Segundo informações da BBC, o ator britânico Tom Wilkinson, faleceu hoje (30), aos 75 anos. A morte do ator foi anunciada pela sua família, em comunicado oficial. Confira:
“É com grande tristeza que a família de Tom Wilkinson anuncia que ele morreu repentinamente em casa, no dia 30 de dezembro. Sua esposa e família estavam com ele.”
Wilkinson atuou em mais de 120 séries e filmes, e conquistou duas indicações ao Oscar, a primeira como Melhor Ator por Entre Quatro Paredes (2001) e a segunda como Melhor Ator Coadjuvante por Conduta de Risco (2007).
O Apple TV+ revelou os lançamentos da plataforma de streaming para janeiro de 2024. Confira:
Histórico Criminal
Thriller policial de oito episódios, estrelado pelo vencedor do Oscar e do BAFTA Peter Capaldi (“Doctor Who”, “The Thick of It”) e pela indicada ao Prêmio Laurence Olivier e ao Critics Choice Award Cush Jumbo (“The Good Wife”, “The Good Fight”, “The Beast Must Die”).
A série estreia no dia 10 de Janeiro.
For All Makind
Fim da quarta temporada da série dramática espacial elogiada pela crítica, criada por Ronald D. Moore, indicado ao Globo de Ouro e ao Emmy, e por Ben Nedivi e Matt Wolpert, indicados ao Emmy.
Chega ao final a temporada da série de sucesso baseada no Monsterverse da Legendary, estrelada por Kurt Russell, Wyatt Russell, Anna Sawai, Kiersey Clemons, Ren Watabe, Mari Yamamoto, Anders Holm, Joe Tippett e Elisa Lasowski.
A série volta com episódios inéditos no dia 12 de Janeiro.
Mestres do Ar
Produção executiva de Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman (também produtores de “Irmãos de Guerra” e “O Pacífico”). No elenco estelar, liderado pelo indicado ao Oscar Austin Butler, estão: Callum Turner, Anthony Boyle, Nate Mann, Rafferty Law, o indicado ao Oscar Barry Keoghan, Josiah Cross, Branden Cook e Ncuti Gatwa.
A série volta com episódios inéditos no dia 26 de Janeiro.
Os novos episódios da segunda temporada de What If…? já estão disponíveis no Disney+ e apresentam novas aventuras no MCU. Nós do Estação Nerd separamos todas as referências e easter eggs que você pode ter perdido nos episódios 6, 7, 8 e 9 da série animada. Confira:
Episódio 06: E se… Kahhori remodelasse o mundo?
01. Ragnarok
O episódio mistura elementos que foram vistos em Thor e Thor: Ragnarok. Asgard foi destruída e assim o Tesseract acaba caindo na Terra.
029. Kahhori
O Tesseract cai na Terra, antes da colonização da América. O episódio se passa na língua Mohawk, num local que corresponde atualmente ao norte de Nova York. Kahhori é uma personagem que não existe no MCU e nem nos quadrinhos. A nova heroína, usa a joia do infinito e recruta aliados poderosos na luta para salvar seu povo e mudar o curso da história para sempre.
03. Participação especial
Ao fim do episódio o Doutor Estranho Supremo, visto na primeira temporada de What If…?, surge por alguma razão, ele está procurando por Kahhori há muito tempo.
Episódio 07: E se… Hela encontrasse os Dez Anéis?
01. Mjolnir
Neste universo, Odin bane Hela e confere uma regra à sua coroa: “Todo aquele que usar esta coroa, caso conheça misericórdia, possuirá o poder de Hela.” Algo muito parecido ao feito com Thor, no primeiro filme do herói no MCU.
Hela ao retormar sua coroa, se torna rainha de Asgard e impede Thanos de criar os eventos vistos em Guerra Infinita.
Episódio 08:E se… Os Vingadores se reunissem em 1602?
01. Quadrinhos
A trama desse episódio é a única totalmente baseada em uma HQ. Na Marvel #1602, universo alternativo mostra como seria uma linha do tempo onde existiam super-heróis da Marvel na era elisabetana. O quadrinho foi escrito por Neil Gaiman (o mesmo autor de The Sandman).
02. Robin Hood
Uma espécie de bem feitor surge. Seu nome: Rogers Hood. Nem preciso explicar, né?
03. Happy Hogan
A versão vista no episodio 05, reaparece no episódio numa versão renascentista.
Episódio 09: E se… Doutor Estranho Supremo interferisse?
01. Doutor Estranho Supremo
O personagem da primeira temporada, reapareceu em dois episódios da segunda temporada e agora mostra seu propósito. O herói está cassando versões malignas de personagens pelo multiverso e precisa da ajuda da Capitã Carter para prender um fugitivo.
