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Marvel, efeitos visuais e os bastidores da indústria responsável pela magia do cinema

Ned Leeds e Michelle Jones conversavam sobre o paradeiro de Peter Parker. Ambos estavam preocupados e abatidos com os acontecimentos envolvendo a chegada de vilões de outros universos e com o fracasso do plano de salvá-los. Em um misto de desespero e esperança, Ned usa o anel mágico do Doutor Estranho para encontrar seu amigo. Ele tenta uma, duas, três vezes… até um portal se abrir e revelar uma figura esguia em um beco. Pouco a pouco, ela se aproxima, revelando os grandes olhos brancos da máscara. Era o Homem-Aranha, mas não parecia com o deles. Ao pular o portal e entrar na modesta cozinha, somos reapresentados à versão de Andrew Garfield, da franquia O Espetacular Homem-Aranha.

A sequência, apesar de boa, foi duramente criticada nas redes sociais por conta dos efeitos visuais: uma animação estranha, um corpo não condizente à estrutura física do ator e um braço atravessando a prateleira do cenário. Talvez, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa tenha começado o estopim acerca da qualidade dos efeitos visuais. Mas os problemas da indústria, ah, esses não são novidade para os profissionais da área.

Reclamar é fácil, difícil é entender…

Não me levem à mal. Reclamar é realmente fácil, mas a reclamação só se torna uma crítica relevante quando sabemos a raiz do problema e sabemos o que criticar. No caso de efeitos visuais, é ainda mais difícil encontrar essa raiz, uma vez que as dificuldades mudam de produção para produção. Com o assunto sendo cada vez mais comentado e debatido na internet (na maioria das vezes, de forma leviana), convidei alguns profissionais que atuam na Indústria de Efeitos Visuais para contarem, em suas próprias palavras, quais são as suas condições de trabalho suas dificuldades.

Os quatro entrevistados não quiserem se identificar publicamente e permanecerão anônimos. É válido ressaltar que a autenticidade desses profissionais foi verificada, assim como os projetos onde trabalharam.

O problema não é novo, só é ignorado…

Em 2013, A Vida de Pi ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e o discurso de Bill Westenhofer foi silenciado quando começou a mencionar os problemas da Indústria de Efeitos Visuais. Ironicamente, sua fala foi abafada pela orquestra que tocava o tema do clássico Tubarão; são as corporações engolindo os artistas, literalmente. Um tempo depois, o estúdio responsável pelos efeitos visuais do filme declarou falência, afetando mais de 250 profissionais e resultando em inúmeros protestos igualmente abafados. É muito bonito ver como as pessoas se mobilizam para falar da Marvel Studios, mas desconhecem a indústria cinematográfica como um todo.

“O nosso trabalho é, basicamente, esconder erros de produção. Nesse momento, VFX é mais sobre ser um faxineiro digital do que qualquer outra coisa”

A máxima de consertar todos os erros de um filme na pós-produção reflete na rotina dos artistas que, hoje, se sentem mais como faxineiros digitais, corrigindo o que não foi feito no set e desperdiçando tempo que poderia ser aproveitado na criação de algo para determinada sequência. A frase, dita por um dos entrevistados, me levou a questionar o papel do diretor nesses grandes blockbusters. Para quem não sabe, a maioria dos filmes da Marvel já possuem todas as suas sequências de ação montadas no formato de pré-visualização antes da contratação de um diretor. De acordo com um dos profissionais:

Os diretores possuem somente 20% de autoria sobre esse material e sobre como tudo deve se encaixar. A maior parte de um filme já é feito em pré-visualização antes dos diretores se envolverem”.

Surpreso com a mínima participação dos diretores nesse processo, comentei o tema com outro entrevistado e não dividimos o mesmo espanto.

“Isso não é uma surpresa para mim. Eu só sei que diretores participam desse processo de desenvolvimento e crítica de VFX em animações”.

Como é trabalhar para a Marvel Studios?

Marvel / Divulgação

As pessoas reclamam dos efeitos visuais que fazemos para a Marvel à toa. O estúdio recebe pelo que pediu e pagou. Eles [Marvel] querem muito em uma só sequência. Basicamente, substituímos partes do primeiro plano, o céu e adicionamos um personagem em CG e o resultado é uma merda. Se alguém possui algum problema com o lixo que sai de um projeto da Marvel, falem com a Disney”, disse um dos profissionais à respeito das inúmeras reclamações na internet direcionadas, às vezes, aos próprios artistas.

Outro entrevistado, com três anos no ramo e com passagem por algumas séries e filmes da Marvel Studios, relata o hábito do estúdio em pedir mudanças nos efeitos visuais e como isso acaba se tornando um grande problema.

Para projetos de filmes, a Marvel tem reputação de ser exigente e sempre mudar de ideia em relação aos efeitos visuais. Em Gavião Arqueiro, eu tive clientes me pedindo grandes mudanças de animação em uma cena e a produção não me agendou mais tempo para terminar. Eu tive que trabalhar no final de semana para entregar no prazo acordado. O maior problema dessas mudanças é que elas ocasionam em uma bola de neve e acabam puxando muitos recursos para várias direções. Quando a Marvel gasta parte de seu orçamento em uma sequência e ela acaba sendo cortada, isso resulta em tempo e dinheiro completamente perdidos. Eles poderiam ser utilizados em outras sequências que foram para o corte final”.

Eu comecei a trabalhar em Thor: Amor e Trovão em novembro de 2021 e terminei a minha parte em março deste ano. Achei que eles fizeram um bom trabalho em relação ao cronograma, mesmo com o estúdio ainda pedindo muitas versões e mudanças consideravelmente grandes, como a ponte de arco-íris do barco levado pelas cabras. Nesse projeto, não me recordo de ver ninguém fazendo muitas horas extras e a cultura parecia saudável”.

StageCraft: um avanço no mundo dos efeitos visuais ou puro marketing?

