Crítica | Meu Cunhado É um Vampiro

Em meu Meu Cunhado É um Vampiro, Fernandinho Tramontina (um ex-jogador de futebol) e apresentador de um canal esportivo no YouTube. Mora em uma casa de luxo com a esposa e suas duas filhas adolescentes. Na festa de aniversário da caçula, ele recebe a visita inesperada do cunhado, irmão de sua esposa, que veio morar com eles por um tempo. Durante alguns dias de convívio, Fernandinho desconfia de alguns comportamentos estranhos do cunhado e descobre que ele é um vampiro. Para, salvar sua da sua família e o mundo ele bola um plano para derrotar o parente sanguessuga.

A produção é uma comédia nacional simples, honesta e que desenvolve bem seu argumento. O roteiro escrito por Paulo Cursino (De Pernas pro Ar), Sergio Martorelli (No Gogó do Paulinho) e da diretora Ale McHaddo (O Amor Dá Trabalho) faz piadas de todos os tipos e para todos os gostos. Mas é inegável que as melhores são as que debocham do gênero de terror e da mitologia envolvendo vampiros. Com tudo, é preciso reforçar que o filme segue uma fórmula pra lá de prevísivel e bastante conhecida no gênero de comédia. Deixando a desejar na análise macro de uma invasão vampiresca ao Brasil e focando a trama toda na família do protagonista.

O grande diferencial acaba sendo o elenco afiado elenco principal que é pra lá de carismático. A produção aposta suas fichas na dinâmica entre os atores e na experiência de Leandro Hassum (O Candidato Honesto). Essa aposta consegue arrancar risadas e entreter o público com situações pra lá de absurdas. Monique Alfradique (Bem-vinda a Quixeramobim) rouba diversas cenas com tiradas rápidas e encanta. Mel Maia (Avenida Brasil) tem pouco espaço, mas tem personalidade e quando tem espaço mostra a que veio. Hassum acaba sendo o grande nome da produção e diverte com seus monólogos e tiradas já conhecidas do público. Outro destaque é a participação de Edson Celulari (Fuzuê) que mesmo sendo breve, impõe medo como Drax.

Os efeitos especiais do longa, são até que bem feitos. A maquiagem deixa um pouco a desejar, em alguns momentos é perceptível as próteses que o elenco usou. Mas nada que atrapalhe a diversão ou comprometa o filme.

Meu Cunhado É um Vampiro é uma comédia divertida e que conta com um elenco e texto inspirados, sendo uma das melhores comédias nacionais do ano. Assista e ria com bastante com Hassum e companhia.

Warrior Nun | Série cancelada tem detalhes revelados da sua 3ª temporada; Confira!

Em entrevista na The OCS Newsletter, o criador e showrunner da série Warrior Nun, Simon Barry, revelou os detalhes da 3ª temporada antes do cancelamento da produção pela Netflix. Confira:

“Não há muito o que falar além do que esperávamos que fosse a grande história da terceira temporada.[…] O arco de Ava como personagem, entre a primeira e a segunda temporada, foi realmente de auto-sacrifício… ela desiste da fantasia de renascer e ter uma vida, decidindo que é melhor se sacrificar pelos amigos e pelas pessoas de quem gosta. Então, na terceira temporada, eu realmente queria mudar um pouco o roteiro e trazer Ava de volta… como vilã, de certa forma. Não de forma deliberada, mas que ela voltasse mudada por Reya. E Reya basicamente a estaria usando como arma para executar um plano, que não tenho tempo de abordar nesta entrevista. A ideia era que a OCS tivesse que encontrar Beatrice, que está desaparecida, porque só ela poderia tirar Ava dessa posição… desse devaneio ou dessa mentalidade, da qual ela faria parte. Beatrice teria que salvá-la de uma forma emocional/psíquica/amorosa para impedi-la de se autodestruir, essencialmente. Mas Ava seria a vilã.”

2023 e o crepúsculo das ‘mega produções’

A CRISE E AS CRISES

É verdade que Hollywood enfrentou no último ano a greve simultânea dos atores e roteiristas, que durou mais de 100 dias, provocou uma série de grandes adiamentos e colocou em pauta várias questões fundamentais do trabalho na indústria – desde residuais das plataformas de streaming até a complicada (e longe de totalmente resolvida) problemática relativa ao uso da inteligência artificial. Mesmo com todos os agravantes da situação, que durou boa parte do segundo semestre, a principal crise que 2023 exprimiu claramente diz respeito a outra coisa: a já prevista insustentabilidade de tornar regra produções de mega orçamento, inclusive de franquias consolidadas.

