ter, 12 novembro 2024

Crítica | Bloodshot

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Achou que o mundo dos quadrinhos se resumia apenas a DC e Marvel? Achou errado pequeno “hquezeiro” de plantão! Existem várias editoras espalhadas por aí, uma delas é a Valiant Comics que detém uma pequena fatia do mercado de super-heróis. É o seu principal herói, Bloodshot, vai ganhar um filme protagonizado por Vin Diesel (Velozes e Furiosos) nesta quinta (12/03/20). A trama do longa envolve um cara durão que vira uma máquina de matar biotecnológica. Mas será que essa adaptação é boa mesmo ou é só mais uma história genérica de super herói? Leia o próximo parágrafo para descobrir.

O filme não é uma história genérica, longe disso. Bloodshot é uma SUPER HISTÓRIA GENÉRICA DE SUPER HERÓI. O longa conta a história de um soldado recentemente morto em combate e ressuscitado como o super-humano da empresa RST. Com um exército de nanotecnologia nas suas veias, Ray é uma força imparável – mais forte do que nunca e capaz de se curar instantaneamente. Mas, ao controlar o seu corpo, a empresa controla também a sua mente e as suas memórias. Agora, Ray não sabe o que é real e o que não é, mas está decidido a descobrir a verdade. O filme até começa bem, apresentando o herói e sua vida como mero civil. Mas depois disso o roteiro engata a terceira e acelera o ritmo da trama mais do que jovem indo pra casa da namorada no dia que os pais dela não estão. Não dá tempo de criarmos qualquer empatia pelos personagens apresentados ou de entender quem eles são, ou o que está acontecendo. O roteiro escrito pela dupla Eric Heisserer (Bird Box) e Jeff Wadlow (Kick Ass 2) confunde dinamismo com pressa e deixa o espectador confuso em algumas situações. A reviravolta da trama é até interessante, mas a execução ocorre de modo tão rápido que não nós importamos. Para os fãs da HQ, que dá nome a história, temos algumas cenas que são basicamente retiradas dos quadrinhos e elas farão a alegria destes fãs. As cenas de ação não empolgam muito, primeiro pelo fato de basicamente o herói ser imortal (Deadpool ficaria com inveja do fator de cura de Bloodshot), segundo as cenas apresentadas neste filme parece que foram orquestradas por um estagiário de Micheal Bay: cortes abruptos, uma cena de um chute é mostrada por três ângulos diferentes, mostrando que a coreografia dos golpes não é muito convincente. Tem tanta coisa acontecendo que você se perde e não sabe quem atira em quem, pra não dizer que todas são assim a cena final até empolga, porém o filme já tá no fim.

O diretor Dave Wilson, faz sua estreia na direção de filmes e possui um apuro visual interessante. Na cena em um túnel com uma fumaça vermelha, vemos o diretor aplicar um visual espetacular no momento no qual o personagem de Vin Diesel solta sua fúria, é o que assistimos é realmente um espetáculo visual. Pena que para cada acerto do diretor existam 3 erros, mas Wilson possui potencial. O elenco faz um trabalho coeso dentro do que o roteiro permite. Guy Pearce (Amnésia) faz um vilão com uma personalidade mais rasa que um pires sendo o ponto mais fraco do elenco. Vin Diesel empresta seu carisma ao protagonista, mas sem desenvolver muito do personagem por culpa do roteiro. O destaque do filme é Lamorne Morris (New Girl) que funciona como alívio cômico na trama, no papel do cientista falastrão aliado de Bloodshot. Os efeitos especiais são bons e não ficam devendo nada quando comparado a alguns longas da Marvel ou DC.

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Bloodshot não é um completo desastre, por causa dos bons efeitos especiais e da presença do carismático Vin Diesel, mas passa longe de ser uma obra inovadora ou até mesmo marcante. Lançado como uma tentativa de criar um universo cinematográfico próprio, Bloodshot ainda precisa comer muito feijão com arroz para conseguir emplacar como franquia, mas como no universo dos super heróis tudo é possível, vamos esperar pra ver.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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