envolvendo ela, surpreende. As outras atrizes não comprometem. Dos vilões, Asier Etxeandia (Dor e Glória) é o grande destaque, em especial pelos seus monólogos questionáveis, no qual seu personagem tenta justificar o papel da prostituição como negócio que é bom para todos os envolvidos. As idéias surreais apresentadas, quase convencem pela ótima atuação do ator.

    Netflix/Divulgação

    Sky Rojo tenta, sem muito sucesso, conscientizar as pessoas sobre os perigos da prostituição e do mercado sexual. Mas o destaque da série é a violência e a desventura que essas três mulheres precisam enfrentar para conseguir sua liberdade. O final em aberto, indica uma 2ª temporada, que ela venha logo, para encerrar essa história frenética.

    Publicidade
    Publicidade
    Sair da versão mobile