Crítica | Homem Com H

 Dirigido por Esmir Filho, Homem Com H é uma cinebiografia que mostra as diferentes fases do cantor Ney Matogrosso, desde a sua infância, passando pela juventude e vida adulta. Uma jornada através do tempo, que acompanha um rapaz de origem humilde que quebra preconceitos e se torna um dos maiores artistas de sangue latino.

  Aproveitando a onda revitalizada (e, diga-se de passagem, realmente válida) de cinebiografias sobre ícones culturais brasileiros, a Paris Entretenimento/Paris Filmes resolveu desta vez investir na adaptação dramática da vida e obra de um artista que, felizmente, está entre nós, não apenas para garantir uma boa consultoria criativa para a produção fílmica, mas para prestigiar o resultado, deveras bonito e necessário, que saúda toda a sua história, irreverência e, principalmente, apreço pela arte de ser e viver a própria fantasia. Ney Matogrosso, um dos maiores intérpretes da música brasileira e verdadeiro ícone da junção entre música e teatro, não é mostrado como uma divindade ou um ser imortal longe de imperfeições e dotado do mais puro talento – por mais que o roteiro de Esmir Filho cometa alguns deslizes de caminho que conduziriam a narrativa para tal ruína popular que enfeia obras cinematográficas baseadas em artistas renomados -, e sim de uma maneira direta e repleta de sinceridade, como uma pessoa de fases, ideias e atitudes, que deseja deixar sua marca como artista para a posterioridade, não hesitando em ter que enfrentar, mesmo sozinho, censuras e críticas constantes que pretendem ofuscar seu brilho.

  Há uma curiosa ousadia ao representar nas telas de cinema toda a arte e irreverência que Ney Matogrosso inspira e transpira nos seus mais de 50 anos de carreira. Homem Com H intercala a imagem e desenvoltura cinematográfica com as técnicas de artes cênicas sempre valorizadas pelo artista no palco em sequências diferenciadas que reproduzem suas performances ao vivo. Esmir Filho não esconde sua admiração por Ney, desejando ser fiel à história do músico em cada etapa de sua vida, por mais que isso torne a narrativa do longa-metragem um tanto apressada no final do segundo ato para o início do terceiro. No entanto, é perceptível a funcionalidade da feliz amálgama entre o tributo na visão do fã decido em prestar uma bela homenagem ao artista e o olhar cinematográfico do diretor e roteirista, que acaba por entregar uma obra que consegue driblar armadilhas narrativas que tornam cinebiografias produtos “mais do mesmo” com um belo uso da imagem e uma condução que exalta o exímio trabalho de Jesuíta Barbosa.

Imagem: Paris Filmes

  Pernambucano, nascido na cidade de Salgueiro, Jesuíta Barbosa já se consagrou como um dos mais promissores atores da modernidade desde o seu primeiro grande sucesso, Tatuagem (2013) de Hilton Lacerda. Em Homem Com H, o jovem artista abraça fortemente a personalidade e o estilo de Ney Matogrosso, encarnando o cantor de uma maneira visceral, atribuindo ainda à sua performance uma carga dramática que exige de toda a sua experiência como ator, comprovando que Barbosa não está ali somente para reproduzir os trejeitos de Ney (o que, devemos afirmar, Jesuíta também o faz muito bem), mas, tal como o próprio, ser o interprete de sua arte e viver sua própria fantasia.

 Homem Com H dispõe de um elenco inspirado e que parece estar confortavelmente se divertindo e se emocionando com a produção. Rômulo Braga dá vida a Antônio Matogrosso Pereira, pai rígido e preconceituoso de Ney que, mais tarde, reconhece o talento do filho e se arrepende de seus atos, enquanto a renomada atriz pernambucana Hermila Guedes interpreta Beita, mãe do artista, com suavidade e simpatia. O filme também dispõe de nomes promissores, como Jullio Reis, visceral na interpretação de Cazuza, Lara Tremoroux, que possui pouco tempo de tela e, mesmo assim, brilha como Regina Chaves, e Bruno Montaleone, como Marco de Maria, companheiro de Ney que passou 13 anos ao lado dele, vindo a falecer em decorrência do vírus da AIDS.

