Crítica | Resident Evil: O Capítulo Final

Em 2002, Paul W. S. Anderson deu inicio a franquia que adaptava os jogos de mesmo nome para o cinema. Cheio de momentos matrix e explosões nível Transformers, a saga se tornou um sucesso e agora chega ao seu ultimo filme. Alice (Milla Jovovich) tornou-se a última sobrevivente de seu grupo após os eventos do quinto filme, e com isso continuou sua vida como nômade no mundo pós-apocalíptico. Suas buscas por suprimentos fazem com que reencontre a Rainha Vermelha (Ever Jovovich), que revela os planos de Dr. Issacs (Iain Glaein) de acabar com a raça humana em 48h. Alice recebe instruções de voltar até a Colméia em Raccon city, onde tudo começou, para achar um antidoto e tentar dar um fim ao legado da Coporação Umbrella.

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Logo em seus momentos iniciais, Paul W. S. Anderson mostra que o ritmo dos filmes é o mesmo: cenas de ação exageradas emplacas com uma trilha sonora pesada, enquanto Milla Jovovich realiza algum feito impossível para matar um zumbi/bioarma; depois de cinco filmes, isso virou uma marca da franquia e consegue ser a melhor coisa do filme, todos momentos de ação se entregam totalmente a loucura e ao irrealismo, o filme não se leva a sério nesses momentos (diferentemente de Assassin’s Creed), e consegue divertir nessas sequências.

Duas coisas que sempre incomodavam nos filmes anteriores, eram os efeitos e as decisões do roteiro. Aqui eles acertam em um ponto, os efeitos; os zumbis e monstros estão muito mais orgânicos e realistas, não parecendo em nenhum momento uma animação 3D, e também não deixando tão óbvia a utilização de telas verdes como no Resident Evil: Retaliação. Infelizmente, o roteiro não tem a mesma evolução que os efeitos especiais; basicamente segue a mesma fórmula dos outros filmes, mas não acrescenta nenhuma novidade. Inúmeras soluções porcas são criadas para fazer a história avançar e tentar justificar a saída de algumas personagens.

Outro grande problema é os furos de roteiro e a falta de explicação de algumas coisas, como por exemplo o fato de Chris Redfield não ser citado, mesmo sua irmã aparecendo no segundo ato; e também a questão dos poderes da Alice não estarem no filme mesmo ela estando infectada com o T-Vírus. Outra grande falha do roteiro é a desconstrução das personagens, como o fato do Dr. Isaacs virar um fanático religioso, onde não havia nenhuma citação bíblica no outro filme onde foi o vilão; e também as desconstruções na história, como a liberação do T-Vírus ter sido planejada pelos membros da Umbrella, ao invés de ter sido liberado de proposito em Resident Evil: O Hóspede Maldito.

Dentro de seu propósito, Resident Evil: O Capítulo Final agrada em seu final, é um filme de ação que mesmo com seus problemas consegue divertir, e em relação aos jogos, continua fugindo completamente da história, mas faz breves referencias interessantes a saga da Capcom. Paul W. S. Anderson e Milla Jovovich encerram a saga de maior sucesso baseado em jogos de vídeo games, e conseguem entregar um final digno para os fãs da série, onde o arco principal é encerrado, e um gosto de quero mais e deixado no fim (mesmo não sendo algo necessário).

Oscar 2017 | Confira a lista completa dos Indicados

Veja, abaixo, os indicados ao Oscar 2017:

Melhor filme

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“A chegada”
“Até o último homem”
“Estrelas além do tempo”
“Lion”
“Moonlight: Sob a luz do luar”
“Cercas”
“A qualquer custo”
“La la land: Cantando estações”
“Manchester à beira-mar”

Melhor diretor
Dennis Villeneuve (“A chegada”)
Mel Gibson (“Até o último homem”)
Damien Chazelle (“La la land: Cantando estações”)
Kenneth Lonergan (“Manchester à beira-mar”)
Barry Jenkins (“Moonlight: Sob a luz do luar”)

Melhor ator

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Casey Affleck (“Manchester a beira mar”)
Denzel Washington (“Cercas”)
Ryan Gosling (“La La Land – Cantando estações”)
Andrew Garfield (“Até o Último Homem”)
Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”)

