ter, 25 novembro 2025

O herói que o Brasil não sabia que precisava: “Cidadão Incomum” expande seu universo

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O super-herói mais brasileiro da literatura está ganhando novas asas. Criado por Pedro Ivo, o universo de Cidadão Incomum deixou de ser apenas uma saga literária para se tornar um ecossistema narrativo que atravessa livros, quadrinhos, escolas e agora o audiovisual.
Publicado pela Conrad Editora, o romance que apresentou Caliel, um jovem paulistano que acorda flutuando, tornou-se símbolo de uma geração que questiona o poder — e o preço de tê-lo — em um país desigual.

Depois de dois romances (O Cidadão Incomum e O Cidadão Incomum 2 – Surreal), o herói ganhou em abril de 2024 a HQ “O Sexto Poder”, com 240 páginas e visual de blockbuster. O projeto também caminha para as telas: a O2 Filmes desenvolve uma adaptação com Fernando Meirelles na produção e Marcus Alqueres na direção associada.

“Tinha alguma coisa na Kriptonita ou em Gotham City que não me deixava embarcar totalmente, mas a brasilidade do Cidadão Incomum muda tudo. É outra experiência”, diz Fernando Meirelles sobre a obra.
Mais do que um herói, Caliel é um artista que descobre poder quebrar as leis da física, mas precisa enfrentar os efeitos colaterais de ser extraordinário em um país que pune quem sai da linha. Ao seu lado surge Tito, o primeiro super-herói trans dos quadrinhos brasileiros, capaz de distorcer a percepção da realidade, uma virada de representatividade inédita no gênero.

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Selecionada pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD 2020), a saga faz parte do acervo de escolas públicas de todo o país e já foi objeto de estudo na Revista de Letras Juçara (UEMA), que destacou sua relevância literária e social.
“Não existe, a princípio, nada de heróico em Caliel. Ele é um aspirante a ator de classe média que acorda com poderes e decide interpretar o papel de um super-herói no Brasil que conhecemos. São os sucessivos choques de realidade ao longo da série que o transformam no super-herói que São Paulo, talvez, precise. A saga do Cidadão Incomum é sobre o que acontece quando a gente sai da bolha, do nosso mundinho”, afirma Pedro Ivo.

Misturando ficção científica, crítica social e realismo urbano, Cidadão Incomum transforma São Paulo em metáfora viva das contradições brasileiras. É o super-herói que enfrenta vilões do cotidiano e o peso de ser diferente.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]