Análise: Resident Evil 3 Remake vale a pena? Tamanho é documento?

A campanha de Resident Evil 3 Remake não chega a 5 horas de duração, muita gente reclamou do corte de conteúdo do jogo original. Mas porquê isso aconteceu?

Quem jogou Resident Evil 2 Remake, teve uma grata surpresa ao ver todo o capricho e dedicação da Capcom ao trazer de volta para a atual geração de consoles, um jogo que marcou época.

O trabalho feito neste remake foi impecável! A única coisa que eu não gostei, foi o fato de que jogar com o Leon ou Clair, não faz diferença. Para quem jogou o Resident Evil 2 original, assim como eu, com certeza ficou chateado com isso, mas quem não jogou e talvez nem saiba deste detalhe, não irá sentir falta de nada, já que Resident Evil 2 é um excelente jogo.

O fato de só trazer um caminho na campanha, tira um pouco da vontade de jogar de novo o Resident Evil 2 Remake, cuja campanha tem cerca de apenas 6 horas. Mas mesmo assim, apesar de deixar um gostinho de “quero mais” quando zeramos o game, isso ao meu ver, não é algo ruim. Eu particularmente prefiro que o jogo seja curto e sem enrolação do que ficar enchendo linguiça para que ele dure mais, algo que me irritou muito em Death Stranding, por exemplo.

Mas em Resident Evil 3 Remake, não é bem assim. Se você achou que as 6 horas de duração do seu predecessor eram pouco tempo, imagine terminar um jogo em cerca de 4 horas? Ou seja, um terço menor que o anterior.

E isso não é o pior, nesse caso ele deixou fases inteiras do Resident Evil 3 original de fora, ignorando até uns chefes e cenas importantes.

Esse corte imenso de conteúdo, diferente do que vemos em Resident Evil 2 Remake, é grande demais para passar despercebido, mesmo por quem nunca jogou o original, já que o jogo é tão curto, mas tão curto, que chega a ser frustrante.

Mas por que isso aconteceu? O que passou na cabeça dos membros da Capcom que trabalharam neste game?

Já conversei com alguns membros da Capcom no passado, participei de palestras de desenvolvedores e community manegers que deixaram bem claro com eles, não tem essa de “em time que está ganhando não se mexe”. Se não for pra inovar, eles preferem nem fazer. Eu ouvi isso diretamente de Iohinori Ono, CEO de Street Fighter, ao explicar sobre o porque de Steet Fighter IV ter demorado tanto tempo para ser lançado, que alegou ser este o mesmo motivo da retirada de Ryu e Ken de Street Fighter III, que acabaram sendo adicionados posteriormente por pressão dos fãs.

Mas nem sempre essa inovação dá certo! E ao meu ver, uma das coisas que mais prejudicaram Resident Evil 3 Remake, foi tentar inovar mudando o Nemesis.

O jogo original se chamava Resident Evil 3: Nemesis. O personagem já tinha uma personalidade sólida construída e é um dos vilões mais icônicos no mundo dos games.

No original, ele é muito mais humanizado e tem uma rivalidade com a Jill. Isso simplesmente foi ignorado no remake, o que o transformou em um monstro genérico e sem personalidade. Fora que o próprio nome Nemesis, significa vingança ou indignação, algo que foi ignorado neste jogo.

Até a cena em que ele mata Brad Vickers, foi completamente cortada neste remake, dando pouca importância à sua participação no primeiro Resident Evil e no seu histórico com a Jill.

Fora que as interações com o Nemesis chegam a ser muito fáceis e não passam o mesmo pavor que eles prometeram nos anúncios do jogo. Nem chega aos perto do medo que sentimos no Resident Evil 2, quando o Mr. X aparece. É relativamente fácil de lidar com Nemesis na dificuldade normal e todo aquele pavor que sentíamos quando ele aparecia no original, simplesmente não existe no remake, oque é uma pena!

Ao meu ver, todos esses cortes foram feitos por um único motivo: Falta de tempo no desenvolvimento.

