Sandman | Parte dois da 2ª temporada ganha trailer oficial; Assista!

A Netflix revelou o primeiro trailer da segunda parte da temporada final de Sandman. Confira:

Um encontro dos Perpétuos coloca o Mestre Morpheus em uma perigosa jornada, e uma decisão fatídica o torna alvo de uma busca implacável por vingança.

Sandman está de volta com uma temporada final épica. O volume 2 estreia em 24 de julho na Netflix.

Jurassic World: Recomeço | Filme supera expectativas e quebra recorde de bilheteria

Jurassic World: Recomeço estreou nos cinemas e nos seus primeiros cinco dias de exibição já se pagou. A produção arrecadou US$ 320 milhões na bilheteria mundial.

Créditos: Universal Pictures Brasil/Amblin Entertainment

A produção custou US$ 150 milhões aos cofres da Universal Pictures e basicamente já se pagou, sendo um incrível sucesso. As informações são do THR.

Jurassic World: Recomeço já está disponível nos cinemas.

Crítica | Jogo Cruzado

A trama da nova série nacional do Disney+ se desenrola nos bastidores do programa esportivo Jogo Cruzado, do canal fictício Antena Sport, onde um ex-jogador e uma jornalista são forçados a colaborar. A herdeira do canal aposta na tensão e atração entre os dois para aumentar a audiência do canal, mesmo que isso prejudique a credibilidade e reputação da dupla. 

A direção de Pedro Amorim (Mato Sem Cachorro) e Maria Farkas (Carandiru) constrói uma história intricada que aborda temas como carreira, desafios pessoais, relacionamentos e a dinâmica entre jornalismo e esporte de um modo nunca antes visto em produções do gênero na TV. O roteiro escrito pelo quarteto Álvaro Campos (Mundo Novo), Flavia Boggio (Infortúnio), Leandro Muniz (Uma Quase Dupla) e Camila Kertzman (Money ID) acerta ao criar personagens críveis, que são muito bem desenvolvidos. Os diálogos são ácidos, pra lá de honestos e as situações criadas se desenrolam de modo orgânico e sem atropelos. Os temas debatidos, usam do bom humor para entreter, mas ele surge em momentos oportunos, sem diminuir ou atrapalhar os momentos mais sérios. Outro destaque é a montagem que dá aos episódios uma dinamicidade digna de videoclipe, mas sem ser corrida demais dando tempo para o espectador apreciar e entender o desenrolar dos fatos.

As tramas derivadas a partir do núcleo central, tem espaço e se desenrolam de modo satisfatório e pra lá de criativo. No programa fictício, temas como machismo e misoginia são vistos sem pudor e mostram como a realidade brasileira pode ser cruel. Além disso, situações envolvendo depressão, homofobia, dopping (que são presentes no esporte) são vistos e abordados com sensibilidade, mostrando que os atletas são antes de tudo humanos, com qualidades e falhas, e a pressão por resultados, leva eles ao limite. O desdobramentos desses temas tem impactos nessa interessantíssima história que mistura futebol e jornalismo.

As participações especiais farão a alegria dos fãs do futebol. Diversos ex-jogadores e jornalistas consagrados surgem na história e vão levar os fãs a loucura. Mas o grande coração da produção é o seu INCRÍVEL elenco: Luciana Paes (O Animal Cordial), Leandro Ramos (Abestalhados 2), Gabriel Santana (Chiquititas), Danilo de Moura (Sala Escura), Aline Dias (Viva a Vida!) e Roberto Birindelli (Águas Selvagens) possuem tempo para mostrar seu talento e desenvolver seus arcos e a química entre eles é ótima. Mas os donos do show são Carol Castro (Dois Mais Dois) e José Loreto (Aldo – Mais Forte que o Mundo) constroem personagens apaixonantes que se complementam e evoluem durante o show.

Castro transmite uma paixão pelo jornalismo esportivo em sua atuação que incendeia o jogo (leia a série), suas interações com Loreto são eletrizantes. Já O ator constrói um personagem que reflete em partes a vida do jogador Neymar Jr., mas sem cair no caricato e encanta ao mesmo tempo que choca o espectador com suas atitudes em cena.