A tecnologia StageCraft foi vendida para o mercado e para o público como um avanço significativo no processo de filmagem de uma produção. A StageCraft é uma tecnologia de efeitos visuais composta por uma parede enorme de LEDs, simulando o ambiente que a produção deseja filmar em tempo real. É uma maneira de inserir a pós-produção durante a fase de produção. Os artistas, usando a Unreal Engine 5, podem alterar o cenário de acordo com a vontade do diretor e toda iluminação da cena se torna mais real, especialmente quando o protagonista usa uma armadura metálica, como o caso do Mandaloriano.

StageCraft foi usada para as produções de Star WarsThe Batman e Thor: Amor e Trovão. Os relatos de quem trabalhou com essa tecnologia, no entanto, não são dos mais animadores. Aparentemente, os diretores de fotografia não sabem como lidar com os LEDs, ocasionando em problemas na exposição do objeto em foco no primeiro plano. Alguns contam que a StageCraft deve ser utilizada como uma ferramenta, não como algo que salvará toda produção. Greig Fraser (diretor de fotografia de The BatmanRogue One: Uma História Star Wars e Duna) parece ser o único profissional que consegue tirar proveito dessa tecnologia. Leia:

“Eu trabalhei em muitas séries que usam paredes de LED e outras coisas horrorosas para simular ambientes. Nós sempre precisamos fazer toda rotoscopia e substituir todo background. Basicamente, 80% de todas essas tecnologias com paredes de LED que usam a Unreal Engine 5 são impossíveis de se usar. Os Diretores de Fotografia não sabem como filmar e como trabalhar a exposição de forma correta. Mesmo se soubessem, os clientes adoram ter a capacidade de mudar tudo na pós-produção de qualquer maneira”.

“Quando trabalhamos em Boba Fett, a maioria – se não todas – as coisas em cena foram substituídas por CG. Então, os compositores tinham que realizar toda rotoscopia. A iluminação do ambiente nos personagens, no entanto, ajudou”.

“Eu fiz a iluminação de LED no set de Rogue One (usamos TouchDesigner, não a Unreal Engine). Greig Fraser era o Diretor de Fotografia e ele soube utilizar a tecnologia como uma ferramenta. Ele é a exceção”.

Relatos, condições de trabalho e pandemia

“A área de VFX sempre foi assim [abusiva]. Não há nada de novo. Quem diz o contrário não têm experiência suficiente no ramo. Antes da pandemia, eu trabalhava entre 10 a 14 horas por dia. Hoje, eu trabalho as mesmas horas, mas de casa. A pandemia não fez as coisas piorarem, ela só realçou os problemas existentes. As pessoas acham que temos mais trabalho… é a mesma quantidade de antes, mas com menos pessoas trabalhando. A Crafty Apes (estúdio responsável por parte dos efeitos visuais de Homem-Aranha: Sem Volta para CasaPeacemaker e Licorice Pizza) estava roubando todos profissionais do mercado. Eles abriram dois estúdios durante a pandemia e contrataram 300 funcionários para abastecê-los. Eu, pessoalmente, vejo a Crafty Apes como parte do problema de escassez de mão de obra no mercado.”

“Eu tive um colega de trabalho que sentava próximo à mim. Ele tinha seus 40 anos de idade e sempre teve uma boa saúde. Por conta do stress no trabalho, ele teve um ataque cardíaco e faleceu. Isso foi em 2018. Muitas pessoas estão enfrentando mudanças de humor e depressão pela forma que a indústria é.”

“Tivemos um escândalo em um lugar onde o compositor (artista de efeitos visuais que trabalha com composição) mantinha um caso com o Chefe do Departamento de VFX. Ele se divorciou e foi promovido à Chefe do Departamento de Composição. Esse estúdio também se recusou a dar aumento aos artistas, mas deu aumentos anuais para toda equipe de gerenciamento. Trabalhei lá por 3 anos sem qualquer tipo de aumento ou promoção”.

“No meu primeiro trabalho no Estúdio X para o Blockbuster Y, durante a fase final de pós-produção, eu fui pegar comida e encontrei o produtor comemorando a finalização da sequência final. Uma funcionária estava dançando de topless, em cima da mesa de café no saguão, com uma garrafa de Jack Daniel’s e o produtor-chefe cheirava cocaína em seus peitos. Não é uma indústria para quem não tem coração forte. Cada estúdio é diferente e um pouco dessa cultura mudou depois do que aconteceu na WETA”, neste caso, o entrevistado se refere às acusações de sexismo, bullying e assédio feitas em 2020 sobre a WETA, conhecida por seus trabalhos em AvatarVingadores: Ultimato e, mais recentemente, em Thor: Amor e Trovão.

“A pandemia fez a contratação de artistas de países como a China ser mais difícil. Então eu me vi tendo que fazer mais horas aqui e ali porque tenho mais trabalho do que o ideal. Eu trabalhei em estúdios grandes durante a maior parte do ano passado [2021] e conheço estúdios menores que passam por mais dificuldades”.

“À medida que avançamos para o digital nos anos 90, houve uma pressão para remover trabalhadores sindicais dos estúdios para que não houvesse mais disputas trabalhistas. Uma vez que o VFX foi dividido entre efeitos práticos e digitais, os sindicatos desapareceram do nosso lado e tem sido difícil organizar por causa da globalização e inúmeros desacordos entre os trabalhadores sobre como funcionaria. Os problemas dessa indústria se resumem à incapacidade de criar sindicatos.”

Será que a culpa é única e exclusiva da Marvel Studios?

Imagens: Marve

Se você chegou até aqui com essa dúvida, provavelmente não deve ter lido com atenção a todos os relatos. A indústria cinematográfica não alivia para os artistas, independentemente da produção e do estúdio que trabalham. A Marvel Studios é só mais um nesse enorme conglomerado, mas definitivamente, é o que mais chama atenção do público por consequência da monocultura que instaurou no cinema. Ao questionar um dos entrevistados o que o motiva a continuar nessa indústria, ele responde:

O trabalho é desafiador e paga bem. É só um trabalho, no fim das contas. Eu tenho ciência que o que eu faço não é meu, e isso é onde algumas pessoas se perdem. As que não conseguem se desconectar do aspecto criativo são as que mais tem problemas com o modo de funcionamento da indústria. (…) As pessoas são livres pra fazerem o próprio conteúdo, mas muito provavelmente não conseguirão atingir a escala de qualidade de uma grande equipe em um grande projeto. A indústria come as pessoas vivas, mas se alguém consegue sobreviver nos seus primeiros cinco anos, esse alguém ficará bem.”

