Crítica | LOVE, DEATH + ROBOTS (4ª temporada)

Desde a estreia, Love, Death + Robots fez nome como aquela série que coloca a animação a serviço de algo maior. Cada episódio é uma centelha nova: ora uma ideia provocadora, ora um tapa visual, ora uma metáfora que você só entende dias depois. Não é só sobre robôs ou sangue jorrando com estilo, é sobre brincar com o formato, questionar o humano, puxar o tapete da nossa zona de conforto.

No Volume 4, a premissa ainda está ali, acenando de longe. Mas dá pra sentir que algo mudou. Os episódios continuam visualmente ambiciosos, alguns até espetaculares, mas é como se a inquietação narrativa tivesse sido trocada por um impulso estético. E tudo bem. Só que talvez, nesse câmbio, parte da essência tenha escorregado pelos cantos.

Reprodução Netflix

Episódio 1 — Can’t Stop

Começa parecendo um videoclipe do Red Hot Chili Peppers com esteroides. Aliás, é quase isso mesmo. A referência ao show em Slane Castle, 2003, é explícita. A energia é pulsante, as cordas que suspendem os músicos criam um balé mecânico que parece só estiloso… até que você percebe o incômodo. Aquilo ali são marionetes. Robôs? Ou humanos performando sem parar, exaustos, presos a um sistema que exige espetáculo constante?

É quando a crítica aparece: arte como distração, como combustível para manter outras engrenagens rodando. E nesse mundo hiperdigitalizado, o que mais falta talvez seja justamente o amor. A ausência que liga o robô à morte. E ao que nos resta de humano.

Episódio 2 — Minicontatos Imediatos

Uma invasão alienígena fofinha, com sátira no volume máximo. Tem mini-humanos, caos e uma crítica que acerta na mosca: a gente só se une quando o apocalipse já chegou. O individualismo, a desinformação e a desconfiança mútua nos colocam à beira da própria ruína. E a piada final, um peido cósmico, tenta ser irreverente… mas escorrega.

É como se quisesse ser Deadpool e Black Mirror ao mesmo tempo. O problema é que o timing das piadas quebra a força da crítica. Dirigido por Tim Miller, o episódio tem potencial, mas parece mais preocupado em ser engraçadinho do que incômodo. Uma pena.

Episódio 3 — Spider Rose

Aqui sim a série se reencontra. Spider Rose é cyberpunk, é sensível, é profundo sem gritar. Lydia vive isolada numa estação espacial que é metade casulo, metade prisão emocional. O luto é o motor do episódio, e a tecnologia que a mantém viva também é o que a impede de seguir.

Quando um bichinho (meio Stitch, meio milagre) entra em cena, tudo muda. Ele não só quebra o ciclo, ele devolve a Lydia algo essencial: afeto. Com a única parte de pele que ainda tem, ela acaricia o ser. É ali que o episódio pulsa. É ali que a série brilha.

A crítica é direta: viramos máquinas de sobrevivência. E quando algo nos toca de verdade, aquilo reacende o que achávamos perdido. A reconexão é o verdadeiro plot twist. E Spider Rose é, de longe, um dos melhores da temporada. Porque tem coração. E nunca esquece que robôs, sem isso, são só lataria.

Episódio 4 – Os Caras do 400

Tem visual potente, roteiro afiado e metáfora das boas. O mundo acabou, e quem sobrou foram os marginalizados. Negros, latinos, asiáticos, aqueles que o sistema sempre deixou de lado. E é deles a tarefa de reconstruir. Porque quando os privilegiados destroem tudo, adivinha quem fica pra limpar a bagunça?

A crítica é afiada e genial: bebês gigantes mimados, símbolos de uma elite infantilizada e destrutiva, são o “inimigo”. E o que parece piada vira denúncia. O protagonista diz que “nada nunca tem fim”. Não é esperança, é sobrevivência. O episódio é manifesto. É grito. E é dos que mais ficam ecoando depois dos créditos.

Episódio 5 – A Outra Coisa Grande

Mais um capítulo da saga “os gatos vão dominar o mundo”. Aqui, o protagonista é um felino com vocabulário de Conde Drácula e sarcasmo afiado. Ele observa o mundo, julga todo mundo, e se alia às máquinas. A sátira é boa, o visual é esperto, e o contraste entre o que ele pensa e o que os humanos veem é hilário.