02. Vilões conhecidos
Diversos personagens do MCU são vistos aprisionados pelo Dr. Estranho Supremo. Thanos, Hela, Killmonger, uma versão mirim de Perter Kill e Ultron Infinito são vistos na parede e no decorrer do episódio.
03. Zumbis
A feiticeira escarlate zumbi apareceu pela primeira vez no episódio 5 da 1ª temporada de What If da Marvel, “E se… Zumbis?!”.
04. Armadura do Infinito
O traje foi usado por Ultron na primeira temporada de What If. Agora a Capitão Carter irá usar.
05. Yggdrasil
A Yggdrasil aparece no final do episódio. A Árvore do Mundo, um conceito Asgardiano (originalmente nórdico) onde cada raiz ou ramo representa um dos Nove Reinos, agora representa o multiverso.
O ano de 2023 foi repleto de desafios, um deles foi assistir a certas produções originais das plataformas de streaming e cinema que resolveram competir para ver quem foi o pior filme do ano. Nós do Estação Nerd resolvemos fazer uma lista com os 10 piores filmes do ano. Prepare-se pois a lista é machucar os olhos e o coração. Confira então nossa lista com os 10 piores filmes de 2023:
“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania não retoma, de maneira geral, o nível que se esperava para as próximas fases da narrativa contínua que é o MCU. Se esse filme (como tantos outros) for considerado relevante pelos veículos de comunicação, e depois pelo público, apenas por suas cenas pós-créditos talvez esteja na hora de reavaliar o ponto de continuar com essa narrativa da forma que está.”
“Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim é uma produção maçante, que não aproveita bem o material no qual é inspirado, apresentando uma produção que não assusta e muito menos entretém. Para sentir medo e se divertir prefira revisitar os jogos da franquia.”
O Jogo da Invocação tem várias falhas e se tornA esquecível por não desenvolver bem sua principal proposta. 2023 não foi um bom ano para o gênero do terror é este filme comprova a razão dessa afirmação.
“O Lado Bom de Ser Traída não empolga como filme erótico e tão pouco como suspense, sendo uma produção bem broxante em ambos os aspectos. O que é uma pena, pelo elenco que a produção tinha em mãos.”
“Trocados é mais uma comédia genérica e sem graça da Netflix, que não encanta com sua mensagem e nem ofende com sua história. Como passatempo o filme funciona, desde que você não tenha absolutamente nada para fazer, caso contrário realize sua obrigação, garanto que você se sentirá mais contente ao fim dela, do que vendo esse filme.”
“Meus Sogros Tão Pro Crime e para a vergonha alheia deveria ser o nome dessa produção calamitosa da Netflix. O filme é uma total perca de tempo e noção dos realizadores. O pior filme do ano na Netflix, e olhe que estamos no meio do ano.”
“A Netflix apenas disponibiliza mais um filme que tenta abarcar uma variedade de elementos, mas acaba por não conseguir transmitir nenhum deles. Estamos, portanto, diante de uma obra que fracassa em evocar emoção e imersão, resultando em sequências monótonas, desprovidas de ritmo, estrutura e, mais crucialmente, conexão com o público.”
O ano de 2023 está chegando ao fim! Seguimos enfrentando diversos problemas, muitas frustrações e raras surpresas. Algumas dessas surpresas ocorreram nos cinemas que conseguiram nos proporcionando raros momentos de alegria, reflexão e diversão. Dessa forma, como de costume, nós do Estação Nerd fizemos a nossa lista com os 10 melhores filmes de 2023! Confira:
“John Wick 4: Baba Yaga é o maior e melhor filme de toda franquia John Wick. Com cenários inventivos e cenas de ação brutais, o novo filme consegue oferecer uma nova ótica sobre o herói enquanto desenvolve uma intensa história repleta de cenas épicas que vão marcar a história do cinema.”
“Homem-Aranha: Através do Aranhaverso acerta o público como um meteoro, deixando aberto o espaço para uma inevitável continuação e infinitas possibilidades para Miles e todos os possíveis aranhas multiverso afora.”
“O Mundo Depois de Nós é uma boa adição da Netflix e um dos melhores filmes do gênero suspense do ano. Com um roteiro intrigante e um elenco de peso, é esperado que a produção seja mais um sucesso de fim de ano no catálogo do streaming, e claro, que outros longas semelhantes sejam desenvolvidos para agradar ao público.”
“O grande trunfo de The Holdovers (Os Rejeitados) reside na forma como aproveita bem um elenco estelar ao mesmo tempo em que utiliza seus elementos cômicos e satíricos para mostrar como nossos traumas sejam eles longínquos ou recentes, podem trazer à tona nossas piores características e a única forma de verdadeiramente superar isso é cercando-se de pessoas.”
