A Netflix revelou um vídeo com cenas dos bastidores da 2ª temporada de DNA do Crime. Confira:
DNA do Crime conta a história de dois policiais federais, Benício e Suellen, que investigam um mega assalto a uma seguradora de valores no Paraguai, com pistas que os levam a uma rede de criminosos que atua em ambos os países. A série, que se passa em Foz do Iguaçu, acompanha a investigação da Polícia Federal, que usa as análises de DNA para desvendar os mistérios do crime e de outros crimes relacionados.
A segunda temporada da série brasileira DNA do Crime estreia no dia 4 de junho.
Há programas de TV que marcam a infância, e se um deles simplesmente desaparecesse sem deixar vestígios? No thrillerMister Magic, a escritora best-seller do New York Times, Kiersten White apresenta um elenco de ex-atores mirins – conhecidos como “círculo de amigos” – que se reúnem trinta anos depois do fim misterioso da exibição infantil na qual estrelavam. Sem gravações ou registros, e com memórias nebulosas, eles são atraídos para um reencontro em um podcast que promete finalmente revelar toda a verdade sobre os bastidores trágicos do caso.
Ambientado em Utah, estado norte-americano conhecido pelo grande conglomerado religioso dos EUA, o livro aprofunda a história de Val, uma das estrelas do Mister Magic. Com uma narração nada confiável, a protagonista não lembra da infância – até perceber que sua conexão com o programa é mais sombria e negativa do que imaginava. Agora adultos, os amigos descobrem algo chocante: o show televisivo não era apenas entretenimento, mas, sim, parte de um culto religioso. As memórias suprimidas voltam à tona, e o que parecia ser uma reunião nostálgica se transforma em uma investigação aterrorizante, e faz o grupo questionar a própria sanidade – até mesmo se o podcast não é uma armadilha para levá-los de volta aos palcos.
– Acho que você não ficou no programa tempo suficiente pra aparar essas arestas. Para ficar boazinha e dócil como as menininhas devem ser. Deveríamos ter te tirado do programa assim que começou a fazer mudanças. Só que, do ponto de vista logístico, era complicado, e ficamos curiosos. Em retrospecto, coisa e tal […] queremos que o Mister Magic volte ao seu devido lugar, nas casas de todo o país. Alguém tem que pôr este país sagrado de volta no prumo. – O homem balança a cabeça, mais para si mesmo do que para Val, e estufa o peito. – […] Por bem ou por mal, alguém vai formar o círculo hoje à noite. Desta vez, cabe a você decidir se vai ou não funcionar. (Mister Magic, p.237)
Ao misturar terror psicológico, suspense e elementos sobrenaturais, a obra explora temas como seitas religiosas, manipulação, trabalho infantil mascarado de diversão e o impacto da nostalgia na construção de lembranças. Inspirado na trajetória da autora como ex-mórmon, Kiersten White compartilha a sensação de crescer em um ambiente altamente controlado, com regras rígidas e uma estrutura que exige conformidade – caso refletido nas ações dos personagens e explicado em nota da tradutora no final da narrativa.
Publicado no Brasil pela Plataforma21, Mister Magic também vai além da ficção ao explorar o impacto dos relacionamentos parassociais – a ilusão de proximidade criadas por muitos fãs em cima de figuras midiáticas. Afinal, White conduz o leitor por um enredo inquietante que questiona o poder de controle por meio das lembranças e a falsa sensação de segurança que muitas crianças vivenciam. Entre memórias fragmentadas e verdades ocultas, este lançamento traz reflexões sobre o que realmente molda a identidade de cada pessoa quando se tenta escapar de abusos do passado.