Misturar jornalismo e futebol parece algo fácil, mas a série Jogo Cruzado leva isso para outro patamar e constrói uma história repleta de tensão, bom humor e paixão digna dos maiores clássicos do futebol internacional. Que venha logo a 2ª temporada dessa produção que marcou um golaço digno do Prêmio Puskás.

Seis Filmes de aventura para assistir em casa nas Férias de Julho; Confira!

Julho chegou e com ele as férias escolares. Nós do Estação Nerd separamos uma lista com seis filmes de aventura para assistir em casa. Confira a lista completa abaixo:

O Dia Depois De Amanhã

O climatologista Jack Hill tem que viajar a pé da Filadélfia a Nova York, nos Estados Unidos, para tentar localizar seu filho Sam depois que o aquecimento global causa desastres naturais em todo o mundo.

Onde Assistir: Mercado Play

Armageddon

Um asteroide ameaça colidir com a Terra e destruir todas as formas de vida. A solução encontrada é colocar uma bomba nuclear no interior do corpo rochoso. Um perfurador de petróleo é convocado para a missão e reúne uma equipe nada convencional.

Onde Assistir: Mercado Play

Uncharted: Fora do Mapa

Nathan Drake e seu parceiro canastrão Victor “Sully” Sullivan embarcam em uma perigosa busca para encontrar o maior tesouro jamais encontrado. Enquanto isso, eles também rastreiam pistas que podem levar ao irmão perdido de Nathan.

Onde Assistir: Netflix

As Aventuras de Tintim

Tintim (Jamie Bell) é um jovem repórter, que está sempre atrás de boa matéria. Um dia, ele vê à venda na rua o modelo de um galeão antigo e resolve comprá-lo. Logo dois outros interessados o abordam, querendo adquirir o objeto, mas Tintim não o vende. Ele leva o galeão à sua casa, onde o coloca em destaque. Só que a entrada de um gato faz com que Milu, seu cachorro, o persiga dentro de casa e, por acidente, derrube o galeão. Ele fica danificado e um pequeno cilindro sai de seu interior, sem que Tintim perceba. Logo Tintim e Milu vão à biblioteca, onde tentam encontrar mais informações sobre o navio retratado no modelo. Ao retornar percebem que o galeão foi roubado. Tintim vai até a mansão recentemente comprada pelo doutor Sakharine (Daniel Craig), um dos interessados em comprar o modelo, mas nada descobre. Ao retornar ele encontra o cilindro e percebe que, dentro dele, há uma pista para um tesouro perdido. É o início de uma nova aventura, onde Tintim e Milu se juntam ao capitão Haddock (Andy Serkis) na disputa contra Sakharine para encontrar o tesouro.

Onde Assistir: Prime Video.

Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros

Os paleontólogos Alan Grant, Ellie Sattler e o matemático Ian Malcolm fazem parte de um seleto grupo escolhido para visitar uma ilha habitada por dinossauros criados a partir de DNA pré-histórico. O idealizador do projeto e bilionário John Hammond garante a todos que a instalação é completamente segura. Mas após uma queda de energia, os visitantes descobrem, aos poucos, que vários predadores ferozes estão soltos e à caça.

Onde Assistir: Prime Video

Jumanji: Bem-vindo à Selva

Quatro adolescentes encontram um videogame cuja ação se passa em uma floresta tropical. Empolgados com o jogo, eles escolhem seus avatares para o desafio, mas um evento inesperado faz com que eles sejam transportados para dentro do universo fictício, transformando-os nos personagens da aventura.

Onde Assistir: Netflix

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Seis Filmes de terror para assistir em casa nas Férias de Julho

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Seis Filmes de romance para assistir em casa nas Férias de Julho

O Agente Secreto | Filme tem lançamento confirmado em 94 países; Confira os detalhes!

“O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, já tem lançamento confirmado em 94 países nas Américas do Norte e Latina, Europa, Ásia e Oceania, de acordo com a MK2, responsável pela comercialização dos direitos de exibição do filme internacionalmente. Entre os territórios já confirmados estão alguns dos maiores mercados cinematográficos do mundo, como China, Estados Unidos e México e Coreia do Sul, além de países como Grécia, Índia, Nova Zelândia e Finlândia. 