“O sucesso de bilheteria de poder feminino que Gerwig oferece, vem em uma forma rosa pink de criação própria, plantando exemplos positivos do potencial feminino para as gerações futuras. Enquanto isso, ao mostrar um senso de humor sobre os tropeços do passado da marca, isso nos dá permissão para desafiar o que a Barbie representa – nada do que você esperaria de um comercial de brinquedo de longa metragem.”
“Kleber entrega em Retratos Fantasmas uma carta de amor à sétima arte, às suas lembranças pessoais e à memória do Recife. É impossível não querer dar uma volta pelo centro da cidade, ou apreciar uma obra cinematográfica dentro de um dos saudosos cinemas de rua da capital pernambucana, após uma sessão do documentário.”
“Combinando sátira e acidez com altas doses de polêmica, Haynes consegue fugir do mau gosto e criar uma narrativa envolvente, a despeito do tema espinhoso. Ao mesmo tempo levanta questões urgentes, sem escorar-se apenas na “mensagem importante”, preocupando-se com forma e não só com o conteúdo. Dessa forma, oferece sua denúncia, mas não se esquece de fazer também um bom filme.”
“A intenção de Vidas Passadas não é ser uma obra de proporções grandiosas, pelo contrário, o convite feito para o público é o de acompanhar por quase duas horas uma jornada intimista sobre o amor. É precisamente essa escala reduzida que dá peso e força para a história contada.”
“Para quem está familiarizado com a magnificência de uma obra ambiciosa de Martin Scorsese, que entrega exatamente aquilo que promete, a longa duração de Assassinos da Lua das Flores não é um problema, muito pelo contrário. O soco no estômago que o público recebe a medida que a trama se desenvolve também impossibilita uma monotonia em 3h20min. Contado e filmado de maneira majestosa, fica evidente que Scorsese tenha criado mais uma obra essencial para ser conferido especialmente pelos estudiosos e amantes da sétima arte.”
“Oppenheimer é o melhor filme da carreira de Christopher Nolan. Um retrato vívido, denso e incrível sobre o homem que criou a bomba atômica e se tornou um mito tão histórico quanto o de Prometeu. Assista em IMAX – se possível -, mas assista o quanto antes!”
A nova série derivada de La Casa de Papel, mostra um dos personagens mais queridos do fãs em seus dias de glória. Berlim reúne um bando talentoso em Paris para uma missão impossível: roubar 44 milhões de euros em joias vindas de 34 cidades em apenas uma noite. A série spin-off acontece muito tempo antes dos acontecimentos vistos na primeira temporada da produção.
Ao contrário da série spin-off La Casa de Papel: Coreia, que apostou suas fichas em contar a mesma história do original, com os mesmos personagens, mesmas características e dinâmicas. Berlim, muda o foco de sua narrativa e deixa de lado a ideia de repetição apresentando um novo assalto, com muitas novidades. Álex Pina (Sky Rojo), criador da série original, retorna e busca explorar um lado humano do personagem vivido por Pedro Alonso (O Silêncio do Pântano). O romance é o fio condutor dessa engenhosa trama de assalto. O amor não acontece apenas entre o casal protagonistas, mas envolve outros personagens, algo que coloca um leveza na história. A narrativa é bastante objetiva, mesmo saindo dos trilho para focar no romance de diversos personagens, algo que torna ela superior a produção original que demorava muito para desenvolver certas situações.
Se existe um problema na narrativa de Berlim, ele acontece quando as motivações e o passado do protagonista se tornam o principal elemento da narrativa. O herói, em alguns momentos parece outra pessoa, a produção não aborda sua doença e seu lado vilanesco está adormecido. Mas esses não são elementos que vão atrapalhar a diversão, apenas podem causar estranheza.
A ambientação e construção dos personagens na capital francesa são bem construídas, toda a dinâmica é intercalada com o uso de bons planos, em especial quando vemos os golpes sendo aplicados. A trama tem um bom ritmo e conta com uma ótima fotografia, repleta de vida e cores. Os golpes apresentados são bastante criativos e bem críveis dentro do universo apresentado (apesar de algumas conveniências do roteiro). O retorno de outros personagens da série original, acontece de modo natural e não são aparições gratuitas. As personagens tem importância para narrativa e ajudam a produção a focar na trama de assalto, que em alguns momentos é deixada em segundo plano. A química do elenco é ótima e as novas adições na mitologia La Casa de Papel são apaixonantes, mas é inegável que Alonso é dono do show, ao compor um personagem único e pra lá de carismático.
Berlim é uma das melhores série spin-off já feitas na atualidade. Divertida, objetiva e apaixonante, o início de uma possível nova franquia acontece como um novo amor: repleto de coisas boas e sem muitos defeitos aparentes. Resta saber o que o futuro reserva para uma nova aventura.
