sáb, 23 novembro 2024

Crítica | Wish: O Poder dos Desejos

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Wish: O Poder dos Desejos foi tido, antes de sua estreia, como o presente da Disney para o seu público durante as comemorações de 100 anos da Walt Disney Studios. A produção é uma comédia musical animada que leva o público para o reino mágico de Rosas. Lá, Asha, uma moça perspicaz, faz um desejo tão poderoso que é atendido por uma força cósmica: uma pequena esfera de energia ilimitada chamada Star. Juntas, Asha e Star enfrentam um inimigo formidável – o governante de Rosas, Rei Magnifico. Elas farão de tudo pra salvar a comunidade e provar que, quando um ser humano corajoso se une à energia das estrelas, muitas coisas maravilhosas podem acontecer.

RULER OF ROSAS – Walt Disney Animation Studios’ “Wish” is set in Rosas, a magical kingdom where wishes really do come true. The ruler of Rosas, King Magnifico, is the sole keeper of hundreds of wishes entrusted to him by people from all over the world. Featuring the voice Chris Pine as Magnifico, the all-new musical-comedy is helmed by Oscar®-winning director Chris Buck (“Frozen,” “Frozen 2”) and Fawn Veerasunthorn (“Raya and the Last Dragon”), produced by Peter Del Vecho (“Frozen,” “Frozen 2”) and co-produced by Juan Pablo Reyes (“Encanto”). “Wish” opens only in theaters on Nov. 22, 2023. © 2023 Disney. All Rights Reserved.

O citado presente nunca se concretiza. A produção tem um certo charme e encanto, que nunca são suficientes de tirar Wish do lugar comum e a impressão que fica é que vimos uma reciclagem de tudo que já foi feito pela Disney em seus 100 anos. O roteiro escrito pelo trio Chris Buck (Frozen), Allison Moore (Elementos) e Jennifer Lee (Olaf’s Frozen Adventure) cria uma história que obedece o algoritmo das histórias de princesas que seus antepassados viram. Do início ao fim a produção é completamente previsível e em alguns momentos até tediosa. A motivação e mensagem até são nobres, mas os personagens que carregam as mensagens são recortes de tantos outros que já vimos na Disney e até em outros estúdios.

O Rei Magnífico é pra lá de caricato e não convence como vilão. A protagonista é independente e forte, mas tem muito pouco carisma. Os coadjuvantes poderiam ajudar a protagonista a carregar a trama. Mas os que são humanos, tem apenas lembranças unidimensionais do que poderia ser chamado de personalidade e por serem muitos, acabam não tendo espaço. E os que não são, estão na história apenas para servir como alívios cômicos. As piadas, tiram aqui e ali alguns sorrisos do público infantil. As músicas que poderiam ser o grande diferencial e atrativo, conseguem comunicar suas mensagens, mas não são encantadoras e nem trazem peso a história. A melhor delas é “This Wish”que merece receber indicações na categoria de melhor canção original no Oscar 2024, mas todas as outras são apenas corretas.

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A direção da dupla Fawn Veerasunthorn (Raya e o Último Dragão) e Chris Buck consegue construir uma história que se desenvolve em um ritmo ágil, mas sem ser frenético demais. Conseguimos compreender tudo que é apresentado e os desdobramentos das diversas situações apresentadas ocorrem com naturalidade. A decisão por criar uma trama que mescla efeitos em 2D e 3D causa estranheza no início, mas aliada com a fotografia colorida em tons de azul e verde funciona. A qualidade técnica realça apenas alguns ambientes, enquanto outros são quase que escondidos, como o castelo e a selva. A história está recheada de easter eggs, que farão a alegria dos fãs de outras animações da Disney. Se no quesito originalidade, a história deixa a desejar, no quesito referências por metro quadrado o filme é nota 10. Podemos ver elas em cenas ou nas canções.

Wish: O Poder dos Desejos entretém enquanto apresenta para a criançada sua mensagem. Mas é inegável, que o filme decepciona o espectador, principalmente quando lembramos que esse filme feito para comemorar os 100 anos de um dos maiores estúdios do mundo. Presente de grego esse hein?!

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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