Com o sucesso de Resident Evil 2 Remake, a Capcom provavelmente não quis que se passasse muito tempo entre os dois games, para aproveitar a hype do anterior. Com isso, os desenvolvedores tiveram de trabalhar num prazo curto, insuficiente para que pudessem deixar o jogo completo e manter a qualidade.

Se esse foi o caso, felizmente optaram por manter a qualidade técnica, o jogo tem poucos bugs e é muito bem otimizado. Ao invés de lançarem um jogo longo, cheio de bugs, como muitas empresas fazem, eles lançaram um jogo curto, porém bem feito.

Resident Evil Resistance – O modo multiplayer vale a pena?

O game é divertido e tem a excelente vantagem de não trazer microtransações injustas. Nesse ponto o jogo está de parabéns! Não é preciso gastar nenhum centavo a mais para se divertir e conseguir o que você quer no jogo, um ponto positivo para a Capcom que parece ter aprendido com os erros do passado.

Este modo parece ter uma forte inspiração nas Escape Rooms. Trata-se um time de 4 sobreviventes, que enfrentam um jogador, o Master Mind, que é responsável por controlar o ambiente de onde os outros devem escapar.

Você provavelmente conhece os filmes Saw ou Jogos Mortais, né? O jogador no papel do Master Mind, seria uma espécie de Jigsaw, que fica colocando armadilhas e observando os 4 jogadores que estão trancafiados e precisam fugir. Cada um deles tem suas próprias habilidades e a comunicação entre os sobreviventes é essencial. Se cada um agir por conta própria, sem uma cooperação muito bem organizada, é muito difícil vencer um bom Master Mind.

Por ser gratuito para quem comprou o Resident Evil 3 Remake, com certeza vale a pena dar uma chance. Esse modo adiciona algumas horas de diversão dentro do universo do game, mas por ter um estilo muito diferente do proposto na campanha, pode acontecer de alguém gostar de um estilo, mas não gostar do outro.

Infelizmente o modo Resistance também sofre da falta de conteúdo e depois de jogar algumas vezes, ele enjoa. Com amigos, dá para passar bons momentos curtindo o game, mas jogar sozinho, como sobrevivente em uma sala com desconhecidos que não conversam entre si, não tem muita graça.

Mas afinal, Resident Evil 3 é bom ou não?

A Capcom transformou Resident Evil 3 é um jogo de ação com breves momentos de tenção e medo. Não faltam itens nem munição, você não se sente indefeso ou limitado de maneira alguma. O jogo flui num ritmo acelerado, praticamente não tem puzzles e isso tudo faz com que o tempo passe rápido, muito rápido! Dá pra zerar de uma vez só! É ligar o console, sentar, jogar, zerar e acabou! Chega a ser frustrante, especialmente para quem fez a pré-compra ou pagou o preço cheio do game.

Mas SIM! O jogo é bom! Bom enquanto! Se ignorarmos o jogo original ou mesmo qualquer outro jogo da franquia principal, Resident Evil 3 Remake é um bom jogo de ação, com excelentes gráficos, uma cinemática muito bem feita, ótima jogabilidade e eu me diverti com ele. Se você quer jogar só pela história, minha recomendação é que espere o preço baixar. Ao meu ver, é um jogo que não valeria mais de 40 reais no PC ou uns 60 no console, se você pagar menos que isso, vai valer a pena, mas pagar o preço de lançamento, só se você for muito fanático ou tem dinheiro sobrando.

Festival SXSW | Exibição dos filmes online na Amazon Prime não agrada cineastas

A edição de 2020 do Festival SXSW foi cancelada por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Com isso, cineastas participantes passaram a buscar outros meios para exibir seus filmes independentes. A Amazon Prime Video fez proposta para exibir os longas online (confira aqui a lista de filmes que farão parte da exibição online do Festival SWSW), porém a parceria não agradou a todos e alguns não desejam mais participar do festival online.

