sex, 26 abril 2024

Crítica | Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe

Publicidade

Drácula é um dos maiores vilões das histórias de terror do século, além de ser um dos vampiros mais conhecidos em todo mundo. Suas histórias já foram adaptadas para o cinema e diversas séries. Mas poucas produções são realmente marcantes. Para aumentar, e para nossa sorte, abrilhantar a galeria de filmes sobre o personagem, estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe. O filme explora a dinâmica entre Drácula e Renfield pelo ponto de vista do lacaio do temido vilão.

No romance original de Bram Stoker, Renfield era um paciente lunático de um manicômio que foi diagnosticado de insanidade; mas, na verdade, ele era um servo de Drácula. Neste filme essa temática é deixada de lado e vemos o personagem nos dias atuais como um assessor do Drácula, que é constantemente atormentado e forçado a procurar novas vítimas para o seu mestre. No entanto, após séculos de servidão, ele está pronto para ver se há vida fora da sombra do Príncipe das Trevas.

O filme dirigido por Chris McKay (A Guerra do Amanhã) acerta em cheio ao mostrar como surgiu a dinâmica entre os personagens centrais vividos por Nicolas Cage (O Peso do Talento) e Nicholas Hoult (O Menu), e acerta mais ainda em destacar como essa relação é tóxica. O ponto alto da produção acontece quando ambos os personagens centrais estão em cena. Cage encarna uma versão deliciosamente caricata do Drácula e tem uma atuação memorável! O ator é um coadjuvante que rouba todas as cenas com sua presença marcante e repleta de caras e bocas. Hoult também tem grande atuação, e a química entre ambos é perfeita! Porém é uma pena que a história não foque mais tempo de sua narrativa na dinâmica entre seus personagens. Awkwafina (Podres de Ricos) acaba sendo prejudica pelo roteiro que constrói uma subtrama que é muito mal desenvolvida. A mescla de temas como assédio moral e relações tóxicas com outras subtramas e personagens acaba atrapalhando a narrativa da história central.

Publicidade

Outro destaque do longa são as maquiagens, que merecem uma indicação ao Oscar 2024. Durante a história Drácula definha e ao longo da projeção vemos vários estágios de sua recuperação, estágios esses que mostram a versão mais repulsiva do vilão até a sua chegarmos na versão original do personagem. Todas elas impressionam e são muito bem inseridas durante o filme. A fotografia também merece destaque e utiliza bem diversos tons e cores que contrastam com os ambientes apresentados, afim de causar uma tensão, em especial, nas cenas onde o vilão está a espreita de suas vítimas.

As cenas de ação são corretas e abusam da violência, algo que justifica a classificação indicativa de 18 anos. Temos desde de cenas que apostam no gore, até cenas que apostam em desmembramentos e ataques pra lá de sangrentos. Algo que pode incomodar é o uso excessivo de sangue em CGI, o que torna as cenas um pouco mais limpas do que elas realmente são. Mas nada que atrapalhe a diversão.

Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe é uma comédia de terror divertida que possui uma insana violência gráfica e uma atuação pra lá de marcante de Nicolas Cage como Drácula. Assista e não tenha medo de se deliciar com esse banho de sangue e talento.

Publicidade

Publicidade

Destaque

Crítica | Garotos Detetives Mortos (Dead Boy Detectives)

Se você está sendo atormentado por espíritos indesejáveis ou...

Crítica | Plano 75

Ambientado em um Japão distópico, Plano 75 (Plan 75...

Crítica | Xógum: A Gloriosa Saga do Japão

Você já se perguntou como marinheiros famintos e enfraquecidos...

Crítica | Contra o Mundo

Uma crítica cinematográfica se desenvolve geralmente em torno de...
Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
Drácula é um dos maiores vilões das histórias de terror do século, além de ser um dos vampiros mais conhecidos em todo mundo. Suas histórias já foram adaptadas para o cinema e diversas séries. Mas poucas produções são realmente marcantes. Para aumentar, e para nossa...Crítica | Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe