Segundo informações da Variety, uma carta dos funcionários LGBTQIA+ da Pixar foi divulgada na qual eles alegam que a Disney vem censurando cenas de afeto entre personagens do mesmo gênero nos filmes do estúdio. A declaração dos funcionários da Pixar veio um dia após Bob Chapek ter se reunido com o governador da Flórida, Ron DeSantis, para tratar de uma lei aprovada no estado estadunidense, a chamada lei “Don’t Say Gay” (“não diga gay”, em tradução literal).
A norma proíbe qualquer instrução ou educação sexual sobre identidade de gênero entre o jardim de infância e a terceira série, período no qual os alunos estão entre os cinco e nove anos de idade. Ela também recomenda às escolas que evitem tópicos LGBT “quando estes não forem adequados para a idade ou ao desenvolvimento dos estudantes”. O fato desagradou os funcionários da Pixar. Confira um trecho da declaração dos empregados da Pixar que contestam a postura da empresa:
“Nós da Pixar testemunhamos pessoalmente histórias lindas, cheias de personagens diversos, voltarem da revisão corporativa da Disney cortadas até as migalhas do que elas já foram. Quase todos os momentos de afeto gay são cortados a pedido da Disney, independente de haver protestos tanto da equipe criativa, quanto da liderança executiva da Pixar. Mesmo se criar conteúdo LGBTQIA+ fosse a resposta para consertar legislação discriminatória no mundo, estamos sendo impedidos de fazer isso.”
Esse novo atrito com a Pixar acontece em meio a problemas com a produtora de animação com o streaming Disney Plus. Diversos lançamentos da Pixar vem sendo lançados em streaming e não nos cinemas. Filmes como Soul,Luca e Red – Crescer é uma Fera tiveram seus lançamentos em streaming, fato que desagradou os funcionários da Pixar.
Lightyear, próxima produção da Pixar, será lançada em junho no Disney+.
