Love, Death & Robots ganhou sua 2ª temporada na Netflix. Ao compararmos o novo ano da série antológica de sci-fi com o primeiro, podemos ver de cara que a temporada atual produzida por Joshua Donen, David Fincher, Jennifer Miller e Tim Miller fez uma seleção dos melhores curtas já produzidos. Tecnicamente a série é impecável, mas com o crescimento da qualidade veio a diminuição no humor, a temporada vista é pra lá de sombria, algo que não é necessariamente ruim, mas que mostra uma visão pra lá de pessimista do futuro.
O projeto continua com a proposta inicial: cada capítulo da série tem uma história distinta das demais (dentro do tema de Amor, Morte e Robôs), sendo dirigida por diferentes cineastas. No primeiro ano tivemos estilos, temas e visões diferentes. O que foi muito bom, já que tínhamos comédia, drama, aventura e terror.
A nova temporada foca mais nos dois últimos gêneros e possui visões mais coesas (e pessimistas), mas o estilo de cada animação é único (e de cair o queixo). Algumas animações foram feitas inteiramente em CGI, sendo extremamente ricas em detalhes e pra lá de realistas, os episódios que são destaques nesse quesito são: “Esquadrão de Extermínio” e “Snow no Deserto”, esse último é o melhor de toda temporada, pois consegue aliar a qualidade técnica com uma narrativa pra lá de surpreendente. As demais animações apostam no estilo 2D estilizado e no 3D tradicional, como: “Gelo” e “A Grama Alta” que impressionam e são quase pinturas animadas de tão bem feitas. No quesito narrativo “Atendimento Automático ao Cliente” é de todos o mais frenético e engraçado. Mesmo assim um episódio curto, temos aqui boas doses de tensão e tem o design mais nonsense de toda temporada.
Love, Death & Robots é menos ousado nas suas narrativas, quando comparada ao primeiro ano. Mas a série compensa isso com bastante estilo e claro, com animações esteticamente impecáveis. Que a 3ª temporada seja um mix dos acertos da 1ª e da 2ª. Assim ela será espetacular em todos os aspectos!