Ficha técnica: Título: Mister Magic Subtítulo:Os bastidores da ilusão Autor: Kiersten White Selo: Plataforma21 Tradução: Lavínia Fávero Edição: 1ªed., 2025 Gênero: Terror/Suspense ISBN do livro físico: 978-65-5008-041-9 ISBN do e-book: 978-65-5008-042-6 Público-alvo: jovem adulto, +16 Número de páginas: Preço: R$ 89,90 Onde encontrar: Amazon | E-commerce VR Editora | Principais livrarias do Brasil
O terror Screamboat: Terror A Bordo chega aos cinemas brasileiros no dia 1º de maio, com distribuição da Imagem Filmes, trazendo uma mistura insana de sangue, tensão e humor ácido para as telonas. Com direção de Steven LaMorte, o filme traz uma versão macabra do rato mais famoso da cultura pop e promete conquistar os fãs de terror.
Confira cinco motivos para não perder a estreia de Screamboat: Terror A Bordo nos cinemas:
1. Uma releitura sinistra de um ícone da cultura pop O filme é uma releitura sangrenta e bizarra de “Steamboat Willie” (1928), curta-metragem dirigido por Walt Disney e Ub Iwerks, considerado o marco zero da carreira de Mickey Mouse. Screamboat: Terror A Bordo subverte a imagem do ratinho que conquistou gerações de crianças, trazendo um vilão de arrepiar.
2. O vilão é interpretado por David Howard Thornton O assassino Willie é interpretado por David Howard Thornton, o mesmo ator que deu vida a Art, o Palhaço, na franquia “Terrifier”. Thornton é conhecido por sua atuação sem falas e expressões perturbadoras — uma combinação que promete deixar o público arrepiado mais uma vez.
3. O cenário é real e já transportou milhares de pessoas O longa foi filmado em um ferry desativado de Staten Island, o que garantiu uma ambientação claustrofóbica e realista. O diretor Steven LaMorte, nascido na região, usou a própria memória afetiva para transformar o espaço num cenário de terror. Outra curiosidade é que esta mesma balsa utilizada nas filmagens pertence às estrelas do Saturday Night Live, Colin Jost e Pete Davidson, que a adquiriram em 2022.
4. Humor e horror na medida certa Apesar da violência explícita, o filme também investe na comédia. As cenas exclusivas divulgadas evidenciam esse equilíbrio: momentos de tensão são pontuados por doses de humor sombrio e absurdo, seguindo a estética de terror trash que se popularizou muito nos últimos anos.
5. Mesmos produtores de Terrifier 2 e 3 O longa foi produzido pela mesma equipe por trás de Terrifier 2 e 3, que se tornaram cults instantâneos entre os fãs de horror. Ou seja, o público pode esperar muito sangue, efeitos práticos e mortes criativas.
Com o gancho “Você deve ter fé”, Paris Filmes acaba de divulgar o novo cartaz de “O Ritual” (The Ritual), terror que estreia nos cinemas brasileiros em 10 de julho. Baseado no maior exorcismo da história, o filme é protagonizado por Al Pacino, Dan Stevens e Ashley Greene.
A produção, dirigida por David Midell, acompanha dois padres – um deles em crise com sua fé e o outro confrontando um passado turbulento – que precisam superar suas diferenças para realizar um exorcismo arriscado. O roteiro é assinado por David Midell e Enrico Natale.
Em entrevista ao GamesRadar+, o diretor Jake Schreier revelou detalhes da trama de Thunderbolts* que foi descartada. Confira:
“Quando o roteirista Eric Pearson criou o projeto com Brian Chapek, acho que uma das versões originais do roteiro era algo semelhante a Duro de Matar. Tudo se passaria neste cofre, e sair dele teria sido a missão central. Então, acho que o DNA desse projeto sempre foi muito contido.”
Thunderbolts* estreia nos cinemas no dia 1º de maio.
A segunda temporada de Wandinha ganhou seu primeiro teaser oficial. Confira:
A série traz a investigação de um mistério sobrenaturalmente infundido durante a passagem de Wandinha Addams como estudante na Nevermore Academy.