Por partes. Durante a última década, as grandes marcas – sobretudo de filmes de super-herói – normalizaram custos de produção acima dos $200 milhões, às vezes passando até dos $300 mi. 2019, por exemplo, último ano pré-pandêmico, teve 8 projetos com orçamentos estimados nessa faixa e todos ultrapassaram a marca do bilhão de dólares (sendo sete apenas da Disney: Vingadores: Ultimato, O Rei Leão, Frozen II, Aladdin, Capitã Marvel, Toy Story 4 e Star Wars IX: A Ascensão Skywalker).

O caos provocado pela pandemia, porém, que tornou o cinema praticamente inviável a partir de março de 2020 e assolou 2021 inteiro com novas variantes, diminuiu significativamente a janela de exclusividade entre o cinema e o aluguel digital/lançamento em streaming, se transformando numa espécie de ressaca forçada, principalmente para os filmes de HQ das duas principais marcas. A paciência de parte do público que já vinha se esgotando com essa saturação do gênero e com as reciclagens de sagas célebres ou de clássicos (a exemplo das respostas controversas às refilmagens em live-action das animações da Disney) ficou ainda menor, mesmo que o público e os olhares do mercado ainda estivessem totalmente voltados para esse segmento.

O sucesso estrondoso de Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa, primeiro filme bilionário do pós-pandemia, é um caso mais isolado tanto devido ao tempo de espera da plateia por um filme-evento quanto por toda a campanha do crossover que ele promoveu, além do evidente apelo do personagem. Os exibidores, que perderam rios ao longo de dois anos de apocalipse, deram prioridade absoluta ao filme dos três Peter Parker e garantiram que ele fosse um fenômeno não ‘apesar da pandemia’, mas intensificado por ela. Sem Volta pra Casa ($1,9 bilhão), portanto, se beneficiou de um efeito ‘panela de pressão’ que resume 2021.

2022 E A VOLTA DOS BLOCKBUSTERS

2022, do contrário, pareceu muito mais um retorno à ‘normalidade’, na qual quase todos os principais lançamentos aguardados do ano conseguiram resultados expressivos ou acima do previsto. A despeito das recepções divisivas, os três lançamentos do MCU – Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura, Thor: Amor e Trovão e Pantera Negra: Wakanda para Sempre – foram sucessos incontestes em termos de arrecadação global, batendo as marcas, respectivamente, de $900, $800 e $700 milhões, enquanto o elogiado Batman também fez bonito com $770 mi.

Os destaques daquele ano, porém, foram os blockbusters de linguagem clássica, dramaticamente autônomos e fora do segmento de HQ. Top Gun: Maverick, com $1,5 bi, e Avatar: O Caminho da Água, com $2,3 bi, trouxeram de volta parte do público adulto que se habituou a aguardar o lançamento digital e estava cada vez mais afastado de projetos que exigem pré-conhecimento dos universos compartilhados.

E, apesar das ótimas bilheterias do MCU em 2022, é notável como a recepção mista de pelo menos dois deles impactou consideravelmente a estabilidade ao longo das semanas. Doutor Estranho 2 e Thor 4, por exemplo, registraram quedas de quase 70% nas segundas semanas nos cinemas dos Estados Unidos, coisa que não costuma ser sinal de ‘boca a boca’ positivo (a efeito de comparação, Batman registrou uma queda de 50% na segunda semana, enquanto Top Gun: Maverick, apenas 29%).

2023, A CRISE DO MEGA ORÇAMENTO E DOS HERÓIS

A evasão que antes era perceptível apenas nas letras miúdas eclodiu de vez no último ano, marcado por fracassos comerciais de projetos caríssimos e supostamente esperados. Quase todos os filmes com orçamentos inchados, acima dos $200 mi, tiveram resultados, quando menos, decepcionantes, quando mais, catastróficos. E, no caso dos filmes de super-herói, dominantes no mainstream americano por cerca de uma década, cada lançamento pareceu uma espécie nova de bomba-relógio.

No cálculo simplificado para grandes produções da indústria, as principais fontes do mercado estimam que, para serem considerados lucrativos, os filmes precisam arrecadar ao menos 2,5x os seus custos de produção, já que se considera na conta o dinheiro investido em publicidade/divulgação e a parte que fica retida com os exibidores.

