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Entrevista | Ademir Ferrari, diretor de Marketing da Galápagos Jogos

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Eu tive o prazer de conversar com o Ademir Ferrari, diretor de marketing da Galápagos, que falou sobre o universo dos board games, as tendências e principais jogos e também sobre as novidades que a empresa está trazendo para este setor aqui em nosso país.

Marcel Botelho: Eu tenho o prazer em conversar com o Ademir Ferrari, que é diretor de marketing da Galápagos. Ade é um prazer falar com você, primeiramente muito obrigada pela entrevista

Ademir Ferrari: Eu que agradeço pela oportunidade, vamos bater um papo bom sobre board games.

Marcel Botelho: Com certeza meu querido! Primeiramente eu acho difícil não conhecerem a Galápagos, mas eu gostaria que você falasse um pouco sobre a empresa, a Galápagos é uma editora de jogos, ela traduz e traz muitos board game aqui pro Brasil, gostaria que você falasse da empresa como um todo, por favor.

Ademir Ferrari: Legal! A Galápagos está aí completando seus 13 anos de idade e ela foi uma empresa pioneira no Brasil em trazer jogos de tabuleiro modernos né. Esse é um movimento que começou lá na década de 90 com jogos que propunham uma estratégia maior, propunham um nível de experiência maior, mais imersivo e o desenvolvimento disso nunca parou e a Galápagos ficou muito conhecida no mundo geek no universo mais nichado, como a empresa que começou a dar acesso ao Brasil, de não ter que importar, de trazer estruturalmente pro Brasil, board games, RPG recentemente, jogos infantis também, ultimamente temos entrado bastante em lojas de brinquedos, lojas de shopping com jogos para crianças e para adolescentes, então tem todo um aparato aí de conseguir uma experiência de jogo que a Galápagos trouxe e continua trazendo, continua expandindo, muita gente vai lembrar dos títulos clássicos como Zombicide, Dixit, o próprio Dobble que é um jogo rápido, uma brincadeira, mas é muito expressivo hoje na estratégia mais mainstream e outros como Pandemic dentre muitos títulos e a gente não para de trazer jogos novos todo ano para este mercado, eu acho muito difícil por exemplo alguém que frequente uma CCXP e nunca ter passado por um board game, nunca tenha passado por um jogo da Galápagos em algum momento.

Marcel Botelho: O que você falou é muito interessante porque acredito que o pessoal da minha geração com seus trinta e poucos anos, ainda se você pensar ou falar em jogos de tabuleiro, falar em board games, o pessoal ainda vai ligar com aquela coisa um pouco mais mecânica, aquela coisa com um pouca interação e os jogos que a Galápagos traz são todos imersivos, eu tenho o XCOM da Galápagos, que pouquíssimas vezes eu consegui ganhar do tabuleiro, quer dizer, você joga contra o tabuleiro, então é uma experiência muito imersivo e uma experiência que deixa o jogador em uma posição mais ativa perante o jogo, não é mesmo.

Ademir Ferrari: Sim, principalmente para toda a modalidade de jogos cooperativos né, como a gente chama essa dinâmica de jogar contra o tabuleiro  que todo mundo ganha junto ou perde junto, como por exemplo Pandemic, Zombicide também é um exemplo, XCOM também de jogos que criam essa dinâmica de você “não espera aí, eu não estou só jogando um dado e vendo o que acontece, eu estou tomando decisões, estou melhorando meus personagens”, você se aproxima até muito mais dos games de console, vamos dizer assim, do que de qualquer outro meio.

Marcel Botelho: Eu gostaria que você falasse um pouco dos jogos infantis da Galápagos, que além de divertidos auxiliam no processo cognitivo da criança.

Ademir Ferrari: Os jogos infantis também têm esse caráter, não é um brinquedo de plástico, não é só um passa tempo, não é um quebra cabeças, é um jogo de raciocínio, é um jogo que trabalha algum tipo de cognição, tudo isso escondido dentro de um board game divertido, então você vai ter exemplos que a gente trabalhou recentemente principalmente em lojas de brinquedo, como Dobble, jogos como Caça aos Monstros, então tem alguns jogos que… por exemplo, Caça aos Monstros, é um jogo da memória, mas você está junto com a criança ajudando ela a dormir, como Monstros S.A, ajudando a criança a vencer o monstro embaixo da cama dela, o Dobble é um jogo super rápido que o adulto e a criança precisam identificar a figura que se repete em duas cartas e vai trocando, então a gente provê uma experiência onde existe uma mudança ali na mesa, e a mudança pode ser eu sair muito integrado com meus amigos, vivendo uma aventura em uma masmorra, eu sair feliz de passar uma tarde com meu filho brincando com ele e não brincando sem me divertir porque eu também estaria me divertindo e não fazendo uma coisa só pra ele ficar feliz, então tanto que hoje você vai em um shopping, não estamos em todo o Brasil, mas em muitos shoppings que você entrar hoje, em uma loja de brinquedos você vai ver um espacinho com jogos da Galápagos, tanto pra adolescente quanto pra criança.

Marcel Botelho: Como nós havíamos falado no começo da nossa entrevista é muito difícil que as pessoas não conheçam a Galápagos, mas se você tivesse que indicar 3 jogos para quem não jogou nenhum board game da empresa, quais indicaria?