Mas a piada já foi feita antes. E apesar de tudo funcionar, falta peso. A crítica está lá: a gente trata objetos como gente, e pessoas como coisas. Mas o episódio termina de forma abrupta. Um bom passatempo, mas só isso.

Episódio 6 – Gólgota

Título forte, referência direta à crucificação de Jesus. E sim, é sobre fé. Mas com alienígenas. E golfinhos alienígenas. Como messias. Genial.

O episódio mergulha na espiritualidade de um jeito nada convencional. O sagrado aparece, mas não do jeito que a gente espera. E, claro, os humanos reagem com negação. Cartazes dizem “Deus não é peixe”. A ironia é mordaz: o divino só é aceito se tiver a nossa cara. E quando não tem, vira heresia.

Ao mesmo tempo, o episódio se vale de um sarcasmo afiado, quase no espírito de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Como quando o padre solta um “Jesus!” ao ver a golfinha messiânica. Ele não está louvando — só usando uma expressão automática. E é aí que o roteiro acerta em cheio: ao mostrar como banalizamos o sagrado sem perceber.

A presença de atores reais dá peso. A crítica é religiosa, política e social. Um padre humano tentando lidar com uma fé que não é a sua mostra o quanto moldamos o divino à nossa imagem. Se sai disso, a gente surta.

Corajoso, desconfortável e cheio de camadas. Provavelmente o segundo melhor da temporada.

Episódio 7 – O Grito do Tiranossauro

Uma arena alienígena, gladiadores em dinossauros e uma aristocracia que bebe sangue enquanto o povo sangra. Um espelho do presente, disfarçado de passado futurista.

A nudez dos personagens é quase simbólica: sem máscaras, sem armaduras, só carne e resistência. Quando o tiranossauro branco se recusa a matar, a história muda. É sobre a conexão entre os oprimidos. É sobre quebrar papeis impostos. A caça que se recusa a ser caçador. E a esperança que nasce da cumplicidade.

Episódio 8 – Como Zeke Entendeu a Religião

Segunda Guerra, nazistas ocultistas e um protagonista cético. Parece filme B, mas vira uma reflexão sobre fé. A estética 2D, vintage e sufocante, ajuda a construir a tensão.

Quando Zeke destrói uma cruz e isso acaba com a criatura, a metáfora se forma: às vezes, a fé nasce do caos. Do absurdo. Do improvável. E o episódio transforma ação frenética em epifania silenciosa. Uma surpresa boa. Daquelas que fazem pensar depois.

Episódio 9 – Dispositivos Inteligentes, Donos Idiotas

Piada direta: os gadgets ficaram inteligentes, nós é que estamos lerdos. A crítica vai escalando até chegar na privada em crise existencial. Sim, você leu certo.

Tem humor, tem crítica, tem timing. Mas também tem aquele gosto de sketch de internet. Rende boas risadas e comentários sarcásticos sobre a era digital, mas não passa muito disso. E tá tudo bem.

Episódio 10 – Pois Ele Se Move Sorrateiramente

Pra fechar, poesia sombria em 2D gótico. Um poeta num hospício, escrevendo com sangue, é visitado pelo diabo, que, no fundo, é só um produtor querendo moldar a arte.

A metáfora é clara e dolorida: criar é vender a alma. Mas o episódio vira quando uma sociedade de gatos salva o poeta. Felinos como guardiões da essência. Uma fábula visual, melancólica e linda. E que termina do jeito certo: deixando cicatriz.

Conclusão

Talvez Love, Death + Robots esteja, sim, esgotando ideias. Ou talvez esteja tentando se reinventar sem saber direito para onde ir. O Volume 4 ainda tem brilho, ainda provoca, mas também vacila.

Falta unidade. Falta aquele soco no estômago que nos lembra por que essa série é diferente. Mas talvez esse cansaço seja o próprio recado: estamos buscando salvação na tecnologia, quando, na real, o que falta é conexão. Com o outro. Com o bicho. Com nós mesmo.

Porque no fim, o que move tudo ainda é aquilo: amor, morte e robôs. Nessa ordem.

O Agente Secreto | Primeiras impressões sobre o filme; Confira!

Direto do Festival de Cannes, André Guerra dá suas primeiras impressões sobre O Agente Secreto, filme de Kléber Mendonça Filho com Wagner Moura e Maria Fernanda Cândido que concorre a Palma de Ouro. Confira:

O Agente Secreto segue sem data de estreia definida.