Em meu Meu Cunhado É um Vampiro, Fernandinho Tramontina (um ex-jogador de futebol) e apresentador de um canal esportivo no YouTube. Mora em uma casa de luxo com a esposa e suas duas filhas adolescentes. Na festa de aniversário da caçula, ele recebe a visita inesperada do cunhado, irmão de sua esposa, que veio morar com eles por um tempo. Durante alguns dias de convívio, Fernandinho desconfia de alguns comportamentos estranhos do cunhado e descobre que ele é um vampiro. Para, salvar sua da sua família e o mundo ele bola um plano para derrotar o parente sanguessuga.
A produção é uma comédia nacional simples, honesta e que desenvolve bem seu argumento. O roteiro escrito por Paulo Cursino (De Pernas pro Ar), Sergio Martorelli (No Gogó do Paulinho) e da diretora Ale McHaddo (O Amor Dá Trabalho) faz piadas de todos os tipos e para todos os gostos. Mas é inegável que as melhores são as que debocham do gênero de terror e da mitologia envolvendo vampiros. Com tudo, é preciso reforçar que o filme segue uma fórmula pra lá de prevísivel e bastante conhecida no gênero de comédia. Deixando a desejar na análise macro de uma invasão vampiresca ao Brasil e focando a trama toda na família do protagonista.
O grande diferencial acaba sendo o elenco afiado elenco principal que é pra lá de carismático. A produção aposta suas fichas na dinâmica entre os atores e na experiência de Leandro Hassum (O Candidato Honesto). Essa aposta consegue arrancar risadas e entreter o público com situações pra lá de absurdas. Monique Alfradique (Bem-vinda a Quixeramobim) rouba diversas cenas com tiradas rápidas e encanta. Mel Maia (Avenida Brasil) tem pouco espaço, mas tem personalidade e quando tem espaço mostra a que veio. Hassum acaba sendo o grande nome da produção e diverte com seus monólogos e tiradas já conhecidas do público. Outro destaque é a participação de Edson Celulari (Fuzuê) que mesmo sendo breve, impõe medo como Drax.
Os efeitos especiais do longa, são até que bem feitos. A maquiagem deixa um pouco a desejar, em alguns momentos é perceptível as próteses que o elenco usou. Mas nada que atrapalhe a diversão ou comprometa o filme.
Meu Cunhado É um Vampiro é uma comédia divertida e que conta com um elenco e texto inspirados, sendo uma das melhores comédias nacionais do ano. Assista e ria com bastante com Hassum e companhia.
Em entrevista na The OCS Newsletter, o criador e showrunner da série Warrior Nun, Simon Barry, revelou os detalhes da 3ª temporada antes do cancelamento da produção pela Netflix. Confira:
“Não há muito o que falar além do que esperávamos que fosse a grande história da terceira temporada.[…] O arco de Ava como personagem, entre a primeira e a segunda temporada, foi realmente de auto-sacrifício… ela desiste da fantasia de renascer e ter uma vida, decidindo que é melhor se sacrificar pelos amigos e pelas pessoas de quem gosta. Então, na terceira temporada, eu realmente queria mudar um pouco o roteiro e trazer Ava de volta… como vilã, de certa forma. Não de forma deliberada, mas que ela voltasse mudada por Reya. E Reya basicamente a estaria usando como arma para executar um plano, que não tenho tempo de abordar nesta entrevista. A ideia era que a OCS tivesse que encontrar Beatrice, que está desaparecida, porque só ela poderia tirar Ava dessa posição… desse devaneio ou dessa mentalidade, da qual ela faria parte. Beatrice teria que salvá-la de uma forma emocional/psíquica/amorosa para impedi-la de se autodestruir, essencialmente. Mas Ava seria a vilã.”
É verdade que Hollywood enfrentou no último ano a greve simultânea dos atores e roteiristas, que durou mais de 100 dias, provocou uma série de grandes adiamentos e colocou em pauta várias questões fundamentais do trabalho na indústria – desde residuais das plataformas de streaming até a complicada (e longe de totalmente resolvida) problemática relativa ao uso da inteligência artificial. Mesmo com todos os agravantes da situação, que durou boa parte do segundo semestre, a principal crise que 2023 exprimiu claramente diz respeito a outra coisa: a já prevista insustentabilidade de tornar regra produções de mega orçamento, inclusive de franquias consolidadas.
Por partes. Durante a última década, as grandes marcas – sobretudo de filmes de super-herói – normalizaram custos de produção acima dos $200 milhões, às vezes passando até dos $300 mi. 2019, por exemplo, último ano pré-pandêmico, teve 8 projetos com orçamentos estimados nessa faixa e todos ultrapassaram a marca do bilhão de dólares (sendo sete apenas da Disney: Vingadores: Ultimato,O Rei Leão, Frozen II, Aladdin, Capitã Marvel,Toy Story 4e Star Wars IX: A Ascensão Skywalker).
