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Marvel, efeitos visuais e os bastidores da indústria responsável pela magia do cinema

Ned Leeds e Michelle Jones conversavam sobre o paradeiro de Peter Parker. Ambos estavam preocupados e abatidos com os acontecimentos envolvendo a chegada de vilões de outros universos e com o fracasso do plano de salvá-los. Em um misto de desespero e esperança, Ned usa o anel mágico do Doutor Estranho para encontrar seu amigo. Ele tenta uma, duas, três vezes… até um portal se abrir e revelar uma figura esguia em um beco. Pouco a pouco, ela se aproxima, revelando os grandes olhos brancos da máscara. Era o Homem-Aranha, mas não parecia com o deles. Ao pular o portal e entrar na modesta cozinha, somos reapresentados à versão de Andrew Garfield, da franquia O Espetacular Homem-Aranha.

A sequência, apesar de boa, foi duramente criticada nas redes sociais por conta dos efeitos visuais: uma animação estranha, um corpo não condizente à estrutura física do ator e um braço atravessando a prateleira do cenário. Talvez, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa tenha começado o estopim acerca da qualidade dos efeitos visuais. Mas os problemas da indústria, ah, esses não são novidade para os profissionais da área.

Reclamar é fácil, difícil é entender…

Não me levem à mal. Reclamar é realmente fácil, mas a reclamação só se torna uma crítica relevante quando sabemos a raiz do problema e sabemos o que criticar. No caso de efeitos visuais, é ainda mais difícil encontrar essa raiz, uma vez que as dificuldades mudam de produção para produção. Com o assunto sendo cada vez mais comentado e debatido na internet (na maioria das vezes, de forma leviana), convidei alguns profissionais que atuam na Indústria de Efeitos Visuais para contarem, em suas próprias palavras, quais são as suas condições de trabalho suas dificuldades.

Os quatro entrevistados não quiserem se identificar publicamente e permanecerão anônimos. É válido ressaltar que a autenticidade desses profissionais foi verificada, assim como os projetos onde trabalharam.

O problema não é novo, só é ignorado…

Em 2013, A Vida de Pi ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e o discurso de Bill Westenhofer foi silenciado quando começou a mencionar os problemas da Indústria de Efeitos Visuais. Ironicamente, sua fala foi abafada pela orquestra que tocava o tema do clássico Tubarão; são as corporações engolindo os artistas, literalmente. Um tempo depois, o estúdio responsável pelos efeitos visuais do filme declarou falência, afetando mais de 250 profissionais e resultando em inúmeros protestos igualmente abafados. É muito bonito ver como as pessoas se mobilizam para falar da Marvel Studios, mas desconhecem a indústria cinematográfica como um todo.

“O nosso trabalho é, basicamente, esconder erros de produção. Nesse momento, VFX é mais sobre ser um faxineiro digital do que qualquer outra coisa”

A máxima de consertar todos os erros de um filme na pós-produção reflete na rotina dos artistas que, hoje, se sentem mais como faxineiros digitais, corrigindo o que não foi feito no set e desperdiçando tempo que poderia ser aproveitado na criação de algo para determinada sequência. A frase, dita por um dos entrevistados, me levou a questionar o papel do diretor nesses grandes blockbusters. Para quem não sabe, a maioria dos filmes da Marvel já possuem todas as suas sequências de ação montadas no formato de pré-visualização antes da contratação de um diretor. De acordo com um dos profissionais:

Os diretores possuem somente 20% de autoria sobre esse material e sobre como tudo deve se encaixar. A maior parte de um filme já é feito em pré-visualização antes dos diretores se envolverem”.

Surpreso com a mínima participação dos diretores nesse processo, comentei o tema com outro entrevistado e não dividimos o mesmo espanto.

“Isso não é uma surpresa para mim. Eu só sei que diretores participam desse processo de desenvolvimento e crítica de VFX em animações”.

Como é trabalhar para a Marvel Studios?

Marvel / Divulgação

As pessoas reclamam dos efeitos visuais que fazemos para a Marvel à toa. O estúdio recebe pelo que pediu e pagou. Eles [Marvel] querem muito em uma só sequência. Basicamente, substituímos partes do primeiro plano, o céu e adicionamos um personagem em CG e o resultado é uma merda. Se alguém possui algum problema com o lixo que sai de um projeto da Marvel, falem com a Disney”, disse um dos profissionais à respeito das inúmeras reclamações na internet direcionadas, às vezes, aos próprios artistas.

Outro entrevistado, com três anos no ramo e com passagem por algumas séries e filmes da Marvel Studios, relata o hábito do estúdio em pedir mudanças nos efeitos visuais e como isso acaba se tornando um grande problema.

Para projetos de filmes, a Marvel tem reputação de ser exigente e sempre mudar de ideia em relação aos efeitos visuais. Em Gavião Arqueiro, eu tive clientes me pedindo grandes mudanças de animação em uma cena e a produção não me agendou mais tempo para terminar. Eu tive que trabalhar no final de semana para entregar no prazo acordado. O maior problema dessas mudanças é que elas ocasionam em uma bola de neve e acabam puxando muitos recursos para várias direções. Quando a Marvel gasta parte de seu orçamento em uma sequência e ela acaba sendo cortada, isso resulta em tempo e dinheiro completamente perdidos. Eles poderiam ser utilizados em outras sequências que foram para o corte final”.

Eu comecei a trabalhar em Thor: Amor e Trovão em novembro de 2021 e terminei a minha parte em março deste ano. Achei que eles fizeram um bom trabalho em relação ao cronograma, mesmo com o estúdio ainda pedindo muitas versões e mudanças consideravelmente grandes, como a ponte de arco-íris do barco levado pelas cabras. Nesse projeto, não me recordo de ver ninguém fazendo muitas horas extras e a cultura parecia saudável”.

StageCraft: um avanço no mundo dos efeitos visuais ou puro marketing?

A tecnologia StageCraft foi vendida para o mercado e para o público como um avanço significativo no processo de filmagem de uma produção. A StageCraft é uma tecnologia de efeitos visuais composta por uma parede enorme de LEDs, simulando o ambiente que a produção deseja filmar em tempo real. É uma maneira de inserir a pós-produção durante a fase de produção. Os artistas, usando a Unreal Engine 5, podem alterar o cenário de acordo com a vontade do diretor e toda iluminação da cena se torna mais real, especialmente quando o protagonista usa uma armadura metálica, como o caso do Mandaloriano.

