O novo trailer da 2ª temporada de Pacificador acabou de ser revelado.
A segunda temporada de Pacificador acompanha Christopher Smith, o anti-herói conhecido como Pacificador, enquanto ele tenta reconciliar seu passado traumático com um novo senso de propósito. Ele se vê confrontado com uma realidade alternativa onde sua vida é tudo o que ele sempre desejou, mas essa descoberta o força a encarar seus demônios internos e tomar o futuro em suas próprias mãos. Além disso, a temporada introduz uma nova ameaça, com Rick Flag Sr. buscando vingança pela morte de seu filho, o Coronel Rick Flag, cometido pelo Pacificador em “O Esquadrão Suicida”.
Confira:
A segunda temporada de Pacificador estreia em 21 de agosto, na HBO Max.
Em muitos aspectos, dramas de época sempre foram novelas de luxo. Por mais que tenham cenários exuberantes e um ar de prestígio, boa parte do nosso interesse por produções como A Era Dourada ou The Crown vem de um desejo quase irresistível de espiar os excessos da elite histórica — geralmente com uma boa dose de romance por cima. Os Bucaneiros, da Apple TV+, abraça essa ideia como poucas, transformando a adaptação do último romance de Edith Wharton em uma explosão barulhenta, colorida e caoticamente divertida da juventude — o tipo de energia que faria os moradores de Downton Abbey torcerem o nariz. A série é explícita sobre ser uma história sobre mulheres e para mulheres, buscando criar espaço para experiências e desejos femininos que não se resumem a encontrar um marido com uma bela propriedade. E é difícil não gostar dela por isso.
Se na primeira temporada Os Bucaneiros encontrava um bom equilíbrio entre romance e as histórias de amadurecimento das jovens protagonistas, nesta segunda a série parece, às vezes, incerta sobre o que quer dizer e para onde quer levar suas personagens. Parte do problema é que há simplesmente coisa demais acontecendo o tempo todo: reviravoltas e mudanças emocionais se atropelam, e muitas decisões parecem pouco condizentes com quem esses personagens eram antes. Segredos são revelados quase no instante em que surgem, mudanças de vida acontecem para serem desfeitas um episódio depois, e novas relações nascem e acabam no ritmo de uma troca de cenário. Por um lado, isso deixa tudo acelerado e viciante; por outro, algumas viradas carecem de sentido narrativo ou do peso emocional que mereciam.
A temporada começa exatamente onde a anterior parou. Nan (Kristine Frøseth) agora é a Duquesa de Tintagel, casada com Theo (Guy Remmers). Sua irmã Jinny (Imogen Waterhouse) fugiu para a Itália para escapar do marido abusivo, com ajuda de Guy Thwarte (Matthew Broome) — o verdadeiro amor de Nan —, que foi porque ela pediu. Nan ainda não tem certeza se Theo é mesmo o marido que queria, mas decide tentar fazer o casamento funcionar, contando com a orientação nada calorosa da sogra (Amelia Bullmore). Conchita (Alisha Boe) e Richard (Josh Dylan), com as finanças em baixa, decidem ganhar dinheiro como casamenteiros; Lizzy (Aubri Ibrag) conhece um pretendente; e Mabel (Josie Totah) e Honoria (Mia Threapleton) tentam entender como seria um relacionamento real entre elas.
Visualmente, Os Bucaneiros continua um deleite: festas temáticas, figurinos exuberantes (mesmo sem acurácia histórica), paisagens de tirar o fôlego e uma trilha que mistura música clássica com pop atual — desta vez, com direito a Taylor Swift e Chappell Roan. Mas o que foi o coração da primeira temporada, a amizade entre Nan, Jinny, Conchita, Lizzy e Mabel, aqui perde espaço. Cada uma segue isolada em sua própria trama, e raramente vemos o grupo unido com a mesma cumplicidade de antes. Agora, já estabelecidas como figuras centrais da alta sociedade britânica, as “americanas intrusas” precisam descobrir como agir nesse novo lugar de poder — e o roteiro ainda parece buscar essa resposta.