Velozes e Furiosos 10, A Pequena Sereia, Transformers: O Despertar das Feras e Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1, com custos exorbitantes estimados em $340, $300, $200 e $290 mi, respectivamente, são os principais exemplos de produções cujo ponto de equilíbrio era alto demais para sua própria segurança.

O décimo capítulo da saga de Vin Diesel fez grandes $714 mi na bilheteria global, mas esse número não apenas é inferior às três incursões anteriores da franquia como é pouco mais do dobro do orçamento do projeto. A Pequena Sereia teve um desempenho bom na bilheteria norte-americana, mas, no saldo final, terminou com $570 mi – número bem abaixo de refilmagens da Disney, como Mogli: O Menino Lobo, A Bela e a Fera, O Rei Leão e Aladdin. E o sétimo filme de Transformers, suposto começo de uma nova trilogia, teve uma receita particularmente decepcionante no mercado internacional, habitual força nos números da série, e fechou mundialmente com $439 mi, o menor resultado dentre os sete filmes.

Um caso mais específico foi o aguardado sétimo episódio da saga de Tom Cruise, que teve a maior abertura global dentre todos os Missão Impossível, mas enfrentou quedas expressivas (principalmente nos Estados Unidos) e perdas de salas premium devido à competição com “Barbenheimer”, o maior evento cinematográfico de 2023. Acerto de Contas – Parte 1 teve um custo inchado pelas paralizações ocorridas na pandemia (a Paramount chegou a recebeu cerca de $70 milhões em processo judicial contra a seguradora) e, portanto, a bilheteria total de $567 mi ficou aquém do esperado para um filme aclamado por ambos público e crítica. Sorte para os fãs, o oitavo filme já está com data marcada para 2025.

Enquanto esses quatro conseguiram ainda resultados considerados contenção de danos, o mesmo não pode ser dito dos que fizeram história com prejuízos colossais. Vendido como novo marco DCEU e cheio de reações iniciais fervorosas, The Flash foi um caso notório de hype insuflado artificialmente. Com custo estimado em $220 mi e uma bilheteria total de $270 mi, o filme protagonizado por Ezra Miller se tornou uma bomba histórica para a Warner e manchou irreparavelmente a imagem do universo compartilhado.

O DCEU já vinha de uma sequência de fracassos e, logo no começo do ano, o descartado Shazam! Fúria dos Deuses teve um resultado vexatório para um filme do gênero, com números totais de $133 mi para um orçamento no mesmo nível. Também um lançamento menor da DC, mas proporcionalmente flopado, foi Besouro Azul ($104 mi orç./$129 mi rec.). E, ainda em cartaz, Aquaman 2: O Reino Perdido, orçado em $205 mi, abriu com pouco mais de $108 mi em números globais e acumula cerca de $130 mi até agora.

Com quatro grandes blockbusters de super-herói na agenda, portanto, a Warner/DC conseguiu fazer de todos eles recordes negativos e, a cada filme, ajudaram a solidificar o discurso de que o gênero não atrai mais o público da mesma maneira.

Para a surpresa de muitos, porém, não foi apenas a DC que protagonizou essa decadência dos heróis em 2023. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, o primeiro filme da Marvel do ano, deveria ser um começo glorioso de uma nova fase, mas acabou fracassando com a crítica e na bilheteria. Orçado em $200 mi, o filme do MCU arrecadou cerca de $470 mi, número abaixo dos Homem-Formiga anteriores e aquém do seu ponto de equilíbrio. E, descendo o nível ainda mais, As Marvels se tornou o maior flop da marca até hoje. Com um custo entre $220 e $275 mi, o filme penou para chegar sequer aos $200 mi de arrecadação global.

Falando em prejuízo, Indiana Jones e a Relíquia do Destino, lançado em junho próximo a The Flash, pode ter tido uma conta ainda pior que o filme da DC. Primeiro da saga produzido/distribuído pela Disney e despedida de Harrison Ford do papel, este quinto episódio teve um custo na faixa dos $300 mi e fez no mundo todo pouco mais de $380.

Vale lembrar também que o único projeto de mega orçamento de 2023 considerado um grande sucesso foi Guardiões da Galáxia – vol. 3 ($250 mi orç./$840 mi rec.), despedida de alguns dos personagens mais queridos da Marvel.