StageCraft foi usada para as produções de Star WarsThe Batman e Thor: Amor e Trovão. Os relatos de quem trabalhou com essa tecnologia, no entanto, não são dos mais animadores. Aparentemente, os diretores de fotografia não sabem como lidar com os LEDs, ocasionando em problemas na exposição do objeto em foco no primeiro plano. Alguns contam que a StageCraft deve ser utilizada como uma ferramenta, não como algo que salvará toda produção. Greig Fraser (diretor de fotografia de The BatmanRogue One: Uma História Star Wars e Duna) parece ser o único profissional que consegue tirar proveito dessa tecnologia. Leia:

“Eu trabalhei em muitas séries que usam paredes de LED e outras coisas horrorosas para simular ambientes. Nós sempre precisamos fazer toda rotoscopia e substituir todo background. Basicamente, 80% de todas essas tecnologias com paredes de LED que usam a Unreal Engine 5 são impossíveis de se usar. Os Diretores de Fotografia não sabem como filmar e como trabalhar a exposição de forma correta. Mesmo se soubessem, os clientes adoram ter a capacidade de mudar tudo na pós-produção de qualquer maneira”.

“Quando trabalhamos em Boba Fett, a maioria – se não todas – as coisas em cena foram substituídas por CG. Então, os compositores tinham que realizar toda rotoscopia. A iluminação do ambiente nos personagens, no entanto, ajudou”.

“Eu fiz a iluminação de LED no set de Rogue One (usamos TouchDesigner, não a Unreal Engine). Greig Fraser era o Diretor de Fotografia e ele soube utilizar a tecnologia como uma ferramenta. Ele é a exceção”.

Relatos, condições de trabalho e pandemia

“A área de VFX sempre foi assim [abusiva]. Não há nada de novo. Quem diz o contrário não têm experiência suficiente no ramo. Antes da pandemia, eu trabalhava entre 10 a 14 horas por dia. Hoje, eu trabalho as mesmas horas, mas de casa. A pandemia não fez as coisas piorarem, ela só realçou os problemas existentes. As pessoas acham que temos mais trabalho… é a mesma quantidade de antes, mas com menos pessoas trabalhando. A Crafty Apes (estúdio responsável por parte dos efeitos visuais de Homem-Aranha: Sem Volta para CasaPeacemaker e Licorice Pizza) estava roubando todos profissionais do mercado. Eles abriram dois estúdios durante a pandemia e contrataram 300 funcionários para abastecê-los. Eu, pessoalmente, vejo a Crafty Apes como parte do problema de escassez de mão de obra no mercado.”

“Eu tive um colega de trabalho que sentava próximo à mim. Ele tinha seus 40 anos de idade e sempre teve uma boa saúde. Por conta do stress no trabalho, ele teve um ataque cardíaco e faleceu. Isso foi em 2018. Muitas pessoas estão enfrentando mudanças de humor e depressão pela forma que a indústria é.”

“Tivemos um escândalo em um lugar onde o compositor (artista de efeitos visuais que trabalha com composição) mantinha um caso com o Chefe do Departamento de VFX. Ele se divorciou e foi promovido à Chefe do Departamento de Composição. Esse estúdio também se recusou a dar aumento aos artistas, mas deu aumentos anuais para toda equipe de gerenciamento. Trabalhei lá por 3 anos sem qualquer tipo de aumento ou promoção”.

“No meu primeiro trabalho no Estúdio X para o Blockbuster Y, durante a fase final de pós-produção, eu fui pegar comida e encontrei o produtor comemorando a finalização da sequência final. Uma funcionária estava dançando de topless, em cima da mesa de café no saguão, com uma garrafa de Jack Daniel’s e o produtor-chefe cheirava cocaína em seus peitos. Não é uma indústria para quem não tem coração forte. Cada estúdio é diferente e um pouco dessa cultura mudou depois do que aconteceu na WETA”, neste caso, o entrevistado se refere às acusações de sexismo, bullying e assédio feitas em 2020 sobre a WETA, conhecida por seus trabalhos em AvatarVingadores: Ultimato e, mais recentemente, em Thor: Amor e Trovão.

“A pandemia fez a contratação de artistas de países como a China ser mais difícil. Então eu me vi tendo que fazer mais horas aqui e ali porque tenho mais trabalho do que o ideal. Eu trabalhei em estúdios grandes durante a maior parte do ano passado [2021] e conheço estúdios menores que passam por mais dificuldades”.

“À medida que avançamos para o digital nos anos 90, houve uma pressão para remover trabalhadores sindicais dos estúdios para que não houvesse mais disputas trabalhistas. Uma vez que o VFX foi dividido entre efeitos práticos e digitais, os sindicatos desapareceram do nosso lado e tem sido difícil organizar por causa da globalização e inúmeros desacordos entre os trabalhadores sobre como funcionaria. Os problemas dessa indústria se resumem à incapacidade de criar sindicatos.”

Será que a culpa é única e exclusiva da Marvel Studios?

Imagens: Marve

Se você chegou até aqui com essa dúvida, provavelmente não deve ter lido com atenção a todos os relatos. A indústria cinematográfica não alivia para os artistas, independentemente da produção e do estúdio que trabalham. A Marvel Studios é só mais um nesse enorme conglomerado, mas definitivamente, é o que mais chama atenção do público por consequência da monocultura que instaurou no cinema. Ao questionar um dos entrevistados o que o motiva a continuar nessa indústria, ele responde:

O trabalho é desafiador e paga bem. É só um trabalho, no fim das contas. Eu tenho ciência que o que eu faço não é meu, e isso é onde algumas pessoas se perdem. As que não conseguem se desconectar do aspecto criativo são as que mais tem problemas com o modo de funcionamento da indústria. (…) As pessoas são livres pra fazerem o próprio conteúdo, mas muito provavelmente não conseguirão atingir a escala de qualidade de uma grande equipe em um grande projeto. A indústria come as pessoas vivas, mas se alguém consegue sobreviver nos seus primeiros cinco anos, esse alguém ficará bem.”

Um outro profissional comenta sobre o cenário atual e quais medidas melhorariam o trabalho dos artistas envolvidos em efeitos visuais:

“Acho que ter diretrizes éticas claras sobre o que as empresas podem pedir aos artistas. No momento, as regras não são tão claras para que os estúdios possam ser antiéticos sem qualquer tipo de consequência. Eu adoraria ver um sindicato atuando no meio, mas é difícil imaginar isso realmente acontecendo.”