Um outro profissional comenta sobre o cenário atual e quais medidas melhorariam o trabalho dos artistas envolvidos em efeitos visuais:

“Acho que ter diretrizes éticas claras sobre o que as empresas podem pedir aos artistas. No momento, as regras não são tão claras para que os estúdios possam ser antiéticos sem qualquer tipo de consequência. Eu adoraria ver um sindicato atuando no meio, mas é difícil imaginar isso realmente acontecendo.”

Essa matéria foi extremamente trabalhosa e difícil de ser realizada. Uma boa parte da sua dificuldade não tem relação com a realização das entrevistas, mas com as histórias chocantes e da incapacidade de fazer algo à respeito que não seja só reportar. Eu acredito que muitas pessoas fazem as perguntas erradas. “Por que os efeitos da Marvel caíram de qualidade?”, por exemplo. Na verdade, os questionamentos deveriam ser mais direcionados para os profissionais da área. “O que os artistas estão passando nesse momento? Qual a visão deles sobre o que está acontecendo?” A verborragia na internet sobre efeitos visuais se tornou comum; “especialistas” que nunca conversaram com um profissional do ramo publicam opiniões vazias e influenciam centenas de pessoas a fazerem o mesmo. Ninguém quer encontrar o motivo dessas feridas, só gostam de usá-las para autopromoção. Mesmo com tantas vozes poderosas na internet, parece que elas mais atrapalham do que ajudam. O problema dessa indústria não nasceu ontem e, infelizmente, não se resolverá amanhã. Após relatar a prática de topless e cocaína no escritório do estúdio e ouvir a minha comparação com O Lobo de Wall Street, o entrevistado disse:

“Essa é a indústria cinematográfica”.


Essa matéria e todo seu conteúdo foi produzido por Luan Damascena. Siga ele em suas redes!

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O grande problema da Marvel Studios na Saga do Multiverso. Concorda comigo? #marvelbrasil #seriesbrasil #vingadores #homemaranha

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Nintendo, Playstation e Xbox, as gigantes dos consoles na BGS 2019

A Brasil Game Show é o maior evento de games da América Latina, que já alcança a façanha de ter se tornado o terceiro maior evento exclusivo de games do mundo.

O crescimento do mercado de games no Brasil ao longo dos últimos anos, foi algo estrondoso, mas isso não se deve ao acaso e sim, à participação de pessoas apaixonadas por games que lutaram para tornar isso uma realidade.

Não estou me referindo aqui, apenas às pessoas como o Marcelo Tavares, o criador da Brasil Game Show, que conseguiu com esse evento incrível, colocar o Brasil no mapa das grandes empresas de jogos do mundo, mas sim, de cada fã, de cada visitante da BGS, de cada pessoa apaixonada com games e que tenha compartilhado sua paixão aos seus amigos, irmãos, filhos ou qualquer pessoa do seu ciclo social.

Cada um de nós, fãs de games, por menor que tenha sido o nosso papel nessa história, juntos colaboramos para que todo preconceito e desinformação que havia (e ainda há) com relação aos jogos, fosse diminuindo e juntos, formamos uma comunidade de jogadores que uniu forças e fez com que o Brasil se tornasse um dos maiores mercados do mundo dos games.

A BGS muda todo ano, novas empresas estreiam no evento enquanto outras deixam saudade. Mas nada é definitivo nessa vida e neste ano de 2019, pela primeira vez desde 2012, vimos juntas as 3 principais fabricantes de console do mundo, Nintendo, Playstation e Xbox One compareceram em peso ao evento, todas elas trazendo jogos inéditos que os visitantes puderam testar em primeira mão.

Eu estive presente na Brasil Game Show 2012, na última vez em que a Nintendo esteve no Brasil. Embora sua ausência por si só, não tenha tirado o brilho das edições da BGS até aqui, ver de volta a mais antiga empresa atuante no mercado de consoles, ainda em atividade e a mais importante delas no que diz respeito ao inicio dessa era do entretenimento eletrônico no mundo, foi algo emocionante! Isso fez com que o visitante da BGS 2019 se sentisse em um evento completo, que trouxe ao público tudo que um grande evento de games pode oferecer.

Em 2018 a Nintendo já havia sinalizado que estava de olho no evento, participando do concurso de cosplays daquele ano e trazendo Charles Martinet, o dublador oficial do Mario.

Mas nesse ano ela veio com um estande incrível e enorme, trazendo vários jogos para o público testar e se divertir, com destaque para Luigis Mansion 3, um jogo incrível que ainda nem foi lançado e o remake do clássico The Legend of Zelda: Link’s Awakening.

Além destes jogos, o estande da Nintendo trouxe à BGS:

Além disso tudo, a Nintendo dedicou uma área do estande a Pokémon Sword e Pokémon Shield, onde era possível tirar uma foto em realidade aumentada com um dos Pokemon em destaque do game.

E a Nintendo não foi a única grande surpresa na BGS 2019, a participação da Playstation também foi um grande diferencial, já que neste ano ela não participou da E3 2019, o maior evento de games do mundo que acontece nos Estados Unidos.

Para quem não acompanha o mundo dos games ativamente, pode ter parecido algo normal a Playstation ter participado da Brasil Game Show este ano, porém, a ausência desta que é uma das 3 principais empresas do mundo dos games da maior feira de games do mundo e de vários outros eventos que aconteceram ao longo do ano, foi algo de cair o queixo.

Alguns portais de notícias de games sensacionalistas, chegaram a postar que dificilmente a Playstation estaria na BGS 2019, mas para a alegria de todos que estiveram no evento, ela marcou presença e foi um dos estandes mais interessantes e grandiosos de toda feira.