  Seguindo uma narrativa convencional, na qual o storytelling se preocupa com a trajetória do artista desde o início, Homem Com H se inicia com a infância conturbada de Ney de Souza Pereira com seu rígido pai militar e agressões sofridas ao longo de sua juventude, até ele finalmente sair de casa para servir ao exército brasileiro e, posteriormente, dedicar-se a aulas de canto, onde foi descoberto como um exímio intérprete, até integrar à banda Secos e Molhados, onde ele pôde mostrar toda a sua habilidade artística, sem medo de repressões. Por mais que fosse interessante uma exploração da curta passagem do artista na banda que o consagrou como uma das figuras mais emblemáticas da cultura brasileira, Esmir Filho optou por não exatamente aprofundar no conjunto, deixando claro que o filme é sobre a trajetória do artista e não sobre os projetos da qual ele participou. A vida plural de Ney Matogrosso é abordada de forma constantemente movimentada, nao deixando de lado suas raízes e influências – há, inclusive, um curioso contato entre Ney e a natureza selvagem ao seu redor, o que faz ele se considerar bicho quando leva ao palco essa vindoura influência -. No terceiro ato, a narrativa cede um espaço maior para o drama vivido pelo artista e seus grandes amores (Cazuza e Marco de Maria) durante a epidemia da HIV, na qual Ney também perdeu muitos amigos.

Imagem: Paris Filmes

  É perceptível que a edição do filme, sob a responsabilidade de Germano de Oliveira, tenha enfrentado um árduo trabalho em reunir tantas informações sobre o artista e decupá-las em 2 horas e 9 minutos de filme. Existe aqui o uso de passagens rápidas e cortes bruscos, porém necessários para reunir uma grande quantidade de material filmado, que também não desacelera, nem torna exacerbadamente frenético o ritmo do longa-metragem. A fotografia do longa-metragem favorece luzes e cores, além de captar com enquadramentos e planos criativos as performances do artista e reproduzir com fidelidade momentos icônicos, como a primeira transmissão televisiva dos Secos e Molhados ao som de “Sangue Latino” e o processo de criação da clássica capa do primeiro disco da banda.

Homem Com H se consagra com uma cinebiografia fiel tanto ao artista que está sendo homenageado quanto para o público, que recebe exatamente o que o longa promete. Irreverente na medida certa, repleto de vida, arte e da ousadia que fez Ney Matogrosso romper tabús e se destacar em um período tão sombrio da história do Brasil, o filme sobre o renomado artista fala exatamente sobre a liberdade que ele tanto lutou para conquistar, exaltando, com muito carinho e respeito, como ele bota seu bloco na rua.

Cinemark Replay | O Poderoso Chefão volta às telonas com exclusividade na Cinemark

52 anos após a estreia, a trilogia ‘O Poderoso Chefão’ terá novas exibições com exclusividade nas  salas da Cinemark. Pelo valor promocional de R$ 15, cada um dos três filmes terá um dia específico de reexibição: o primeiro, de 1972, será exibido no dia 19/05, seguido pelas duas sequências nos dias 20 e 21/05. A programação estará em cartaz em 13 cidades brasileiras – confira a lista abaixo. A pré-venda de ingressos já está disponível no app, site, bilheteria e ATM da Rede.

A volta da trilogia de Francis Ford Coppola aos cinemas faz parte da nova iniciativa da Cinemark, o Cinemark Replay, que consiste no relançamento de grandes sucessos e clássicos do cinema queridos pelo público. Atualmente, a Rede reexibe ‘Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith’, que marcou os fãs da franquia. A Cinemark, que sempre promove experiências únicas dentro de suas salas, também já trouxe a franquia ‘Harry Potter’ e ‘O Senhor dos Anéis’, em forma de celebração aos aniversário de cada saga e ao carinho que seus clientes têm para com os títulos. Para traduzir visualmente a proposta do Cinemark Replay, o design do logo, assinado pela agência Magenta, traz elementos minimalistas que transformam a letra A em um play reverso, fazendo alusão ao retorno.

Baseado no livro de mesmo nome, de Mario Puzo, a trilogia ‘O Poderoso Chefão’ se passa na década de 40, em Nova York, e acompanha a família Corleone, membros da máfia italiana, desde a liderança de Vito Corleone (Marlon Brando) à ascensão de Michael Corleone (Al Pacino), caçula da família. 