Essa matéria foi extremamente trabalhosa e difícil de ser realizada. Uma boa parte da sua dificuldade não tem relação com a realização das entrevistas, mas com as histórias chocantes e da incapacidade de fazer algo à respeito que não seja só reportar. Eu acredito que muitas pessoas fazem as perguntas erradas. “Por que os efeitos da Marvel caíram de qualidade?”, por exemplo. Na verdade, os questionamentos deveriam ser mais direcionados para os profissionais da área. “O que os artistas estão passando nesse momento? Qual a visão deles sobre o que está acontecendo?” A verborragia na internet sobre efeitos visuais se tornou comum; “especialistas” que nunca conversaram com um profissional do ramo publicam opiniões vazias e influenciam centenas de pessoas a fazerem o mesmo. Ninguém quer encontrar o motivo dessas feridas, só gostam de usá-las para autopromoção. Mesmo com tantas vozes poderosas na internet, parece que elas mais atrapalham do que ajudam. O problema dessa indústria não nasceu ontem e, infelizmente, não se resolverá amanhã. Após relatar a prática de topless e cocaína no escritório do estúdio e ouvir a minha comparação com O Lobo de Wall Street, o entrevistado disse:

“Essa é a indústria cinematográfica”.


Essa matéria e todo seu conteúdo foi produzido por Luan Damascena. Siga ele em suas redes!

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O grande problema da Marvel Studios na Saga do Multiverso. Concorda comigo? #marvelbrasil #seriesbrasil #vingadores #homemaranha

♬ Paris – 斌杨Remix

Nintendo, Playstation e Xbox, as gigantes dos consoles na BGS 2019

A Brasil Game Show é o maior evento de games da América Latina, que já alcança a façanha de ter se tornado o terceiro maior evento exclusivo de games do mundo.

O crescimento do mercado de games no Brasil ao longo dos últimos anos, foi algo estrondoso, mas isso não se deve ao acaso e sim, à participação de pessoas apaixonadas por games que lutaram para tornar isso uma realidade.

Não estou me referindo aqui, apenas às pessoas como o Marcelo Tavares, o criador da Brasil Game Show, que conseguiu com esse evento incrível, colocar o Brasil no mapa das grandes empresas de jogos do mundo, mas sim, de cada fã, de cada visitante da BGS, de cada pessoa apaixonada com games e que tenha compartilhado sua paixão aos seus amigos, irmãos, filhos ou qualquer pessoa do seu ciclo social.

Cada um de nós, fãs de games, por menor que tenha sido o nosso papel nessa história, juntos colaboramos para que todo preconceito e desinformação que havia (e ainda há) com relação aos jogos, fosse diminuindo e juntos, formamos uma comunidade de jogadores que uniu forças e fez com que o Brasil se tornasse um dos maiores mercados do mundo dos games.

A BGS muda todo ano, novas empresas estreiam no evento enquanto outras deixam saudade. Mas nada é definitivo nessa vida e neste ano de 2019, pela primeira vez desde 2012, vimos juntas as 3 principais fabricantes de console do mundo, Nintendo, Playstation e Xbox One compareceram em peso ao evento, todas elas trazendo jogos inéditos que os visitantes puderam testar em primeira mão.

Eu estive presente na Brasil Game Show 2012, na última vez em que a Nintendo esteve no Brasil. Embora sua ausência por si só, não tenha tirado o brilho das edições da BGS até aqui, ver de volta a mais antiga empresa atuante no mercado de consoles, ainda em atividade e a mais importante delas no que diz respeito ao inicio dessa era do entretenimento eletrônico no mundo, foi algo emocionante! Isso fez com que o visitante da BGS 2019 se sentisse em um evento completo, que trouxe ao público tudo que um grande evento de games pode oferecer.

Em 2018 a Nintendo já havia sinalizado que estava de olho no evento, participando do concurso de cosplays daquele ano e trazendo Charles Martinet, o dublador oficial do Mario.

Mas nesse ano ela veio com um estande incrível e enorme, trazendo vários jogos para o público testar e se divertir, com destaque para Luigis Mansion 3, um jogo incrível que ainda nem foi lançado e o remake do clássico The Legend of Zelda: Link’s Awakening.

Além destes jogos, o estande da Nintendo trouxe à BGS:

Além disso tudo, a Nintendo dedicou uma área do estande a Pokémon Sword e Pokémon Shield, onde era possível tirar uma foto em realidade aumentada com um dos Pokemon em destaque do game.

E a Nintendo não foi a única grande surpresa na BGS 2019, a participação da Playstation também foi um grande diferencial, já que neste ano ela não participou da E3 2019, o maior evento de games do mundo que acontece nos Estados Unidos.

Para quem não acompanha o mundo dos games ativamente, pode ter parecido algo normal a Playstation ter participado da Brasil Game Show este ano, porém, a ausência desta que é uma das 3 principais empresas do mundo dos games da maior feira de games do mundo e de vários outros eventos que aconteceram ao longo do ano, foi algo de cair o queixo.

Alguns portais de notícias de games sensacionalistas, chegaram a postar que dificilmente a Playstation estaria na BGS 2019, mas para a alegria de todos que estiveram no evento, ela marcou presença e foi um dos estandes mais interessantes e grandiosos de toda feira.

Foram vários jogos inéditos no estande da Playstation. Posso dizer que foi neste estande onde vimos as maiores filas para jogar jogos de peso que ainda não foram lançados, como o novo Call of Duty: Modern Warfare, Marvel’s Avengers, Final Fantasy VII, Medi Evil, Remake, Nioh 2

No meio de tantas atrações incríveis na Brasil Game Show 2019, a Xbox trouxe um estande gigantesco com muitas atrações, que incluíam um palco enorme onde sempre estava rolando algum desafio ou campeonato de games onde foram distribuídos vários prêmios.

Teve também uma área com uma batalha de cotonetes gigantes, onde quem perdia, caia numa piscina de bolinhas pretas e uma área de divulgação do Xbox Game Pass com um jogo de arremesso de bolas, valendo passes da até um ano de assinatura do serviço.

Acho que posso dizer que atualmente, o jogo mais relevante e exclusivo da Microsoft no cenário competitivo é Gears 5. Neste ano os principais eAtletas do game na América Latina, estiveram presentes e participaram de um campeonato na BGS.