Numa dinâmica tradicional de festivais, os produtores divulgam seus longas esperando atrair a atenção não só do público, mas principalmente de estúdios e distribuidores, com quem negociam acordos nos quais os termos de propriedade e lançamento de um filme são definidos. O problema para alguns produtores que recusaram a proposta da Amazon é o fato de que suas criações seriam disponibilizados sem custo algum, para qualquer pessoa que tenha apenas uma conta Amazon. Além disso, a taxa de exibição paga aos cineastas é, de acordo com eles mesmos, “risível”, tendo em vista que a empresa não pretende adquirir os direitos de nenhum título.

As produções confirmadas até o momento serão exibidas apenas no Amazon Prime Video dos EUA.

The Mandalorian | 3ª temporada está em em pré-produção

A 3ª temporada de The Mandalorian já está em desenvolvimento, e encontra-se ativamente em pré-produção. A 2ª temporada ainda não tem previsão de estreia, mas deve ser lançada ainda em 2020.

O site Variety afirma que o criador Jon Favreau já começou a escrever o roteiro do terceiro ciclo e o departamento de arte, liderado pelo vice-presidente da LucasFilm, Doug Chiang, já iniciou o processo de criação conceitual nas últimas semanas.

White Lines | Nova série da Netflix ganha trailer intenso; Assista!

White Lines teve o seu primeiro trailer revelado pela Netflix. Confira:

A Netflix já divulgou a sinopse da nova série: 

“O cadáver de um DJ famoso de Manchester é encontrado em Ibiza 20 anos após seu misterioso desaparecimento. Sua irmã retorna à ilha para investigar e mergulha em um mundo repleto de adrenalina, clubes noturnos, mentiras e dissimulações. Em um lugar onde todos vivem no limite, ela é forçada a encarar o lado mais sombrio de sua própria personalidade”.

White Lines estreia em 15 de maio na Netflix. 

Sailor Moon | Anime será exibido de graça no Youtube

O anime de Sailor Moon será disponibilizado de graça no Youtube. Todos os episódios das três primeiras temporadas da animação serão lançados gradualmente na plataforma entre 24 de abril e 23 de julho.

Sailor Moon volta ao Brasil em 2019 – NSV - Mundo Geek

Os capítulos serão exibidos para aquecer os fãs para a estreia de Sailor Moon Eternal The Movie, filme que adapta o quarto arco do mangá de Naoko Takeuchi e tem lançamento marcado para 11 de setembro no Japão.

Os episódios do anime ficarão disponíveis no canal oficial da animação no Youtube, não há menção sobre legendas em qualquer idioma.

El Presidente | Série da Amazon Prime sobre corrupção na FIFA ganha teaser; Confira!

El Presidente, série original do Amazon Prime Video sobre o escândalo de corrupção na FIFA teve o seu primeiro teaser revelado. Confira:

A série explora o escândalo esportivo que abalou o mundo através da história de Sergio Jadue, presidente chileno de um pequeno clube de futebol que saiu do anonimato para se tornar peça chave em uma importante conspiração para suborno de US$ 150 milhões ao lado do presidente da federação Argentina de futebol, Julio Grondona.

El Presidente ainda não tem data de lançamento anunciada. 

Em Casa com o Olaf | Novos episódios são liberados; Confira!

A Walt Disney divulgou dois novos curtas de sua websérie intitulada Em Casa com o Olaf. Confira:

A série foi criada por Hyrum Osmond, diretor de animação dos longas-metragens em questão em parceria com Josh Gad, ambos fazem o trabalho em casa. Confira todos os vídeos da série aqui.

Venom 2 | Longa ganha título oficial, porém é adiado para 2021

A Sony divulgou o título oficial de Venom 2 e também decidiu adiar o lançamento do longa-metragem. Venom: Let There Be Carnage (Que Haja Carnificina, em tradução direta) estava previsto para chegar aos cinemas no dia 2 de outubro de 2020, e agora teve a data de estreia marcada para 25 de junho de 2021.

Haverá uma carnificina! Venom: Let There Be Carnage ganha o seu ...