O elenco segue sólido e carismático, com alguns destaques: Frøseth é mais convincente quando mostra Nan determinada a mudar leis injustas para mulheres e trabalhadores; Aubri Ibrag finalmente dá mais camadas a Lizzy; e Amelia Bullmore brilha como a Duquesa Viúva, ganhando até um arco romântico inesperadamente doce. Leighton Meester, convidada especial, deixa gosto de quero mais.
A verdade é que Os Bucaneiros enfrenta certo “estirão” narrativo nesta segunda temporada, saindo de uma história sobre moças à procura de marido para falar sobre mulheres tentando encontrar seu lugar no mundo, já adultas e casadas. A ousadia e o charme continuam, e há muito para se divertir, mas fica no ar a sensação de que, com um pouco mais de fôlego para as tramas, essa temporada poderia ter sido ainda melhor.
Todos os oito episódios de Os Bucaneiros já estão disponíveis na Apple TV+, com o último lançado em 6 de agosto.
A A24 revelou o primeiro trailer oficial de Marty Supreme. Confira:
“Marty Supreme” é um filme vagamente inspirado na vida do jogador de tênis de mesa Marty Reisman, ambientado nos anos 1950 em Nova York. O filme acompanha Marty Mauser (interpretado por Timothée Chalamet) em sua jornada para se tornar uma lenda do tênis de mesa, superando a descrença geral e alcançando a grandeza no esporte. Apesar de não ser uma cinebiografia, o filme explora o mundo do pingue-pongue e a vida de Reisman, com foco em sua ascensão e conquistas no esporte.
A estreia nos EUA está marcada para o Natal deste ano, em 25 de dezembro, enquanto uma janela de lançamento no Brasil segue indefinida.
Em um evento realizado na sede do estúdio, o CEO David Ellison revelou detalhes sobre um novo filme da franquia Guerra Mundial Z. Confira:
“Uma das nossas maiores prioridades é restaurar a Paramount como o destino número um para os artistas e cineastas mais talentosos do mundo. Em nossa visão, grandes cineastas fazem grandes filmes.”
Um vírus letal se espalha rapidamente e transforma seres humanos em zumbis. O ex-agente da ONU Gerry Lane é chamado para investigar a epidemia que está acabando com a humanidade, iniciando uma verdadeira corrida contra o tempo.
A VIDA DE CHUCK é mais um longa de Mike Flanagan adaptado de uma obra de Stephen King. Diferentemente do que se espera, este título não é um terror, como a maioria das obras do escritor, e sim uma ode à vida. Na trama deste longa, o público segue a trajetória de Chuck (Tom Hiddleston), um homem comum, enquanto ele vivencia de forma sensível as nuances da condição humana. E, a partir do dia 4 de setembro, a obra chega aos cinemas brasileiros com distribuição da Diamond Films.
Com protagonismo de Hiddleston, o longa conta com grandes nomes do cinema, como Mark Hamill, o Luke, de ‘Star Wars’, Chiwetel Ejiofor, de ‘12 Anos de Escravidão’ (2013), Jacob Tremblay, de ‘Extraoridnário’ (2017) e ‘O Quarto de Jack’ (2015), Karen Gillian, de ‘Guardiões da Galáxia’ (2014), Annalise Basso, de ‘Capitão Fantástico’ (2016) e ‘Ouija’ (2016), Mia Sara, de ‘Curtindo a Vida Adoidado’ (1986), Nick Offerman, da série ‘Parks and Recreation’ (2009-2015) e nomes já conhecidos do cinema de Flanagan, como Rahul Kohli e Kate Siegel, que participaram de minisséries como ‘A Maldição da Mansão Bly’ (2020) e ‘Missa da Meia Noite’ (2021). Sobre a rica variedade de nomes, Flanagan diz que “acho realmente legal que ele realmente representa uma mistura fascinante de atores com quem trabalhei ao longo da minha carreira, junto com rostos novos incríveis. Há atores aqui com quem já trabalhei oito ou nove vezes antes. São atores com quem trabalhei pela primeira vez quando ainda eram crianças, como Jacob Tremblay e Annalise.”