Dentre os jogos disponíveis no estande, Dragon Ball Kakarot, o próximo game desta que é uma das franquias de anime mais amada de todos os tempos, era onde vimos mais filas com pessoas querendo testar pela primeira vez este jogo da Bandai Namco que será lançado em janeiro de 2020.

Outro jogo inédito no estande da Xbox e dessa vez um exclusivo, foi Bleeding Edge, um team brawler 4v4 da Ninja Teory de Hellblade: Senua’s Sacrifice

Foram estes os jogos disponíveis no estande da Microsoft para jogar durante a BGS:

Resumão:

A Nintendo veio com tudo, trazendo seus jogos exclusivos e o ainda não lançado Luigi’s Mansion 3. Por ter ficado distante dos eventos no Brasil por muito tempo, essa foi a primeira oportunidade para muitas pessoas, de ver pela primeira de perto estes jogos incríveis.

A Playstation meteu o pé na porta e entrou com tudo de uma vez na BGS 2019. Foi uma quantidade enorme de jogos inéditos que serão lançados anida este ano ou no ano que vem. Foram muitas estações de jogos e a empresa se concentrou em trazer coisas novas para a galera jogar.

A Xbos também trouxe alguns jogos inéditos, mas ao todo, foram poucas opções. Por outro lado, a empresa focou em criar um estande bonito e com várias atrações que vão além dos games, oferecendo uma grande quantidade de campeonatos, desafios e dando muitos prêmios.

Ver as três fabricantes de consoles reunidas novamente em um evento como a BGS 2019 foi uma sensação incrível! Quem visitou a maior feira de games da América Latina e a terceira maior do mundo neste ano, sentiu que o evento estava completo, trazendo tudo que do merece ver em um grande evento.

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Estação Nerd na BGS 2019

Veja como foi o Concurso de Cosplay da Virada Cultural BH 2019

Hoje, dia 21/07/2019 é uma data histórica para os cosplayers de Belo Horizonte! Pela primeira vez a Virada Cultural, evento da Prefeitura de Belo Horizonte, com a colaboração do Estação Nerd e Cosplay Art, realizou o maior Concurso de Cosplay aberto ao público que a cidade já viu.

A Virada Tecnológica é o espaço nerd dentro da Virada Cultural, na qual trabalhei como consultor do evento pelo Estação Nerd, indicando atividades que estiveram presentes no evento, voltadas à quem é nerd como a gente.

Quando a direção do evento entrou em contato comigo, a primeira coisa que eu fiz foi chamar minhas amigas Rachel e Rayara da Cosplay Art para organizarem o primeiro e histórico Concurso de Cosplay da Virada Cultural. O sucesso deste evento foi graças ao trabalho delas que deram duro para produzir este espetáculo, que foi um sucesso!

O evento terminou agora a pouco e todos os 30 participantes (infelizmente o tempo disponibilizado no palco só permitiu essa quantidade) mostraram um trabalho excepcional! Após uma triagem inicial, foram selecionados os melhores para participarem e dentre eles. estavam cosplayers experientes, mas também iniciantes, que nos surpreenderam com uma qualidade impressionante, especialmente levando em conta aqueles que estiveram hoje participando de um concurso pela primeira vez.

Os juízes Paula Kamei, Júlio Shirou e Nando Gray (veja neste outro post quem são eles) formaram um juri extremamente técnico e capacitado, tendo sido cada um deles, escolhidos especificamente por possuírem experiência e especialidade nos principais pontos da avaliação dos cosplayers.

Os 3 vencedores receberam um troféu em formato de pistola de cola quente (nada mais cosplayer do que isso né?) em tamanhos diferentes, de acordo com a classificação e um certificado de vencedor da competição. O primeiro lugar ganhou também a participação nos 4 dias da CCXP, o maior evento nerd do Brasil e tempo de uso no laboratório da FIEMG, que tem todas as ferramentas top de linha para a confecção de um cosplay profissional.

Os outros participantes receberam também um certificado de participação, mostrando que estiveram presentes neste concurso de cosplay histórico da Virada Cultural em Belo Horizonte, que será o primeiro de muitos, com certeza!

A Virada Cultural encerra hoje às 19:00 hs, o evento conseguiu atingir seu objetivo de reunir todas as tribos e neste ano, com a nossa ajuda, a participação dos nerds foi em peso nesta quinta edição, chamando a atenção dos visitantes e dos organizadores. Da próxima vez, a área nerd do evento vai estar melhor ainda! Podem esperar!

Crítica | Homem-Aranha: Longe de Casa

A Marvel definitivamente mudou o modo como vemos os filmes de heróis, cada novo lançamento é um evento. Agora, Homem-Aranha: Longe de Casa sela definitivamente essa tendência. A nova adaptação do super-herói aracnídeo é rica em humor, romance, aventura e drama o que transforma este novo filme em um dos melhores filmes do personagem mais querido de Stan Lee. 

Homem Aranha: Longe de Casa começa logo após os eventos de Vingadores: Ultimato. Após o blip (termo usado para explicar a situação criada pelo estalar de dedos do Thanos) Peter Paler convive com o luto e o peso de ser o substituto do Homem de Ferro e decide viajar por duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, para espairecer. Quando é surpreendido pela visita de Nick Fury. Convocado para uma missão heroica, ele precisa enfrentar vários vilões com a ajuda de um novo herói: Mystério. O primeiro ato do filme é divertido e bastante explicativo. A abertura presta homenagem aos personagens que morreram e ainda explica como o mundo está após a volta de quem foi apagado por cinco anos. O uso da trilha sonora nesse primeiro ato deixa tudo mais divertido e leve, um dos vários acertos da direção de Jon Watts que dirigiu De Volta ao Lar.

O roteiro consegue desenvolver o arco dramático do herói sem soar piegas, temos diversas homenagens a persona de Tony Stark (Robert Downey Jr.) que irão arrancar lágrimas dos fãs. O filme basicamente mostra essa evolução Paker no seu papel como herói e como pessoa. O segundo ato do longa é mais voltado para o drama e aborda de forma inteligente, o psicológico do herói que foi ao espaço, perdeu amigos e voltou à vida. Aqui Peter Parker amadurece como pessoa e herói, algo necessário em sua trajetória e que não ocorreu em sua primeiras aventuras. Além disso o filme consegue mesclar bem o humor e o drama, sem quebrar o ritmo da projeção.