Ainda em julho, a produção também ganha prés-estréias em Portugal, com sessões confirmadas para o dia 23, em Lisboa, no Cinema São Jorge, e, no dia 25, no Porto, no Cinema Trindade com a presença de Kleber Mendonça Filho. 

A trajetória internacional de “O Agente Secreto” já passou pelo Festival de Cannes, onde estreou e garantiu quatro prêmios — Melhor Diretor, Melhor Ator (Wagner Moura) e o Prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) e “Art et Essai”, concedido pela AFCAE (Associação Francesa de Cinema d’Art et d’Essai) —, e pelo Festival de Cinema de Sydney. 

Ambientado no Recife de 1977, “O Agente Secreto” chega oficialmente aos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro, e ganha sessões especiais e antecipadas já em setembro e outubro. O longa é um thriller político, que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.  

A Própria Carne | Começa campanha especial de lançamento do terror produzido pelo Jovem Nerd

“A Própria Carne”, longa de terror dirigido por Ian SBF (“Entre Abelhas”) e produzido por Deive Pazos e Alexandre Ottoni, do Jovem Nerd, anuncia uma campanha de divulgação para aqueles que querem mergulhar ainda mais no universo da trama. O filme, com estreia marcada para 30 de outubro e exibição exclusiva nas salas Cinemark de todo o país, contará com uma turnê com os três realizadores por sete capitais brasileiras, marcando presença em sessões para fãs antes do lançamento oficial, além de produtos exclusivos.

A ação conta com quatro níveis de contribuição, cada um com itens especiais. Os valores vão de R$ 109,90 a R$ 839,90. Os fãs que optarem pelo nível 1 receberão uma HQ com seis histórias – quatro roteirizadas por Marcela Godoy, com a parceria dos artistas Alexandre Tso, Akila Hurlant, Mayara Lista e Raphael Salimena, e outras duas roteirizados por Leonel Caldela e o diretor Ian SBF -, além de um conteúdo inédito narrado por Luiz Carlos Persy, acesso ao VOD do longa em dezembro e inclusão de nome nos créditos do filme. 

Já quem optar pelo nível mais alto terá acesso a benefícios como um livro oficial com roteiro comentado e fotos de bastidores; um kit com itens baseados no filme; a oportunidade de assistir ao filme antes da estreia oficial em sessões exclusivas na Cinemark, em uma das sete capitais por onde a equipe vai passar ao longo de outubro: Recife (06/10), Salvador (07/10), Brasília (08/10), Belo Horizonte (09/10), Rio de Janeiro (14 e 15/10), Porto Alegre (16/10) e São Paulo (21 e 22/10).  Quem participar da exibição, receberá um Combo de pipoca com balde exclusivo do filme, junto com refil e bebida.

Os interessados devem escolher o modelo desejado aqui, fechar o carrinho e confirmar a contribuição correspondente. Assinantes de qualquer um dos níveis vão ganhar um Bloody Ticket do filme colecionável assinado pelos criadores do filme se participarem até o dia 13/07.

Além dos benefícios, a campanha conta com vendas para uma sessão de Q&A virtual de 2 horas com os criadores por trás de “A Própria Carne” (R$ 99,90); workshops com Ian SBF de direção, montagem e roteiro (R$ 299, 90/cada); e itens extras colecionáveis e exclusivos, que podem ser comprados à parte, como um disco de vinil com a trilha sonora original do filme (R$ 149,90), uma sinete colecionável ( R$ 149,90) e um pin colecionável em apoio ao Abrigo Casa do Vira-Lata, no qual todo o lucro será doado para a instituição (R$ 30). 

“A Própria Carne” é uma coprodução da Neebla e da Nonsense Creations, de Deive Pazos e Alexandre Ottoni. No elenco estão Luiz Carlos Persy, Jorge Guerreiro, Jade Mascarenhas, George Sauma e Pierri Baitelli. O filme acompanha a chegada de três soldados desertores em uma casa isolada na floresta, durante a Guerra do Paraguai, em 1870. O que parecia ser um refúgio seguro logo se torna um cenário de pesadelo, conforme os fugitivos descobrem que o fazendeiro misterioso e a jovem que moram no local escondem segredos macabros. 