Foram vários jogos inéditos no estande da Playstation. Posso dizer que foi neste estande onde vimos as maiores filas para jogar jogos de peso que ainda não foram lançados, como o novo Call of Duty: Modern Warfare, Marvel’s Avengers, Final Fantasy VII, Medi Evil, Remake, Nioh 2

No meio de tantas atrações incríveis na Brasil Game Show 2019, a Xbox trouxe um estande gigantesco com muitas atrações, que incluíam um palco enorme onde sempre estava rolando algum desafio ou campeonato de games onde foram distribuídos vários prêmios.

Teve também uma área com uma batalha de cotonetes gigantes, onde quem perdia, caia numa piscina de bolinhas pretas e uma área de divulgação do Xbox Game Pass com um jogo de arremesso de bolas, valendo passes da até um ano de assinatura do serviço.

Acho que posso dizer que atualmente, o jogo mais relevante e exclusivo da Microsoft no cenário competitivo é Gears 5. Neste ano os principais eAtletas do game na América Latina, estiveram presentes e participaram de um campeonato na BGS.

Dentre os jogos disponíveis no estande, Dragon Ball Kakarot, o próximo game desta que é uma das franquias de anime mais amada de todos os tempos, era onde vimos mais filas com pessoas querendo testar pela primeira vez este jogo da Bandai Namco que será lançado em janeiro de 2020.

Outro jogo inédito no estande da Xbox e dessa vez um exclusivo, foi Bleeding Edge, um team brawler 4v4 da Ninja Teory de Hellblade: Senua’s Sacrifice

Foram estes os jogos disponíveis no estande da Microsoft para jogar durante a BGS:

Resumão:

A Nintendo veio com tudo, trazendo seus jogos exclusivos e o ainda não lançado Luigi’s Mansion 3. Por ter ficado distante dos eventos no Brasil por muito tempo, essa foi a primeira oportunidade para muitas pessoas, de ver pela primeira de perto estes jogos incríveis.

A Playstation meteu o pé na porta e entrou com tudo de uma vez na BGS 2019. Foi uma quantidade enorme de jogos inéditos que serão lançados anida este ano ou no ano que vem. Foram muitas estações de jogos e a empresa se concentrou em trazer coisas novas para a galera jogar.

A Xbos também trouxe alguns jogos inéditos, mas ao todo, foram poucas opções. Por outro lado, a empresa focou em criar um estande bonito e com várias atrações que vão além dos games, oferecendo uma grande quantidade de campeonatos, desafios e dando muitos prêmios.

Ver as três fabricantes de consoles reunidas novamente em um evento como a BGS 2019 foi uma sensação incrível! Quem visitou a maior feira de games da América Latina e a terceira maior do mundo neste ano, sentiu que o evento estava completo, trazendo tudo que do merece ver em um grande evento.

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Estação Nerd na BGS 2019

Veja como foi o Concurso de Cosplay da Virada Cultural BH 2019

Hoje, dia 21/07/2019 é uma data histórica para os cosplayers de Belo Horizonte! Pela primeira vez a Virada Cultural, evento da Prefeitura de Belo Horizonte, com a colaboração do Estação Nerd e Cosplay Art, realizou o maior Concurso de Cosplay aberto ao público que a cidade já viu.

A Virada Tecnológica é o espaço nerd dentro da Virada Cultural, na qual trabalhei como consultor do evento pelo Estação Nerd, indicando atividades que estiveram presentes no evento, voltadas à quem é nerd como a gente.

Quando a direção do evento entrou em contato comigo, a primeira coisa que eu fiz foi chamar minhas amigas Rachel e Rayara da Cosplay Art para organizarem o primeiro e histórico Concurso de Cosplay da Virada Cultural. O sucesso deste evento foi graças ao trabalho delas que deram duro para produzir este espetáculo, que foi um sucesso!

O evento terminou agora a pouco e todos os 30 participantes (infelizmente o tempo disponibilizado no palco só permitiu essa quantidade) mostraram um trabalho excepcional! Após uma triagem inicial, foram selecionados os melhores para participarem e dentre eles. estavam cosplayers experientes, mas também iniciantes, que nos surpreenderam com uma qualidade impressionante, especialmente levando em conta aqueles que estiveram hoje participando de um concurso pela primeira vez.

Os juízes Paula Kamei, Júlio Shirou e Nando Gray (veja neste outro post quem são eles) formaram um juri extremamente técnico e capacitado, tendo sido cada um deles, escolhidos especificamente por possuírem experiência e especialidade nos principais pontos da avaliação dos cosplayers.

Os 3 vencedores receberam um troféu em formato de pistola de cola quente (nada mais cosplayer do que isso né?) em tamanhos diferentes, de acordo com a classificação e um certificado de vencedor da competição. O primeiro lugar ganhou também a participação nos 4 dias da CCXP, o maior evento nerd do Brasil e tempo de uso no laboratório da FIEMG, que tem todas as ferramentas top de linha para a confecção de um cosplay profissional.

Os outros participantes receberam também um certificado de participação, mostrando que estiveram presentes neste concurso de cosplay histórico da Virada Cultural em Belo Horizonte, que será o primeiro de muitos, com certeza!

A Virada Cultural encerra hoje às 19:00 hs, o evento conseguiu atingir seu objetivo de reunir todas as tribos e neste ano, com a nossa ajuda, a participação dos nerds foi em peso nesta quinta edição, chamando a atenção dos visitantes e dos organizadores. Da próxima vez, a área nerd do evento vai estar melhor ainda! Podem esperar!

Crítica | Homem-Aranha: Longe de Casa

A Marvel definitivamente mudou o modo como vemos os filmes de heróis, cada novo lançamento é um evento. Agora, Homem-Aranha: Longe de Casa sela definitivamente essa tendência. A nova adaptação do super-herói aracnídeo é rica em humor, romance, aventura e drama o que transforma este novo filme em um dos melhores filmes do personagem mais querido de Stan Lee. 

