dom, 5 maio 2024

Crítica | Ruby Marinho – Monstro Adolescente

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A mitologia em torno do Kraken surgiu na Noruega, em 1752, e a descrição do ser mitológico foi feita pela primeira vez pelo bispo de Bergen, Erik Lugvidsen Pontoppidan. Ele definiu a criatura como: “uma lula do tamanho de uma ilha e com cem tentáculos, que afundava navios com sua ferocidade…”. A criatura em questão, se juntou a outros monstros marinhos como Hidra, Leviatã e as Sereias e se tornou parte das lendas de uma nação e da cultura pop.

Os Krakens estão de volta aos cinemas em um papel diferente do tido como normal. Chega aos cinemas nesta quinta-feira (29) Ruby Marinho – Monstro Adolescente, produção que conta a história de Ruby, uma estudante doce e desajeitada do ensino médio que descobre ser descendente direta das guerreiras kraken. Destinada a herdar o trono de sua avó, Ruby deve usar seus novos poderes para proteger aqueles que ela mais ama.

O fio condutor dessa nova aventura é a relação entre mãe e filha e o conflito entre gerações. O trio de roteirista Brian C. Brown (Lucy in the Sky), Pam Brady (The Smurfs) e Genndy Tartakovsky (Lucy in The Sky) constroem situações que se desenrolam naturalmente como um novelo de lã, fluindo sem atropelos. Algumas situações são divertidas de serem vistas e outras vão levar os adultos a algumas reflexões interessantes sobre questões como a pressão imposta sobre os filhos e a relação destes com os pequenos. O roteiro ainda consegue construir uma protagonista pra lá de carismática ao mostrar os anseios que uma adolescente enfrenta durante o ensino médio. As piadas apresentadas devem agradar pais e filhos, e temos pra todos os tipos: desde as bobinhas pra agradar os pequenos, até as sacadas mais rápidas com deboche e uma pitada de acidez para agradar os pais.

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A direção de Kirk DeMicco (A Jornada de Vivo) dá a trama um ritmo ágil, mas sem ser frenético demais. O espectador tem tempo suficiente para entender a trama e digerir as mensagens apresentadas. A fotografia bastante colorida e a qualidade técnica que realça bastante os ambientes, sejam os apresentados no terra ou no fundo do mar são dignos de uma indicação ao Oscar. Porém, por mais que as cenas em baixo d’água sejam bem feitas o reino dos Kraken, quando comparado com o dos humanos é mais humilde em suas composições e locais apresentados.

O terceiro ato surge apenas para dar um fim na briga entre Krakens vs Sereias, que honestamente fica em segundo plano. O encerramento é quase um espelho do final de A Pequena Sereia, porém bem menos sombrio e mais honesto com a sua proposta original, do que a produção da Disney que usa de um conceito chamado Deus ex machina para concluir sua história.

Ruby Marinho – Monstro Adolescente é um bom entretenimento! A produção apresenta uma divertida e colorida aventura que vai encantar os pequenos e entreter os pais com sua história sobre aceitação e família.

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Hiccaro Rodrigues
Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
Eu ia falar um monte de coisa aqui sobre mim, mas melhor não pois eu gosto de mistérios. Contato: [email protected]
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