Wicked: Parte 2 | Confira o primeiro teaser do filme!

A Universal acabou de revelar o primeiro teaser de Wicked: Parte Dois, que marca os seis meses que faltam para o lançamento nos cinemas em novembro.

Confira:


Wicked é um aclamado musical da Broadway com música e letras de Stephen Schwartz e libreto de Winnie Holzman, baseado no romance de Gregory Maguire. A história apresenta um olhar alternativo sobre o mundo de Oz, antes da chegada de Dorothy, centrando-se na improvável amizade entre duas jovens mulheres: Elphaba, uma bruxa inteligente, incompreendida e de pele verde, e Glinda, popular, vaidosa e ambiciosa.

A segunda parte do filme estreia em 20 de novembro.

Chefe de Guerra | Confira o trailer da série estrelada por Jason Momoa

A série Chefe de Guerracriada e protagonizada por Jason Momoa acabou de ter um novo trailer divulgado.

Confira:

“Chefe de Guerra”, uma série da Apple TV+, é uma narrativa épica que explora a unificação e colonização das Ilhas Havaianas no final do século XVIII e início do século XIX, focando na história havaiana sob a ótica indígena. A série, estrelada por Jason Momoa, segue Kaʻiana, um guerreiro que retorna ao Havaí e se une a uma campanha sangrenta para unificar os reinos em guerra e proteger sua terra da colonização. 

Os dois primeiros episódios de Chefe de Guerra chegam ao Apple TV+ em 1º de agosto. Os demais sete episódios serão lançados semanalmente até 19 de setembro

Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2 — Pré-venda no Nintendo Switch disponível

A SEGA® anunciou que Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2 já está disponível em pré-venda no Nintendo Switch, com lançamento marcado para 5 de agosto de 2025. O jogo também será lançado na mesma data para PlayStation®5, PlayStation®4, Xbox Series X|S, Xbox One e Steam®.

Como parte do anúncio de hoje, a SEGA disponibilizou um recente trailer destacando a ação do Arco da Vila dos Ferreiros, presente no Modo História do jogo.

Assista ao novo trailer abaixo:

Veja mais do Arco da Vila dos Ferreiros no IGN
Fãs podem acessar IGN.com para conferir um novo vídeo com mais detalhes sobre como o emocionante Arco da Vila dos Ferreiros foi concebido no Modo História de The Hinokami Chronicles 2. Confira clicando neste link.

Pré-vendas digitais já disponíveis na Nintendo eShop

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Quem fizer a pré-venda da Edição Digital Deluxe desbloqueará os seguintes itens:

  • Jogo base
  • 2 Chaves de Desbloqueio de Personagem — Kimetsu Academy – Kyojuro Rengoku e Tengen Uzui
  • 4 Chaves de Desbloqueio de Personagem — Tengen Uzui, Obanai Iguro, Sanemi Shinazugawa e Gyomei Himejima
  • Voz de Sistema do Versus Mode: Conj. de Demônios Superiores — Akaza, Daki, Gyutaro, Zohakuten e Gyokko
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  • Edição Física**
  • Edição Física de The Hinokami Chronicles 2 inclui: 
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  • Fique por dentro das novidades de The Hinokami Chronicles 2 seguindo os perfis oficiais de Demon Slayer no XFacebook e Instagram.

Abertura da Comedy Con será em Niterói com presença dos atores de “Eu, a Patroa e as Crianças”

No dia 17 de julho, Niterói será oficialmente a capital do riso, onde acontecerá a noite de abertura da Comedy Con Brasil, maior evento de humor da América Latina. Uma edição especial e gratuita realizada através do patrocínio da Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas, no icônico Teatro Popular Oscar Niemeyer.

Entre os destaques da noite estão os atores norte-americanos Andrew McFarlane (Tony) e Lester Speight (Calvin), do seriado “Eu, a Patroa e as Crianças”, que vão visitar o Brasil pela primeira vez. Os fãs também poderão ver de perto seus dubladores — os consagrados Rodrigo Antas e Guilherme Briggs — e curtir apresentações dos humoristas Big Jaum, Yuri Marçal e Igor Guedes.

Inicialmente prevista para acontecer no Clube Monte Líbano, na Lagoa, a abertura está sendo transferida para Niterói com patrocínio da prefeitura da cidade, por meio da Secretaria das Culturas. A mudança passa a garantir entrada gratuita para o público, que poderá retirar seu ingresso sem custo pelo site oficial a partir do dia 26 de maioSerão disponibilizadas 400 vagas para essa edição em Niterói.