Wandinha Addams tentará dominar sua habilidade psíquica e frustrar uma terrível onda de assassinatos que aterrorizou a cidade local, ao mesmo tempo em que descobre segredos que envolveram seus pais há 25 anos.
A Parte 1 estreia em 6 de agosto, e a Parte 2 estreia em 3 de setembro, ambas na Netflix.
CONCLAVE, longa indicado a oito categorias no Oscar 2025, volta aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (24). Com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, o aclamado filme do diretor Edward Berger (“Nada de Novo no Front”) estará novamente em cartaz em cerca de 40 cidades, depois de já ter levado mais de 700 mil espectadores aos cinemas no país.
O público poderá conferir o filme nas seguintes cidades: Brasília (DF), Cuiabá (MT), Maceió (AL), Recife (PE), Aracaju (SE), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), Belo Horizonte (MG), Cabo Frio (RJ), Duque de Caxias (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Avaré (SP), Bauru (SP), Campinas (SP), Cotia (SP), Guarulhos (SP), Mauá (SP), Piracicaba (SP), Pirassununga (SP), Santos (SP), São Carlos (SP), São José do Rio Preto (SP), São Paulo (SP), São Roque (SP), Sorocaba (SP), Cornélio Procópio (PR), Curitiba (PR), Londrina (PR), Maringá (PR) Paranaguá (PR), Porto Alegre (RS), Camboriú (SC), Criciúma (SC), Florianópolis (SC) e Joinville (SC).
Com um elenco estelar, encabeçado pelo premiado Ralph Fiennes, CONCLAVE retrata um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Adaptação do best-seller do autor Robert Harris, a produção acompanha o Cardeal Lawrence (Fiennes), que se vê a contragosto encarregado de coordenar a eleição do novo líder da Igreja, após a morte inesperada do antigo Sumo Pontífice. Para sua surpresa, porém, sua tarefa é ainda mais complicada do que apenas equilibrar seu luto pessoal com sua preocupação em garantir a lisura durante todo o processo. De repente, Lawrence se vê no meio de uma rede de segredos e conspirações, que ameaça sua fé e os próprios alicerces da Igreja.
Além de Fiennes, CONCLAVE reúne nas telonas nomes como Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rossellini, Sergio Castellito e Carlos Diehz.
Distribuído pela Diamond Films, CONCLAVE entra em cartaz em mais de 60 salas de cinema a partir desta quinta-feira (24).
Clair Obscur: Expedition 33, a aguardada estreia do estúdio independente francês Sandfall Interactive e publicado pela Kepler Interactive (Tchia, Sifu, Pacific Drive), já está disponível mundialmente para PlayStation 5, Xbox Series X|S (disponível a partir de hoje, 24, com o Xbox Game Pass) e PC via Steam e Epic Game Store.
Assista ao trailer de lançamento de Clair Obscur: Expedition 33 abaixo:
Apresentando um mundo de fantasia original inspirado na França da Belle Époque, Expedition 33 oferece uma história emocionante e cinematográfica, trazida à vida por um elenco incrível de dubladores, tanto dos videogames quanto do cinema, em inglês e francês, incluindo Charlie Cox, Jennifer English, Ben Starr e Andy Serkis. Com batalhas inovadoras e reativas por turnos e profunda personalização de personagens, os jogadores embarcarão em uma jornada por um mundo de maravilhas repleto de locais deslumbrantes, segredos e conteúdos secundários desafiadores, conectados por um mapa-múndi totalmente navegável.
Saiba mais sobre o mundo de Expedition 33 com o Trailer de Lore, dublado por Jennifer English, aqui:
Juntamente com a estreia do jogo hoje (24), a Laced Records também lança a Trilha Sonora Original de Clair Obscur: Expedition 33 em todas as principais plataformas de streaming. Com 154 faixas originais e mais de 8 horas de música, os jogadores agora podem ouvir a trilha completa do game, composta por Lorien Testard, com vocais de Alice Duport-Percier e com participações especiais de Victor Borba e Ben Starr (dublador do misterioso personagem Verso), entre outros. Ouça a trilha sonora aqui.