Por outro lado, a mesma Disney não conseguiu emplacar praticamente nada justo no seu centenário. Além dos mencionados Indiana, Homem-Formiga 3 e As Marvels, as animações também tiveram desempenhos muito abaixo do esperado. Elementos deu sorte e conseguiu uma estabilidade raríssima, chegando perto de bater $500 mi – número excelente para o cenário previsto, mas aquém de um filme de $200 mi com o selo Pixar. A mesma sorte passou longe de Wish: O Poder dos Desejos, animação comemorativa do estúdio, que se tornou uma das suas maiores bombas – com orçamento estimado entre $175 e $200 mi e um resultado ínfimo de $145 mi (ainda contando).

“BARBENHEIMER” E O SUCESSO DOS GASTOS CONTROLADOS

Nesse contexto de crise dos tentpoles, projetos de melhor repercussão na bilheteria tem sido justamente aqueles que mantém seus custos sob controle – em outras palavras, os blockbusters de $100 mi (que, anos atrás, era considerado um valor médio e, diante dessas produções desnecessariamente caras, virou um número até modesto).

Os melhores exemplos são os fenômenos Barbie e Oppenheimer. Tanto a comédia satírica de Greta Gerwig quanto a cinebiografia de Christopher Nolan tiveram orçamentos por volta desse valor de $100 mi e resultado já é história: o filme da boneca se tornou o maior sucesso do ano ($1,45 bi) e o longa sobre a criação da bomba atômica é, hoje, a maior bilheteria de um drama biográfico, além de ter demonstrado que ainda há, sim, interesse por produções de época destinadas para o público adulto.

Animações fora do eixo Disney-Pixar e com custos igualmente controlados (que não coibiram seus êxitos criativos) também se destacaram: Super Mario Bros – O Filme passou a marca do $1,3 bi, enquanto o aclamado Homem-Aranha: Através do Aranhaverso quase dobrou a arrecadação do primeiro filme, com $690 mi ao redor do mundo.

Dentre os orçamentos “enxutos”, chamaram a atenção em 2023 ainda as novas incursões das duas maiores franquias da Lionsgate. John Wick 4: Baba Yaga e Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes custaram ambos cerca de $100 mi e fizeram, respectivamente, $440 e 315 mi (o último ainda contando). A saga de vingança/fuga de Keanu Reeves continuou sua impressionante ascensão (em tamanho, qualidade, recepção e bilheteria), enquanto o spin-off de Jogos Vorazes surpreendeu com sua ótima resposta popular, que rendeu um raro caso de estabilidade nos cinemas para um blockbuster em 2023 – embora, por razões óbvias, seus números não se comparem aos anteriores da franquia.

Até o totalmente descompromissado Megatubarão 2, lançado pela Warner em agosto e com um custo em torno de $130 mi, foi considerado um sucesso para o estúdio, com um resultado global de $390 mi. Da mesma empresa, o aguardado Wonka de Timothée Chalamet, com orçamento de $125 mi, já rendeu em bilheteria global mais de $288 mi, com previsões estimando um final acima dos $500 mi.

Ficou claro como esses financiamentos “menores” não reduzem o potencial criativo dessas produções, pelo contrário: a sensação é de que aumenta. Alguns dos citados filmes de orçamentos inchados ficaram conhecidos pelas reclamações a cerca dos efeitos visuais e desleixo com a cinematografia, ao passo que longas de custos controlados frequentemente se destacaram pelos méritos de produção. Nesse sentido, certamente o maior destaque do veio de fora de Hollywood, com o japonês Godzilla Minus One, orçado em cerca de minúsculos $ 13 mi e com resultados visuais inacreditáveis.

Evidentemente, os fracassos do ano não incluíram apenas produções de custos fora de controle. Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes, rodado por um valor alto de $150 mi, passou longe do seu ponto de equilíbrio e finalizou com $208 mi de arrecadação, mesmo com ótimas críticas. Mansão Mal-Assombrada, adaptação do parque temático da Disney de mesmo nome, flopou de forma vexatória, com $150 mi de produção e retorno de $117 mi. E mesmo a ficção científica inédita e visualmente ambiciosa Resistência, um bom exemplo de custos controlados para a média de filmes similares (estimado em $80 mi), não atraiu grande público, fechando em $104 mi.

HORROR: UM INVESTIMENTO SEGURO

Nesse fogo cruzado de grandes produções que sempre precisarão de retornos significativos para serem lucrativas, existe um segmento que é, quase que invariavelmente, garantia de sucesso: o horror. Ano fraco do ponto de vista criativo do gênero, mas novamente espetacular no tocante à bilheteria dele, 2023 provou que até franquias que pareciam esgotadas ainda podem atrair um público massivo às salas sem precisar de custos elevados.