Melhor atriz

Natalie Portman (“Jackie“)
Emma Stone (“La La Land – Cantando estações“)
Meryl Streep (“Florence: Quem é essa mulher?“)
Ruth Negga (“Loving“)
Isabelle Huppert (“Elle“ )

Melhor ator coadjuvante
Mahershala Ali (“Moonlight: Sob a luz do luar“)
Jeff Bridges (“Até o Último Homem”)
Lucas Hedges (“Manchester à beira-mar”)
Dev Patel (“Lion: uma jornada para casa”)
Michael Shannon (“Animais noturnos”)

Melhor atriz coadjuvante
Viola Davis (“Cercas”)
Naomi Harris (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
Nicole Kidman (“Lion”)
Octavia Spencer (“Estrelas além do tempo”)
Michelle Williams (“Manchester à beira-mar”)

Melhor fotografia
“A chegada”
“La la land”
“Moonlight”
“O silêncio”

Melhor filme em língua estrangeira
“Land of mine”
“A mand called Ove”
“O apartamento”
“Tanna”
Toni Erdmann”

Melhor roteiro original
“La la land: Cantando estações”
“Manchester à beira-mar”
“A qualquer custo”
“O lagosta”
“20th century woman”

Melhor roteiro adaptado
“Moonlight”
“Lion”
“Cercas”
“Estrelas além do tempo”
“A chegada”

Melhor documentário
“Fire at sea”
“I am no your negro”
“Life, animated”
“O.J. Made in America”
“13th”

Melhor curta-metragem
“Ennemis Intérieurs”
“La femme et le TGV”
“Silent night”
“Sing”
“Timecode”

Melhor curta-metragem de animação
“Blind Vaysha”
“Borrowed time”
“Pear Cider and Cigarettes”
“Pearl”
“Piper”

Melhor documentário em curta-metragem
“Extremis”
“41 miles”
“Joe’s violin”
“Watani: My homeland”
“The white helmets”

Melhor edição
“A chegada”
“Até o último homem”
“A qualquer custo”
“La la land: Cantando estações”
“Moonlight: Sob a luz do luar”

Melhor edição de som
“A chegada”
“Deepwater horizon”
“Até o último homem”
“La la land: Cantando estações”
“Sully: O herói do rio Hudson”

Melhor mixagem de som
“A chegada”
“Até o último homem”
“La la land: Cantando estações”
“Rogue One: Uma história Star Wars”
“13 Hours: The secret soldiers of Benghazi”

Melhor design de produção
“A chegada”
“Animais fantásticos e onde habitam”
“Ave, Cesar!”
“La la land: Cantando estações”
“Passageiros”

Melhores efeitos visuais
“Deepwater horizon”
“Doutor Estranho”
“Mogli”
“Kubo and the two string”
“Rogue One: Uma história Star Wars”

Melhor canção original
“Audition (The fools who dream)” (“La la land: Cantando estações”
“Can’t stop the feeling” (Trolls”)
“City of stars” (La la land: Cantando estações”)
“The empty chair” (Jim: The James Foley Story”)
“How far I’ll go” (“Moana”)

Melhor trilha sonora
Micha Levi (“Jackie”)
Justin Hurwitz (“La la land: Cantando estações”)
Nicholas Britell (“Moonlight: Sob a luz do luar”)
Thomas Newman (“Passageiros”)

TELECINE TRANSMITE ANÚNCIO DOS INDICADOS AO OSCAR AO VIVO NO FACEBOOK

Direto de Los Angeles, o Facebook da Rede Telecine vai transmitir ao vivo, nesta terça-feira, a partir das 11h15, o anúncio oficial dos indicados ao Oscar 2017. Na sequência, os apresentadores do Dá um Play, o canal do Telecine no YouTube, vão debater as indicações, apontar os favoritos às estatuetas e lembrar de quem foi esquecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Imperdível!

Para acompanhar a transmissão em tempo real, basta acessar a página oficial do Telecine no Facebook, hoje, a partir das 11h15.