Confira as cidades em que os filmes entrarão em cartaz novamente:

  • São Paulo (SP)
  • Campinas (SP)
  • São José dos Campos (SP)
  • São Caetano do Sul (SP)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Curitiba (PR)
  • Porto Alegre (RS)
  • Brasília (DF)
  • Goiânia (GO)
  • Aracaju (SE)
  • Salvador (BA)
  • Recife (PE) 

Cinemark Replay – O Poderoso Chefão
Quando: Dias 19, 20 e 21/05;
Valor: A partir R$ 15,00 (Salas Prime não participam da promoção)
Pré-venda de ingressos disponível a partir de 30/04 no app e site da Cinemark.

Twisted Metal | Segunda temporada ganha teaser oficial; Assista!

Prepare-se para ainda mais velocidade, caos e adrenalina. A segunda temporada de TWISTED METAL, a aclamada série de ação e comédia da Max, acaba de ganhar seu teaser oficial, prometendo levar a aventura para um novo patamar. 

Criada por Rhett Reese e Paul Wernick (Deadpool, Zombieland) e escrita por Michael Jonathan Smith (Cobra Kai), a nova temporada continua acompanhando o forasteiro John Doe, interpretado por Anthony Mackie, que encara desafios cada vez mais perigosos enquanto tenta atravessar um mundo devastado para entregar uma misteriosa carga. 

Além de Mackie, o elenco principal conta com Stephanie Beatriz, Joe Seanoa e Thomas Haden Church, trazendo ainda mais peso às novas reviravoltas da trama. A série tem produção executiva de Michael Jonathan Smith, Rhett Reese, Paul Wernick, Anthony Mackie, Will Arnett, Marc Forman, Jason Spire, Kitao Sakurai, Peter Principato e Asad Qizilbash. 

Com humor ácido, ação insana e personagens inesquecíveis, TWISTED METAL promete uma nova temporada ainda mais explosiva. 

A estreia da segunda temporada está chegando, só na Max. 

Juntos | Terror com Dave Franco e Alison Brie ganha cartaz angustiante; Confira!

A Diamond Films acaba de revelar o teaser pôster de JUNTOS (“Together”), aguardado filme de terror que tem chamado a atenção de críticos e espectadores desde o Festival de Sundance deste ano. Estrelado por Dave Franco (“Anjos da Lei”) e Alison Brie (“Bela Vingança”), o longa chega aos cinemas brasileiros em agosto, narrando uma história aflitiva e original sobre os limites entre amor, identidade e perda de si mesmo. Confira o teaser pôster:

Na trama de JUNTOS, Franco e Brie interpretam Tim e Millie, um casal em crise que acaba de se mudar para uma cidade isolada, no interior dos Estados Unidos. No entanto, em vez de uma oportunidade de recomeçar, o que os protagonistas encontram lá é o início de um pesadelo visceral: uma força sobrenatural, que corrompe suas mentes, seus corpos e, claro, seu já desgastado relacionamento. À medida que se afastam de tudo o que era familiar, eles descobrem que, para ficarem juntos, eles precisarão enfrentar um horror muito maior do que o que os distanciava.

Escrito e dirigido por Michael Shanks, JUNTOS é uma narrativa inquietante e inovadora, na qual protagonistas e público são colocados para se questionar sobre os limites do amor e da identidade. Tudo isso graças a uma mistura perturbadora e nada óbvia entre gore, body horror e sarcasmo, capaz de fazer rir, na mesma medida que mexe com o estômago e com a mente do público. 

Com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, JUNTOS estreia nacionalmente em agosto.

Entrevista | Natalie Suleman fala sobre o filme A Octomãe, que conta a história de sua vida

Convidado pelo canal Lifetime, eu participei da entrevista coletiva com a americana Natalie Suleman, que ficou conhecida como Octomãe, após engravidar de 8 bebês ao mesmo tempo através de fertilização artificial.

Natalie falou sobre sua vida e também sobre o filme que produziu para o Lifetime chamado A Octomãe, que contará a polêmica história de sua gravidez.

Confira a entrevista:

César Sabroso (apresentador do Lifetime): Olhando para trás agora, o que você acha que o mundo interpretou mais mal sobre sua decisão de ter tantos filhos de uma vez?

