qui, 25 abril 2024

Crítica | The Umbrella Academy (3ª temporada)

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Estreia no dia 22 de Junho na Netflix, a aguardada terceira temporada de The Umbrella Academy. A produção retorna para mostrar o que aconteceu após a equipe de heróis salvar o mundo do apocalipse (de novo). Os irmãos Hargreeves se encontram em meio a uma versão alternativa da realidade, em que eles nunca foram adotados pelo milionário Reginald Hargreeves. Em vez deles, Hargreeves adotou sete jovens diferentes, que agora formam a Sparrow Academy. Assim, com as realidades se chocando, os grupos diferentes de irmãos Hargreeves se enfrentam, enquanto tentam decifrar como resolver o paradoxo temporal que gerou tudo isto.

Temas como realidades paralelas, aceitação e o embate com a Sparrow Academy são alguns dos diversos assuntos que a nova temporada deseja tratar. A sensação que temos, é que a trama demora, mais que o normal, para engrenar. O roteiro do novo ano da série vem recheado de novos personagens, subtramas e pontas soltas que necessitam de respostas. Essas questões aliadas a uma construção textual que faz a trama parecer enfadonha e uma ameaça que não é tão urgente, fazem a terceira temporada precisar de um pouco de paciência para ser concluída. Enquanto a temporada anterior optou por uma narrativa individualizada sobre cada um dos irmãos Hargreeves e mesclou as suas histórias e dramas, afim de criar uma narrativa centrada na resolução do problema. O novo ano da série preferiu mesclar e criar novas interações entre os novos personagens e os irmãos protagonistas, com isso a narrativa investiga as relações entre eles e com outros personagens da trama. Isso é algo que funciona bem em alguns arcos e não tão bem em outros. Mas acredite, no fim tudo valerá a pena e todas as repostas serão respondidas. Desses episódios, o primeiro (Academia Sparrow) é o que melhor desenvolve a proposta da nova temporada, pois consegue com sucesso brincar com essa dinâmica mesclando bem os personagens da Umbrella com os personagens da Sparrow, do terceiro episódio em diante até o sexto, o que temos é uma trama que resolve aprofundar essas relações em banho-maria. Algo que pode frustrar e cansar quem assiste.

De todos os temas abordados, o mais tocante é o que retrata algo da vida real. O arco de Viktor que se assumiu, assim como seu interprete (Elliot Page), como transgênero é abordado de modo respeitoso e crível em todas as cenas em que o tema é abordado. Nenhum dos membros do elenco principal tem um arco que se destaca mais do que o dos outros. Todos tem seus dramas desenvolvidos e sua hora para brilhar. Luther vivido por Tom Hopper (Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City), parece ser um personagem mais cativante do que nas temporadas anteriores e ganha pontos no desenvolvimento do seu personagem. Cinco, vivido por Aidan Gallagher (Ghost Witch) segue sendo um grande trunfo do elenco e continua bem no papel de “líder” desse bando de desajustados e rouba as cenas com seu sarcasmo. Porém, a terceira temporada tem dona, Emmy Raver-Lampman que vive Allison consegue transmitir toda a dor e sofrimento de sua personagem em uma atuação sublime. A relação entre sua personagem e Viktor (Elliot Page) é o coração e principal guia do novo ano e atuação de ambos é de fazer os corações mais duros amolecerem.

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A trama retorna aos trilhos por volta do sétimo episódio, que apresenta consigo a tão clamada urgência. Afinal, nossos heróis tentam pela terceira vez evitar o fim do mundo e essa temática volta a ser importante. As piadas funcionam bem e os diálogos são afiados como sempre. As cenas de ação são boas, porém escassas. Quando apresentadas cumprem seu propósito sendo muito bem dirigidas e filmadas, o CGI em alguns momentos é bem artificial, mas nada que atrapalhe a experiência. A trilha sonora segue sendo muito boa, sendo adicionada nos momentos certos o que engrandece ainda mais as cenas que vemos.

A terceira temporada de The Umbrella Academy tem a relação entre as personagens de Elliot Page e Emmy Raver-Lampman como grande destaque dessa temporada que apresenta altos e baixos em sua narrativa. A sensação que fica é que a produção se preocupou mais em se preparar para uma épica despedida, do que em desenvolver outras histórias que levariam a produção a se repetir.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
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