Homem Aranha: Longe de Casa começa logo após os eventos de Vingadores: Ultimato. Após o blip (termo usado para explicar a situação criada pelo estalar de dedos do Thanos) Peter Paler convive com o luto e o peso de ser o substituto do Homem de Ferro e decide viajar por duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, para espairecer. Quando é surpreendido pela visita de Nick Fury. Convocado para uma missão heroica, ele precisa enfrentar vários vilões com a ajuda de um novo herói: Mystério. O primeiro ato do filme é divertido e bastante explicativo. A abertura presta homenagem aos personagens que morreram e ainda explica como o mundo está após a volta de quem foi apagado por cinco anos. O uso da trilha sonora nesse primeiro ato deixa tudo mais divertido e leve, um dos vários acertos da direção de Jon Watts que dirigiu De Volta ao Lar.

O roteiro consegue desenvolver o arco dramático do herói sem soar piegas, temos diversas homenagens a persona de Tony Stark (Robert Downey Jr.) que irão arrancar lágrimas dos fãs. O filme basicamente mostra essa evolução Paker no seu papel como herói e como pessoa. O segundo ato do longa é mais voltado para o drama e aborda de forma inteligente, o psicológico do herói que foi ao espaço, perdeu amigos e voltou à vida. Aqui Peter Parker amadurece como pessoa e herói, algo necessário em sua trajetória e que não ocorreu em sua primeiras aventuras. Além disso o filme consegue mesclar bem o humor e o drama, sem quebrar o ritmo da projeção.

O terceiro ato pode ser resumido como “tiro, porrada, mais porrada e bomba”. Com toda certeza as cenas de ação deste longa são muito superiores ao do longa anterior e são uma das cinco melhores de todo os filmes da marvel. As cenas que envolvem Mystério são originais e estupendas. Cuidado para não ficar de boca aberta durante a projeção ao vê-las. O ritmo dessas cenas é frenético e a batalha final em Londres é ÉPICA! Porém em algumas cenas o CGI soam bem artificial, mas não é nada que prejudique a experiência. O filme é recheado de easter eggs e citações que deixaram os fãs pirados.

O elenco possui espaço para brilhar, Tom Holland (O Impossível) retorna com tudo e encanta com seu carisma. Jake Gyllenhaal (O Abutre) é um dos melhores personagens do MCU, seu Quentin Beck/Mystério é um… atenção… mistério. Ele possui motivações convincentes para o que pretende fazer. Porém, o modo como ele foi inserido no filme, pra mim, soa um pouco como forçado, mas irá surpreender a todos. A química de Gyllenhaal e Holland é excelente. Samuel L. Jackson (Kong: A Ilha da Caveira) rende momentos hilários que lembram muito a relação de Nick Fury com Peter Parker no desenho Ultimate Spider-Man. O papel dele ainda funciona como conexão com as outras obras da Marvel e reserva uma surpresa que deixarão os fãs chocados (pra não dizer confusos). Por fim, Zendaya encanta com a versão MJ fofa/ácida neste longa.

Homem Aranha: Longe de Casa, fecha com chave de ouro a saga do infinito. Sendo um filme superior a sua primeira aventura solo e nos entregando uma trama inteligente, divertida, emocionante e acima de tudo madura. Afinal de contas “com grande poder vem grande responsabilidade”.

Obs: O filme possui duas cenas pós créditos e elas são arrebatadoras.

Entrevista | Tettrem na CCXP25

 Durante a CCXP25 no stand da Seara, entrevistei um dos maiores fenômenos da internet atualmente Tettrem (Mateus Machado). O criador de conteúdo falou sobre a ascensão na sua carreira, a responsabilidade com o grande público e muito mais.

Confira a entrevista:

Marcel Botelho: Eu tenho o prazer de entrevistar o Tet,  ele que evidentemente dispensa apresentações. Obrigado pela entrevista. 

Tettrem: Obrigado a vocês. 

Marcel Botelho: Você se transformou em um fenômeno. É muito legal ver como você cresceu na internet. Como que tudo começou?

Tettrem: Começou em 2014, onde a gente postou um vídeo no YouTube que tomou mais dislike do que like. E esse foi um evento canônico na nossa vida. Porque a gente falou, é, talvez esse seja o nosso caminho. Por aí o meu amigo Hugo, que a gente é sócio da POV Creators, que é a nossa empresa. Temos quase 20 colaboradores. Tem o Andy Ricardo, temos o Clive e tem eu, que somos os talentos da POV Creators. A gente começou em 2021. E a gente tinha o escritório, lá em São Gonçalo. Tinha ar condicionado, mas não funcionava. E a gente pedia água emprestada pelos outros. E a gente foi nichando o nosso conteúdo, fazendo um instrumento, tipo blog. E aí começou a viralizar. A gente escalonou a produção de conteúdo. E aí vou dar um exemplo pra vocês. Em junho de 2013, a gente tinha 6 mil seguidores no Instagram. Em setembro, um milhão.2023 pra 2024, 4 milhões. E 2024 pra 2025, 10 milhões. E hoje a gente tá quase com 13 milhões. Mas isso tudo é fruto de muito sacrifício. Eu sempre sonhei em estar onde eu estou hoje em dia. E eu sou muito realizado de ver a galera na rua, dando feedback. Porque eu sou alivio o dia delas. E elas não imaginam o dia delas sem mim também. Então pra mim é muito gratificante. Porque a minha meta de vida é impactar positivamente a vida delas. Então se tá acontecendo isso, pra mim tá ótimo. 

Marcel Botelho: E você pensa nisso, Tet? Em impactar a vida das pessoas? E também influenciar, fazer os jovens sonharem? 

Tettrem: Com certeza. Até porque conhecimento é uma coisa que ninguém vai tirar de você. Então o incentivo sim, eu estudo. Eu acho que tem que se policiar. Tem que se incrementar nas coisas que você sabe e que você não sabe. Eu, por exemplo, tô fazendo teatro hoje em dia. Que eu acho que é uma área que tem tudo a ver com o que eu trabalho hoje em dia. E eu digo pra qualquer um, gente, e especializa no que vocês gostam. Mas eu acho que o principal é vocês terem tesão, terem amor pelo que você faz. Porque é o que me levanta da cama todo dia. É o meu tesão, é o meu amor pelo meu trabalho. E eu acho que é isso que me faz ser o que eu sou.