Dividido em três partes, alguns personagens de A VIDA DE CHUCK são interpretados por três atores diferentes. Chuck, por exemplo, além de Hiddleston, foi interpretado por Tremblay e Benjamin Pajak, o que exige habilidade dos artistas, que conseguem entregar, cada um de um jeito, a mesma pessoa.
A escalação da atriz Mia Sara neste longa causou surpresa. A artista ficou muito famosa após integrar o elenco principal de ‘Curtindo a Vida Adoidado’ (1986) e decidiu se aposentar da atuação em 2013. Após assistir uma obra de Mike Flanagan, ‘Missa da Meia Noite’ (2021), ela disse ao cineasta que retornaria à atuação para trabalhar com ele, resultando na sua escalação como Sarah Krantz em A VIDA DE CHUCK.
Apresentado no último Festival de Toronto, A VIDA DE CHUCK tem direção e roteiro assinados por Mike Flanagan. Conhecido por adaptar obras de Stephen King para o audiovisual, o cineasta já comandou produções como ‘Jogo Perigoso’ e ‘Doutor Sono’, além de estar atualmente à frente da série de TV ‘A Torre Negra’. Após sua quarta adaptação, o diretor diz que “é sempre um desafio para mim (adaptar suas histórias) em vários níveis, incluindo um muito pessoal, porque Stephen King é meu autor favorito e meu herói literário”.
A VIDA DE CHUCK conta com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, e chega aos cinemas em 4 de setembro.
“O Último Azul”, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, será o filme de abertura do 53º Festival de Cinema de Gramado, com exibição hors concours nesta sexta-feira, 15 de agosto, no Palácio dos Festivais. O diretor Gabriel Mascaro (“Boi Neon” e “Divino Amor”) estará presente no evento, ao lado da protagonista Denise Weinberg, dos atores Rodrigo Santoro, Adanilo e Rosa Malagueta, da produtora Rachel Daisy Ellis e outros membros da equipe do longa. A Vitrine Filmes divulga um novo cartaz destacando os personagens interpretados por Denise e Rodrigo – Tereza e Cadu, respectivamente. O filme estreia nos cinemas do Brasil no dia 28 de agosto.
Urso de Prata chega em Recife
Além disso, os recifenses vão poder ver de perto o Urso de Prata, estatueta conquistada pelo premiado filme no renomado Festival de Berlim. O troféu vai estar exposto na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) a partir do dia 24 de agosto, com entrada gratuita. Gabriel Mascaro, natural de Recife, e Denise estarão presentes no evento de abertura, que contará com um encontro com a imprensa às 14h30, no Derby – Cinema da Fundarj -, seguido da exibição do longa para convidados e público às 16h30. As sessões de pré-estreias no centenário Teatro do Parque e no histórico Cinema São Luiz, respectivamente nos dias 22 e 23 de agosto, já estão esgotadas.
Sessões antecipadas do filme com a presença do diretor e elenco
Nove cidades receberão pré-estreias do filme, seguidas de debates com a presença do diretor Gabriel Mascaro e elenco do filme: São Paulo; Rio de Janeiro; Recife; Manacapuru (AM), local onde o filme foi rodado; Manaus, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Belo Horizonte. Os ingressos para essas sessões antecipadas já podem ser adquiridos aqui.
A trajetória do filme até o lançamento no Brasil
Vencedor de três prêmios na 75ª edição do Festival de Berlim, incluindo o Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri -, “O Último Azul” já foi selecionado para mais de 40 festivais ao redor do mundo e tem distribuição garantida em 65 países. Estrelado por Denise Weinberg, com Rodrigo Santoro, Adanilo e a atriz cubana Miriam Socarrás e a amazonense Rosa Malagueta no elenco, o longa teve uma carreira de destaque na Berlinale deste ano, onde ficou no topo do “jury grid” do Screen International para filmes em competição, com a maior média de notas obtida a partir da avaliação de críticos credenciados, além de estar com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e de ter conquistado dois outros prêmios no Festival de Berlim: Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost — premiação dos júris paralelos à competição principal.