O caos provocado pela pandemia, porém, que tornou o cinema praticamente inviável a partir de março de 2020 e assolou 2021 inteiro com novas variantes, diminuiu significativamente a janela de exclusividade entre o cinema e o aluguel digital/lançamento em streaming, se transformando numa espécie de ressaca forçada, principalmente para os filmes de HQ das duas principais marcas. A paciência de parte do público que já vinha se esgotando com essa saturação do gênero e com as reciclagens de sagas célebres ou de clássicos (a exemplo das respostas controversas às refilmagens em live-action das animações da Disney) ficou ainda menor, mesmo que o público e os olhares do mercado ainda estivessem totalmente voltados para esse segmento.
O sucesso estrondoso de Homem-Aranha: Sem Volta pra Casa, primeiro filme bilionário do pós-pandemia, é um caso mais isolado tanto devido ao tempo de espera da plateia por um filme-evento quanto por toda a campanha do crossover que ele promoveu, além do evidente apelo do personagem. Os exibidores, que perderam rios ao longo de dois anos de apocalipse, deram prioridade absoluta ao filme dos três Peter Parker e garantiram que ele fosse um fenômeno não ‘apesar da pandemia’, mas intensificado por ela. Sem Volta pra Casa ($1,9 bilhão), portanto, se beneficiou de um efeito ‘panela de pressão’ que resume 2021.
2022 EA VOLTA DOS BLOCKBUSTERS
2022, do contrário, pareceu muito mais um retorno à ‘normalidade’, na qual quase todos os principais lançamentos aguardados do ano conseguiram resultados expressivos ou acima do previsto. A despeito das recepções divisivas, os três lançamentos do MCU – Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura, Thor: Amor e Trovão e Pantera Negra: Wakanda para Sempre – foram sucessos incontestes em termos de arrecadação global, batendo as marcas, respectivamente, de $900, $800 e $700 milhões, enquanto o elogiado Batman também fez bonito com $770 mi.
Os destaques daquele ano, porém, foram os blockbusters de linguagem clássica, dramaticamente autônomos e fora do segmento de HQ. Top Gun: Maverick, com $1,5 bi, e Avatar: O Caminho da Água, com $2,3 bi, trouxeram de volta parte do público adulto que se habituou a aguardar o lançamento digital e estava cada vez mais afastado de projetos que exigem pré-conhecimento dos universos compartilhados.
E, apesar das ótimas bilheterias do MCU em 2022, é notável como a recepção mista de pelo menos dois deles impactou consideravelmente a estabilidade ao longo das semanas. Doutor Estranho 2 e Thor 4, por exemplo, registraram quedas de quase 70% nas segundas semanas nos cinemas dos Estados Unidos, coisa que não costuma ser sinal de ‘boca a boca’ positivo (a efeito de comparação, Batman registrou uma queda de 50% na segunda semana, enquanto Top Gun: Maverick, apenas 29%).
2023, A CRISE DO MEGA ORÇAMENTO E DOS HERÓIS
A evasão que antes era perceptível apenas nas letras miúdas eclodiu de vez no último ano, marcado por fracassos comerciais de projetos caríssimos e supostamente esperados. Quase todos os filmes com orçamentos inchados, acima dos $200 mi, tiveram resultados, quando menos, decepcionantes, quando mais, catastróficos. E, no caso dos filmes de super-herói, dominantes no mainstream americano por cerca de uma década, cada lançamento pareceu uma espécie nova de bomba-relógio.
No cálculo simplificado para grandes produções da indústria, as principais fontes do mercado estimam que, para serem considerados lucrativos, os filmes precisam arrecadar ao menos 2,5x os seus custos de produção, já que se considera na conta o dinheiro investido em publicidade/divulgação e a parte que fica retida com os exibidores.
Velozes e Furiosos 10, A Pequena Sereia, Transformers: O Despertar das Feras e Missão Impossível: Acerto de Contas – Parte 1, com custos exorbitantes estimados em $340, $300, $200 e $290 mi, respectivamente, são os principais exemplos de produções cujo ponto de equilíbrio era alto demais para sua própria segurança.
O décimo capítulo da saga de Vin Diesel fez grandes $714 mi na bilheteria global, mas esse número não apenas é inferior às três incursões anteriores da franquia como é pouco mais do dobro do orçamento do projeto. A Pequena Sereia teve um desempenho bom na bilheteria norte-americana, mas, no saldo final, terminou com $570 mi – número bem abaixo de refilmagens da Disney, como Mogli: O Menino Lobo, A Bela e a Fera, O Rei Leão e Aladdin. E o sétimo filme de Transformers, suposto começo de uma nova trilogia, teve uma receita particularmente decepcionante no mercado internacional, habitual força nos números da série, e fechou mundialmente com $439 mi, o menor resultado dentre os sete filmes.