O terceiro ato pode ser resumido como “tiro, porrada, mais porrada e bomba”. Com toda certeza as cenas de ação deste longa são muito superiores ao do longa anterior e são uma das cinco melhores de todo os filmes da marvel. As cenas que envolvem Mystério são originais e estupendas. Cuidado para não ficar de boca aberta durante a projeção ao vê-las. O ritmo dessas cenas é frenético e a batalha final em Londres é ÉPICA! Porém em algumas cenas o CGI soam bem artificial, mas não é nada que prejudique a experiência. O filme é recheado de easter eggs e citações que deixaram os fãs pirados.

O elenco possui espaço para brilhar, Tom Holland (O Impossível) retorna com tudo e encanta com seu carisma. Jake Gyllenhaal (O Abutre) é um dos melhores personagens do MCU, seu Quentin Beck/Mystério é um… atenção… mistério. Ele possui motivações convincentes para o que pretende fazer. Porém, o modo como ele foi inserido no filme, pra mim, soa um pouco como forçado, mas irá surpreender a todos. A química de Gyllenhaal e Holland é excelente. Samuel L. Jackson (Kong: A Ilha da Caveira) rende momentos hilários que lembram muito a relação de Nick Fury com Peter Parker no desenho Ultimate Spider-Man. O papel dele ainda funciona como conexão com as outras obras da Marvel e reserva uma surpresa que deixarão os fãs chocados (pra não dizer confusos). Por fim, Zendaya encanta com a versão MJ fofa/ácida neste longa.

Homem Aranha: Longe de Casa, fecha com chave de ouro a saga do infinito. Sendo um filme superior a sua primeira aventura solo e nos entregando uma trama inteligente, divertida, emocionante e acima de tudo madura. Afinal de contas “com grande poder vem grande responsabilidade”.

Obs: O filme possui duas cenas pós créditos e elas são arrebatadoras.

Avatar 4 | James Cameron fala sobre desenvolvimento de uma sequência; Confira!

Em entrevista ao Movie Zine, o diretor James Cameron falou sobre a possibilidade de dirigir Avatar 4. Confira:

“Vou usar uma metáfora: quando uma mulher está em trabalho de parto e o bebê está coroando, você perguntaria a ela sobre o próximo filho? Bem, eu acabei de dar à luz este.”

Diversas cenas da sequência já foram gravadas para preservar a idade dos atores e diminuir os custos, de uma possível sequência. Além disso, o diretor já afirmou publicamente que uma possível sequência só ocorrerá caso o filme seja um sucesso de bilheteria.

Avatar: Fogo e Cinzas segue em cartaz nos cinemas.

Crítica | A Grande Inundação

A Grande Inundação conta com a seguinte sinopse:
An Na (Kim Da-mi) e Hee Jo (Park Hae-soo), são dois vizinhos que estão tentando sobreviver a uma das maiores tragédias do mundo. Quando uma catastrófica inundação atinge o planeta Terra, eles precisam lutar para tentarem se salvar. Enquanto Ah Na é uma pesquisadora de desenvolvimento de IA, Hee Jo faz parte de uma equipe de segurança de recursos humanos, e de uma forma inexplicável, ele passa a fazer de tudo para salvar a garota. Correndo contra o tempo, eles terão que entender quem está por trás de tudo isso.

Achou a sinopse confusa? O filme também é. Dirigido por Byung-woo Kim, A Grande Inundação começa como um filme-catástrofe objetivo e funciona bem na sua primeira metade. Nessa parte a narrativa aposta em explorar o medo primordial do fim do mundo, usando a água como uma força absoluta da natureza. Nessa parte, a trama se destaca pela tensão quase claustrofóbica que cria sob a situação que vemos. Os efeitos especiais são ótimos e transformam o prédio em uma ilha, onde não existe escapatória da água. O filme usa o espetáculo da destruição para contar uma história sobre uma mãe que deseja salvar seu filho do iminente fim e agrada.

Porém, a segunda parte surge e com ela vem uma grande reviravolta: nada é o que parece ser. O filme, se torna uma ficção científica que abandona o realismo angustiante para mergulhar em uma proposta repleta de loops temporais e variações do mesmo evento, numa proposta que lembra o filme No Limite do Amanhã, só que com menos propensão a ser épico. O apocalipse deixa de ser o problema e passa a ser apenas um acontecimento em meio a um problema maior. A narrativa acelera o passo e se torna uma trama ambiciosa que tem como foco a relação humana e o futuro da humanidade. Com isso, o impacto emocional da narrativa é diluído e o filme fica confuso.

Ao recontar a catástrofe sob uma nova perspectiva, o filme se perde, pois a trama não se aprofunda em explicar algumas questões como o significado dos números que vemos ao decorrer da história, o que pode atrapalhar a diversão de quem está assistindo sem prestar muita atenção.

O que impede a produção de afundar é o elenco principal que está ótimo e tem muita química. A relação entre mãe e filho, acaba se tornando o coração do filme e eles impressionam, em especial a criança.

A Grande Inundação mistura gêneros, tendo mais sucesso quando aposta em elementos relacionados a sobrevivência. O filme é irregular e pode morrer no mar de boas intenções para aqueles que preferem uma narrativa mais pé no chão.

Crítica | Emily em Paris (5ª temporada)

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Há um paradoxo curioso em Emily em Paris: depois de cinco temporadas no ar, a série ainda funciona como se estivesse em seu eterno primeiro mês. Emily muda de cidade, de namorado, de cliente e de figurino, mas o tempo quase não deixa marcas. Dentro da lógica interna da narrativa, ela está em Paris há algo entre um ano e meio e, no máximo, dois anos. Ainda assim, tudo o que ficou para trás simplesmente evapora.

O noivo da primeira temporada, a chefe americana grávida que motivou a mudança, o casamento que ela veio “organizar à distância”, qualquer vestígio de família ou saudade dos EUA desaparece sem cerimônia. Não é descuido. É regra.

Em Emily em Paris, pessoas entram e saem como campanhas. Cidades funcionam como cenários intercambiáveis. O passado não pesa porque peso exige consequência, e a série sempre foi uma fantasia sem lastro, mais interessada em movimento do que em memória.