Pânico VI, orçado em $35 mi, bateu quase $170 mi, ficando entre os dois maiores sucessos da saga (embora ela esteja em maus lençóis após a demissão polêmica da protagonista Melissa Barreira). A Morte do Demônio: A Ascensão se tornou a maior bilheteria dentre os cinco filmes lançados na série, com $146 mi para um custo estimado em $20 mi. Sobrenatural: A Porta Vermelha, quinto capítulo de uma das mais lucrativas marcas do terror, enfrentou as péssimas críticas e alcançou $190 mi, tendo custado pouco mais de $15 mi.

A Freira 2, continuação do maior sucesso financeiro do universo de Invocação do Mal, mostrou que público não falta para os cada vez mais descartáveis episódios dessa franquia e bateu $268 mi com um custo de $38. Jogos Mortais X virou não só o mais bem avaliado da franquia do Jigsaw, mas replicou o sucesso de quase todos os capítulos anteriores, batendo os $102 mi contra um valor de produção de apenas $13 mi. E, mesmo sendo considerado um dos piores do ano, O Exorcista: O Devoto, sequência direta do clássico de 1973 e primeiro de um planejada nova trilogia, conquistou um número expressivo de $136 mi ao redor do mundo com um orçamento na casa dos $30 mi.

Baseado no jogo altamente popular, Five Nights At Freddy’s: Pesadelo sem Fim foi outro terror imune às duríssimas avaliações e se transformou no filme de melhor bilheteria produzido pela Blumhouse e maior arrecadação do gênero em 2023, com $289 mi para um orçamento de $20 mi. Da mesma produtora e lançado logo em janeiro, M3gan também virou hit e bateu os $180 mi com um custo incrivelmente modesto de $12 mi, garantindo com facilidade uma sequência para 2025.

APPLE E AS MEGA PRODUÇÕES DE AUTOR

Muita discussão foi feita em torno de longas históricos de grande financiamento em um cenário nada propício para projetos autorais dessa escala (como comentado em artigo do ano passado: https://estacaonerd.com/analise-acabou-o-cinema-adulto-em-hollywood/). Aguardados pelos nomes envolvidos e pelo peso de suas histórias, Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, e Napoleão, de Ridley Scott, foram igualmente produzidos pela Apple, que está se estabelecendo no mercado cinematográfico através de investimentos massivos, com orçamentos divulgados na faixa de $200 mi, e lançados com exclusividade nos cinemas com distribuição respectivamente da Paramount e da Sony. O épico de 3h26min de Scorsese fez $156 mi ao redor do mundo, enquanto o de Scott atingiu no final do ano a marca dos $200 mi.

Em proposta de lançamento tradicional, os dois projetos ambiciosos seriam considerados fracassos de bilheteria, mas, na verdade, são produções que visam a valorização da plataforma de streaming (Apple TV+) e, portanto, não foram feitas com o intuito de se pagar na tela grande. A produtora, afinal, não investiria valores tão altos em longas que dificilmente teriam apelo comercial necessário para atingir números na casa dos $500 mi – ponto de equilíbrio estimado para ambos.

No contexto atual, portanto, os dois demonstraram o interesse de parte do público por filmes históricos para além de Oppenheimer e ainda apontaram para possíveis novos modelos de produção via parcerias de produção/distribuição com plataformas de streaming. Assassinos da Lua das Flores enfrentou competição com a segunda semana de Taylor Swift: The Eras Tour, que conseguiu $250 mi no mundo todo e se tornou outro evento de 2023, e também com a estreia fortíssima de Five Nights At Freddy’s, mas, em números gerais, teve um saldo semelhante ao de outros longas de Scorsese. Já Napoleão teve números praticamente idênticos nos Estados Unidos, mas se saiu particularmente melhor no restante do mundo.

PROJEÇÕES PARA 2024

É ingenuidade acreditar que Hollywood vai abandonar essas produções de grande porte ou que o gênero dos super-heróis vai simplesmente acabar do dia para a noite, sobretudo se as cinco adaptações de HQ aguardadas para o ano que vem forem bem sucedidas financeiramente. Mas, de qualquer modo, será um ano bem mais brando em termos de lançamentos. A Marvel/Disney vai trazer Deadpool 3 como o primeiro da saga metalinguística a integrar o universo compartilhado e aposta suas fichas nos sucessos extraordinários dos capítulos anteriores do personagem, ainda na era da Fox. E a DC/Warner, por outro lado, tem um dos lançamentos mais cheios de expectativa do ano com Joker: Folie à Deux, trazendo de volta o Coringa de Joaquin Phoenix (que se tornou o primeiro filme para maiores nos Estados Unidos a cruzar a barreira do $ bilhão), desta vez contracenando com Lady Gaga. Em quantidade na agenda, a Sony é que vem com mais estreias: Madame Teia, Kraven: O Caçador e Venom.