Marcel Botelho: Evidentemente o seu conteúdo é mais voltado para o humor. Você é extremamente divertido nos vídeos. Mas você também, claro, tem muitos seguidores. Como que você lida com a responsabilidade com o que você diz? Porque você atinge um público muito, muito grande. 

Tettrem: Com certeza. Eu acho que a minha responsabilidade é o mínimo que eu acho que qualquer ser humano tem que ter. De estar perto de uma criança, você não vai xingar. Você não vai falar umas palavras negativas. E eu acho que é isso. Elas são o futuro da sociedade. Então eu tenho que pensar mil vezes no que eu vou falar pra elas. Tanto pros jovens também. Eu tenho sempre que ter uma imagem positiva. Passar uma mensagem boa. Até porque, querendo ou não, hoje em dia eu vou pra um lugar de referência. Então a pessoa se inspira no que eu falo, no que eu faço. Então eu tenho que ser essa pessoa boa. Eu tenho que ter boas atitudes. E sinceramente, eu sou na vida real também essa personagem. E é o que me trouxe. Minha mãe me educou muito, muito bem também. Ela foi o maior exemplo de referência na vida. E ela é totalmente mil vezes melhor do que eu, gente. Se vocês me acham ok, minha mãe é mil vezes melhor. Então pra mim é o básico ser assim, do jeito que eu sou. 

Marcel Botelho: Para encerrar, gostaria de saber, quais seus planos para o futuro da sua carreira?

Tettrem: Bom, eu sou criado em São Gonçalo, lá no Rio de Janeiro. Que é uma cidade bem periférica. E o projeto que a gente quer tirar do papel em 2026 é um projeto social. Tanto pra esporte, comunicação, educação profissional. Tem um crescimento de talento. E a gente bota muita oportunidade lá pra galera. E esse é o meu maior projeto de vida.

Marcel Botelho: Muito obrigado pela entrevista. 

Tettrem: Obrigado a esse galera de casa. Acredite nos sonhos. Se inscreva no canal. Segue seu coração e se prioriza. Você é a pessoa mais importante da sua vida, tá? Estação Nerd, tamo junto.

Five Night’s At Freddy’s 2 | Sequência já superou a marca de US$ 100 milhões em bilheteria mundial

Em seu fim de semana de estreia, Five Night’s At Freddy’s 2 já arrecadou US$ 109 milhões. Só nos EUA a produção alcançou a marca de US$ 63 milhões. Em outros mercados internacionais, o filme somou US$ 46 milhões no seu fim de semana de estreia.

Five Night’s At Freddy’s 2 segue em cartaz nos cinemas nacionais.

Cavaleiros do Zodíaco: 40 Anos de Mitos e Uma Geração de Fãs Brasileiros que Nunca Esqueceu

Quatro décadas. Esse é o tempo que separa o lançamento original de Saint Seiya, no Japão, e a incrível vitalidade que a obra ainda exibe no Brasil. Mais do que um anime, Cavaleiros do Zodíaco se tornou um fenômeno cultural que moldou a infância e a adolescência de milhões, com seus enredos dramáticos, personagens profundos e a eterna busca pela justiça. Hoje, ao completar 40 anos, a história criada por Masami Kurumada merece uma homenagem especial, com um olhar sobre o amor incondicional que floresceu em solo brasileiro.

A jornada no Brasil começou tardiamente, no final dos anos 90, mas explodiu com força total. Exibido pela TV Manchete e, posteriormente, com dublagens icônicas que entraram para o imaginário popular (“EXPLOSÃO DE ATENAS!”), o anime cativou uma nação. Não era apenas um desenho; era um evento semanal. As crianças reuniam-se diante da TV para ver Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki enfrentarem desafios sobre-humanos, vestindo armaduras que brilhavam com o poder das constelações.

A receita do sucesso era uma mistura poderosa. Havia a mitologia grega repaginada, o conceito de amizade e sacrifício, e batalhas que eram verdadeiros duelos de filosofia e força de vontade. Enquanto outros animes focavam em ação pura, Cavaleiros do Zodíaco mergulhava na tragédia e na redenção de seus heróis. Esse drama universal, somado à emocionante trilha sonora, criou uma conexão emocional rara.

O Fenômeno das Mídias Físicas e o “Caça às Figuras”

Antes da era streaming, o fandom brasileiro se construiu através de objetos de desejo e certa dificuldade de acesso. As revistas da Editora Conrad, com seus mangás em formato tankōbon, eram artigos preciosos nas bancas. Colecioná-las era uma missão quase tão árdua quanto a dos Cavaleiros de Bronze. Paralelamente, o mercado de vídeos foi fundamental. A saga chegou aos lares através dos VHS da extinta Epicenter, com edições que se tornaram relíquias para colecionadores.

Talvez o símbolo máximo dessa era sejam as action figures da Bandai, popularmente conhecidas como “bonecos dos Cavaleiros”. Encontrar um Saga de Gêmeos ou um Shaka de Virgem nas lojas de departamento era um triunfo. Esses itens não eram apenas brinquedos; eram troféus, a materialização de um universo amado. Essa “caça” alimentou uma comunidade ávida e solidificou o anime como um pilar da cultura otaku no país.

As Múltiplas Versões e o Renascimento no Século XXI

A paixão garantiu que novas versões e continuações encontrassem terreno fértil no Brasil. Cavaleiros do Zodíaco: Hades, a conclusão clássica da saga, finalmente chegou com estrondo, atendendo aos apelos de anos dos fãs. Prova do apelo duradouro, a série Saint Seiya: Os Cavaleiros do Zodíaco, disponível na Netflix, ofereceu um reboot CGI que atraiu tanto olhares nostálgicos quanto novos públicos. E a recente Saint Seiya: Knights of the Zodiac, uma releitura em animação, mostrou que a franquia continua experimentando e se adaptando.

Além das telas, o legado se mantém vibrante em eventos de anime por todo o Brasil, com cosplays elaborados das Armaduras, painéis de discussão e uma presença constante nas redes sociais. Grupos online reúnem dezenas de milhares de membros para debater detalhes do mangá, trocar memes (“Você é o Cavaleiro de Bronze mais fraco!”) e celebrar a história.