Natalie Suleman: O que o mundo mais interpretou mal foi o que você acabou de dizer: houve falta de informação ou informação falsa. Eu nunca quis ter mais de sete filhos. Eu queria mais um depois de ter 6, o que já é muita criança para uma mãe solteira. Não planejei ter mais de um depois de ter 6 filhos. Esse é o maior mal-entendido.

César Sabroso (apresentador do Lifetime): A pergunta mais importante para todos é: como você conseguiu equilibrar ser mãe, ser mulher, manter sua saúde mental sob controle, suas finanças sob controle e conseguir sobreviver para contar a história?

Natalie Suleman: Eu estava em modo de sobrevivência. Psicologicamente, é chamado de modo de luta ou fuga ou modo de congelamento. E eu sou uma lutadora. Então eu estava no piloto automático e, desde o começo, provavelmente usei muitos mecanismos de enfrentamento apenas para sobreviver mentalmente.

Era como uma máquina se movendo a 800 km/h e eu não tinha tempo para sentar e sentir ou processar nenhuma emoção. Então eu pude continuar, continuar e continuar, trabalhando incansavelmente, sem descanso, para sustentar minha família. E não havia nada que ele não faria para mantê-los seguros, saudáveis ​​e bem ajustados. E todas eles são assim até hoje.

César Sabroso (apresentador do Lifetime): O que significa para você não apenas contar sua história em um filme do Lifetime, mas também ser o produtora executiva desse filme?

Natalie Suleman: Fiquei extremamente grata e continuo grata por poder colaborar e compartilhar minha história real com a Lifetime, que há muito tempo oferece uma plataforma muito segura para mulheres falarem suas verdades e compartilharem suas histórias e perspectivas verdadeiras. Na verdade, eu não pensava em ser produtora executiva. Para mim isso é algo bem supérfluo. Eu só queria quem eu era.

Então, ainda sou grata por poder ter esta oportunidade de compartilhar minha história verdadeira e até mesmo compartilhar meu manuscrito. Nos últimos anos, estive escrevendo um livro e pude compartilhar meu manuscrito com o roteirista. Fiquei feliz por ter essa oportunidade.

César Sabroso (apresentador do Lifetime): O que você quer que as pessoas saibam, entendam, saibam e compreendam sobre você como mãe?

Natalie Suleman: O que eu gostaria que as pessoas soubessem… há muitas coisas diferentes que eu gostaria que as pessoas soubessem, mas a primeira e mais importante são meus filhos. Eu morreria pelos meus filhos. Eu vivo para meus filhos. Dediquei minha vida inteira a cuidar deles. E meu objetivo número um, desde que tive meu primeiro filho, Elijah, ele fará 24 anos em maio, meu objetivo número um é mantê-los seguros, saudáveis ​​e criar crianças bem-ajustadas e felizes. Isso é tudo que importa para mim. É só com isso que sempre me importei.

 Eu não sou a “octomomãe” de jeito nenhum. Meu verdadeiro caráter é o oposto, a antítese total da caricatura desumanizada, inventada pela mídia, que não era real. É muito fácil para as pessoas, para o público, projetar esse ódio equivocado em algo que não é humano ou não é percebido como humano, muito menos uma mãe. Então é fácil para as pessoas fazerem isso. 

Mas o que eu quero que as pessoas saibam é que sou apenas uma mãe e é isso que importa para mim.

Marcel Botelho: Para muitas mães, a gravidez é difícil, elas têm medos e inseguranças. Você acha que sua história pode ajudar outras mães?

Natalie Suleman: Quero poder ajudar ou inspirar outras mães a sentir que podem seguir em frente, que podem continuar apesar de qualquer circunstância. Esse é um dos meus principais motivos, além de compartilhar minha história real e colaborar nesses projetos. 

Eu quero ajudar as pessoas. Trabalhei como conselheira por muitos anos. Trabalho na área de saúde mental há anos e essa tem sido uma das minhas paixões durante toda a minha vida: ajudar os outros. Se você está na profissão de serviço, esse é um valor fundamental.

Então, espero e rezo para que as mães possam ver minha história verdadeira, ou ler sobre ela, ou assistir e apenas refletir, bem, espere um minuto, sabe, estou passando por todo esse estresse e talvez depressão pós-parto, além de todas as mudanças hormonais e outros desafios, além de estar sob a pressão da mídia, o frenesi da mídia, o escrutínio público e o ódio.