Talvez por isso seja tão difícil odiá-la de verdade. Há quem nunca tenha comprado a proposta de Darren Star, quem tenha amado e cansado, quem tenha detestado a temporada com cara de despedida e, claro, quem siga amando tudo sem ressalvas. A quinta temporada ocupa um lugar curioso nesse espectro. Ela não converte detratores nem resgata antigos fãs com promessas vazias, mas parece, pela primeira vez, consciente de suas próprias limitações.

E isso faz diferença. A nova leva de episódios funciona melhor justamente porque a série parece cansada de si mesma. Pela primeira vez, os conflitos não se resolvem apenas com charme, looks improváveis ou pitches milagrosos. Muita coisa dá errado. E, em um universo que sempre viveu de correção imediata, permitir que algo fracasse sem conserto automático soa quase radical.

Deixamos Emily em Roma e é lá que a reencontramos. A cidade surge cheia de promessas e cenários estupendos, mas rapidamente se revela excesso. Emily tenta ser tudo ao mesmo tempo: chefe de escritório, gestora de uma marca familiar, namorada dedicada, profissional incansável. Pela primeira vez, isso não funciona. O colapso do projeto italiano não acontece por incompetência, mas por saturação. O escritório fecha, os clientes vão embora e a série não corre para apagar o incêndio no episódio seguinte. Apenas deixa o fracasso existir. Dentro da lógica de Emily em Paris, é um gesto grande.

Quando a narrativa retorna a Paris, o tom muda sutilmente. A série entra em um modo quase melancólico de acerto de contas. Emily e Mindy (Ashley Park) encaram fraturas reais em uma amizade que sempre pareceu indestrutível por conveniência. Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu), sempre soberana, enfrenta algo que nunca soube administrar: vulnerabilidade sem controle. O sucesso profissional passa a coexistir com colapso pessoal, sem que um anule o outro.

Gabriel (Lucas Bravo), curiosamente ausente, deixa de ser obstáculo narrativo e passa a existir como silêncio. Sua ausência pesa mais do que sua presença constante das temporadas anteriores. Pela primeira vez, ele não organiza a vida emocional de Emily apenas por estar ali.

É nesse ponto que surge a contribuição mais espirituosa — e talvez mais honesta — da temporada: a participação de Minnie Driver. Sua princesa-influencer, herdeira por título e endividada por realidade, entende perfeitamente o jogo em que todos fingem não estar jogando. Ela sabe que status é performance, que dinheiro é narrativa e que tudo, no fundo, precisa render conteúdo. Minnie exagera o tom, saboreia o absurdo e transforma o vazio em algo deliciosamente cafona. Por alguns momentos, parece que Emily em Paris vai rir de si mesma de verdade. Não vai longe demais. O produto ainda precisa funcionar. Mas a consciência está ali, piscando.

O ponto de virada emocional chega com a possibilidade de um novo noivado. O pânico de Emily não é medo de amar, é medo de desaparecer dentro de uma vida que não escolheu. O rompimento não é fracasso afetivo, é limite. Pela primeira vez, ela não se dobra para sustentar um relacionamento que exige abdicação constante.

Nada disso transforma Emily em Paris em uma série profunda. O capitalismo segue sendo seu idioma nativo. O product placement continua orgânico demais para virar crítica. Pessoas ainda aparecem como oportunidades antes de serem pessoas. Mas a quinta temporada entende algo essencial: não há mais novidade possível sem reconhecimento.

Emily sabe quem é, onde pertence e o que não está disposta a sacrificar, nem por amor, nem por carreira, nem por narrativa. Isso dá à temporada um ar de encerramento antecipado. Se a série terminar na sexta, não soará abrupto. O que vem agora não é mais crescimento. É escolha.

Emily em Paris finalmente aceita que não pode mais ser apenas fantasia. E, curiosamente, ao fazer isso, nunca perdeu o charme.

A quinta temporada está completa e disponível no catálogo da Netflix.

Jujutsu Kaisen | 3ª temporada do anime ganha novo trailer oficial repleto de cenas inéditas; Assista!

A 3ª temporada de Jujutsu Kaisen ganhou um novo trailer oficial. Assista:

Jujutsu Kaisen é um anime que conta a história de Yuji Itadori, que engole o dedo do demônio Sukuna e passa a dividir seu corpo com a entidade, ganhando diversos poderes. Com o tempo ele integra um grupo de Feiticeiros Jujutsu e começa a realizar missões pelo Japão, para proteger a humanidade.

A nova temporada estreia em janeiro de 2026.

Crítica | Valor Sentimental

As irmãs Nora e Agnes se reúnem com seu excêntrico pai, Gustav, um famoso diretor que desapareceu há muito tempo. Ele oferece a Nora o papel principal em seu novo filme.

Valor Sentimental funciona não só como um drama familiar com toda a questão de traumas e a busca por uma solução, mas também um ótimo comentário sobre a atual indústria do cinema. É um filme que traz uma questão interessante de um relacionamento complicado entre pai e filhas, com a ausência de quase toda uma vida presente. O interessante no filme é conseguir não cair em uma zona perigosa de passar pano para a situação do pai, mas sim mostrar como o personagem tenta encaixar o cinema, seu trabalho, para se reaproximar de suas filhas.

É um detalhe que funciona tanto de maneira na escrita quanto corporal ao longo do filme, conforme os personagens ficam afastados, situações de doenças ou ataques de ansiedade os provocam devido justamente essa distância e não resolução de conflitos. Tanto que na parte final, com a aproximação dos mesmos, eles encontram uma forma de diálogo entre duas pessoas extremamente difíceis de lidar e completamente parecidas.

E além disso, todo a narrativa que vai e volta no filme envolvendo a história tanto da casa quanto da família e suas gerações é riquíssimo . Trabalha de forma interessante nos traumas, tanto familiares quanto fatores externos como guerra e seus impactos. O contexto do suicídio da mãe do personagem do Skarsgard é excelente para pavimentar toda essa ideia de traumas e o cinema como um recurso para exorcizar, mesmo que involuntariamente, um acontecimento pessoal e eternizar isso em imagem e som. É a ideia da arte quando mais pessoal melhor o resultado.

A parte mais cômica do filme é precisamente utilizada tanto nos comentários que faz da atual indústria quanto nas mudanças e o personagem do diretor lidando com as novas exigências do cinema. O longa faz questão de mostrar a Netflix aparecendo para comentários sobre lançamentos no streaming/cinema, exigências e mudanças com o filme, diferentes abordagens que hoje não seriam tão convidativas dos produtores. Fora toda a brincadeira crível desses bastidores de cinema e festivais, é detalhadamente divertido.

