qui, 2 maio 2024

Crítica | Dia do Sim

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Acostumados a sempre dizer não para os filhos, um casal resolve realizar os desejos mais malucos das crianças em um dia de poucas regras e muita diversão em família. Essa é a proposta de Dia do Sim, nova comédia familiar da Netflix. Uma trama simples, com uma execução tediosa que se salva pelo empenho de Jennifer Garner (A Justiceira).

Netflix/Divulgação

O filme é baseado no livro da dupla Amy Krouse Rosenthal e Tom Lichtenheld, fazendo a trama funcionar como um dia do expurgo infantil (sim, estou comparando esse filme infantil a Uma Noite de Crime). Em Dia do Sim, durante 24 horas todas as leis não se aplicam. Seus pais, que normalmente dizem não à maioria dos pedidos, são forçados a dizer sim a tudo, desde que isso não resulte em morte ou seja algo ilegal. A proposta é interessante, mas a execução se resume em tomar muito sorvete no café da manhã e ir a um parque temático… Uau, quanta emoção hein! Em 80 minutos o roteiro de Justin Malen (Correndo Atrás de um Pai) cria situações lúdicas, que no fim ensinam uma lição bacana, mas tudo isso ocorre sem muita magia, emoção ou até mesmo criatividade do roteiro e da direção de Miguel Arteta (Chuck & Buck). O longa Alexandre e o Dia Terrivel, Horrível, Espantoso e Horroroso (estrelado por Garner) consegue criar uma dinâmica familiar mais divertida e criativa que a vista aqui.

Netflix/Divulgação

A dinâmica familiar da família Torres, em Dia do Sim, é aquela tradicional vista em 90% dos filmes. A mãe é disciplinadora e o pai é alguém que não assume a responsabilidade de impor limites. As peripécias escolhidas pelo núcleo infantil, são fofas e caóticas até certo ponto. A mais criativa é o banho no lava jato… E olhe lá. As piadas no longa são distribuídas aqui e ali, algumas muito forçadas e no geral poucas funcionam, as de um certo policial já perto do fim até são engraçadas mas elas surgem no 3º ato, já perto do fim do filme.

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Quanto as protagonistas o destaque é de Garner que com uma interpretação contida inicialmente, nos faz crer que ela é realmente uma mãe preocupada que deixou de ser espontânea devido as responsabilidades do dia a dia, seus melhores momentos são quando o Dia do Sim começa, nesse ponto a atriz transborda carisma e se diverte em cena. Já Edgar Ramirez (The Last Days of American Crime) parece um pouco perdido, sua química com Garner é quase nula. Jenna Ortega (Você) tem boas cenas com Garner e atua bem, no geral.

Dia do Sim, tem apenas uma boa proposta e uma Jennifer Garner inspirada. É uma pena que só esses dois pontos não tenham sido suficientes para fazer desta uma obra marcante. O longa vale ser conferido com a família de modo muito descompromissado. Quem sabe o filme não inspira os pequenos a propor o mesmo aos pais. Imagina só se a moda pega!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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