sex, 13 dezembro 2024

Crítica | Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City

Publicidade

A franquia de games Resident Evil é uma das mais queridas do mundo e seu primeiro jogo é, até hoje, considerado um dos melhores games para o PS1 já feitos pela Capcom. Infelizmente, os filmes baseados na franquia não agradaram tanto ao público e a crítica, o que fez a Sony Pictures programar um reboot no cinema. Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City se passa quando uma vez próspera empresa farmacêutica Corporação Umbrella, que atuava em Raccoon City transformou o local numa cidade fantasma. O êxodo da empresa deixou a cidade cheia de perigos ainda a serem descobertos. Mas quando o mal é liberado, a população local é ameaçada e apenas um grupo de sobreviventes pode deter o mal que se esconde na cidade.

Crédito: Shane Mahood / © 2021 CTMG

O reboot dirigido por Johannes Roberts (Medo Profundo) é uma produção que se apresenta como uma verdadeira metralhadora de referências da franquia, em especial no que diz respeito aos dois primeiros jogos no qual a história parece querer adaptar. Temos easter-eggs e referências de todo os tipos, para todos os gostos. Quem jogou, irá se empolgar com esse fan service, mas para quem deseja um pouco mais ou quem não conhece os jogos, irá se decepcionar com o que Roberts apresenta em seu filme. Os pontos positivo da direção de Roberts são: a criação de boas sequências de ação que tentam a todo custo compensar a de falta de sagacidade do roteiro e a recriação de diversos elementos dos anos 90, época na qual se passa o filme. No elenco se destacam Tom Hopper (The Umbrella Academy) e Hannah John-Kamen (Homem-Formiga e a Vespa) que tem atuações que divertem e com isso conseguem ter nossa torcida. O restante do elenco é desperdiçado e atrapalhado pelo texto pouco inspirado de Greg Russo (Mortal Kombat) que foi escrito em parceria com Roberts. Para piorar a atuação de Avan Jogia é terrível e seu perosnagem está perdido na trama.

Poucas cenas assustam verdadeiramente e o clima que impera em Bem-Vindo a Raccoon City é de filme B. Isso não é algo ruim, mas o uso proposital de imagens granuladas e de zoom durante algumas cenas de tensão mais destoam do que agregam ao filme. O diretor parece querer emular esse estilo, só para mostrar que sabe fazer e não para desenvolver algo que torne a história interessante pelo uso desses elementos. A maquiagem e os efeitos especiais são fracos e parecem que foram feitos por um grupo de estagiários sem supervisão, pouquíssimos efeitos impressionam ou dão medo durante os 110 min da produção.

Publicidade
Sony Pictures/ Divulgação

Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City é um filme de terror razoavelmente divertido e sangrento, que conta com um excesso de personagens em uma trama que está apenas preocupada em oferecer easter-eggs e referências do game no qual o filme é inspirado. Se isso fosse feito, aliado há uma história interessante e assustadora, o filme seria ótimo. Mas isso fica para o próximo reboot da franquia.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | O Auto da Compadecida 2

O Auto da Compadecida 2 é uma continuação cativante que conta com personagens memoráveis. O elenco se destaca pela química impecável e são, sem dúvida, o ponto mais alto do filme, garantindo risos e momentos de grande emoção.

Produção de Sonhos – O que esperar da nova série da Pixar?

Dia 11 de dezembro estreia no Disney+ os quatro...
Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
A franquia de games Resident Evil é uma das mais queridas do mundo e seu primeiro jogo é, até hoje, considerado um dos melhores games para o PS1 já feitos pela Capcom. Infelizmente, os filmes baseados na franquia não agradaram tanto ao público e...Crítica | Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City