Crítica | Manchester à Beira-Mar

Casey Affleck dá vida a Lee Chandler, um homem anestesiado com a vida que trabalha como zelador do prédio onde mora no porão. Lee se vê forçado a voltar para sua cidade natal após descobrir que seu irmão (Kyle Chandler) faleceu. A perda do irmão leva Lee a virar o guardião de seu sobrinho adolescente (Lucas Hedges), que está sozinho após a perda do pai e do afastamento da mãe. Ao meio desses problemas, Lee vai se envolvendo cada vez mais com seus problemas do passado, ao mesmo tempo que precisa dar um jeito em seus problemas atuais.

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O filme é um dos maiores destaques no quesito drama humano nesses últimos anos, a história é pesada e os diversos acontecimentos da vida de Lee são fortes e mostra a realidade brutal que muitas pessoas vivem no seu dia-a-dia. Lee é uma personagem construída aos poucos, ao primeiro contato, ele é um homem amargurado com a vida, mas que com a edição do filme, momentos do passado intercalam por meio de flashbacks com sua vida atual, revelando os motivos que levam Lee a ser uma pessoa existencialmente vazia. A proposta do filme é fazer com que você pense sobre o perdão, tanto no sentido de perdoar os outros, e principalmente em se perdoar por algum ocorrido; e é isso que mais aflige nosso protagonista, que não consegue perdoar a si mesmo por ter machucado outras pessoas.O que mais chama a atenção ao longo de seus 135 minutos, é a realidade existente no filme. As personagens não estão ali para fazer com que elas compartilhem conselhos e consigam sair dando a volta por cima de seus problemas; elas estão ali para mostrar a cruel realidade do mundo, que ele não vai parar porque você está sofrendo, ele continua, assim como a vida.

O trabalho dos atores é o outro destaque do filme. Casey Affleck (Onze Homens e Um Segredo) ganhou o globo de ouro por esse papel, e não foi nada mais justo; o ator da vida à uma personagem sem vida com maestria, onde você consegue sentir o vazio de Lee e sua angustia com a vida. Kyle Chadler (Bloodline) faz o irmão mais velho ter presença o filme todo, mesmo aparecendo em poucas cenas. Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn) aparece poucas vezes no filme, mas em todas se destaca, principalmente em um cena onde sua personagem confronta Lee sobre os problemas passados.
Manchester à Beira-Mar é um filme brutal que apresenta visões sobre a persistência do luto, e a esperança de redenção e perdão. Com uma maestria nos planos de Kenneth Lonergan, somados a uma trilha sonora marcante, o filme é uma das maiores obras do ano e com certeza terá seu espaço garantido no próximo Oscar.

Star Wars Episódio VIII ganha título oficial

Vem aí Star Wars: The Last Jedi ! Sim, o oitavo episódio de Guerra nas Estrelas acaba de ganhar título oficial. A Disney aproveitou para divulgar a logo oficial do filme dirigido por Rian Johnson, que tem previsão de lançamento para o dia 14 de dezembro de 2017.

“É oficial: Star Wars – The Last Jedi é o próximo capítulo da saga Skywalker. Em dezembro”.

Star Wars: The Last Jedi estreia em 14 de dezembro de 2017.

The Discovery, Filme da Netflix mostra um mundo com uma epidemia de suicídios

Netflix divulgou o primeiro trailer para The Discovery, filme que foi adquirido pelo serviço de streaming em 2016 e que estreou no último fim de semana no festival de Sundance nos EUA. Assita:

The Discovery mostra um mundo onde a existência de uma vida após a morte foi comprovada por um cientista (Robert Redford). Por conta dessa descoberta, centenas de milhões de pessoas recorrem ao suicídio para “chegar lá” mais rápido. É nesse contexto que Will (Jason Segel) e Isla (Rooney Mara) se conhecem e se apaixonam.

Dirigido por Charlie McDowell com roteiro de McDowell e Justin LaderThe Discovery estreia no dia 31 de março na Netflix.