O longa foi selecionado para a 50ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), que vai ocorrer de 4 a 14 de setembro, no Canadá, e integra o programaCentrepiece, voltado para obras de diretores contemporâneos aclamados internacionalmente. O prestigiado evento canadense é considerado um dos principais termômetros do cinema no mundo. A carreira de “O Último Azul” no cenário internacional também teve como resultado a conquista do prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e do Prêmio Maguey de Melhor Interpretação para Denise Weinberg no Festival de Guadalajara. Entre outros destaques recentes estão: a exibição no New Horizons International Film Festival, na Polônia, na categoria Masters, voltada para diretores com uma trajetória de destaque; a seleção para o Melbourne International Film Festival, na Austrália, na categoria Headliners, voltada para diretores que ganharam notoriedade nos principais festivais internacionais; e para o Festival de Cinema de Lima, na Mostra Competitiva de Ficção Lationoamericana. Em junho, o longa participou do Shanghai International Film Festival, na China, com a presença do diretor, e esteve entre os dez seletos filmes que participaram da competição do Sydney Film Festival, na Austrália.
Situada na Amazônia, a trama explora um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional em que vão “desfrutar” seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza (Denise), uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. Uma aventura sobre resistência e amadurecimento ao longo dos rios da Amazônia, o filme foi extremamente aplaudido durante a estreia mundial na Berlinale, no dia 16 de fevereiro deste ano.
Além de ter sido rodado no Amazonas, nas cidades de Manaus, Manacapuru e Novo Airão, o elenco de “O Último Azul” é formado por mais de 20 atores amazonenses.
O longa foi produzido pela Desvia, de Rachel Daisy Ellis (“Boi Neon”, “Rojo”), e Cinevinay, de Sandino Saravia Vinay, produtor associado de “Roma”, de Alfonso Cuarón, e coprodutor dos filmes anteriores de Gabriel Mascaro. O filme conta com a coprodução da Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), Viking Film (Países Baixos), e distribuição da Vitrine Filmes no Brasil.
Distribuição Internacional
Entre os países que exibirão O Último Azul se destacam: Alemanha (Alamode), França (Paname), Canadá (Films We Like), Benelux (Imagine), Espanha (Karma), Suíça (Xenix), Portugal (Nitrato), México (Pimienta), Suécia (Triart), Dinamarca (Camera), Noruega (Arthaus), Países Bálticos (A-One), Polônia (Aurora), República Tcheca e Eslováquia (Film Europe), Ex-Iugoslávia (MCF Megacom), Bulgária (Beta), Hungria (Mozinet), Israel (Lev), Austrália e Nova Zelândia (Palace), Indonésia (Falcon).
Crítica internacional
Na crítica internacional, o longa de Mascaro também foi destaque por sua qualidade de produção, atuação e por sua sensibilidade e poder de provocar uma reflexão profunda sobre nossa sociedade.
O Screen Daily destaca a atuação de Denise Weinberg: “Performance vencedora da veterana dos palcos e telas brasileiras, Denise Weinberg”.
Para o The Hollywood Reporter, é “um deslumbrante filme de estrada aquático que transforma a Amazônia em uma fuga mágica do exílio para a liberdade”.
A Variety ressalta: “Situado entre a ficção científica e a fábula, ‘O Último Azul’, do diretor Gabriel Mascaro, encontra um farol de otimismo dentro de sua própria visão distópica do futuro”.
O Deadline diz que “(…) em ‘O Último Azul’, o diretor [Gabriel Mascaro] mergulha mais profundamente nos personagens, explorando especificamente o brilho do que significa conseguir se desprender de uma suposta ideia de utilidade e viver o momento”.
Para o Cineuropa, “Denise Weinberg faz um trabalho incrível ao dar vida a todas as nuances de Tereza, uma personagem absolutamente adorável, cercada por personagens coadjuvantes muito bem escritos, no qual cada um deles poderia facilmente ter seu próprio filme.”