Difícil imaginar com o público vai se comportar principalmente a partir de 2025, com DCU reestabelecido sob comando de James Gunn a partir do aguardado Superman: Legacy, e com a Marvel tateando em desespero para manter sua dominação de outrora. Mas, pelo presente momento, parece que 2024 vai ser um pouco menos cheio de balões de ar quente inflados para projetos que, no fundo, as pessoas dão cada vez menos importância.

Ferrari | Cena inédita da cinebiografia do filme é revelada; Assista!

O diretor Michael Mann revelou uma cena inédita de Ferrari. Assista:

https://twitter.com/SkyCinema/status/1740387193758126528

FERRARI mostra os bastidores da Fórmula 1 e da história de Enzo Ferrari. Enquanto explora os limites da velocidade nas pistas, Ferrari enfrenta grandes desafios na sua vida pessoal. Seu casamento instável com Laura (Penélope Cruz) é ainda mais abalado pela perda do único filho do casal e seu relacionamento com Lina Lardi (Shailene Woodley). Com a falência ameaçando a empresa que ele e Laura construíram, Ferrari decide apostar tudo em uma corrida – a icônica Mille Miglia, na Itália.

O elenco de FERRARI conta ainda com Sarah Gadon, Jack O’ Connell, Patrick Dempsey e Daniela Piperno. Com roteiro de Troy Kennedy Martin, o filme é baseado no livro “Ferrari: O homem por trás das máquinas”, de Brock Yates.

A produção estreia nos cinemas em 8 de fevereiro de 2024.

Prime Video | Confira os lançamentos de Janeiro de 2024

O Prime Video anuncia os lançamentos de destaque no Brasil para o mês de janeiro. Os membros Prime podem conferir esses e outros conteúdos exclusivos nas versões on-line, via streaming, ou off-line, por meio de download, e também podem perguntar para a Alexa quais são os principais lançamentos do mês.

Além das produções que chegam ao serviço, confira também as principais novidades do mês da Loja Prime Video. Confira:

PRIME VIDEO – ESTREIAS

After: Para Sempre(After Everything, 2023)1 de Janeiro
Marry My Husband – Temporada 1(Marry My Husband S1, 2024)1 de Janeiro
Fale Comigo(Talk To Me, 2022)4 de Janeiro
Terror no Estúdio 666(Studio 666, 2022)8 de Janeiro
Foe(Foe, 2023)10 de Janeiro
Role Play(Role Play, 2024)12 de Janeiro
Nove Dias(Nine Days, 2024)15 de Janeiro
O Domingo das Mães(Mothering Sunday, 2021)15 de Janeiro
Hypnotic – Ameaça Invisível(Hypnotic, 2023)17 de Janeiro
La Abuela(La Abuela, 2021)17 de Janeiro
Zorro – Temporada 1(Zorro S1, 2024)19 de Janeiro
Hazbin Hotel – Temporada 1(Hazbin Hotel S1, 2024)19 de Janeiro
Indian Police Force – Temporada 1(Indian Police Force S1, 2024)19 de Janeiro
Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo(Book Club: The Next Chapter, 2023)24 de Janeiro
Expatriadas– Temporada 1(Expats, 2024)26 de Janeiro
The Underdoggs(The Underdoggs, 2024)26 de Janeiro
Um Lugar Bem Longe Daqui(Where the Crawdads Sing, 2022)31 de Janeiro
Loucas em Apuros(Joy Ride, 2023)31 de Janeiro

CHANNELS

ProduçãoCanalEstreia
Nosso Sonho(Nosso Sonho, 2023)Telecine2 de Janeiro
Rio Shore – Temporada 4(Rio Shore S4, 2024)Paramount+16 de Janeiro
Transformers: O Despertar das Feras(Transformers: Rise of the Beasts, 2023)Paramount+18 de Janeiro

Mamonas Assassinas: O Filme | Cinebiografia tem a maior abertura de filme brasileiro

Com distribuição da Imagem Filmes, MAMONAS ASSASSINAS: O FILME estreou ontem, quinta-feira, dia 28 de dezembro, no maior circuito nacional da história em número de cinemas, com 1054 salas e 695 cinemas, o que resultou na maior abertura de um filme brasileiro desde o início da pandemia em 2020 e a terceira maior abertura dos últimos cinco anos.