Os fãs também podem descobrir “Nos Vies En Lumière”, uma faixa especial de 33 minutos que incorpora temas-chave da trilha sonora em uma jornada musical que ecoa o mundo amplo de Expedition 33. Ouça a canção abaixo:
Clair Obscur: Expedition 33 já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S (disponível no lançamento com o Xbox Game Pass) e PC via Steam e Epic Game Store. Os fãs também podem comprar a Edição Deluxe digital em todas as plataformas, que inclui a Coleção “Flores”, uma roupa personalizada “Clair” para Maelle e uma roupa personalizada “Obscur” para Gustave*, além do jogo base. Para mais informações, visite o site oficial.
Sobreviventes é um drama luso-brasileiro que acompanha um grupo de homens e mulheres, negros e brancos, que escaparam do naufrágio de um navio negreiro e se veem isolados em uma ilha deserta, em algum lugar do Oceano Atlântico. Durante o isolamento, a convivência entre senhores e escravos é capaz de alterar valores morais e sociais da realidade do século XIX.
A realização de uma obra utópica ambientada no período mais desumano da história do Brasil, que coloca negros e brancos em uma tensa e desafiadora convivência em uma ilha desconhecida após o naufrágio de um navio negreiro, é uma ideia repleta de possibilidades deveras interessantes. É necessária toda a sensibilidade artística e racional ao abordar questões que ainda pesam na sociedade brasileira, deixando resquícios impossíveis de se ignorar, além de criatividade na forma como tal conteúdo, constantemente revisitado por produções audiovisuais, deva aqui ser tratado. Sobreviventes, lançamento póstumo do cineasta português José Barahona – que faleceu em 23 de novembro de 2024, conhecido por filmes como “Estive em Lisboa e Lembrei de Você” (2015) e “O Manuscrito Perdido” (2010) – embarca no desafio de ficcionalizar um conflito ambientado no último século do comércio de escravos entre Portugal e Brasil, entregando um produto repleto de boas intenções, mas que constantemente se vê atrapalhada por simploriedades narrativas ao procurar tecer críticas óbvias.
Co-assinado pelo próprio Barahona e pelo roteirista José Eduardo Agualusa, o texto de Sobreviventes utilizado ao máximo o seu estoque de alusões aos conflitos entre senhores e escravos, principalmente em fazer do conflito entre os adversários em cena – ora silenciosamente metódico, ora agressivo -, um jogo de xadrez que é insistentemente mostrado ao longo da narrativa, não chegando a ser uma referência medíocre, mas, de tanto que é utilizada, soa como infantil. O mesmo se dá quando o filme, pasmem, se vê na necessidade de explicar o óbvio, como os efeitos nocivos e criminosos do racismo e misoginia, temáticas estas que de fato funcionam quando são expostas de maneira nua e crua por produções que se comprometem com a ousadia narrativa, mas quando acompanhadas de uma linguagem praticamente didática, como acontece aqui, estão longe de passar o grau de seriedade necessário para fazer o discurso funcionar. Por outro lado, existem momentos em que as críticas à nobreza e à burguesia daquela época, que espelham na sociedade brasileira da modernidade, são elegantes e acompanhadas de bons diálogos, principalmente vindos do personagem Fradique Mendes, interpretado por Miguel Damião, um dos co-protagonistas que o roteiro não deixou se transformar em mais um exemplo de “branco salvador”, por muito pouco. Quando entre em cena, a comunidade formada por escravos que escaparam do navio se mostra um modelo atraente aos olhos da sétima arte de sociedade movida pela necessidade de sobrevivência e subversão de valores, pondo o branco racista e a igreja racista no lugar de inferioridade, deixando evidente a trama utópica idealizada pela escrita que funcionaria por si só, sem necessitar de tantos incrementos para classificar o filme como anti-imperialista.