Ademir Ferrari: Difícil, hein, é tanta opção, é legal quando alguém te pede uma recomendação e você devolve com a pergunta “mas o que você gosta?” Mas às cegas assim, eu colocaria primeiro um Dobble na mão de uma pessoa, só pra ela sentir como um jogo simples pode desafiá-la, uma coisa que ela não imaginava que é identificar figuras iguais, eu recomendaria também o Dixit, que a gente lançou recentemente a versão Disney e a galera adorou, que é um jogo que começa a mexer com essa coisa de abstração, de dar uma dica tentar te ajudar e ao mesmo tempo tentar te enganar com minha dica, não é simplesmente jogar um dado e ganhar território, o Pandemic, eu acho que é uma mega recomendação, por mais que a gente tenha passado por um período que a gente quer esquecer, o Pandemic tem mais de 10 anos que ele existe no mercado, então ele previu tudo isso, mas ele é um jogo que coloca todo mundo na mesa trabalhando junto, uma pessoa vai ser o médico, a outra vai ser o especialista em contaminação, a outra o cientista, todo mundo no mapa tentando conter a contaminação, então tem um lance de conversa, trabalho em equipe, argumentação, de tomar decisões estratégicas para impedir a doença de se espalhar, vou até extrapolar um pouco a lista, o Zombicide é um sucesso da Galápagos de uma década já, mas até hoje é um jogo muito divertido para simplesmente sentar e matar zumbis e melhorar seu personagem, e tem mais dois jogos que a gente trouxe que tem explodido, é o The Mind, jogo de cartas, onde ninguém pode falar, você vai baixando cartas sem se comunicar, quem gosta de falar fica maluco e o Exploding Kittens, que é um sucesso mundial, um jogo de gatinhos que explodem e você fica tentando tirar o amigo da mesa, então acho que deu pra falar de alguns jogos que eles mexem totalmente na dinâmica, mas pensando em um público nerd, tem um jogo que nós estamos trabalhando muito nele, que eu não posso deixar de citar, que é o Marvel United, em que você assume o Wolverine, o Capitão América, o Homem de Ferro, entre outros, e é um jogo mais frenético que o Zombicide, e até mais rápido, só que com todo o universo da Marvel recente dos cinemas, acho que até agora já lançamos 2 jogos base e de 4 a 6 expansões, tem expansão do Pantera Negra, do Homem-Aranha, então pra quem é fã pode já começar por este, que ele é bem acessível inclusive.

Marcel Botelho: E vocês vão lançar mais expansões para o Marvel United?

Ademir Ferrari: Sim, é uma linha que cada expansão traz uma mecânica opcional pra você experimentar, traz localizações diferentes e elas sempre são temáticas, a expansão do Pantera Negra traz o vilão do Pantera Negra, personagens daquele universo, teve do Homem-Aranha, vai ter mais uma dele, vamos ter também do Thor, Guardiões da Galáxia, enfim tudo o que vimos no MCU nos cinemas, as caixas base são dos Vingadores e dos X-Men, na dos X-Men, tivemos a expansão do Deapool, então elas vão se expandindo nestas duas vertentes.

Marcel Botelho: Eu achei interessante você falar dos jogos da Marvel, porque vocês da Galápagos tem muitas propriedades intelectuais de sucesso, como jogo do Star Wars, por exemplo, então para quem é fã, é um prato cheio.

Ademir Ferrari: Com certeza, a gente tem uma quantidade muito grande de jogos de franquia para virem para o board game, mas virem de uma forma pensada, não simplesmente “eu tenho o Pandemic e vou colocar os heróis da Marvel no Pandemic, não existe isso, existe um jogo com a dinâmica da gente colocar o time da Marvel em ação contra o vilão, então todas as franquias estão vindo desenhadas para fazerem sentido dentro do seu universo, além deste exemplo que eu dei, ano que vem nós vamos ter o Star Wars Unlimited, que é um card game no estilo de Magic, então tem muita coisa sendo feita pensada nas franquias.

Marcel Botelho: Ade, para quem quiser adquirir os jogos da empresa, a Galápagos tem uma loja virtual, mas o pessoal pode adquirir também no varejo, é isso?

Ademir Ferrari: Sim, a Galápagos tem seu site oficial e todo catálogo está lá, mundogalapagos.com.br mas você pode adquirir os produtos através da Amazon, de lojas de hobbies, lojas especializadas, em shoppings nas lojas de brinquedo, em livrarias, então hoje em termos de canais, se você abrir a Amazon, por exemplo, você encontra os nossos jogos pra comprar.

Marcel Botelho: E também gostaria de saber das redes sociais de vocês, o pessoal que quiser seguir e saber das novidades de vocês, como que o pessoal faz?

Ademir Ferrari: Legal, a gente tem uma atuação diária no Instagram, a gente conversa muito por ali, o YouTube, a gente tá enriquecendo ele com materiais, trailers, então é uma lugar pra você ver reviews e análises e o Tiktok também tem sido um canal interessante de explorar com jogos mais abrangentes, nós fazemos muita brincadeira, muito experimento também, estas 3 redes sociais são as mais importantes que a gente comunica as coisas de formas diferentes, mas a Galápagos tem também um canal no Telegram, que a nó sempre estamos soltando manual, informação antecipada, lançamento, então quem quer acompanhar a Galápagos no Backstage, aliaás nome é esse Galápagos Backstage, siga a gente no Telegram.

Marcel Botelho: E vocês vão estar presentes na CCXP ou mais algum evento neste ano?

Ademir Ferrari: Sim, estaremos na CCXP, vai ser a nossa maior participação CCXP, ainda não possa revelar, mas vai ter muita coisa rolando não só no estande da Galápagos, então quem estiver na CCXP, vale muito a pena passar pelo estande da Galápagos e quem não estiver pode acompanhar no Instagram.

Marcel Botelho: Meu querido, quero agradecer muito a entrevista e a explicação.

Ademir Ferrari: Eu que agradeço.

Acesse o site e as redes sociais da Galápagos:

www.mundogalapagos.com.br

Instagram

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