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    Crítica | Passagrana

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    Em Passagrana Zoinhu, Linguinha, Mãodelo e Alãodelom, são amigos desde crianças que se viram como podem, fazendo pequenos golpes para pagar as contas e o pão de cada dia. Porém, isso preocupa Zoinhu, já que o grupo corre o risco todos os dias de serem presos pelos crimes que cometem. Para ele, se está difícil agora, tudo pode complicar na cadeia. Mas a paz definitiva pode estar próxima, já que surge uma oportunidade de um golpe que pode trazer muito dinheiro, mas também um golpe muito ousado que requer bastante planejamento. Ao aceitar o golpe, mal sabiam eles que se envolveriam com a gangue de Britto, um policia corrupto, que começa uma busca implacável atrás de quem arruinou o seu esquema. 

    Ravel Cabral (Insânia) dirige e roteiriza uma produção criativa e instigante que mostra a realidade de um grupo de amigos que resolve aplicar um golpe para poder escapar de uma enrascada. Filmes que dialogam e exploram o uso do crime para fugir das adversidades que a vida impõe, são comuns no cinema nacional. Mas Passagrana vai além e consegue, mesmo apresentando esses elementos, cativar e criar uma história empolgante de assalto, mesclando comédia, tensão e risco.

    Cabral transforma o filme em um elétrico vídeo clipe de 105 minutos de duração. A montagem e edição da produção dão dinamicidade, principalmente em momentos que poderiam ser considerados como descartáveis, e aceleram a história nos momentos certos, sem esticar a trama demais. A transição entre as cenas e outro destaque, além da trilha sonora. Porém é no roteiro que mora a cereja deste maravilhoso bolo. A história focada no quarteto, os diálogos e a ação do grupo são desenvolvidos de modo a conquistar o espectador. As ações desenvolvidas no assalto desde sua criação, até a execução são vistas de modo crível e sem atropelos. O diretor aborda o assalto, por ângulos criativos e dá uma aula de como fazer um bom filme com poucos recursos. Porém é inegável que no terço final a trama acelera demais, afim de encerrar sua história e algumas coisas ficam, bem inverossímeis, mas nada que atrapalhe a diversão. As cenas focadas no humor são bem escritas e gravadas, tirando boas risadas do espectador.

    O elenco é ótimo! Giovanna Grigio (Perdida), Caco Ciocler (Olga) brilham nos momentos em que tem espaço. Carol Castro (Férias Trocadas), Marco Luque (O Homem Perfeito), Leandro Ramos (Abestalhados 2) e Irene Ravache (Entre Abelhas) fazem participações especiais que engrandecem ainda mais o filme, tendo função narrativa e importância. Mas as estrelas são Wesley Guimarães (Tungstênio), Juan Queiroz (Lapso), Elzio Vieira (Segunda Chamada) e Wenry Bueno (Coração de Neon) que apresentam uma cumplicidade em cena, que só engrandece a química entre eles e o carisma de seus personagens.

    Passagrana é um filme que constrói uma trama inventiva é cativante sobre um gênero pouco explorado no cinema nacional (filmes de assalto), surgindo como uma grata surpresa no ano de 2024. O filme mostra que o futuro do cinema nacional está em boas (e criativas) mãos. Que venha uma sequência dessa história com esse elenco formidável!

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    ANÁLISE GERAL
    NOTA
    Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: hiccaro.rodrigues@estacaonerd.com
    critica-passagrana Em Passagrana Zoinhu, Linguinha, Mãodelo e Alãodelom, são amigos desde crianças que se viram como podem, fazendo pequenos golpes para pagar as contas e o pão de cada dia. Porém, isso preocupa Zoinhu, já que o grupo corre o risco todos os dias de...
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