Um Legado que Transcende o Tempo

Passados 40 anos, Cavaleiros do Zodíaco é mais do que uma lembrança afetiva. É uma linguagem comum a uma geração. Frases como “Usar o próprio sangue como arma…” ou o simples ato de cruzar os braços e imitar o Ícaro de Hyoga são códigos de uma identidade compartilhada.

A saga ensinou, acima de tudo, sobre resiliência. A mensagem de que um Cavaleiro de Bronze, mesmo ferido e sangrando, sempre se levanta para proteger o que ama, ecoou profundamente no espírito brasileiro. Por isso, ao celebrar estas quatro décadas, celebramos também uma parte da nossa própria história pop. O cosmo pode não ser uma energia real, mas a chama que Seiya e seus amigos acenderam no coração dos fãs brasileiros? Essa, definitivamente, nunca se apagou.

Ainda mais recente durante a CCXP 2025, foram celebrados os 40 anos de “Os Cavaleiros do Zodíaco” em um painel promovido pela equipe da revista HERÓI, no Palco Blast!. Os convidados André Forastieri (escritor e jornalista), Odair Braz Júnior (jornalista e especialista em cultura pop japonesa), Arianne Brogini (jornalista e pesquisadora de cultura pop) e Matheus Mossmann (editor e pesquisador da franquia) revisitaram a trajetória da série e analisaram seu impacto cultural no Brasil e no mundo. Durante o bate-papo, o grupo também anunciou, com exclusividade, seu novo projeto editorial: o livro “O Guia HERÓI dos Cavaleiros do Zodíaco”, uma obra com mais de 300 páginas que promete unir grande reportagem e artbook em uma edição definitiva sobre a saga. O lançamento está previsto para 2026.

E assim, a jornada continua. Para os que viveram a era Manchete e para os que estão descobrindo agora no streaming, o convite permanece: queime o seu cosmo, entre nesta batalha e descubra por que, depois de 40 anos, os Cavaleiros do Zodíaco ainda são imortais.

My Hero Academia: Vigilantes | Assista ao trailer da 2ª temporada

Um novo trailer para a segunda temporada de My Hero Academia: Vigilantes foi lançado neste domingo.

A história segue Koichi Haimawari, um jovem universitário de bom coração que tem uma Individualidade (Quirk) modesta e já desistiu do sonho de se tornar um herói profissional licenciado. Na sociedade onde o heroísmo é estritamente regulamentado pelo governo, qualquer um que use sua individualidade em público sem a licença e autorização adequadas é considerado um criminoso, ou, no jargão oficial, um “vigilante”. 

A série explora os meandros do sistema de heróis e mostra os bastidores de uma sociedade que lida com o uso não autorizado de individualidades, introduzindo personagens e elementos que se conectam diretamente à trama principal de My Hero Academia, incluindo a origem de vilões notórios como o Assassino de Heróis: Stain. 

Confira:

Todas as temporadas do anime podem ser conferidas na Crunchyroll.

Entrevista | Brino na CCXP25

Durante a CCXP25 no stand da Seara (um dos mais disputados do evento), eu pude entrevistar o Brino, um dos maiores criadores de conteúdo da atualidade. Sempre bem humorado, ele falou sobre a sua carreira e o que podemos aguardar para o futuro.

Confira a entrevista:

Marcel Botelho: Eu tenho o prazer de falar com o Brino, um fenômeno na Internet. Brino, a sua jornada rumo ao sucesso é muito legal, é muito inspiradora também. Eu queria que você falasse sobre isso, se você se vê como um espelho para muitos jovens que querem ter sucesso, não só no YouTube, não só como criadores de conteúdo, mas na vida de uma forma geral. 

Brino: Cara, eu acho que são vários fatores que fez tudo isso acontecer. Eu sou muito grato à galera que me acompanha. Eu sempre digo e repito, e vou repetir até o meu último dia, que foi graças a eles. Se não fossem eles que me acompanham, nada disso aconteceria. Eu sou muito grato, inclusive um evento desse é uma oportunidade muito legal, de encontrar a galera que está com a gente no dia a dia, através dos posts que a gente faz, dar um abraço, trocar uma ideia, tirar uma foto. Então eu acho que se você tem um sonho, acredita no seu sonho, vai para cima, tenho certeza que você vai conseguir chegar lá. 

Marcel Botelho: Cara, você tem uma veia humorística muito forte, você sempre percebeu que você iria para esse lado mais de humor? Como que isso surgiu para você? 

Brino: Cara, sempre gostei de fazed gracinha. Eu era o aluno que fazia bagunça, as gracinhas, no Natal da família também. Então acho que eu já tive o pezinho nisso aí. Aí o resto vai acontecendo, conforme o tempo vai passando. E é bom ser engraçadinho.
É bom, porque já não sou bonito, já não sou alto. Então tem que ser pelo menos engraçadinho.

Marcel Botelho: E próximos passos para a sua carreira? 

Brino: A gente vai estrear agora um programa no Podpah. Agora no Natal, um programa irado. A gente está criando muita expectativa nisso. Porque é um produto muito legal que a gente está criando. Com certeza vocês vão se divertir bastante assistindo. E vão dar bastante risada mesmo. Porque eu gravando, eu passo mal de rir. Então vocês assistindo vai ser bem legal também.

M8 – Quando a Morte Socorre a Vida | Sequência é anunciada; Confira!

A história de Maurício, personagem de Juan Paiva em “M8”, título baseado no livro homônimo de Salomão Polack, vai ganhar continuação. Estudante de medicina, o jovem negro percebe, nas aulas de anatomia, que os corpos estudados são todos pretos ou pardos. Maurício vê mais de seus pares na sala fria da universidade do que pelos corredores. Com direção de Jeferson De, M8 – Parte Dois (título provisório) será produzido pela Migdal Filmes e contará novamente com Juan Paiva, Raphael Logam e Mariana Nunes no elenco. A produção marca a retomada da parceria entre Migdal Filmes, Paris Filmes e Buda Filmes.