“Nada mais justo do que abrir um evento sobre humor com um gesto de generosidade: entrada gratuita e de braços abertos em Niterói. Agradecemos à Prefeitura e à Secretaria das Culturas por abraçarem esse propósito e entenderem que a comédia é uma das expressões mais potentes da nossa cultura. Estamos muito animados com o anúncio desta abertura em Niterói e temos certeza que será incrível. Se você é amante da comédia e não quer perder a oportunidade de dar boas risadas e ver de perto os atores americanos, corra para o nosso site e garanta o ingresso para o dia 17 de julho, pois com certeza vai esgotar bem rápido”, afirma Rhoddy Ribeiro, idealizador da Comedy Con.

“O lazer também é um direito do povo e a gente valoriza demais que a galera de Niterói possa frequentar os teatros públicos da cidade. Receber uma atividade como a Comedy Con no Teatro Popular Oscar Niemeyer é uma oportunidade que enche nossa cidade de alegria. Essa atividade tem tudo a ver com as nossas raízes, com a nossa história. Tenho certeza que o público vai se divertir muito, podendo ver de perto – e de graça – ícones da comédia internacional e brasileira. Afinal, Cultura é um Direito!”, celebra Leonardo Giordano, secretário Municipal das Culturas de Niterói.  

Evento 

Além da abertura em Niterói, a Comedy Con Brasil 2025 segue com programação intensa de 18 a 20 de julho na Biblioteca Parque, no Centro do Rio. A agenda inclui paineis, oficinas, apresentações e encontros com artistas nacionais e internacionais. Estão confirmados nomes como os atores de “Eu, a Patroa e as Crianças”, a artista Inês Brasil, o eterno Beiçola, o diretor artístico Big Jaum. Para mais informações, acesse o site www.comedyconbrasil.com.br

Crítica | Lilo & Stitch (2025)

Um Remake que Honra o Original 

Desde o anúncio do live-action de “Lilo & Stitch”, a Disney gerou grande expectativa entre fãs e críticos. A animação de 2002 conquistou o público com sua mistura de humor, emoção e uma abordagem única sobre família e pertencimento. Agora, sob a direção de Dean Fleischer Camp, a nova versão busca equilibrar fidelidade ao material original com atualizações que modernizam a narrativa. Mas será que o filme consegue capturar a magia do original? 

Uma História de Família e Caos Alienígena 

Assim como na animação de 2002, o live-action acompanha “Lilo Pelekai”, uma garotinha havaiana solitária que encontra um amigo inesperado em “Stitch”, um alienígena geneticamente modificado para causar destruição. Fugindo de seu criador e demais perseguidores, Stitch se esconde na Terra e acaba sendo adotado por Lilo, que acredita que ele seja um cachorro incomum. Enquanto a menina ensina ao alienígena o verdadeiro significado de “Ohana” (Família), Stitch precisa lidar com caçadores intergalácticos e com sua própria natureza caótica. 

O live-action mantém os principais eventos do original, mas aprofunda a relação entre Lilo e sua irmã Nani, explorando com mais profundidade os desafios que enfrentam após a morte dos pais. A ameaça da separação por parte dos serviços sociais ganha um peso emocional maior, tornando a luta de Nani para manter a família unida ainda mais dramática. 

Um Elenco que Honra o Espírito da Animação 

A escolha do elenco é um dos pontos mais elogiados do filme. A estreante Maia Kealoha, no papel de Lilo, entrega uma atuação vibrante e simples, capturando a energia e fofura da personagem. Sydney Agudong, como Nani, traz uma interpretação emocionalmente carregada, reforçando a dinâmica entre as irmãs. 

O icônico Stitch, é dublado na versão original/estadunidense, novamente, por Chris Sanders, que mantém sua essência destrutiva e carismática, agora recriada com CGI de última geração. Zach Galifianakis e Billy Magnussen, como Dr. Jumba Jookiba e Agente Pleakley, respectivamente, adicionam humor à trama, embora suas caracterizações tenham sido ajustadas para o formato live-action. 

Uma das mudanças mais notáveis está na forma como Jumba e Pleakley são apresentados. Na animação, eles mantêm suas formas alienígenas, disfarçando-se de humanos de maneira cômica. No live-action, a abordagem foi diferente: os personagens aparecem com aparências humanas, o que pode gerar certa controvérsia entre os fãs. 