Rei Arthur: A Lenda da Espada ganha teaser com guerra e destruição

Rei Arthur – A Lenda da Espada (King Arthur: The Legend of The Sword) ganhou um novo teaser com muita guerra e destruição – veja:

https://www.youtube.com/watch?v=cVIvZXqXK2k

Idris Elba vive Bedivere, uma figura parecida com Merlin, que treina e serve de mentor de Arthur. Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas ) interpreta Guinevere, enquanto Eric Bana vive o pai de Arthur e Jude Law faz Vortigern.

Guy Ritchie (Sherlock Holmes 2 – O Jogo de Sombrasdirige e a estreia está marcada para 18 de maio.

Charlie Hunnam e Tom Holland buscam civilização na Amazônia em novo trailer do filme

The Lost City of Z, adaptação ao cinema do livro de não-ficção Z – A Cidade Perdida, de David Grann, ganhou um novo trailer, com Charlie Hunnam Tom Holland em busca de uma civilização desconhecida na Amazônia. Assista:

A história real acompanha o soldado britânico e espião Percy Fawcett (Charlie Hunnam), que deixou a sociedade vitoriana no começo do século 20 para explorar a Amazônia e ficou obcecado com a ideia de que uma avançada civilização chamada Z existia nas profundezas da floresta. Ao lado de seu filho, Fawcett entrou na floresta em 1925 e nunca mais foi visto.

Robert Pattinson, Tom Holland Sienna Miller também estão no elenco do filme, que cria uma trama na Primeira Guerra Mundial inexistente no livro para situar os dois mundos de Fawcett, a Europa e a Amazônia. Z – A Cidade Perdida foi publicado no Brasil pela Cia. das Letras. James Gray (Os Donos da NoiteAmantes) assina a direção.

A previsão de estreia do longa é para abril.

Kong: A Ilha da Caveira ganha novos banners e comerciais

Kong: A Ilha da Caveira ganhou dois novos comerciais e banners; Confira abaixo:

 

Crítica | A Bailarina (2017)

A Bailarina conta a história de Félicie e de Victor, duas crianças que moram em um orfanato na França, no ano de 1869. A garota tem o sonho de tornar-se uma grande bailarina e o menino almeja chegar no posto de “o maior inventor do mundo”. Para isso, eles precisam fugir do orfanato e tentarem sobreviver sozinhos em uma Paris crescendo (mostra a Torre Eiffel sendo construída!).

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O filme foi feito por um estúdio francês e a animação, apesar de ser diferente dos traços mais conhecidos (como Disney e Pixar), é muito bem feita. Cabe dizer que o público alvo do filme são as crianças. Portanto, vários pontos considerados na crítica passam direto aos olhos infantis e os erros não desmerecem nem um pouco o longa para os pequenos.

Logo no início do filme, já é perceptível a mensagem principal do longa: os sonhos podem se tornar possíveis. As primeira cenas, que se passam ainda no orfanato (não é spoiler!) são bem diretas e mostram os planos de Félicie e Victor para fugir e poderem transformar em realidade tudo o que desejam. O enredo – juntamente com as imagens coloridas e cenas divertidas – consegue passar a mensagem e, embora a história seja clichê, o espectador sai satisfeito com o que capturou.

Talvez o grande problema da animação seja o roteiro (é justamente nesse ponto que as crianças não ligam e se o interesse de assistir for delas, pode ignorar o que será dito). As luzes se apagam e é perceptível várias portas abertas que não foram fechadas. A personagem principal é bastante forte, determinada (não vá esperando uma “princesa” boba) e tem o seu arco muito bem fechado. Porém, informações de personagens secundários poderiam ter sido encaixadas (até como um epílogo) no enredo e suprir as dúvidas que restaram.

A Bailarina

Outro ponto que desanima o espectador é a escolha da trilha sonora. A trama do filme se passa por completo na França e de repente começa a tocar Confident (que fique claro: não há nenhum problema com a música!) e é perceptível que não encaixou na trama. Os diretores poderiam ter se aproveitado da ambientação para colocar músicas que envolvessem os espectadores com a trama.

Apesar de ter seus pontos negativos, “A Bailarina” encanta crianças e traz os adultos a pensarem a respeito dos seus sonhos. Vale a pena o dinheiro do ingresso.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=b6HL_1vk0UU?rel=0]