Se consegui sobreviver e chegar forte ao outro lado, espero poder inspirar outras mães a fazer o mesmo, não importa o que aconteça.

O filme A Octomãe estreia dia 31 de maio de 2025 às 22 horas no Lifetime.

Matador de Aluguel 2 | Sequência é confirmada e terá retornos de Jake Gyllenhaal e Guy Ritchie

O Prime Video confirmou a sequência de Matador de Aluguel 2. O novo filme terá Guy Ritchie como diretor e Jake Gyllenhaal como protagonista.

Nesta releitura cheia de adrenalina do clássico cult dos anos 80, o ex-lutador do UFC Dalton (Jake Gyllenhaal) consegue um emprego como segurança em um estabelecimento na Flórida Keys, apenas para descobrir que este paraíso não é tudo o que parece. Além de Jake, o elenco também inclui Daniela Melchior, Billy Magnussen, Jessica Williams, Joaquim de Almeida, Conor McGregor, Lukas Gage, Arturo Castro, B.K. Cannon, Beau Knapp, Darren Barnet, Dominique Columbus, Bob Menery, Catfish Jean, Kevin Carroll, Travis Van Winkle e Hannah Lanier.  

Matador de Aluguel 2 segue sem data de estreia definida.

Prime Video | Confira os lançamentos de Maio de 2025

O Prime Video anuncia os lançamentos e destaques no Brasil para o mês de maio. Os membros Prime podem conferir esses e outros conteúdos exclusivos nas versões on-line, via streaming, ou off-line, por meio de download, e também podem perguntar para a Alexa quais são os principais lançamentos do mês. 

Além das produções que chegam ao serviço, confira também as principais novidades do mês da Loja Prime Video, e a programação das assinaturas adicionais do Prime Video como Max, Canais Globo, Sony One, Telecine, Premiere, Universal+, Discovery, Crunchyroll, NBA League Pass, NFL Game Pass, entre outros.

PRIME VIDEO – ESTREIAS

Outro Pequeno Favor(Another Simple Favor, 2025)1° de maio
Longlegs: Vínculo Mortal(Longlegs, 2024)2 de maio
Babygirl(Babygirl, 2024)7 de maio
The Assessment(The Assessment, 2024)8 de maio
Fight or Flight(Fight or Flight, 2024)9 de maio
Peça por Peça: Uma História de Pharrell Williams(Piece by Piece, 2024)11 de maio
Lee Soo Man: King of K-Pop(Lee Soo Man: King of K-Pop, 2025)13 de maio
Younger – Temporadas 1 a 5(Younger S1 – 5, 2015 – 2018)13 de maio
Sing Sing(Sing Sing, 2023)14 de maio
Overcompensating – Temporada 1(Overcompensating S1, 2025)15 de maio
Resgate Implacável(A Working Man, 2025)15 de maio
Maria Callas(Maria, 2024)16 de maio
Motorheads – Temporada 1(Motorheads S1, 2025)20 de maio
Wicked(Wicked, 2024)21 de maio
Nove Desconhecidos – Temporada 2(Nine Perfect Strangers S2, 2025)22 de maio
Herege(Heretic, 2024)23 de maio
The Second Best Hospital in the Galaxy – Temporada 2(The Second Best Hospital in the Galaxy S2, 2025)27 de maio

A Melhor Irmã – Temporada 1(The Better Sister S1, 2025)
29 de maio
Viaje de fin de curso: Mallorca(Viaje de fin de curso: Mallorca, 2025)30 de maio
O Protetor: Capítulo Final(The Equalizer 3, 2023)30 de maio
Good Boy – Temporada 1(Good Boy S1, 2025)31 de maio

LOJA PRIME VIDEO

Código Preto(Black Bag, 2025)1° de maio
The Alto Knights – Máfia e Poder(The Alto Knights, 2025)5 de maio
Guadalupe: Mãe da Humanidade(Guadalupe: Madre de la Humanidad, 2025)5 de maio

ASSINATURAS ADICIONAIS

Murderbot – Temporada 1(Murderbot S1, 2025)Apple TV +16 de maio

A Melhor Irmã | Prime Video Divulga trailer oficial do drama policial; Assista!