Os Enforcados é um sopro de frescor em um cinema que ainda ousa pensar suas imagens. O cinema, afinal, é uma arte — e toda arte nasce de alguém com uma ideia, um gesto criativo que busca forma. É verdade que, nem sempre, o autor encontra a liberdade necessária para desenvolver plenamente essa ideia; muitas vezes, o mercado e as convenções engessam a expressão. Mas Fernando Coimbra, aqui, se afasta dessa lógica e realiza um verdadeiro estudo cinematográfico.
Mais do que contar uma história, Os Enforcados é sobre o próprio poder da imagem — sobre como a mise-en-scène não apenas ilustra, mas constrói sentido. Coimbra compreende que pensar a decupagem é também pensar a ética do olhar: onde a câmera se posiciona, escolhe o que quer mostrar e, principalmente, o que decide omitir. Há, nisso, uma herança de cineastas que entendiam a imagem como discurso, de Eisenstein a Godard, e que viam na organização do quadro uma forma de filosofia visual.
Ao refletir sobre sua mise-en-scène, Coimbra não apenas guia o espectador pela narrativa, mas o convida a perceber que toda escolha de enquadramento é também uma escolha de mundo. Enforcados é, assim, menos um exercício de estilo e mais um manifesto silencioso sobre como o cinema pensa — e nos faz pensar — através da imagem.
Os Enforcados é um filme que mergulha na violência, nas ilusões de redenção, no apetite pelo poder e em um (falso) moralismo marcante. Essa ideia moral se concentra de forma intensa em Valério (Irandhir Santos), personagem que atravessa uma metamorfose profunda ao longo da narrativa: de um homem inseguro, inferiorizado e impotente, para um líder calculista e traiçoeiro. Não se trata de um herói que cai — Valério já nasce contaminado pelas ambiguidades do seu meio —, mas de alguém que, num primeiro momento, ainda sonha com a possibilidade de escapar de um destino pré-escrito. Ele questiona as regras, experimenta a dúvida, sente o peso real da distinção entre certo e errado.
No entanto, como em uma tragédia aristotélica, há um ponto de inflexão irreversível, em que o contexto não apenas o corrompe, mas o absorve por completo. Nesse instante, a hesitação cede lugar ao deleite do poder, e Valério se torna uma figura quase mitológica na tradição dos anti-heróis — uma espécie de Scarface sociopata. Aqui, a mise-en-scène de Fernando Coimbra não apenas acompanha essa transformação, mas a potencializa, criando um retrato incômodo de como a violência, quando legitimada pelo ambiente e alimentada pela ambição, não apenas destrói, mas seduz.
Por outro lado, temos Regina (Leandra Leal), que se impõe como a verdadeira força motriz dessa narrativa. É Leandra quem, de fato, impulsiona Os Enforcados, encarnando uma mulher de moral ambígua, moldada pela luxúria e pela ânsia por um marido mais viril e presente. Há nela um desejo quase mítico de reencenar, à sua maneira, o arquétipo de Bonnie e Clyde: anseia por um homem forte, mas é ela quem representa a força — e, sobretudo, a mente estratégica. Regina articula tudo de maneira quase instintiva, chegando a interpretar sinais do destino como confirmações de seu próprio caminho. Sua presença é a materialização de uma violência latente: não a violência explícita do gesto, mas a violência em estado potencial, carregada na composição cênica e no olhar, conduzindo o espectador a um desconforto constante diante de sua gradual e inquietante degradação mental.
Tudo em Os Enforcados é atravessado pela violência — não apenas a física, mas a simbólica, a sexual, a psicológica. O sexo, aqui, é mais do que um ato carnal: é a representação crua e perturbadora da união desse casal, em que Regina fantasia um estupro enquanto o próprio marido, o estuprador em sua imaginação, se perde em devaneios de uma persona mais potente enquanto saboreia uma traição conjugal. Os diálogos, impregnados de ameaças e tensões, carregam uma violência quase sutil, mas constante, como um veneno que se infiltra nas frestas de cada relação.
