dom, 22 dezembro 2024

Crítica | Vingadores: Guerra Infinita

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Após 10 anos. 120 meses. 520 semanas. 3.650 dias chegou a hora do filme mais aguardado do ano estrear. Chega ao cinema Vingadores: Guerra Infinita, a junção de todos os heróis da Marvel, num filme que traz muita diversão e melancolia (prepare o lencinho) tudo isso numa única embalagem.

O filme começa após os eventos de Thor: Ragnarok, já alertando ao público que não está para brincadeiras e entra com os dois pés, nos primeiros cinco minutos. Com uma cena extremamente pesada (algo poucas vezes vista no universo da DC Marvel). Um ponto extremamente positivo para os irmãos Russo (Joe e Anthony, diretores do excelente Capitão América: Soldado Invernal) é o respeito pelas obras anteriores. Num mesmo filme temos as características mais marcantes que os personagens possuem em seus filmes solos. Temos o deboche nonsense dos Guardiões da Galáxia, o ego inflado do Dr. Estranho, a benevolência e certa ingenuidade do Homem-Aranha e o sarcasmo do Deus do Trovão. Vemos todas essas características envoltas em um clima de tensão.

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O elenco está afiadíssimo e as interações entre eles são sensacionais. Lógico que com um elenco tão gigantesco alguns personagens foram relegados a coadjuvantes de luxo, como Soldado invernal (Sebastian Stan), Falcão (Anthony Mackie) e Viúva Negra (Scarlett Johansson) que ganham destaque nas cenas de ação. Outros são apenas citados e nem dão as caras. Os destaques desse elenco são Cris Evans e a sua versão sombria de Steve Rogers, ainda ressentido pelos acontecimentos de Guerra Civil e Chris Hemsworth que entrega a sua melhor versão de Thor (sim, melhor que o Thor visto em Ragnarok) ele cativa com seu humor e nos toca com sua dor, raiva e angústia. Outro que merece destaque é Josh Brolin (Onde os Fracos Não Tem Vez) que nos presenteia com um Thanos amoral, que foi humanizado (suas motivações são diferentes das vistas nos quadrinhos) mas sem cair na mediocridade (como aconteceu com Ultron). Thanos é um vilão psicótico onde os fins justificam os meios e nos entrega uma atuação memorável (as batalhas travadas com os Vingadores ficarão por muito tempo na sua lembrança).

O roteiro cumpre o papel de entreter, possui falhas mas nada que atrapalhe. As batalhas são épicas e muito bem realizadas. Destaque para uma que envolve Thanos contra alguns heróis em sua terra natal. O filme é um blockbuster de ação legítimo, recheado com as já conhecidas piadas da fórmula Marvel, ação desenfreada e bem coreografada, mas que possui coração enorme e fará você ficar atordoado e perplexo ao fim da sessão.

Esse filme é perfeito então? Não! Há pontos negativos. Algumas cenas pseudo filosóficas desnecessárias, um final aberto (sim, o filme segue o estilo parte I e parte II) e alguns efeitos visuais mal acabados (exemplo o CGI do personagem que usa a Hulkbusters). O 3D vale muito a pena. Mas mesmo com suas falhas os irmãos Russo estão de parabéns pelo trabalho realizado.

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Vingadores: Guerra Infinita é um dos melhores filmes de heróis já feitos, vale a pena ser visto e revisto, divertido e sombrio na medida certa. Porém deixa um gostinho amargo na boca pois não encerra completamente o arco. Que venha logo 2019 com a parte II, o verdadeiro capítulo final desse universo que conquistou e cativou o público mundial.

PS. Só a uma cena pós crédito, após todos os créditos.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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