seg, 23 dezembro 2024

Crítica | Nova Ordem Espacial

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Nova Ordem Espacial, novo longa sul-coreano da Netflix se passa em 2092, quando quatro rebeldes em busca de sonhos e lixo espacial encontram segredos explosivos ao tentar vender uma humanoide. O longa tenta ser uma mistura de: Guardiões da Galáxia + Alita: Anjo de Combate + Elysium. O resultado dessa salada de referências e ideias: um bom entretenimento passageiro e nada mais do que isso.

Netflix/Divulgação

Visualmente o filme é lindo! Os efeitos especiais são caprichados e a construção do robô Bubs é eficaz. As cenas no espaço são muito bem produzidas. Mas no resto a produção asiática é comum e vazia na sua mensagem, seja qual ela for. A trama recicla as propostas dos filmes citados anteriormente. Na realidade imaginada, a Terra se transformou num decadente depósito de pessoas que não têm dinheiro para aderir à alternativa que fornece melhor qualidade de vida no espaço (essa é a mesma trama de Elysium). Nessa ambiente inóspito um grupo de rebeldes ganha a vida varrendo o espaço (Guardiões da Galáxia) atrás de sucata espacial, até que se deparam deparam-se com uma pequena androide (Alita: Anjo de Combate) e decidem pedir resgate por ela (talvez essa seja a novidade, mas aposto que os guardiões venderiam o robô). Com essa premissa reciclada o diretor e roteirista Jo Sung-hee (End of Animal) decide colocar alguns plot twists na história, afim de trazer alguma novidade para a trama, o que não funciona muito bem e só faz ela perder força. A construção da personalidade dos indivíduos do quarteto principal e o modo como eles interagem é dinâmica e muito bem criada pelo roteiro do diretor. Sung-hee ainda usa uma sacada genial em usar uma tecnologia de tradução simultânea para diversas línguas: temos personagens falando espanhol, coreano, inglês e alemão. Muito bom ver essa diversidade cultural, numa trama geralmente dominada pelos americanos.

O longa possui alguns tópicos político-sociais que poderiam ser abordados, mas a direção e roteiro preferem não aprofundar, o que é uma pena. As cenas de ação ocorrem, em especial no 3º ato, mas não impressionam muito. As cenas de tiroteio são as melhores desenvolvidas aqui. O elenco trabalha de modo homogêneo, sendo muito carismático, impossível não torcer para esse grupo desajustado de heróis.

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Nova Ordem Espacial entretém, mas o filme deixa uma sensação de que poderia ser muito melhor do que é. Se você curte uma salada referências, essa obra é um prato cheio.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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