“Desde quando filmamos “M8 – Quando a Morte Socorre a Vida” pensamos em uma possível continuidade para a história de Maurício, já que, na primeira parte, ele havia apenas ingressado na faculdade. Gostaríamos muito de contar como ele seguiu a vida sendo um médico negro, periférico, que não se afastou das suas raízes, não deixou sua comunidade para trás — e uma comunidade que ainda sofre com a vulnerabilidade e com a violência que acomete a juventude negra no Brasil”, explica Jeferson De.

The Boys | Última temporada revela teaser oficial; Assista!

O Prime Video revelou o teaser final da 5° e última temporada de The Boys. Confira:

A última parcela de The Boys estreia em 8 de Abril no Prime Vídeo.

Carolina – Quarto de Despejo | Glória Pires visita set de filmagens; Confira!

A atriz Glória Pires visitou o set de “Carolina – Quarto de Despejo”, título que foi rodado no Rio de Janeiro. Durante a visita, ela conversou com o diretor Jeferson De e com Maria Gal, atriz que dá vida a Carolina, e acompanhou um pouco das filmagens. O longa é uma adaptação da obra “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, um dos livros mais importantes da literatura brasileira. O filme tem roteiro de Maíra Oliveira e produção de Clélia Bessa e é uma produção da Move Maria, Raccord Produções e Buda Filmes, com coprodução da Globo Filmes e distribuição da Elo Studios.

A produção, intitulada temporariamente “Carolina – Quarto de Despejo”, é uma adaptação da obra Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicada em 1960, em que Carolina Maria de Jesus narra com autenticidade e força poética a vida na favela do Canindé, em São Paulo. Com apenas dois anos de educação formal, a autora vendeu mais de um milhão de exemplares, teve sua obra traduzida para 14 idiomas e se tornou a primeira escritora negra brasileira a alcançar reconhecimento internacional. Ao lado de Maria Gal, o filme conta ainda com Raphael Logam, Clayton Nascimento, Liza Del Dala, Carla Cristina Cardoso, Ju Colombo, Jack Berraquero, Fabio Assunção, Alan Rocha, Thawan Lucas e grande elenco.

Carolina – Quarto de Despejo segue sem data de estreia definida.

Zootopia 2 | Sequência alcança a marca de 700 milhões de dólares em bilheteria mundial; Confira!

Segundo informações do Walt Disney Studios, Zootopia 2 alcançou a marca de US$ 700 milhões ao redor do mundo. O filme vem sendo um grande sucesso na bilheteria na China, local onde já obteve a marca de 4ª maior bilheteria de Hollywood no país.

Zootopia 2 continua a história de Judy Hopps e Nick Wilde como parceiros policiais, enfrentando um caso perigoso com a chegada de um misterioso réptil chamado Gary (ou Gary De’Snake), que vira a metrópole animal de cabeça para baixo, testando a parceria da dupla em novas e inesperadas partes da cidade, aprofundando seu relacionamento e explorando temas de preconceito e colaboração. 

Zootopia 2 segue em cartaz nos cinemas.

Pituco: o Supercão Brasileiro | Vínculo humano-pet – história do cachorrinho que virou super-herói

Afeto, criatividade, amor, começo e recomeço. Foi com essa mistura de sentimentos que Pituco, um vira-lata cheio de energia e carisma, chegou à casa do publicitário e roteirista Tiago de Moraes das Chagas na Páscoa de 2020, quando o mundo ainda vivia em isolamento na pandemia. O que começou como uma adoção surpresa para alegrar o filho acabou se tornando algo maior: inspiração para criar um super-herói canino de histórias em quadrinhos e, depois, escrever o livro infantojuvenil Quatro Patas – A História de Pituco, em parceria com Ramon Barbosa Franco.

Nesta obra o leitor vai conhecer a trajetória de um cão que virou herói na vida real. Com tom biográfico, que mistura realidade e ficção, os capítulos curtos e afetuosos de Quatro Patas narram a relação com o filhote desde o primeiro dia, as descobertas, as travessuras e a conexão especial que uniu toda família. O livro também mostra como esse vínculo deu origem ao universo Radius, um projeto de quadrinhos idealizado por Tiago desde a adolescência, concretizado na fase adulta a partir da convivência com o cachorro – que originou o protagonista das premiadas HQs. 

Por meio de fotos e ilustrações coloridas, o livro intercala memórias e reflexões sobre lealdade, perda e propósito. Para além das boas lembranças, a morte de Pituco, vítima de um atropelamento em julho de 2024, marca uma virada na narrativa: o luto do escritor se transforma em combustível para continuar dando vida ao amigo canino na literatura.

Ele, sem dúvidas, não foi apenas um cão, mas alguém que sempre
sabia exatamente quem era e onde estava. E, na sua partida,
deixou uma lição de autenticidade e presença que permanece
comigo, como um amigo que nunca se foi completamente.
Essa marca que ele deixou em minha vida é algo que
ninguém pode apagar. Até mesmo o projeto Radius, que
carrega seu nome, é uma extensão dessa presença indiscutível.
Pituco foi, em muitos aspectos, um super-herói de verdade.
(Quatro Patas – A História de Pituco
, p. 80)

Lançado pela Mustache Comics, esta é uma história de empatia, coragem, amor e permanência, que celebra o poder das conexões entre as espécies. Ao narrar a trajetória do cãozinho, os autores mostram que os verdadeiros heróis não usam capas, mas deixam marcas profundas naqueles que os amam. O legado desse cachorro amigável ensina aos leitores de todo o Brasil que o carinho e companheirismo dos bichinhos seguem vivos para sempre, mesmo quando eles se vão.  

Ficha Técnica
Título
: Quatro Patas
Subtítulo
: A História de PitucoAutor: Tiago de Moraes das Chagas
Coautor: Ramon Barbosa Franco
Editora: Mustache Comics
ISBN: 978-65-01-30485-4
Formato: 155 x 223 mm – Colorido
Edição: 1ºed., 2025
Arte de Capa: Mustache Marketing
Gênero: Infantojuvenil
Número de páginas: 184
Preço: R$ 70,00
Onde encontrar:
Site do projeto e Google Play