O Prime Video divulgou hoje o trailer e cartaz oficial do drama policial A Melhor Irmã, estrelado por Jessica Biel e Elizabeth Banks. Todos os oito episódios da série limitada produzida pelo Amazon MGM Studios e Tomorrow Studios (parte da ITV Studios) estrearão na quinta-feira, 29 de maio, no Prime Video em mais de 240 países e territórios em todo o mundo.  A Melhor Irmã será a mais recente adição à assinatura Amazon Prime. Membros Prime no Brasil desfrutam de economia, conveniência e entretenimento, tudo em uma única assinatura.

A Melhor Irmã, baseada no livro da autora de best-sellers Alafair Burke, é uma série  de suspense de oito episódios sobre as coisas terríveis que afastam as irmãs e, por fim, as unem novamente. Chloe (Jessica Biel), uma executiva de alto nível, vive uma vida fascinante com seu marido advogado Adam (Corey Stoll) e o filho adolescente Ethan (Maxwell Acee Donovan), enquanto sua irmã afastada Nicky (Elizabeth Banks) luta para sobreviver e se manter longe de perigo. Quando Adam é brutalmente assassinado, o principal suspeito causa um choque em toda a família, reunindo as duas irmãs, enquanto tentam desvendar a história complicada para descobrir a verdade por trás de sua morte. 

A série é estrelada por Jessica Biel como “Chloe Taylor”, Elizabeth Banks como “Nicky Macintosh”, Corey Stoll como “Adam Macintosh”, Kim Dickens como “Detetive Nancy Guidry”, Maxwell Acee Donovan como “Ethan Macintosh”, Bobby Naderi como “Detetive Matt Bowen”, Gabriel Sloyer como “Jake Rodriguez”, Gloria Reuben como “Michelle Sanders”, com Matthew Modine como “Bill Braddock” e Lorraine Toussaint como “Catherine Lancaster”.

Olivia Milch (Ocean’s 8) e Regina Corrado (Mayor of Kingstown) são produtoras executivas e showrunners. O diretor da série Craig Gillespie (Pam & Tommy) e Annie Marter são produtores executivos da Fortunate Jack Productions, com os produtores executivos Marty Adelstein, Becky Clements e Alissa Bachner da Tomorrow Studios (One Piece), Jessica Biel e Elizabeth Banks, Michelle Purple e Kerry Orent. A série é produzida pelo Amazon MGM Studios e Tomorrow Studios (parte da ITV Studios).

Crítica | Você (5ª temporada)

Você sempre foi uma série fundamentalmente absurda. E não só pela premissa de transformar um stalker e serial killer de mulheres em protagonista carismático. Desde a estreia em 2018, a trama se apoiava num roteiro exagerado, quase novelesco, onde a suspensão da descrença era uma exigência constante: celulares sem senha, monólogos literários demais para alguém tão impulsivo e crimes que pareciam desaparecer no ar, sem levantar suspeitas. Mas havia ali uma proposta interessante, uma crítica velada (ou nem tanto) à forma como consumimos narrativas e romantizamos certos perfis masculinos em nome do “amor verdadeiro”.

Foto por CLIFTON PRESCOD/NETFLIX – © 2025 – Netflix

Joe Goldberg nunca foi o herói da história. Mas também nunca foi retratado de forma tão crua quanto merecia. Ao longo das temporadas, a série se divertiu demais com o jogo duplo. Enquanto o protagonista manipulava, perseguia e assassinava pessoas sob a justificativa de proteger ou amar, a direção embalava tudo em uma estética atraente e uma narração envolvente que confundia o espectador. A sátira estava ali, sim. Mas será que todo mundo entendeu?

A resposta veio com o tempo. Parte do público comprou o personagem como um romântico incompreendido. A ponto do próprio Penn Badgley precisar dar entrevistas alertando sobre os perigos da romantização e lembrando que Joe era, em essência, um homem perigoso. Misógino, inseguro, narcisista. Um predador que se via como herói da própria história.

Agora, na quinta e última temporada, Você tenta dar conta das consequências de sua própria criação. De volta a Nova York, Joe parece ter conquistado aquilo que sempre quis: respeito, status e uma vida familiar estável ao lado de Kate (Charlotte Ritchie). Livre das acusações em Londres e com a guarda de Henry, seu filho biológico, Joe tenta apagar o passado ou, ao menos, guardá-lo numa caixa. Literalmente. Mas, como sempre, basta um novo desafio para reacender seu instinto assassino. E o que começa como uma disputa de poder dentro da elite nova-iorquina rapidamente se transforma em mais um banho de sangue.

