qui, 21 novembro 2024

Crítica | Zona de Combate

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Zona de Combate, novo sucesso da Netflix, se passa em um futuro próximo e acompanha o tenente Harp (Damson Idris), um piloto de drone que é convocado para uma zona de conflito após agir por conta própria durante uma operação, desobedecendo ordens superiores. O longa no momento é o mais visto do streaming, mas as visualizações são proporcionais a qualidade?

Netflix/Divulgação

Infelizmente, não. O filme até tem potencial para isso, mas se perde em alguns clichês e nos furos do seu roteiro. O filme dirigido por Mikael Håfström (Rota de Fuga) se passa em 2036, durante uma guerra civil que acontece no Leste Europeu e flerta com alguns assuntos interessantes como: a excessiva militarização norte-americana, o uso de inteligência artificial e a guerra fria, mas nunca os desenvolve de maneira satisfatória. A história desse longa pode ser definida como um Dia de Treinamento high tech, em especial pelo dilema central da obra que é: “Quais limites podem ser ultrapassados em nome de um ideal?”. A relação entre um soldado novato e um mais experiente, também lembram muito, o longa que deu o Oscar de melhor ator a Denzel Washington.

O roteiro escrito pela dupla Rowan Athale (Revolt) e o estreante Rob Yescombe cria algumas reviravoltas na trama que são até interessantes, se não fosse o detalhe de que após elas surgirem, o próprio roteiro as ignora. O ato final é previsível e cheio de clichês. O que faz o filme perder força na sua proposta.

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Jonathan Prime/ Netflix

As cenas de ação são boas, mas nada muito exuberantes. Cenas de tiroteio, perseguições e as sequências combate são feitos para impressionar pela brutalidade. Mas confesso que não vi muitas cenas que justifiquem uma classificação indicativa tão elevada para esse filme (o filme não é indicado para menores de 18 anos). O melhor ponto do longa são os efeitos visuais, o CGI dos robôs norte-americanos e russos é muito bem feito e dá a eles um visual arrojado. As atuações do elenco são corretas e Anthony Mackie (Vingadores: Ultimato) e Damson Idris (O Passageiro) carregam o filme nas costas com suas interpretações o filme poderia ser pior, com outros atores nesses papéis.

Netflix/Divulgação

Zona de Combate aposta em uma discussão que nunca se aprofunda e tem como destaque as cenas de ação e efeitos visuais. O longa poderia ser melhor se não tivesse tantas contradições. Isaac Asimov ficaria revoltado com o conceito de manipulação das leis da robótica.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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