Um Novo Olhar sobre o Havaí 

Dean Fleischer Camp, imprime um estilo visual mais realista ao filme. A cinematografia captura a beleza do Havaí com uma paleta de cores quentes e iluminação natural, reforçando a ambientação tropical. A trilha sonora mantém clássicos de “Elvis Presley”, mas também introduz novas versões e músicas havaianas atuais. 

A animação de 2002 era marcada por um estilo visual único, com aquarelas suaves e um design expressivo dos personagens. No live-action, a transição para CGI exigiu ajustes, especialmente na criação de Stitch. Importante salientar que o longa possui menos destruição cômica, pois, algumas cenas exageradas de caos protagonizadas por Stitch foram suavizadas para se encaixar melhor no realismo do filme. Felizmente, o alienígena manteve seu charme e caos característico, sem perder a essência que o tornou um dos personagens mais queridos da Disney. 

Um dos Melhores Remakes da Disney? 

O live-action de “Lilo & Stitch” consegue capturar a essência do original, ao mesmo tempo em que moderniza aspectos da narrativa para um público mais atual. A relação entre Lilo e Nani é mais profunda, Stitch continua tão caótico e adorável quanto antes, e a estética visual traz um novo olhar sobre o Havaí. Apesar de algumas mudanças controversas, o filme se destaca como um dos remakes mais bem-sucedidos da Disney nos últimos anos. 

Se você é fã da animação original, este live-action certamente trará nostalgia e emoção. E para aqueles que estão conhecendo a história pela primeira vez, oferece uma experiência encantadora e cheia de coração.

“Ladrões”, novo filme de Darren Aronofsky com Zoë Kravitz, ganha trailer oficial

Estrelado por Austin Butler, Matt Smith e Zoë Kravitz, “Ladrões” acaba de ganhar trailer oficial. Com distribuição da Sony Pictures, o thriller dirigido por indicado ao Oscar Darren Aronofsky (“Cisne Negro” e “Mãe!”), estreia em breve nos cinemas e conta a história de Hank Thompson (Austin Butler), um jovem que ama fundado e trabalha em um bar em Nova York. Quando seu vizinho, Russ (Matt Smith), pede para Hank cuidar de seus gatos por alguns dias, a vida do jovem muda completamente. Hank se envolve com um grupo de gângsteres que quer a todo custo algo dele – o problema é que ele não faz ideia do quê – e precisa lutar pela sua vida.

O longa é baseado no livro “Caught Stealing”, de Charlie Huston, que também assina o roteiro do filme. Além de Austin Butler, Matt Smith e Zoë Kravitz, o elenco conta com nomes como Regina King, Liev Schreiber, Vincent D’Onofrio, Griffin Dunne, Benito A Martínez Ocasio e Carol Kane.

Confira o novo trailer:

No filme, Hank Thompson (Austin Butler) era um jogador específico do colégio, mas agora não pode mais jogar. Mesmo assim, o resto da sua vida vai bem. Ele tem uma namorada incrível (Zoë Kravitz), trabalha como barman em um bar em Nova York e seu time favorito está fazendo uma corrida experimental rumo ao título.

Quando seu vizinho, Russ (Matt Smith), pede que ele cuide de seu gato por alguns dias, Hank de repente se vê no meio de uma turma nada convencional de gângsteres ameaçadores. Todos querem algo dele — o problema é que ele não faz ideia do quê. Enquanto tenta escapar do cerco que se fecha cada vez mais, Hank vai precisar usar toda a sua habilidade para sobreviver tempo suficiente e descobrir o motivo…

Crítica | Missão: Impossível – O Acerto Final (Sem Spoilers)

A derradeira parte de uma das franquias de ação mais importantes das últimas 3 décadas, Missão: Impossível – O Acerto Final (Mission: Impossible – The Final Reckoning), mostra o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) acompanhado e sua equipe da IMF encarando as consequências dos acontecimentos que sucederam a missão para impedir o acesso de uma perigosa Inteligência Artificial ao sistema global de computadores. Tendo a certeza de que a vida no planeta depende das suas escolhas, Ethan continua sua busca pela entidade, mas acaba se deparando com grandes governantes poderosos ao redor do mundo, precisando contar com a ajuda de novos e velhos aliados para salvar o destino da humanidade.