Há relatos vindos de todo o Brasil sobre sessões lotadas com pessoas emocionadas, que interagem com as músicas, batem palmas em cenas abertas e saem do cinema felizes em reviver a história dos meninos de Guarulhos.

Os Mamonas Assassinas queriam ser uma banda de rock progressivo e se transformaram no grupo irreverente que até hoje é um expoente da cultura pop no Brasil. A banda ganhou notoriedade na década de 90 com a originalidade de suas letras, da sua performance nos palcos e a qualidade musical dos seus integrantes. Seu primeiro e único disco foi mixado em Los Angeles, no melhor estúdio da época, vendendo mais de 3 milhões de cópias em 7 meses. Até hoje, milhões de pessoas no Brasil e no mundo ouvem mensalmente Mamonas Assassinas nas plataformas digitais.

A história dos meninos de Guarulhos será contada pela primeira vez nos cinemas em MAMONAS ASSASSINAS: O FILME. Dirigido por Edson Spinello, escrito por Carlos Lombardi, produzido pela Total Entertainment, coproduzido pela Mamonas Produções, Claro e distribuído pela Imagem Filmes, o filme emociona e diverte as novas e antigas gerações, revivendo os clássicos “Pelados em Santos”, “Vira-Vira”, “Robocop Gay” e tantos outros sucessos.

Crítica | Saltburn

Saltburn é meu primeiro contato com o cinema de Emerald Fennell, no entanto com apenas dois filmes em seu currículo, já consigo perceber a especificidade de sua abordagem, revelando um autorismo aliado a uma ousadia provocativa fascinante. Embora esse texto se restrinja a Saltburn, é possível discernir uma marca autoral em Fennell que permeia seu fazer cinematográfico. A sua estilização se configura por meio de uma fusão harmoniosa de elementos visuais arrojados, uma narrativa impactante e uma abordagem sedutora que explora temas complexos. Inicialmente, em Bela Vingança, a cineasta direciona seu foco para um discurso de gênero em um suspense dramático. Por outro lado, em Saltburn, ela mergulha nas nuances das classes sociais, imersa em um thriller erótico. Essa transição, portanto, evidencia sua habilidade em contar histórias que abordam temas sociais, entrelaçados por uma subversão ácida e irônica.

O formalismo de Fennell se desvela em Saltburn por meio de escolhas estéticas deliberadas, onde a linguagem visual desempenha um papel crucial, especialmente na maneira como ela utiliza a paleta de cor e suas composições cuidadosamente planejadas para criar uma atmosfera visualmente intensa, em sintonia com as particularidades emocionais de seus personagens. Saltburn se destaca pela exuberância, extravagância e vivacidade que permeiam cada cena, características que refletem uma autoconsciência sutilmente inconsciente. Essa intensidade e vitalidade são expressas de uma maneira que parece natural e espontânea, sem esforço consciente, onde a localidade de Saltburn parece possuir uma energia vibrante que surge de maneira orgânica e não forçada, fazendo com que essa autoconsciência inconsciente possa indicar uma autenticidade nas expressões culturais daquele lugar. Essa abordagem, portanto, coaduna de maneira precisa com a vida da elite, que tem uma consciência de si exagerada e que exige uma impecabilidade constante.

Diante disso, a mise en scène de Emerald recai em uma ironia ácida tipicamente inglesa, introduzindo um humor marcado por um exagero linguístico que satiriza a elite britânica. A cineasta, por meio do humor e do impacto visual, subverte os super-ricos, ridicularizando-os, enquanto simultaneamente engaja o espectador em reflexões sobre o capitalismo tardio e o desejo obsessivo dos jovens contemporâneos pela riqueza inatingível. Esse humor absurdista, muitas vezes desafiador para o espectador, confronta-o com o mundo de maneira inteligente e humorística. O design de produção, por sua vez, não é apenas um pano de fundo, mas um elemento ativo na representação visual dessas contradições. Cada detalhe, cuidadosamente calculado, contribui para a ambientação que reflete tanto o artificial quanto o genuíno, criando uma atmosfera que ressoa com os elementos de desejo, obsessão e manipulação presentes na narrativa. Até mesmo os absurdos (que são muitos) visuais dos personagens amplificam essa experiência. Fennell utiliza esses elementos de maneira estratégica, desafiando e oferecendo ao espectador um espelho distorcido, porém revelador, de aspectos complexos da sociedade e da psique humana.