Na cena pós-créditos do primeiro filme, Cletus Kassady (Woody Harrelson) já havia antecipado o título da sequência em sua fala para Eddie Brock (Tom Hardy), quando os dois se encontram na cadeia. Kassady é quem assume a forma de Carnificina nos quadrinhos e será o vilão principal do novo filme.

SCOOBY: O Filme | Longa será lançado diretamente em mídia digital

SCOOBY: O Filme será lançado diretamente em mídia digital, no dia 15 de maio, cancelando assim a exibição nos cinemas. De acordo com Ann Sarnoff, CEO da Warner Bros., essa decisão foi tomada por conta da pandemia de coronavírus. Ele declarou:

“Estamos muito ansiosos para que nossos filmes voltem aos cinemas, mas enquanto navegamos por esse momento sem precedentes, precisamos tomar decisões criativas mais condizentes. Com isso, decidimos que SCOOBY: O Filme será lançado diretamente em Home Vídeo no dia 15 de maio, e mal podemos esperar que os fãs vejam com suas famílias enquanto estão juntos em casa.”

Vale lembrar que essa seria a primeira vez que um filme animado de Scooby-Doo chegaria aos cinemas.

Crítica | Milagre na Cela 7

Milagre na Cela 7 é o mais recente sucesso da Netflix, desde a sua estreia no início de abril o filme é um dos mais vistos da plataforma. O longa é um remake, de mesmo nome, de uma obra lançada em 2013 na Coreia do Sul. O filme conta a história de um homem com deficiência intelectual que tenta provar a sua inocência num processo criminal, enquanto cuida da filha. Se prepare para ver um filme sobre amor incondicional entre pai e filha e fé. Essa é a obra mais emocionantes de 2020 até o momento e uma das melhores produções da Netflix.

O roteiro escrito pela dupla roteiro de Kubilay Tat e Özge Efendioglu (Dragon Trap) para o remake de Milagre na Cela 7 é objetivo, simples e linear. Conta a história de um pai solteiro muito amável que possui deficiência intelectual e que vive com a filha e a avó em um pequeno vilarejo da Turquia. A vida simples da família vira de ponta cabeça quando o pai se envolve no acidente que mata a filha de um tenente do exército turco, que ordena sua captura, prisão e o envia para uma prisão enquanto aguarda a ordem de execução. Toda essa história poderia facilmente cair num dramalhão mexicano sem fim ou soar piegas, mas a direção de Mehmet Ada Öztekin (Losers’ Club) aliada ao roteiro, felizmente, impede isso de acontecer. Adicionando a trama momentos doces, ternos e até divertidos enquanto a história se desenrola, em especial na prisão, toda trama se desenrola de modo natural e sem atropelos.

O roteiro constrói bem os personagens e faz com quem nos importemos com o protagonista mostrando para nós e os demais personagens que não há maldade em seu coração. Não entenda que o roteiro é inovador ou algo inédito ou perfeito. Ele não é! O roteiro foi bem adaptado e os erros que comete são facilmente ignorados pela envolvente trama que se apresenta. A história entre pai e filha buscando novamente a união é o fio condutor dessa linda história, a cena na qual os presos contam para a garotinha que “estão doentes” e revelam “suas doenças” é um exemplo das várias metáforas religiosas que o longa possui. Redenção, amor ao próximo, pecados são abordados de modo sutil e comovente. As atuações são soberbas da maior parte do elenco. O destaque são o pai vivido pelo excelente ator turco Aras Bulut Iynemli (The Pit) a construção de seu personagem nos comove e encanta e a adorável filha vivida por Nisa Sofiya Aksongur (Lodging) que irá arrancar muitas lágrimas com sua atuação. A química entre os dois atores é bastante genuína e muito linda de se ver.

O Milagre na Cela 7 é uma obra que se revela como uma linda reflexão sobre o perdão, a bondade e empatia existente nas pessoas. Em tempos difíceis como o que vivemos, filmes como esse servem para aquecer nossos corações e quem sabe nos dar um pouco de esperança. Milagres acontecem, né?