Sinopse

Três soldados desertores durante a Guerra do Paraguai, em 1870, cada um lutando pela sobrevivência à sua maneira, encontram uma casa isolada na fronteira, habitada apenas por um fazendeiro misterioso e uma jovem. O que parecia ser um refúgio seguro se transforma em um pesadelo aterrorizante quando os soldados descobrem que a casa esconde segredos macabros, confrontando-os com um destino ainda mais horrível do que a guerra da qual fugiram.

Nosso Lar 3 – Vida Eterna | Carol Castro e Fábio Assunção serão os protagonistas de sequência; Confira!

Os atores Carol Castro e Fábio Assunção serão os protagonistas de “Nosso Lar 3 – Vida Eterna”, longa que começa a ser rodado neste fim de semana, no Rio de Janeiro, e é baseado no livro “Obreiros da Vida Eterna”, de Chico Xavier e André Luiz. Dirigido e roteirizado por Wagner de Assis, o filme tem produção da Cinética Filmes, coprodução da Star Original Productions e distribuição da Star Distribution, com apoio da FEB-Cinema. A Migdal Filmes é produtora associada.

A nova história vai acompanhar Zenóbia e Domênico em uma missão de socorro espiritual, cheia de amor incondicional por vivos e “mortos”. O terceiro longa da franquia também vai apresentar novos personagens que terão papel essencial diante dos desafios de dar uma nova chance e perdoar aqueles que desejam recomeçar. Os protagonistas se conheceram ainda novos, mas por uma decisão do pai de Zenóbia, não puderam ficar juntos como um casal. Com o caminhar da vida, cada um seguiu seu caminho, até se reencontrarem em outro plano.

O elenco traz outros grandes nomes: Othon Bastos, Renato Prieto; Anna Kutner, Dandara Albuquerque, Caio Scot, Gerson Barreto, Vandré Silveira, Alex Brasil, Gustavo Pace, Cadu Libonati, Rod Carvalho, Talita Castro, Alle Franco, Will Anderson, Márcio Vito, Cynthia Aparecida, Helga Nemetik, Manu Duarte, Renata Tobelem, Beatriz Alcântara e Antônio Zeni.

Sinopse

Em “Nosso Lar 3 – Vida Eterna”, Zenóbia, líder de uma casa espiritual nas zonas umbralinas, enfrenta os abismos mais sombrios para resgatar espíritos arrependidos e salvar Domênico, sua alma gêmea perdida nas trevas. Entre batalhas espirituais e perdão extremo ela arrisca tudo por um amor que acredita ser eterno.

Michael Douglas confirma aposentadoria em Festival de Cinema; Confira!

O ator Micheal Douglas (Instinto Selvagem) declarou no Festival de Cinema de Karlovy Vary que está aposentado do cinema. Confira:

“Não trabalho desde 2022 de forma proposital, porque percebi que precisava parar. Estava trabalhando duro há quase 60 anos e não queria ser uma daquelas pessoas que morrem no set. Não tenho intenção real de voltar. Digo que não estou aposentado porque, se surgir algo especial, eu volto — mas, fora isso, não.”

Marvel Studios/ Divulgação

Michael Douglas revelou que se afastou da atuação em 2021 devido a um câncer de garganta descoberto aos 68 anos, esse é o segundo tratamento contra o câncer que ele faz após mais de dois anos de tratamento.  

Nos cinemas seu último trabalho foi Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. Na TV seu último trabalho foi na minissérie Franklin.

Crítica | Chefes de Estado

Em Chefes de Estado (Heads of State), novo filme original da Prime Video, o presidente dos Estados Unidos (John Cena) e o primeiro-ministro britânico (Idris Elba) mantêm uma rivalidade pública que coloca em risco a parceria entre seus países. No entanto, ao se tornarem alvo de um inimigo em comum, os líderes são forçados a superar suas diferenças para unir forças e fugir juntos pelo mundo.

A fórmula comum entre streamings de produzir filmes de ação comerciais sob algoritmos e elementos de grandes franquias, que há muito já deixaram de funcionar e agora adotam o papel de simplesmente ilustrar uma obra com clichês e excessos, é visível em Chefes de Estado (Heads of State), filme na qual Ilya Naishuller, responsável pelo surpreendente e original Anônimo (2021), pareceu ter caído nas graças do mainstream e, aparentemente, de maneira forçada. O novo longa da Prime Video se inicia como um produto repleto de ação que irá abordar questões conspiratórias, o que parece não combinar com a comédia de absurdos e a atmosfera de entretenimento criativo graças a irreverente química entre Idris Elba e John Cena (que funcionou de forma louvável em O Esquadrão Suicida, de James Gunn) que o filme acaba desenvolvendo, graças a direção de Naishuller que procura encaixar um mínimo de autoria em meio a tanto caos narrativo e pieguice estética.

Chefes de Estado ostentava de uma cafonice que seria sinônimo de sucesso, ainda mais se houvesse a coragem de trabalhar com sabedoria somente a situação, que por si já é absurda e, até mesmo, curiosa, de botar o Primeiro Ministro do Reino Unido e o Presidente dos Estados Unidos lutando para sobreviver, sem qualquer apoio, exército ou arma especial, em meio a um cenário caótico convencional e cômico tal como a trama. A dupla Idris Elba e John Cena funciona mais fora do texto do que seguindo a risca o roteiro que decide inserir diversos conflitos baseados no algoritmo, graças ao intenso carisma dos astros e a habilidade deles em superar más escritas com suas presenças.

Insatisfeito em se identificar somente como uma comédia de ação descompromissada em abordar temáticas geopolíticas, com a única finalidade de construir uma narrativa que respirasse criatividade e descontração (o que é perceptível na condução do humor na dinâmica entre os protagonistas, realizada por Naishuller), o roteiro de Chefes de Estado, dividido entre Harrison Query, André Nemec e Josh Appelbaum, mergulha na crítica rasa e sobrecarregada de elementos característicos de filmes de ação de streamings. Com o constante apelo para um tom mais sério, embasado em tensões geopolíticas entre membros da OTAN, o filme vai, a cada minuto que passa, perdendo seu brilho, interferindo até na outrora boa dinâmica entre o primeiro ministro Sam Clarke e o presidente/astro Hollywoodiano Will Derringer, mesmo abrindo espaço para que os protagonistas mostrassem suas respectivas histórias e propósitos. A personagem que tenta reacender a chama do entretenimento que, mesmo com feixes de luz enfraquecidos, iluminava o filme, é a agente da MI6 Noel Bisset (Priyanka Chopra Jonas), estabelecendo com a dupla de protagonistas uma breve interação divertida. Chefes de Estado ainda conta com antagonistas que parecem ter sido retirados de produções de baixo orçamento das décadas de 1980 e 1990, representados por Paddy Considine e Carla Gugino, que procuram reverter seus personagens mal escritos com seus respectivos carismas.

Imagem: Amazon Prime Vídeo/Reprodução
Imagem: Amazon Prime Vídeo/Reprodução

Não há muito que dizer sobre a ação presente em Chefes de Estado, a não ser reagir que ela é, de fato, abundante na trama, porém desprovida de criatividade e boas técnicas artesanais que aumentariam a imersão do longa, a não ser pelo divertido momento de brilho protagonizado pelo sempre empolgado Jack Quaid que, apesar de fazer a mínima diferença na trama, traz uma certa empolgação, uma vez que a sequência é bem filmada e arquitetada. No entanto, cenas importantes como a invasão ao Força Aérea Um, se perdem nas soluções fáceis, além de apresentarem efeitos visuais digitais que não são atraentes, tampouco bem trabalhados, incentivando a apelação comercial de fácil aceitação do grande público.

Divertido nos primeiros momentos e pouco funcional no decorrer da trama, Chefes de Estado parece ter partido de uma boa ideia, sendo executado através de uma má. Atrativo para o grande público de serviços de streamings, o filme, no entanto, está longe de ser um grande exemplar com atual cinema de ação.

