dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

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Em 2007 chegou aos cinemas do mundo inteiro Transformers, filme dirigido por Michael Bay, que foi um sucesso de público e crítica. A produção aliou nostalgia com excelentes efeitos especiais e cenas de ação, o que deu origem a uma franquia de mais cinco filmes de qualidade duvidosa. Para resgatar a credibilidade da franquia, a Paramount Pictures apostou suas fichas no reboot, Bumblebee, a ideia deu um respiro a série de filmes e com o sucesso comercial, um novo filme foi encomendado: Transformers: O Despertar das Feras.

O novo capítulo é ambientado nos anos 1990, e mostra os Maximals, Predacons e Terrorcons se juntando à batalha entre os Autobots e Decepticons na Terra. Noah (Anthony Ramos), um jovem astuto do Brooklyn, e Elena (Dominique Fishback), uma ambiciosa e talentosa pesquisadora de artefatos, são arrastados para o conflito enquanto Optimus Prime e os Autobots enfrentam um novo inimigo. Aventura dirigida por Steven Caple Jr. (Creed II) tem altos e baixos em sua narrativa irregular.

Mirage and Anthony Ramos in PARAMOUNT PICTURES and SKYDANCE Present In Association with HASBRO and NEW REPUBLIC PICTURES A di BONAVENTURA PICTURES Production A TOM DESANTO / DON MURPHY Production A BAY FILMS Production “TRANSFORMERS: RISE OF THE BEASTS”

Os pontos altos desta aventura são os excelentes efeitos especiais. Todos os personagens em CGI ganharam uma nova roupagem baseada na série de tv e ficaram maravilhosos em tela. A equipe de efeitos especiais está de parabéns pelo trabalho apresentado. As cenas de interação desses personagens com os atores de carne e osso, são muito bem feitas. As batalhas vistas na franquia, sempre foram muito poluídas e aqui a direção de Caple Jr. consegue manter uma câmera firme, o que ajuda o espectador a conseguir distinguir quem é quem nas batalhas. Além desse primor técnico, as cenas de ação são bem coreografadas e causam impacto, deixando o espectador na ponta da cadeira enquanto elas se desenrolam. Um outro destaque do filme é que os humanos tem uma função narrativa importante na história, não sendo relegados a meros objetos cenográficos como foram os personagens de Shia LaBeouf (Coração de Ferro), Megan Fox (Até a Morte), Mark Wahlberg (Pai em Dose Dupla) e tantos outros em 80% dos filmes da franquia.

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Porém nem tudo são flores. A história é desenvolvida de modo correto. Mas o drama nos qual o personagem de Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York) está inserido é preguiçoso e pra lá de repetitivo. TODAS as tentativas de comoção envolvendo o arco do personagens de Ramos são carregadas de frases de auto ajuda e conceitos reciclados de outras produções. Algo que dá sono. Infelizmente o humor, também não é o forte da produção que tenta aqui e ali fazer uma piada ou apresentar uma sacada inteligente mas TODAS as tentativas fracassam vergonhosamente. O personagem dublado por Pete Davidson (O Esquadrão Suicida) deveria ser um alívio cômico, mas se torna insuportável pela falha clara do roteiro que foi escrito por Joby Harold (Awake), Jon Hoeber (RED 2), Erich Hoeber (Megatubarão) e mais sete pessoas. Tantas ideias sem direcionamento, causam essa apatia narrativa. O resultado claramente não é pior pela entrega do elenco, destaque para o time de dubladores que é excelente.

Transformers: O Despertar das Feras entretém, mesmo com seus deslizes narrativos, e deve agradar aos fãs da franquia que procuram uma diversão descompromissada. A nova leva de filmes segue sendo superior, em qualidade, à franquia original e o final desse novo filme promete algo espetacular para o futuro de Transformers no cinema. Pena que o humor e drama desse novo filme deixem tanto a desejar e não acompanhem a qualidade dos demais setores da obra.

Ps. O filme possui uma cena pós crédito.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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