  Desde 1996 que o inegável carisma e versatilidade de Tom Cruise no papel do agente Ethan Hunt toma conta das salas de cinema ao redor do mundo com a igualmente energética franquia Missão: Impossível, baseado em um icônico seriado de TV da década de 1960 criado por Bruce Geller, época na qual a espionagem era principal foco das mídias de entretenimento, tanto pelo contexto histórico da Guerra Fria, quanto pela disseminação do estilo graças a um certo agente secreto britânico criado por Ian Fleming. Com total entendimento da necessidade de atualização de cenários sócio-políticos e tecnológicos ao longo dos anos, as adaptações cinematográficas de Missão: Impossível cumprem com maestria o dever de casa de se manterem atualizados a cada filme, tendo em Acerto de Contas e em Missão: Impossível – O Acerto Final (Mission: Impossible – The Final Reckoning) um conflito crescente e bem elaborado contra os perigos de uma nociva inteligência artificial em mãos erradas.

Imagem: Paramount Pictures

 O que verdadeiramente surpreende nesses dois últimos filmes da franquia Missão: Impossível é a alusão aos princípios pregados tanto pela icônica saga quanto pelo seu astro e produtor. Tom Cruise e toda a equipe abraçam a ideia de se fazer um cinema imersivo com recursos e esmero, ousando utilizar mecanismos além do digital e mergulhar do modo clássico de produzir e filmar cenas de ação empolgantes que fazem jus à essência de uma produção cinematográfica artesanal, sem utilizar uma gota sequer de imagens geradas por IA e comprometer a magia da sétima arte e o emprego de verdadeiros magos do entretenimento. Consciente dos perigos de uma inteligência artificial, a trama se desdobra por meio de escolhas formais com técnicas e recursos que agregam valores à imersão imagética do longa. No entanto, seu conteúdo interessante, e condizente com a “filosofia” da saga, poderia ser melhor aproveitado, evitando repetições e incrementos cansativos ao longo da trama.

Mais uma vez sob a meticulosa direção de Christopher McQuarrie, indubitavelmente primoroso nas cenas de ação que conduz, Missão: Impossível – O Acerto Final, compensa uma certa escassez de elementos particulares que trariam mais identidade, criatividade e ousadia à história, com momentos de amálgama entre tensão, pura adrenalina e agonia em seu terceiro ato, que culminam na maior sequência de ação de toda a franquia e, talvez, uma das melhores do cinema nos últimos 10 anos. Antes intitulado Acerto de Contas: Parte 2, sendo modificado para O Acerto Final, para intensificar a despedida da franquia cinematográfica, a oitava aventura do agente Ethan Hunt é além de uma conclusão da história do filme antecessor, mas uma verdadeira revisão de todos os acontecimentos da série até então. Para o lado positivo desse tributo que auxilia aqueles que não estão com a memória fresca de 7 narrativas anteriores complexas e de longa duração, esses resumos da trajetória de Hunt e sua equipe em 30 anos caem como uma luva e até podem servir para quem está caindo de paraquedas na série de filmes pela primeira vez. No entanto, essa revisitação a todos os filmes, que vem logo de cara na primeira cena de O Acerto Final, chega a ser constante e repetitiva para quem espera que não só a ação e movimentação rítmica, que são prometidas desde o primeiro momento do longa, deem as caras, como também uma particularidade própria deste novo longa além da sensação de despedida constantemente imposta pela história.