E quanto às atuações, tudo muito escolhido a dedo aqui. De fato existe uma ciranda de protagonistas durante o filme, existem momentos da filha, Nora, e seu ponto de vista quanto ao pai e sua carreira de atriz. Existem também momentos muito interessantes quanto a irmã, Agnes, não só pelo núcleo familiar, mas sua profissão sendo usada para revelar mais detalhes do passado da família. Mas claro, todo o peso fica mesmo por conta da atuação monstruosa do pai, Gustav, interpretado por Bill Skarsgard, não só todo o peso por conta de uma vida repleta de traumas, ressentimentos, alegrias e principalmente o cinema como base de tudo isso.

E por meio de emoções conflitantes e com aspectos bem frios, o que pode acabar causando distanciamento em alguns momentos, Valor Sentimental é uma síntese de um pai procurando o único jeito de se relacionar com suas filhas; e o final encarna de maneira grandiosa esse peso de uma família com marcas, sejam elas na própria casa em si ou entre seus sentimentos.

A Voz de Hind Rajab | Filme indicado ao Globo de Ouro ganha data de estreia no Brasil

O filme “A Voz de Hind Rajab”, que concorre ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro – e também escolhido para representar a Tunísia na disputa por uma indicação ao Oscar de 2026 – já tem estreia confirmada nos cinemas do Brasil: 29 de janeiro.  A data marca os dois anos da tragédia contada no filme, que vitimou a menina Hind Rajab e sua família, além de dois paramédicos que tentaram socorrê-los quando o carro em que fugiam de um conflito foi alvejado por tiros das forças israelenses na Cidade de Gaza. A distribuição no Brasil será da Synapse Distribution, e o trailer nacional pode ser visto aqui:

“A Voz de Hind Rajab”, escrito e dirigido pela cineasta tunisiana Kaouther Ben Hania (diretora do indicado ao Oscar 2023 “As Quatro Filhas de Olfa”), retrata a dramática tentativa de voluntários do Crescente Vermelho — organização humanitária ligada à Cruz Vermelha na Palestina — de resgatar Hind Rajab, uma menina de seis anos que se encontra sozinha após seus familiares morrerem dentro do carro. O longa utiliza a gravação real do pedido de resgate feito pela menina, que acabou vitimada antes da chegada do socorro.

Com Saja Kilani, Motaz Malhees e Clara Khoury no elenco principal, o filme já acumula 14 vitórias em festivais internacionais, entre elas a do Grande Prêmio do Júri no Festival de Veneza – onde o filme foi aplaudido por 23 minutos. “A Voz de Hind Rajab” também venceu 0 Prêmio do Júri no Festival Internacional de Chicago e foi eleito pelo público como melhor filme no Festival de San Sebastian. O longa também abriu a primeira edição do Gaza International Festival for Women’s Cinema, na cidade palestina de Deir El-Balah – que fica na Faixa de Gaza.

Prêmio eSports Brasil consagra MT7 com três troféus e celebra destaques do ano em noite de gala para os esportes eletrônicos 

A nona edição do Prêmio eSports Brasil, (PeB), maior e mais aguardada premiação dos games e esportes eletrônicos da América Latina, consagrou, na noite desta quinta-feira (18/12), os principais destaques do cenário competitivo de 2025. Entre os grandes nomes da noite estiveram MT7, que ganhou como Melhor Atleta de Free Fire, Craque BETANO da Galera e Atleta de eSports do ano; Angeliss, que venceu como Melhor Atleta do Cenário Inclusivo e Melhor Atleta de Outras Modalidades do Cenário Inclusivo, e Paulinho o Loko, que, pelo segundo ano consecutivo, foi premiado como melhor streamer – além de ter vencido também como Melhor Creator Long Form. 

Ao longo da noite de gala no Memorial da América Latina, em São Paulo, o PeB 2025 entregou 29 troféus distribuídos entre categorias populares (definidas pelo público), semipopulares (escolhidas em conjunto pela comunidade e pelo Superjúri) e técnicas (votadas apenas por especialistas do segmento), reconhecendo tanto o alto desempenho competitivo quanto a relevância cultural de atletas, criadores e personalidades da comunidade. 

Com uma narrativa visual inspirada no universo cyberpunk, a edição 2025 contou com cenografia futurista, muita tecnologia, jogos de luz e elementos digitais – tudo para reforçar a conexão entre competição, inovação e entretenimento.

A cerimônia repleta de surpresas foi apresentada por Nyvi Estephan, uma das principais referências do universo gamer no país e presente desde a primeira edição do Prêmio, e por Eduardo Sterblitch, que estreou no palco do PeB levando humor, improviso e dinamismo à condução do evento. Já a transmissão ao vivo foi feita pelo SporTV, canais oficiais do PeB no YouTubeTwitchInstagram, e YouTube da Player1. Além disso, o público pôde acompanhar uma cobertura especial de segunda tela, com entrevistas, bastidores, interações no tapete vermelho e premiações exclusivas. 

Para embalar a noite, atrações musicais e performances especiais deram ritmo à cerimônia. As apresentações ficaram por conta de MC Hariel, Marvvila e MC Marks, além de performances da Cia Sacro, que levou uma coreografia inédita criada especialmente para a celebração, e da Batalha da Aldeia (BDA), com um duelo de MCs marcado por muito improviso e identidade urbana.

 Outra grande atração foi a presença de convidados especiais, que representaram diferentes nichos do entretenimento e da cultura digital. Nomes muito conhecidos pelo público, como Supla, Leo Stronda, Murilo Couto, Nobru, Luqueta, Baiano, Samuel Lima (Levelup 007), TET Matheus Machado e o trio Balela — formado por Calango, Zero e Caio Romano — ficaram responsáveis por subir ao palco para entregar os troféus.