A violência explícita, no entanto, não é o único ponto de impacto — ela se cristaliza sobretudo quando Fernando elabora seus planos e deixa a câmera repousar sobre espaços vazios, impregnando-os de uma presença quase onipotente de morte e destruição. Nada na imagem é gratuito: cada enquadramento, cada composição, cada feixe de luz ou ausência dele, cada som e cada silêncio funcionam como um estudo clínico e poético sobre o estado mental diante da falsidade e do terror. É um cinema que entende que o sofrimento pode ser mais violento no silêncio do que no grito — e que, por vezes, a imagem estática carrega mais potência que qualquer cena de sangue.
O Disney+ divulgou o trailer da quinta temporada da série original de comédia Only Murders in the Building. A série vencedora do Emmy®, estrelada por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, retorna na terça-feira, 9 de setembro, com seus três primeiros episódios, exclusivamente no Disney+. Em seguida, um novo episódio será lançado semanalmente.
Após a morte suspeita do adorado Lester, o porteiro do Arconia, Charles, Oliver e Mabel se recusam a acreditar que foi um acidente. A investigação os leva a cantos mais sombrios de Nova York e além, onde o trio descobre uma perigosa teia de segredos que conecta poderosos bilionários, mafiosos da velha guarda e os misteriosos moradores do Arconia. Charles, Oliver e Mabel descobrem uma divisão mais profunda entre a cidade histórica que pensavam conhecer e a Nova York que se cresce ao seu redor, onde a velha máfia luta para se manter enquanto novas e ainda mais perigosas figuras surgem.
Confira:
A quinta temporada é estrelada por Steve Martin, Martin Short, Selena Gomez, Michael Cyril Creighton, e conta com um elenco de estrelas convidadas como Meryl Streep, Da’Vine Joy Randolph, Richard Kind, Nathan Lane, Bobby Cannavale, Renée Zellweger, Logan Lerman, Christoph Waltz, Téa Leoni, Keegan-Michael Key, Beanie Feldstein, Dianne Wiest e Jermaine Fowler, entre outros.
Only Murders in the Building é dos cocriadores e escritores Steve Martin e John Hoffman (Grace & Frankie, Looking).Os produtores executivos da quinta temporada são John Hoffman, Steve Martin, Martin Short, Selena Gomez, Dan Fogelman –o criador de This Is Us e Paradise (disponíveis no Disney+) –, Jess Rosenthal, Ben Smith e JJ Philbin. A série é produzida pela 20th Television, parte do Disney Television Studios.
As quatro primeiras temporadas estão disponíveis exclusivamente no Disney+.
Stuart Fails To Save The Universe, série derivada de The Big Bang Theory, acaba de anunciar oficialmente o seu elenco.
Ryan Cartwright (Bones), Josh Brener (Silicon Valley; The Last of US) e Tommy Walker (Danger Force) estão confirmados na série, que também terá os retornos de Kevin Sussman, Lauren Lapkus, Brian Posehn e John Ross Bowie.
“Stuart Fails To Save The Universe” é uma série spin-off de “The Big Bang Theory” que acompanha Stuart Bloom, dono de uma loja de quadrinhos, em sua tentativa de consertar um dispositivo criado por Sheldon e Leonard que, ao ser quebrado por Stuart, causou um apocalipse multiverso. A série explora as consequências dessa ação, com Stuart tendo que lidar com versões alternativas dos personagens conhecidos da série original, enquanto tenta restaurar a realidade.
A trama gira em torno de Stuart Bloom, que acidentalmente destrói um aparelho criado por Sheldon e Leonard, desencadeando uma crise no multiverso. Agora, ele precisa unir forças com sua namorada Denise, o geólogo Bert e o físico quântico Barry Kripke para restaurar a realidade. A jornada de Stuart o leva a encontrar versões alternativas de personagens familiares de “The Big Bang Theory” em diferentes universos. Como o título indica, a situação é caótica e as coisas não estão indo bem para Stuart, que se vê lutando para salvar o universo.
A série ainda não tem uma data definida para estreia.