Um caso mais específico foi o aguardado sétimo episódio da saga de Tom Cruise, que teve a maior abertura global dentre todos os Missão Impossível, mas enfrentou quedas expressivas (principalmente nos Estados Unidos) e perdas de salas premium devido à competição com “Barbenheimer”, o maior evento cinematográfico de 2023. Acerto de Contas – Parte 1 teve um custo inchado pelas paralizações ocorridas na pandemia (a Paramount chegou a recebeu cerca de $70 milhões em processo judicial contra a seguradora) e, portanto, a bilheteria total de $567 mi ficou aquém do esperado para um filme aclamado por ambos público e crítica. Sorte para os fãs, o oitavo filme já está com data marcada para 2025.
Enquanto esses quatro conseguiram ainda resultados considerados contenção de danos, o mesmo não pode ser dito dos que fizeram história com prejuízos colossais. Vendido como novo marco DCEU e cheio de reações iniciais fervorosas, The Flash foi um caso notório de hype insuflado artificialmente. Com custo estimado em $220 mi e uma bilheteria total de $270 mi, o filme protagonizado por Ezra Miller se tornou uma bomba histórica para a Warner e manchou irreparavelmente a imagem do universo compartilhado.
O DCEU já vinha de uma sequência de fracassos e, logo no começo do ano, o descartado Shazam! Fúria dos Deuses teve um resultado vexatório para um filme do gênero, com números totais de $133 mi para um orçamento no mesmo nível. Também um lançamento menor da DC, mas proporcionalmente flopado, foi Besouro Azul ($104 mi orç./$129 mi rec.). E, ainda em cartaz, Aquaman 2: O Reino Perdido, orçado em $205 mi, abriu com pouco mais de $108 mi em números globais e acumula cerca de $130 mi até agora.
Com quatro grandes blockbusters de super-herói na agenda, portanto, a Warner/DC conseguiu fazer de todos eles recordes negativos e, a cada filme, ajudaram a solidificar o discurso de que o gênero não atrai mais o público da mesma maneira.
Para a surpresa de muitos, porém, não foi apenas a DC que protagonizou essa decadência dos heróis em 2023. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, o primeiro filme da Marvel do ano, deveria ser um começo glorioso de uma nova fase, mas acabou fracassando com a crítica e na bilheteria. Orçado em $200 mi, o filme do MCU arrecadou cerca de $470 mi, número abaixo dos Homem-Formiga anteriores e aquém do seu ponto de equilíbrio. E, descendo o nível ainda mais, As Marvels se tornou o maior flop da marca até hoje. Com um custo entre $220 e $275 mi, o filme penou para chegar sequer aos $200 mi de arrecadação global.
Falando em prejuízo, Indiana Jones e a Relíquia do Destino, lançado em junho próximo a The Flash, pode ter tido uma conta ainda pior que o filme da DC. Primeiro da saga produzido/distribuído pela Disney e despedida de Harrison Ford do papel, este quinto episódio teve um custo na faixa dos $300 mi e fez no mundo todo pouco mais de $380.
Vale lembrar também que o único projeto de mega orçamento de 2023 considerado um grande sucesso foi Guardiões da Galáxia – vol. 3 ($250 mi orç./$840 mi rec.), despedida de alguns dos personagens mais queridos da Marvel.
Por outro lado, a mesma Disney não conseguiu emplacar praticamente nada justo no seu centenário. Além dos mencionados Indiana, Homem-Formiga 3e As Marvels, as animações também tiveram desempenhos muito abaixo do esperado. Elementos deu sorte e conseguiu uma estabilidade raríssima, chegando perto de bater $500 mi – número excelente para o cenário previsto, mas aquém de um filme de $200 mi com o selo Pixar. A mesma sorte passou longe de Wish: O Poder dos Desejos, animação comemorativa do estúdio, que se tornou uma das suas maiores bombas – com orçamento estimado entre $175 e $200 mi e um resultado ínfimo de $145 mi (ainda contando).
“BARBENHEIMER” E O SUCESSO DOS GASTOS CONTROLADOS
Nesse contexto de crise dos tentpoles, projetos de melhor repercussão na bilheteria tem sido justamente aqueles que mantém seus custos sob controle – em outras palavras, os blockbusters de $100 mi (que, anos atrás, era considerado um valor médio e, diante dessas produções desnecessariamente caras, virou um número até modesto).
Os melhores exemplos são os fenômenos Barbiee Oppenheimer. Tanto a comédia satírica de Greta Gerwig quanto a cinebiografia de Christopher Nolan tiveram orçamentos por volta desse valor de $100 mi e resultado já é história: o filme da boneca se tornou o maior sucesso do ano ($1,45 bi) e o longa sobre a criação da bomba atômica é, hoje, a maior bilheteria de um drama biográfico, além de ter demonstrado que ainda há, sim, interesse por produções de época destinadas para o público adulto.