Imagem: Pandora Filmes
É sábio afirmar que Sobreviventes se divide entre uma narrativa que deseja expor suas críticas e alusões, combinadas a um roteiro que procura transformar situações de sobrevivência em uma interessante luta de classes e valores, e uma história que se atrapalha ao narrar suas ideias, a ponto de parecer mais expositiva e verborrágica do que sutil e assertiva em seus argumentos. Por outro lado, há breves momentos de sutileza e contemplação narrativa, como o momento em que a personagem de Anabela Moreira, Dona Emília, uma senhora de engenho escravista ao se ver na necessidade de viver em sociedade na ilha, comemora uma pesca realizada com sucesso tomando um banho de mar, despida de suas vestimentas de cima e exibindo o corpo saudável e sem qualquer marca, enquanto Vissolela – interpretada de maneira visceral pela atriz Zia Soares, uma mulher negra que assumiu o controle da comunidade e decidiu poupar a vida dos brancos desde que os homens trabalhassem, resolve comemorar da mesma maneira, porém totalmente despida, exibindo as cicatrizes de uma servidão forçada e repleta de dor. É uma cena interessante e bem filmada que se espera ver em filmes que abordam a temática do racismo, cujo a ausência de diálogos desnecessários tornam o momento ainda mais forte. A relação entre os personagens de Allex Miranda e Kim Ostrowskij, que vivem, respectivamente, o protagonista João Salvador e Inês, filha de Dona Emília e companheira do herói negro, pode parecer superficial e desprovida de química, mas carrega um peso simbólico que passa a fazer mais sentido quando o grupo inicial de sobreviventes encontra a comunidade composta por ex-escravos que escaparam do navio.
Fascinado pela contemplação da imagem de sua obra mais bonita visualmente, José Barahona se mostrou orgulhosamente equipado de recursos imagéticos para de sobressair de um discurso promissor que acaba se tornando superficial e contraditório dentro das próprias palavras. Sobreviventes é uma obra que evidencia a imagem como um dever da própria produção e escape do foco de uma narrativa que tinha seu potencial, mas que acaba se perdendo em meio ao próprio almejo de se criar uma utopia ambientada dentro do Brasil escravista, com frequentes alusões à sociedade moderna e mostrar (mesmo de maneira óbvia e expositiva) que pouco se mudou do século XIX para cá. Aqui, o trabalho dentro de uma estética clássica e em preto e branco subvertem o lado presunçoso da produção ao contar com escolhas formais de fato assertivas. Barahona soube enquadrar dramas e conflitos dos personagens em cena, além de posicioná-los de forma quase teatral, valorizando minuciosamente cada elemento.
Imagem: Pandora Filmes
Há aqui um trabalho de direção realizado em perfeita união com a cinematografia de Hugo Azevedo, resultando em planos americanos e close-ups que destacam o comportamento dos personagens e expressões de raiva, medo, angústia, injustiça e irracionalidade destes, contanto também com primorosos planos abertos que também intensificam os dramas de sobrevivência e o ambiente que é parte primordial da narrativa. A iluminação teatral bem equilibrada e distribuída, que nos permite acompanhar o que se passa em cena em todos os momentos da trama é funcional dentro da proposta da fotografia em preto e branco. A trilha sonora de Sobreviventes também é um ponto de destaque por, principalmente, contar com a marcante voz do lendário Milton Nascimento.
Retomando as ressalvas que se têm a respeito do roteiro do longa-metragem, é possível identificar certas incoerências em relação à alguns personagens, como, por exemplo, o navegador Gregório (Roberto Bomtempo), que, no primeiro momento, pareceu se importar com a sobrevivência de João Salvador (Miranda), mas, de uma outra para outra, revela desprezo pelo protagonista. A figura do Padre Angelim (Paulo Azevedo) é importante para a trama, mas seu racismo e contraditoriedade religiosa são explorados da maneira mais superficial possível. No mais, é importante frisar que o filme conta com um elenco totalmente esforçado que consegue se entregar de corpo e alma ao projeto e até superar uma escrita bagunçada para seus personagens.