Crítica | Guerreiras do Kpop

Nos últimos anos, a cultura sul-coreana deixou de ser apenas uma expressão regional para se consolidar como uma das forças mais impactantes no cenário cultural global. Esse movimento não é espontâneo: trata-se de um projeto político e institucional meticulosamente planejado, que envolve investimento estatal em cultura, tecnologia e comunicação. A chamada “onda coreana”, não é apenas entretenimento; é uma estratégia de soft power que reposiciona a Coreia do Sul como protagonista simbólica em um mundo ainda hegemonizado por imaginários ocidentais.

O K-pop talvez seja o estandarte mais visível desse fenômeno, com grupos como BTS e BLACKPINK alcançando níveis de fama globais comparáveis aos maiores ícones da música pop ocidental. Mas a força da cultura coreana vai muito além da indústria fonográfica: ela se estende aos doramas, aos games, à moda, à gastronomia e, principalmente, ao cinema. Desde o impacto internacional de Oldboy (2003), passando por obras como Invasão Zumbi (2016), até a consagração definitiva com o Oscar de Parasita (2019), o cinema sul-coreano entendeu o que os ocidentais (especificamente os norteamericanos) gostam e aproveitaram isso.

Diante do emaranhado de produções genéricas que têm marcado o catálogo da Netflix, Guerreiras do K-pop surge como uma grata surpresa — vibrante, divertida e visualmente arrebatadora. O filme adota uma estética já conhecida pelas animações da Sony, com traços que mesclam 3D e 2D em um estilo fortemente influenciado pelos quadrinhos, popularizado globalmente com a franquia Aranhaverso. Mas aqui, essa estilização vai além do visual: ela está profundamente enraizada na musicalidade, na montagem e na energia que move cada cena.

Mesmo para quem não é familiarizado com o universo do K-pop — como é o meu caso — o longa conquista pela inventividade formal e pela maneira inteligente com que articula elementos culturais em uma narrativa acessível e contagiante. Guerreiras do K-pop entrega o melhor dos dois mundos: é um deleite para os fãs da cultura sul-coreana e uma porta de entrada carismática para os curiosos de primeira viagem. Um exemplo de quando entretenimento, estilo e identidade se encontram com precisão.

Curiosamente, ao elogiar este filme, recebi diversas mensagens de pessoas que foram assisti-lo com a expectativa de encontrar uma “bomba” — prontas para criticar —, mas que, para surpresa delas, se divertiram genuinamente. Isso me faz pensar sobre quantas experiências incríveis nos escapam simplesmente porque não nos permitimos vivê-las com abertura. Principalmente quando se trata de arte, é preciso se despir do preconceito e mergulhar de braços abertos no desconhecido.

E engana-se quem acredita que Guerreiras do K-pop se limita à música ou é apenas mais uma animação que surfa na onda da expansão multicultural do Oriente para o Ocidente. O filme fala, sim, sobre K-pop, mas também sobre identidade, pertencimento, liberdade e resistência. Há mais “camadas” aqui do que se imagina à primeira vista — e é justamente isso que o torna tão interessante.

Na verdade, o longa é repleto de nuances psicológicas. O trio principal carrega marcas profundas do passado: Rumi, ferida pela mentira; Mira, protegida por uma couraça forjada pela repressão familiar; e Zoey, dilacerada por sua sensibilidade, vulnerabilidade e desejo de pertencimento. Cada uma delas veste uma máscara de força, aprendendo — como diz a mestra Celine — que não há espaço para cansaço ou fragilidade. São meninas obrigadas a performar invulnerabilidade em um mundo que exige espetáculo.

Até mesmo os chamados “demônios”, seres que veem em Gwi-Ma sua única chance de ascensão, não escapam dessa lógica. São criaturas moldadas pela dor, pela exclusão, pela violência do abandono — e tudo o que desejam é libertar-se das correntes que os definem como monstros. Nesse universo animado, a fantasia serve como espelho das fraturas humanas: o medo de fraquejar, o peso da performance e a necessidade de aceitação. É aí que Guerreiras do K-pop revela sua força — não apenas no ritmo ou no estilo, mas na humanidade que pulsa por trás das luzes e coreografias.