Foto por CLIFTON PRESCOD/NETFLIX – © 2025 – Netflix

O diferencial da temporada final está no retorno à origem e no acerto de contas com os pecados do passado. A aparição de Bronte (Madeline Brewer), uma jovem escritora e ex-aluna de Beck, serve como catalisadora desse confronto. Bronte assume o papel da musa que Joe sempre idealizou, mas com um objetivo diferente: enganá-lo, vigiá-lo e, com sorte, arrancar uma confissão. A série finalmente coloca no centro a justiça por Guinevere Beck (Elizabeth Lail), a primeira grande vítima da série, resgatando seu legado e o que ela representava desde a primeira temporada.

Há também uma tentativa ousada de fechar o ciclo narrativo ao reunir sobreviventes do passado de Joe. Com ares de “vingadores do trauma”, esse grupo busca desmascará-lo publicamente, criando um jogo de gato e rato que coloca o protagonista em situações inéditas. Ele erra mais do que nunca. Perde o controle. Tropeça em seus próprios delírios de superioridade. E é nesse desmoronamento que a série encontra um ponto de virada.

Você também acerta ao comentar, ainda que de forma breve, o culto à masculinidade tóxica nas redes. Quando as acusações contra Joe vazam, surge um grupo de defensores red pill que o tratam como injustiçado. Uma crítica direta à cultura da impunidade e à glamorização de comportamentos abusivos. É uma piscadinha irônica, mas eficiente, sobre como a ficção às vezes não está tão longe da realidade assim.

O desfecho, apesar de previsível, é honesto. E acima de tudo, necessário. Há um alinhamento claro entre roteiro, direção e elenco. A intenção nunca foi redimir Joe, e sim escancarar o quão podre era a sua essência. Ao abandonar qualquer nuance salvadora, a série dá o recado final, direto e sem meias palavras. Joe nunca mereceu empatia. E se em algum momento você torceu por ele, talvez seja a hora de repensar a quem você está oferecendo o benefício da dúvida.No fim das contas, Você encerra sua trajetória de forma corajosa. Não porque entrega um final grandioso, mas porque confronta seu público. A série precisa, quase desesperadamente, deixar tudo o mais explícito possível. Não há ambiguidade aqui. Joe Goldberg é um vilão. Sempre foi. E se ainda resta algum traço de simpatia ou identificação com ele, talvez o problema nunca tenha sido a série. Talvez o problema seja você.

Crítica | Um Pai Para Lily

Em Um Pai Para Lily (Bob Trevino Likes It), a solitária Lily Trevino (Barbie Ferreira) inesperadamente faz amizade com um estranho online (John Leguizamo), que compartilha o mesmo nome de seu pai egocêntrico (French Stewart). O apoio deste novo Bob Trevino poderia transformar sua vida e fazê-la encontrar o afeto materno na mais inusitada das fonteso.

  Abandono, negligência e, até mesmo, a cruel indiferença dentro do ambiente familiar são, de fato, capazes de trucidar o psicológico de uma pessoa. Longe de se dar por falta de “amor próprio”, argumento este insistentemente colocado por leigos no assunto, a dependência emocional é uma condição verdadeira e cada vez mais comum entre jovens adultos que clamam por encontrar apoio quando se está prestes a cair no precipício. Rumando pelo caminho contrário do que é utilizado, como puro achismo, pela massa que classifica e até mesmo julgar condições nocivas da vida adulta que afetam relacionamentos e desenvolvimentos pessoais, Um Pai Para Lily (Bob Trevino Likes It) procura explorar da maneira mais delicada possível esses assuntos, a ponto de gerar empatia e uma sincera compreensão à respeito do que os protagonistas, interpretados como excelência por Barbie Ferreira e John Leguizamo, vêm passando, compreendendo a necessidade do contato e do afeto entre ambos.