Dotado de uma abordagem utópica que seria mais louvável caso não houvesse excessos de críticas expositivas, alusões repetitivas e um maior esmero no desenvolvimento de seus personagens, Sobreviventes, no entanto, chega a estabelecer uma união harmoniosa entre forma e conteúdo, sendo também um belo legado de José Barahona para o cinema luso-brasileiro.
A indústria do tênis está passando por uma verdadeira revolução impulsionada pela tecnologia. Nos últimos anos, os avanços em materiais, fabricação e personalização redefiniram o que se entende por calçados esportivos e urbanos.
Atualmente, o design de tênis não foca apenas em criar modelos atraentes, mas também em unir diversas tecnologias para oferecer produtos mais eficientes, sustentáveis e funcionais. Essa transformação está afetando todos os aspectos do processo, desde a concepção de uma ideia até a experiência do usuário final.
Grandes marcas como a Adidas estão incorporando novos materiais e tecnologias para criar tênis inovadores. O tênis Adidas Campus, por exemplo, possui estrutura Geofit para um ajuste anatômico, enquanto o amortecimento Bounce oferece conforto e excelente absorção de impacto. Além, é claro, de ser um dos tênis de maior estilo da fabricante alemã.
De fato, o design de tênis está deixando de ser uma questão apenas estética para se tornar um processo mais dinâmico que inclui funcionalidade e ergonomia como elementos essenciais. Conforto, suporte e desempenho se tornaram prioridades, com modelos que otimizam o desempenho atlético e o conforto diário.
Novos materiais estão sendo testados, como fibras sintéticas e naturais que não só melhoram o conforto e a durabilidade, mas também reduzem o impacto ambiental, integrando a tecnologia dos tênis à sustentabilidade. A crescente preocupação com o meio ambiente levou as marcas a se concentrarem na criação de produtos que não sejam apenas inovadores, mas também responsáveis. O uso de materiais reciclados, processos de fabricação mais eficientes e a capacidade de personalizar calçados para prolongar sua vida útil são algumas das estratégias que estão ganhando espaço.
Tecnologias emergentes como a inteligência artificial (IA) também estão permitindo que as marcas de calçados esportivos personalizem ainda mais seus tênis, adaptando-os às necessidades individuais dos consumidores. Da criação de modelos virtuais à otimização da produção usando algoritmos avançados, a IA está mudando a maneira como os tênis são projetados e fabricados. Isso não só oferece um foco mais preciso na produção, mas também proporciona uma experiência personalizada para os usuários.
Avanços tecnológicos transformam o design e o desempenho dos tênis
Tecnologias de amortecimento se tornaram essenciais nos calçados esportivos modernos. Estudos mostram que o amortecimento adequado reduz o impacto nas articulações e melhora a eficiência dos movimentos, permitindo que os atletas se movam mais rapidamente e com maior proteção. Tênis com recursos avançados de amortecimento reduzem o risco de lesões, tornando os calçados equipamentos essenciais para qualquer tipo de atividade física, da corrida ao skate e basquete.
Os sensores e dispositivos inteligentes transformam calçados esportivos em ferramentas essenciais para o desempenho físico. Graças a esses avanços tecnológicos, os usuários podem monitorar suas atividades em tempo real, obtendo dados precisos sobre o número de passos, velocidade, distância percorrida e outros indicadores-chave de desempenho. Esses dados são enviados para aplicativos móveis, dando aos usuários a capacidade de ajustar suas rotinas de exercícios para obter resultados mais eficazes.
Essas novas tecnologias não só fornecem informações valiosas para otimizar os treinos, mas também torna os tênis esportivos aliados indispensáveis para o bem-estar geral, melhorando tanto a eficiência dos exercícios quanto a prevenção de lesões.