Os grandes vencedores da noite

A lista completa dos vencedores do Prêmio eSports Brasil 2025 é formada por: 

Categorias e vencedores do Prêmio eSports Brasil 2025

Atleta de eSports do ano (técnica)
MT7

Atleta do ano – cenario inclusivo (técnica)
Angeliss

Personalidade do Ano (semipopular)
amd22k

Craque BETANO da Galera (popular)
MT7

Melhor Streamer (popular)
Paulinho o Loko

Melhor Atleta de Counter-Strike (semipopular)
KSCERATO

Melhor Atleta de Fortnite (semipopular)
Stryker

Melhor Atleta de Free Fire (semipopular)
MT7

Melhor Atleta de Futebol Virtual (semipopular)
Juninho

Melhor Atleta de Mobile Games (semipopular)
Edinho

Melhor Atleta de League of Legends (semipopular)
Tatu

Melhor Atleta de Rainbow Six Siege (semipopular)
Cyber

Melhor Atleta de Valorant (semipopular)
Aspas 

Melhor Atleta de Counter-Strike – Cenário Inclusivo (semipopular)
Bizinha

Melhor Atleta de Valorant – Cenário Inclusivo (semipopular)
Daiki

Melhor Organização de eSports (semipopular)
FURIA

Melhor Jogo de eSports (semipopular)
CS2

Melhor Line-up (semipopular)
FURIA – CS2

Melhor Creator – Short Form (popular)
El Gato

Melhor Creator – Long Form (popular)
Paulinho o Loko

Melhor Atleta de Fighting Games (semipopular)
Yuz

Melhor Atleta de Outras Modalidades (semipopular)
Lostt

Atleta Revelação – Cenário Inclusivo (semipopular)
Dani

Atleta Revelação (semipopular)
Ayu

Melhor Comentarista de eSports (semipopular)
Spacca

Melhor Caster (semipopular)
xrm

Streamer Revelação (semipopular)
Bisteconee

Melhor Atleta de Outras Modalidades – Cenário Inclusivo (semipopular)
Angeliss

Melhor Técnico(a) (técnica)
napz

Recorde de marcas parceiras

A edição 2025 do PeB também contou com um recorde histórico de sete marcas parceiras: BETANO, Petrobras, Sandisk, JBL, Epic Games, KaBuM! e PlayStation, além do apoio institucional inédito do Ministério do Esporte.

Mais do que o apoio ao prêmio, as marcas estiveram presentes em diversas ações, tanto no palco quanto com o público online. A BETANO, por exemplo, abrilhantou a categoria de votação popular ‘Craque BETANO da Galera’ com a presença de Negrete para entregar o troféu. Já a Petrobras marcou presença no evento ao promover uma ação especial com os vencedores do Reality Energia do Game, destacando talentos da cena nacional e aproximando a marca de um público ainda mais amplo.

A Epic Games, por sua vez, protagonizou um dos momentos mais divertidos da premiação ao levar um personagem de Fortnite ao palco para entregar o disputado troféu de melhor atleta do game, vencido por Stryker. A celebração foi ampliada com uma ativação especial na segunda tela, que incluiu a icônica Victory Royale.

A JBL empoderou o som do evento com uma ativação no foyer que conectou áudio de qualidade, entretenimento e lifestyle, enquanto o KaBuM! realizou descontos exclusivos e a Sandisk ativou o red carpet do PeB.

Por fim, a PlayStation marcou presença ao assinar um dos looks da apresentadora Nyvi Estephan, além de disponibilizar estações de gameplay para os convidados.

 Realizada no Memorial da América Latina, em São Paulo, o PeB reuniu atletas, criadores de conteúdo, narradores, técnicos, publishers, marcas e demais representantes da indústria em uma cerimônia marcada por emoção, surpresas, performances especiais e uma grande celebração da força e do amadurecimento do ecossistema gamer brasileiro.

Akaza (Castelo Infinito) libera seu poder em Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2!

A versão do Castelo Infinito do Lua Superior TrêsAkaza, já está disponível para compra como um pacote de personagem individual (R$ 25,90) ou como parte Passe de Personagens de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito (R$ 153,90) para Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2.

Confira o trailer:

O pacote adiciona “Akaza (Castelo Infinito)” como personagem jogável no Modo Versus, além de uma nova foto de perfil, citações e decorações. Fique de olho nas novidades sobre as futuras adições ao Passe de Personagens de DLC!

Demon Slayer -Kimetsu no Yaiba- The Hinokami Chronicles 2 está em promoção no Steam, com 35% OFF nas edições padrão e deluxe. Confira a oferta e adquira o jogo neste link.

A Única Saída | Vencedor do Bafta ganha data de estreia no Brasil; Confira!

A MUBI, distribuidora global, serviço de streaming e produtora, em parceria com a distribuidora independente Mares Filmes, tem o prazer de apresentar o novo trailer de A ÚNICA SAÍDA (No Other Choice), o thriller afiado e sombriamente cômico do vencedor do BAFTA Park Chan-wook. O filme chega aos cinemas brasileiros em 22 de janeiro.

A Única Saída” é dirigido por Park Chan-wook (“A Criada” e “Oldboy”) e estrelado por Lee Byung-hun (Eu Vi o Diabo) e Son Ye-jin (A Última Princesa), ao lado de um elenco que inclui Park Hee-soon (My Name), Lee Sung-min (The Spy Gone North), Yeom Hye-ran (The Glory), Cha Seung-won (Believer) e Yoo Yeon-seok (Mr. Sunshine). O roteiro é assinado por Park Chan-wook, Lee Kyoung-mi, Don McKellar e Jahye Lee.

Com estreia mundial no Festival de Veneza deste ano e première no Reino Unido no London Film Festival, “A Única Saída” é baseado no romance O Corte (The Ax) de Donald E. Westlake. A história acompanha Man-su, um homem de meia-idade que inicia uma busca obstinada por emprego, depois de ser demitido inesperadamente da empresa de papel em que trabalhou por 25 anos. “Se não há uma vaga para mim, terei que criá-la. Eu não tenho outra saída”.

EPIC: Elvis Presley in Concert | Documentário de Baz Luhrmann ganha trailer oficial; Assista!

Universal Pictures divulga hoje o trailer e o cartaz de “EPIC: Elvis Presley in Concert”. O longa é uma experiência cinematográfica única dirigida pelo visionário cineasta indicado ao Oscar Baz Luhrmann, também responsável por “Elvis”, que levou mais de 1 milhão de brasileiros aos cinemas em 2022. 

Não apenas um filme musical, a produção mostra Elvis em sua melhor forma e apresenta sua história como nunca se viu antes. Vencedor de cinco Grammy Awards, o artista considerado o “Rei do Rock & Roll” é um ícone cultural, sendo ainda hoje o músico solo mais vendido na história da música, com 1 bilhão de discos comercializados, segundo o Guinness World Records. 

“EPIC: Elvis Presley in Concert” tem distribuição pela Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 19 de fevereiro de 2026.