 O retrato da solidão realizado pela diretora e roteirista Tracie Laymon, baseada em experiências próprias na qual a cineasta estabeleceu um inusitado laço afetivo com um completo estranho graças às redes sociais, conversa calma e despretensiosamente com quem encontra um tão almejado afeto nas fontes mais improváveis, o que, funciona devido ao elenco assertivo e a responsabilidade da atriz Barbie Ferreira de repassar, com maestria uma aparente sinceridade na reprodução das emoções da protagonista Lily, todos os impactos dos acontecimentos negativos que testaram sua capacidade de ser feliz. Ignorada pelo pai narcisista, com quem ela dá murros em ponta de faca para reestabelecer uma conexão que jamais existiu, rejeitada em relacionamentos, abandonada pela mãe anos atrás e com uma única amiga na vida, proveniente de seu trabalho de cuidadora, Lily é desenvolvida como um exemplo puro e humano que mostra o fato de ninguém ser feito de ferro. Laymon não hesita em atribuir comportamentos instáveis e dependentes na personagem, mas também constrói para ela uma jornada evolutiva que nos desperta o desejo de simplesmente vê-la se sentir bem. Algo parecido acontece com Bob, do veterano e, como sempre, autêntico John Leguizamo, o co-protagonista que esbanja simplicidade e, tal como Lily, um desejo de ser ouvido, visto, reconhecido por amigos. A doce personalidade do Bob de Leguizamo, também repleta de nuances que são mostradas ao longo da trama, somada à melancolia da protagonista de Ferreira resultam em uma dupla repleta de química, onde os intérpretes até mesmo conseguem superar alguns diálogos que beiram a superficialidade com suas notáveis facilidades em encarar seus respectivos personagens.

Imagem: Roadside Attractions/Reprodução

 Com personagens de apoio que participam ativamente do desenvolvimento espiritual dos protagonistas, Um Pai Para Lily arranja um espaço para construir bons momentos para seus coadjuvantes que, apesar de não serem completamente interessantes, ostentam de um carisma funcional e a já mencionada participação ativa nas histórias de Lily e Bob. O filme conta com as competentes interpretações de Lauren “Lolo Spencer” – intérprete da amiga Daphne, da qual Lily é cuidadora -, French Stewart – como Robert, o pai indiferente da protagonista – e Rachel Bay Jones – que interpreta Jeanie, a compreensiva e apoiadora esposa de Bob -.

  Ao se estabelecer como uma adaptação cinematográfica de acontecimentos cotidianos, quase retirados de uma leve crônica jornalística que tornava reconfortante o dia mais insípido da semana, Um Pai Para Lily adota uma linguagem fílmica sem grandes recursos personalizados, ou escolhas formais particulares que dessem à obra um merecido diferencial, focando mais em se apresentar e desenvolver como uma conversa amigável, ideia esta que funciona no desenvolvimento textual do longa-metragem, mas que chega a quase comprometer a imagem, o que seria realmente trágico caso Laymon não houvesse utilizado, como forma de expressar sentimentos, o poder de registrar momentos com pessoas importantes e o curioso foco no contraste entre nocividade e remediação presente nas redes sociais.

Imagem: Roadside Attractions/Reprodução

Apesar de minimalistas e discretas, as escolhas formais de Tracie Laymon funcionam para ilustrar o ar tocante e verdadeiramente delicado proposto pela sua escrita, ainda mais quando nos damos conta da, também tímida, fotografia que conta com um perceptível jogo de luz e cores nos momentos de interação entre Lily e Robert (pai biológico da protagonista), marcados por uma falta de saturação e um excesso de penumbras, enquanto as interações da personagem com Bob, seu “pai” adotivo, recebem um melhor trato nas cores e na iluminação. Um artifício visual óbvio e, talvez, um tanto piegas, que, no entanto, é utilizado com sutileza. Nos melhores momentos de química entre Lily e Bob, Laymon captura, por meio de enquadramentos estratégicos, sorrisos sinceros de afeto e conforto de Ferreira e Leguizamo, que compõem o tom leve das sequência de interação entre os personagens.

  Um Pai Para Lily – que, inclusive, dispõe de uma discutível tradução para seu criativo título original, “Bob Trevino Likes It” (“Bob Trevino Curtiu Isso”, que faz referência a primeira interação entre os protagonistas por meio do Facebook) – é uma obra suave e longe de ser presunçosa ou um retrato caricato da vida adulta e seus desafios, que estabelece uma delicada conversa com seu público alvo e nos faz sentir grande afeição por seus protagonistas, além de bater fortemente na questão da importância de relações saudáveis e que o acolhimento familiar vai muito além de laços de sangue.