A próxima fronteira dos calçados esportivos é a tecnologia inteligente. Com o tempo, os tênis deixarão de ser apenas acessórios para se tornarem dispositivos altamente tecnológicos. Os novos modelos estão sendo projetados não apenas para melhorar o conforto, mas também para otimizar o desempenho dos atletas de forma personalizada.
Os tênis adaptáveis serão capazes de ajustar formato, rigidez e amortecimento dependendo do tipo de atividade ou do terreno em que se está praticando uma atividade física. Por exemplo, alguns modelos poderão ficar mais rígidos e fornecer suporte adicional para corridas longas, enquanto outros se tornarão mais flexíveis e macios para atividades de baixo impacto ou caminhadas.
À medida que a inteligência artificial e os materiais inteligentes avançam, esses calçados poderão até mudar seus formatos e características em tempo real para se adaptarem às condições do terreno, oferecendo uma experiência de calçados completamente personalizada.
Essas inovações prometem revolucionar os esportes profissionais, bem como as atividades cotidianas. A integração da tecnologia em calçados esportivos torna esses itens não apenas uma ferramenta para melhorar o desempenho, mas também uma maneira de otimizar a saúde dos usuários em geral, protegendo seus pés e articulações ao longo do tempo.
Materiais mais usados nos tênis atuais
A economia circular já é uma realidade, e a inclusão de tecidos reciclados nos processos de fabricação de tênis está ganhando popularidade. Essa técnica se baseia em dar nova vida a materiais que antes eram simplesmente descartados. Marcas como Adidas e Nike lançaram linhas de produtos que usam plástico reciclado e outros materiais recuperados de seus próprios tênis, transformando-os em tecidos de alta qualidade.
Dessa forma, o desperdício tradicionalmente associado à indústria têxtil está sendo minimizado. A linha Nike Air, por exemplo, usa pelo menos 25% de materiais reciclados desde 2008. Além disso, desde 2020, sua produção usa apenas energia eólica renovável e 90% dos resíduos são reutilizados para fazer solados.
O couro vegano é um dos materiais que vem ganhando espaço na produção de tênis. Trata-se de um material feito sem produtos de origem animal e que imita perfeitamente o couro. Algo que está funcionando muito bem para um público que rejeitava alguns tipos de tênis devido à sua ética agora os usam e sentem-se conectados ao movimento de proteção das espécies. Uma das marcas que mais aposta no couro vegano é a New Balance, que já conta com diversos modelos que o utilizam como substituto do couro comum.
Materiais biodegradáveis talvez dominem o setor nas próximas décadas. Eles são projetados para se decompor naturalmente quando não são mais úteis, para que seu tratamento subsequente tenha impacto ambiental mínimo. Nesse grupo, estão incluídos o cânhamo ou o algodão orgânico. A Nike usa o chamado Better Cotton, sem pesticidas ou fertilizantes sintéticos.
A Espuma EVA reciclada é outro material de destaque nos tênis como um dos melhores amortecedores disponíveis atualmente. Mesmo reciclada, essa espuma mantém todas as suas propriedades, então mesmo que seja um produto de segunda ou terceira vida, o desempenho será o mesmo. Hoje em dia, muitos tênis possuem espuma EVA como parte de sua estrutura.
A malha técnica também é cada vez mais usada nos tênis, principalmente pela sua leveza e respirabilidade. Sua flexibilidade é altamente versátil para todos os tipos de calçados esportivos, pois garante um nível de conforto que poucos materiais conseguem oferecer em determinadas áreas dos pés. Desde 2020, a Adidas faz uma campanha para recuperar plástico dos oceanos e criar esses tipos de tecidos.
Por fim, o poliuretano termoplástico (TPU) é um material com múltiplas possibilidades que se tornou uma escolha universal para fabricantes de tênis, pois funciona muito bem tanto na fabricação de solas quanto de reforços. É altamente resistente à abrasão, o que o torna ideal para calçados projetados para suportar alto desgaste, principalmente tênis esportivos.