Saltburn é um filme sobre as contradições, delineando um cenário onde o moderno conflita com o clássico, o desejo rivaliza com a moral e a verdade embate-se com a manipulação. Nesse contexto, Fennell concebe uma obra profundamente enganadora e, acima de tudo, exploratória. Seus enquadramentos, a forma como ela brinca com os planos e com a linearidade dos acontecimentos são cruciais na construção desse universo contraditório, padronizado e, ao mesmo tempo, repleto de falhas. Noto uma incrível habilidade em Emerald ao tornar palpável essa tapeçaria de contradições para o espectador. Ao ponto de que o ele (nós) entre em conflito consigo mesmo. A realidade é que Fennell explora todas as potencialidades do cinema, estabelecendo um diálogo com o espectador de diversas maneiras, as quais me vejo incapaz de descrever completamente por meio das palavras. É a singularidade que o cinema e os talentosos diretores possuem para narrar suas histórias, utilizando expressões que só a subjetividade do espectador pode verdadeiramente “compreender”. Portanto, assim como você, leitor deste texto, eu sou apenas um observador passivo que mergulhou em Saltburn e diante de tanta estilização e virtuosismo, senti-me manipulado, ludibriado e repulso por tudo aquilo, mas, ironicamente, desejei ardentemente aquele mundo de ostentações e excitações. Dessa forma, experimentei uma sensação de conflito, de contradição, onde minha balança moral nunca esteve tão instável. Aprecio como Emerald Fennell faz com que cada elemento que atinge o espectador provoque esse embate interno, seja a música, as cores vibrantes, ou o brilho exuberante das joias. Tudo acentua as sutilezas (ou não tão sutis assim) desse universo tão provocante.

Confira alguns lançamentos de jogos e acessórios da PlayStation em 2024

Faltando poucos dias para o encerramento de 2023, o Blog da PlayStation destacou alguns dos lançamentos que devem chegar no início de 2024.

Já em 19 de janeiro, os fãs poderão curtir The Last of US Part II remasterizado para o PS5 e, uns dias depois, o famoso jogo de luta Tekken 8, da Bandai Namco.

Em fevereiro é a vez do exclusivo HellDivers 2, sequência do shooter espacial que promete agradar em cheio os fãs do gênero com um mapa ainda maior, combates intensos e muitas novidades.

Outro exclusivo é o Rise of the Ronin, RPG de mundo aberto em que os jogadores vão mergulhar no Japão do século XIX e terão a possibilidade de escolher diferentes perspectivas da narrativa. O game estará disponível para PS5 em 22 de março de 2024.

Entre os jogos também vale mencionar Final Fantasy VII Rebirth, a expansão de Destiny 2: The Final ShapeFoamStars e Stellar Blade.

Acessórios

Quem curte personalizar o PS5 e colecionar diferentes cores do DualSense, se prepare. Já no início do ano estarão disponíveis novas cores metálicas da Deep Earth Collection, que vão conferir ainda mais estilo para seus acessórios.

Outra novidade é o Headset Elite. O novo acessório premium e sem fio permite uma experiência de jogo ainda melhor e mais imersiva, já que utiliza elementos e tecnologias encontrados normalmente em fones de ouvido de engenheiros de som profissionais.

Rick and Morty | Vídeo com cenas pós-créditos da 7ª temporada é revelado pela Adult Swin; Assista!

A Adult Swin revelou um vídeo com todas as cenas pós-créditos da 7ª temporada de Rick and Morty. Confira:

Rick e Morty embarcam em uma aventura selvagem. Espere por aventuras de outro mundo, paradoxos arrepiantes e muitos momentos engraçados que vão fazer você rir e questionar sua existência.

A 7ª temporada de Rick and Morty segue disponível na HBO Max.

Godzilla Minus One | Filme quebra recorde e se torna o filme japonês em live action mais visto no Brasil

Godzilla Minus One já foi assistido por mais de 200 mil espectadores e arrecadou cerca de R$ 3,9 milhões nas bilheterias nacionais. Com isso a produção se torna uma das mais vistas. Confira:

O filme se passa alguns anos após a Segunda Guerra Mundial, num Japão que é atacado por Godzilla enquanto tenta se recuperar dos ataques nucleares e das consequências da guerra.

Godzilla Minus One segue em exibição nos cinemas nacionais.