Animações fora do eixo Disney-Pixar e com custos igualmente controlados (que não coibiram seus êxitos criativos) também se destacaram: Super Mario Bros – O Filme passou a marca do $1,3 bi, enquanto o aclamado Homem-Aranha: Através do Aranhaversoquase dobrou a arrecadação do primeiro filme, com $690 mi ao redor do mundo.
Dentre os orçamentos “enxutos”, chamaram a atenção em 2023 ainda as novas incursões das duas maiores franquias da Lionsgate. John Wick 4: Baba Yaga e Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes custaram ambos cerca de $100 mi e fizeram, respectivamente, $440 e 315 mi (o último ainda contando). A saga de vingança/fuga de Keanu Reeves continuou sua impressionante ascensão (em tamanho, qualidade, recepção e bilheteria), enquanto o spin-off de Jogos Vorazes surpreendeu com sua ótima resposta popular, que rendeu um raro caso de estabilidade nos cinemas para um blockbuster em 2023 – embora, por razões óbvias, seus números não se comparem aos anteriores da franquia.
Até o totalmente descompromissado Megatubarão 2, lançado pela Warner em agosto e com um custo em torno de $130 mi, foi considerado um sucesso para o estúdio, com um resultado global de $390 mi. Da mesma empresa, o aguardado Wonka de Timothée Chalamet, com orçamento de $125 mi, já rendeu em bilheteria global mais de $288 mi, com previsões estimando um final acima dos $500 mi.
Ficou claro como esses financiamentos “menores” não reduzem o potencial criativo dessas produções, pelo contrário: a sensação é de que aumenta. Alguns dos citados filmes de orçamentos inchados ficaram conhecidos pelas reclamações a cerca dos efeitos visuais e desleixo com a cinematografia, ao passo que longas de custos controlados frequentemente se destacaram pelos méritos de produção. Nesse sentido, certamente o maior destaque do veio de fora de Hollywood, com o japonês Godzilla Minus One, orçado em cerca de minúsculos $ 13 mi e com resultados visuais inacreditáveis.
Evidentemente, os fracassos do ano não incluíram apenas produções de custos fora de controle. Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes, rodado por um valor alto de $150 mi, passou longe do seu ponto de equilíbrio e finalizou com $208 mi de arrecadação, mesmo com ótimas críticas. Mansão Mal-Assombrada, adaptação do parque temático da Disney de mesmo nome, flopou de forma vexatória, com $150 mi de produção e retorno de $117 mi. E mesmo a ficção científica inédita e visualmente ambiciosa Resistência, um bom exemplo de custos controlados para a média de filmes similares (estimado em $80 mi), não atraiu grande público, fechando em $104 mi.
HORROR: UM INVESTIMENTO SEGURO
Nesse fogo cruzado de grandes produções que sempre precisarão de retornos significativos para serem lucrativas, existe um segmento que é, quase que invariavelmente, garantia de sucesso: o horror. Ano fraco do ponto de vista criativo do gênero, mas novamente espetacular no tocante à bilheteria dele, 2023 provou que até franquias que pareciam esgotadas ainda podem atrair um público massivo às salas sem precisar de custos elevados.
Pânico VI, orçado em $35mi, bateu quase $170 mi, ficando entre os dois maiores sucessos da saga (embora ela esteja em maus lençóis após a demissão polêmica da protagonista Melissa Barreira). A Morte do Demônio: A Ascensão se tornou a maior bilheteria dentre os cinco filmes lançados na série, com $146 mi para um custo estimado em $20 mi. Sobrenatural: A Porta Vermelha, quinto capítulo de uma das mais lucrativas marcas do terror, enfrentou as péssimas críticas e alcançou $190 mi, tendo custado pouco mais de $15 mi.
A Freira 2, continuação do maior sucesso financeiro do universo de Invocação do Mal, mostrou que público não falta para os cada vez mais descartáveis episódios dessa franquia e bateu $268 mi com um custo de $38. Jogos Mortais X virou não só o mais bem avaliado da franquia do Jigsaw, mas replicou o sucesso de quase todos os capítulos anteriores, batendo os $102 mi contra um valor de produção de apenas $13 mi.E, mesmo sendo considerado um dos piores do ano, O Exorcista: O Devoto, sequência direta do clássico de 1973 e primeiro de um planejada nova trilogia, conquistou um número expressivo de $136 mi ao redor do mundo com um orçamento na casa dos $30 mi.
