qua, 24 abril 2024

Crítica | Dolittle

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Muitos fãs ficaram de coração partido com a despedida de Robert Downey Jr. (Vingadores: Ultimato) do papel do Homem de Ferro nos cinemas, porém a saudade tem data para acabar! Nesta quinta estreia o novo filme do ator, Dolittle, longa baseado na série de livros do britânico Hugh Lofting que deve saciar a vontade de ver Downey em cena novamente. Mas saudades a parte, o filme é bom? Confira a resposta abaixo.

Sendo honesto, não! Dolittle tenta se sustentar no carisma de Downey a todo momento e nem ele como herói consegue salvar esse longa do fracasso. O primeiro erro do longa é visto no roteiro escrito à quatro mãos por Stephen Gaghan (Ouro e Cobiça), Dan Gregor e Doug Mand (O Mais Provável Assassino), além de Chris McKay (Lego Batman: O Filme) que resolveram fazer uma aventura de época sem a parte da aventura. Durante toda a projeção, além de algumas risadas esporádicas, o que sentimos é tédio! A direção de Stephen Gaghan não consegue fazer a trama não fluir, os desafios são previsíveis e quando você acha que vai empolgar… vem uma cena vergonhosa. O que salva o filme em alguns momentos é o CGI que tem momentos positivos, sendo a melhor coisa do filme. Parece que a Universal aprendeu algo com Cats, as feições dos animais falantes agradam, mas são tantos animais em cena que alguns desses personagens acabam relegados a figurantes de luxo, e em alguns momentos a trama fica confusa com tantos personagens, alguns deles nem relevância para a história possuem, o que é uma pena! A edição/montagem é péssima, os personagens aparecem em locais e segundos depois aparecem em outro sem explicação, o recurso da elipse é usado para acelerar a trama, mas aqui ela acelera tanto que as cenas ficam sem nexo (tipo os heróis chegam a um castelo de navio, em seguida estão no portão e em seguida já estão roubando o livro. OI?).

Downey claramente se diverte no projeto, mas sozinho. Seu personagem é uma paródia de Jack Sparrow (Piratas do Caribe) só que com o título de doutor e alguns bons modos. Dos animais que dividem tela com o ator os mais bem desenvolvidos são o gorila com a voz de Rami Malek (007 – Sem Tempo Para Morrer) no original e o avestruz com a voz de Kumail Nanjiani (MIB: Internacional) no original, além de algumas participações surpresas que até empolgam, mas que depois são ignoradas pela trama genérica. Harry Collett (Morto Em Uma Semana) está ali apenas para cumprir tabela.

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(from left) Dr. John Dolittle (Robert Downey Jr.) and parrot Polynesia (Emma Thompson) in “Dolittle,” directed by Stephen Gaghan.

Dolittle é um filme muito infantilizado e que perde a chance de construir uma comédia para a toda família, mesmo com os esforços de Robert Downey Jr. (que também é produtor executivo do filme) o longa não decola e nem empolga. Mais sorte para Downey em seu próximo projeto e também para quem decidir assistir o longa.

OBS: O longa possui uma divertida cena pós crédito.

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Hiccaro Rodrigueshttps://estacaonerd.com
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