Imagem: Parmount Pictures

É possível sentir o excesso de ideias apresentadas ao longo do primeiro e segundo ato de Missão: Impossível – O Acerto Final , que beira o cansativo e o repetitivo, ainda mais quando a narrativa se encontra em um embate contra o anti climático, saindo felizmente vitoriosa graças aos personagens por quem o público sente afeição e torce para o sucesso de suas respectivas missões e a ação contagiante em, pelo menos, 4 grandes momentos que ficarão lembrados na história do gênero cinematográfico, com direito ao protagonista Ethan Hunt e sua icônica correria, máscaras de alta tecnologia, uma intensa e sufocante investigação em um submarino russo nas profundezas do oceano e uma sequência de voo que serve como um verdadeiro teste cardíaco para todos os públicos. Seria bater repetidamente em uma mesma tecla declarar que Tom Cruise, mais uma vez, desempenha com total facilidade e entusiasmo o papel de Ethan, despertando no público um já típico sentimento de afeição pelo agente que faz parte do entretenimento cinematográfico dos fãs de ação e espionagem há 3 décadas. Porém, pelo custo de absolutamente nada, vangloriamos toda a vivacidade do veterano ator em seu papel mais importante na sétima arte. É interessante como, ao contrário de todo o filme, Cruise não encara O Acerto Final como uma longa despedida, optando por agir com a mesma sensação de invencibilidade para com seu icônico personagem. Pode-se perceber, no entanto, que Ethan, em determinados momentos, se vê na necessidade de contemplar filosofias e ensinamentos ao longo de 30 anos de missões impossíveis, principalmente em sequências que mostram interações entre ele e seu parceiro de longa data Luther Stickell, mais uma vez vivido por Ving Rhames. Eis que o oitavo e último filme da franquia não utiliza da nostalgia para promover emoções baratas ou referências jogadas para agradar fãs que necessitam que toda série de filmes tenha conexões auto-explicativas, mas sim para elevar um modo contemplativo e bem trabalhado para o épico desfecho, a ponto de emocionar com poucas e bonitas palavras.

Convicto da necessidade de bolar um desfecho épico para toda a história da franquia Missão: Impossível a partir da premissa que teve início no longa antecessor a O Acerto Final, roteiro de Christopher McQuarrie e Erik Jendresen se divide entre uma construção narrativa linear e episódica devido ao acúmulo de informações e novas ideias que dividem a trama em 3 núcleos: da missão de Ethan em resgatar um dispositivo fundamental para a destruição da inteligência artificial que ameaça o planeta; de sua equipe, composta por Benji, Grace, Paris e Degas, interpretados respectivamente pelos ótimos Simon Pegg, Hayley Atwell, Pom Klementieff e Greg Tarzan Davis; e da sala de guerra, onde a Presidente Erika Sloane, vivida pela incomparável Angela Bassett. Por vários momentos, a escrita parece prolongar as subtramas que compõem a premissa principal de O Acerto Final para estender a metragem do filme e preparar o terreno para épicos momentos finais, o que, de fato, procede, já que o derradeiro embate entre Ethan e o convincente vilão Gabriel, interpretado com excelência por Esai Morales, combinado à tensão proveniente da ameaça global por conta dos ataques da “Entidade” e conflitos sócio-políticos, tornam o terceiro ato do longa uma montanha russa de emoções.

Coincidentemente, Missão: Impossível – O Acerto Final tem seus grandes acertos nos momentos finais, compensando o exagerado e quase verborrágico meio da narrativa com um desfecho à altura das grandes aventuras do agente Ethan Hunt. E que altura o protagonista atinge nesta sua última missão, diga-se de passagem! No final, o ar saudosista é inevitável, ainda mais quando nos damos conta de que foram quase 30 anos acompanhando aventuras frenéticas, repletas de emoção e criatividade. A franquia Missão: Impossível deixa como legado um verdadeiro exemplar de como fazer um cinema imersivo e funcional com técnicas e trabalhos manuais louváveis em tempos de soluções fáceis e desprovidas de alma, graças a intenvenção da inteligência artificial nas artes. Que novas franquias do gênero encarem essa honrosa missão!

Yellowjackets | 4ª temporada é confirmada pela Paramount+; Confira!

A Paramount+ confirmou a produção da 4ª temporada de Yellowjackets. Confira:

Yellowjackets se tornou um rolo compressor cultural, com a terceira temporada quebrando todos os recordes anteriores. Ashley [Lyle, co-criadora] e Bart [Nickerson, co-criador] criaram com maestria um fenômeno absolutamente singular e desafiador de gênero — uma alquimia perfeita de terror psicológico, suspense de sobrevivência e drama de amadurecimento que continua a cativar o público em todo o mundo, trazido à vida por nosso elenco extraordinariamente talentoso e amado”.

A afirmação foi feita por Chris McCarthy, co-CEO da Paramount Global e presidente da Showtime/MTV Entertainment Studios ao THR.

A trama de Yellowjackets se passa em dois períodos temporais diferentes: nos anos 1990, um time de futebol feminino escolar se envolve em um acidente de avião e passa meses isolado na floresta esperando resgate; nos dias atuais, as sobreviventes tentam a todo custo guardar os segredos sobre o que aconteceu por lá.

Todos os episódios estão disponíveis no Paramount+.