Baseado no jogo altamente popular, Five Nights At Freddy’s: Pesadelo sem Fimfoi outro terror imune às duríssimas avaliações e se transformou no filme de melhor bilheteria produzido pela Blumhouse e maior arrecadação do gênero em 2023, com $289 mi para um orçamento de $20 mi. Da mesma produtora e lançado logo em janeiro, M3gan também virou hit e bateu os $180 mi com um custo incrivelmente modesto de $12 mi, garantindo com facilidade uma sequência para 2025.
APPLE E AS MEGA PRODUÇÕES DE AUTOR
Muita discussão foi feita em torno de longas históricos de grande financiamento em um cenário nada propício para projetos autorais dessa escala (como comentado em artigo do ano passado: https://estacaonerd.com/analise-acabou-o-cinema-adulto-em-hollywood/). Aguardados pelos nomes envolvidos e pelo peso de suas histórias, Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese, e Napoleão, de Ridley Scott, foram igualmente produzidos pela Apple, que está se estabelecendo no mercado cinematográfico através de investimentos massivos, com orçamentos divulgados na faixa de $200 mi, e lançados com exclusividade nos cinemas com distribuição respectivamente da Paramount e da Sony. O épico de 3h26min de Scorsese fez $156 mi ao redor do mundo, enquanto o de Scott atingiu no final do ano a marca dos $200 mi.
Em proposta de lançamento tradicional, os dois projetos ambiciosos seriam considerados fracassos de bilheteria, mas, na verdade, são produções que visam a valorização da plataforma de streaming (Apple TV+) e, portanto, não foram feitas com o intuito de se pagar na tela grande. A produtora, afinal, não investiria valores tão altos em longas que dificilmente teriam apelo comercial necessário para atingir números na casa dos $500 mi – ponto de equilíbrio estimado para ambos.
No contexto atual, portanto, os dois demonstraram o interesse de parte do público por filmes históricos para além de Oppenheimer e ainda apontaram para possíveis novos modelos de produção via parcerias de produção/distribuição com plataformas de streaming. Assassinos da Lua das Flores enfrentou competição com a segunda semana de Taylor Swift: The Eras Tour, que conseguiu $250 mi no mundo todo e se tornou outro evento de 2023, e também com a estreia fortíssima de Five Nights At Freddy’s, mas, em números gerais, teve um saldo semelhante ao de outros longas de Scorsese. Já Napoleão teve números praticamente idênticos nos Estados Unidos, mas se saiu particularmente melhor no restante do mundo.
PROJEÇÕES PARA 2024
É ingenuidade acreditar que Hollywood vai abandonar essas produções de grande porte ou que o gênero dos super-heróis vai simplesmente acabar do dia para a noite, sobretudo se as cinco adaptações de HQ aguardadas para o ano que vem forem bem sucedidas financeiramente. Mas, de qualquer modo, será um ano bem mais brando em termos de lançamentos. A Marvel/Disney vai trazer Deadpool 3 como o primeiro da saga metalinguística a integrar o universo compartilhado e aposta suas fichas nos sucessos extraordinários dos capítulos anteriores do personagem, ainda na era da Fox. E a DC/Warner, por outro lado, tem um dos lançamentos mais cheios de expectativa do ano com Joker: Folie à Deux, trazendo de volta o Coringa de Joaquin Phoenix (que se tornou o primeiro filme para maiores nos Estados Unidos a cruzar a barreira do $ bilhão), desta vez contracenando com Lady Gaga. Em quantidade na agenda, a Sony é que vem com mais estreias: Madame Teia, Kraven: O Caçador e Venom.
Difícil imaginar com o público vai se comportar principalmente a partir de 2025, com DCU reestabelecido sob comando de James Gunn a partir do aguardado Superman: Legacy, e com a Marvel tateando em desespero para manter sua dominação de outrora. Mas, pelo presente momento, parece que 2024 vai ser um pouco menos cheio de balões de ar quente inflados para projetos que, no fundo, as pessoas dão cada vez menos importância.
FERRARI mostra os bastidores da Fórmula 1 e da história de Enzo Ferrari. Enquanto explora os limites da velocidade nas pistas, Ferrari enfrenta grandes desafios na sua vida pessoal. Seu casamento instável com Laura (Penélope Cruz) é ainda mais abalado pela perda do único filho do casal e seu relacionamento com Lina Lardi (Shailene Woodley). Com a falência ameaçando a empresa que ele e Laura construíram, Ferrari decide apostar tudo em uma corrida – a icônica Mille Miglia, na Itália.
O elenco de FERRARI conta ainda com Sarah Gadon, Jack O’ Connell, Patrick Dempsey e Daniela Piperno. Com roteiro de Troy Kennedy Martin, o filme é baseado no livro “Ferrari: O homem por trás das máquinas”, de Brock Yates.
A produção estreia nos cinemas em 8 de fevereiro de 2024.