Resenha | Por que Indiana, João?, de Danilo Leonardi

Engana-se quem pensa que o bullying, aquelas brincadeiras de mau gosto, apelidos e até mesmo agressões, não existem mais. Pelo contrário, ele existe sim, porém muitos não enxergam e outros não querem enxergar. É tratando desse tema, que o autor Danilo Leonardi construiu uma história linda, desafiadora e emocionante, nos mostrando as várias facetas dessas “brincadeiras”.

Preparados para saber mais sobre a trama?

TÍTULO: POR QUE INDIANA, JOÃO?

AUTOR: DANILO LEONARDI

EDITORA: GIZ EDITORIAL

ANO: 2014

PÁGINAS: 206

SINOPSE: João é mais um adolescente vítima de bullying no ensino médio. O garoto de 15 anos é alvo de humilhações e apelidos por ser diferente, deslocado e tímido. Porém, sua vida está prestes a mudar quando ele reage à uma briga com seu arqui-inimigo, o valentão Guilherme, derrubando-o. Com tudo gravado, o vídeo cai na rede e vira uma hit da internet, transformando o garoto tímido em uma celebridade. Confiante e seguro de si, João não percebe que tudo tem seu preço e terá que aprender qual o peso que suas escolhas podem ter não só na sua vida, mas sobre a vida de todos ao seu redor.

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Confesso que não criei expectativas com a leitura de “Por que Indiana, João?”, pois tratava do bullying, e imaginei que seria mais uma história no qual a vítima e o agressor se davam bem, quem batia percebia o erro e tudo terminava ótimo. Mas quebrei a cara! Não de decepção, muito pelo contrário! A trama foi tão bem construída, os personagens conseguiram ser cativantes e as referências que o autor trouxe para o livro completou a receita para uma história brilhante.

“Palavras são erros, mas maior erro seria deixar de expressar o que sinto.”

Típico de filmes da Sessão da Tarde, o início da trama já nos mostra um garoto, o João, sendo vítima de brincadeiras de mau gosto e até tendo a cabeça enfiada na privada. Daí o leitor imagina que o João sofrerá nas mão dos bullys, como são chamados os agressores, e como passe de mágica tudo se resolverá. Mas não! Após o vídeo em que o João derruba o Guilherme, o valentão, o garoto fica famoso e  dá a volta por cima. Porém, a fama tem seu preço e o João irá saber o qual. A partir daí, a história se desenrola tão bem, que a vontade de terminar a leitura do livro é enorme.

“[…] Pelo menos quando estou sozinho não preciso fingir ser alguém que não sou.”

A construção dos personagens é mais um destaque da obra do Danilo Leonardi, pois cada um teve suma importância em relação ao bullying, seja como vítima, agressor ou até mesmo a quem assiste aos atos de “brincadeiras”. Além disso, as referências a casos reais de bullying, como o Massacre de Realengo, em que um rapaz que sofria de bullying quando mais novo, atirou em vários alunos de uma escola do Rio de Janeiro, matando 12, e logo após tirando a própria vida. Esse caso  nos mostra a gravidade do tema e como ele deve ser tratado, e no livro, há possíveis soluções, mostrando como a história foi bem feita.

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Aliás, não posso esquecer de comentar a respeito dos assuntos tratados no livro, além do bullying. O autor mostra como a vida de um garoto, que por sinal é youtuber e adora livros, como muitos jovens no país, pode ter reviravoltas, como é viver com pais separados e encarar as questões de amizade e namoro. Há também na trama a questão do se descobrir gay e como é se aceitar, tudo isso de uma forma leve, direta e bastante envolvente.

“Ser diferente não significa ser especial.”

“Por que Indiana, João” é um livro surpreendente, bem feito e com uma história de encher os olhos, que nos apresenta as várias facetas do bullying e a gravidade que o mesmo pode causar não só com a vítima, mas com todos ao redor. Danilo Leonardi é mais uma revelação da literatura brasileira, mostrando-se capaz em escrever ótimas histórias e motivando os possíveis escritores deste país.

“João, as pessoas que nos fazem bem não vêm para subtrair. Vêm para somar.”

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NOTA: 5\5

Crítica | Deadpool

[s3r star=4.5/5]

Todos estavam ansiosos para estreia de Deadpool. Após o marketing brilhante do filme, seria difícil alguém não estar ao menos curioso para assisti-lo.

O filme já começa com uma cena hilária, mostrando que seu objetivo é divertir. Bom, era de se esperar que Deadpool fosse cheio de piadas: um perfeito mercenário tagarela. O efeito de humor é bem visível com a reação do público na sala de cinema (na sessão que eu fui teve gente se afogando de tanto dar risada).

Chega a dar pena de quem vai ver o filme e não consegue entender o motivo de tantas risadas, o brilhante roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick está cheio de referências ao universo “X-Men”, quadrinhos e filmes, além de diversos comentários sarcásticos que incluem até mesmo o ator Liam Neeson. A quebra de quarta parede é bastante presente, ou seja, o personagem tem a mania de interagir com o público tornando tudo mais divertido.

As cenas de ação se entrelaçam com flashbacks sobre a origem do herói, ou melhor, anti-herói de uma maneira muito bem construída, dando ótimos motivos para tanta violência!  A trama é bem simples: Wade Wilson (Ryan Reynolds) é um mercenário que acaba se apaixonando por Vanessa Carlysle (Morena Baccarin). Quando descobre que está com câncer terminal, Wade aceita fazer parte de um experimento suspeito que o curaria da doença e o daria super poderes. O efeito colateral foi uma transformação nada agradável de sua aparência e, assim, tenta ir atrás da pessoa que fez isso com ele: Ajax (Ed Skrein).

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Ryan Reynolds parece ter nascido para viver Deadpool, após ver o filme é difícil imaginar outro ator que combinaria tão bem com o personagem. O uniforme também ajuda: através da máscara é possível ver muito bem as expressões do ator, não sendo necessário ficar muito tempo sem ela.

Ed Skrein no papel do vilão Ajax está um pouco “apagado” e sem graça, mas isso não acaba interferindo muito quando temos Angel Dust (Gina Carano) para complementar.

Os aliados de Deadpool são dois X-Men: Colossus, com seu sotaque russo e “bom comportamento” tenta de todo modo fazer com que Deadpool se torne um herói mais educado e Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand): personagem que acaba conseguindo roubar a atenção do público e que merecia aparecer um pouco mais no filme.

O par romântico de Deadpool é a prostituta Vanessa Carlysle que é interpretada pela atriz brasileira Morena Baccarin. A importância deste personagem se mostra quando Wade, já com a aparência modificada, tem um conflito consigo mesmo tentando criar coragem para falar com sua amada.

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Deadpool consegue se diferenciar completamente em meio a tantos filmes de heróis: as partes engraçadas são mais esperadas que as cenas de ação! Era exatamente isso que o público queria: algo inovado para um gênero que já está saturado.

Com a simplicidade da trama, é de se perceber que o filme foi feito mais para apresentar o personagem que muita gente não conhecia. Para os fãs o que importou realmente é que a essência de Deadpool foi mantida: o filme está sendo considerado um dos mais fiéis aos quadrinhos.

O filme passa tão rápido que chega a ser estranho quando acaba. No final fiquei me perguntando se realmente já tinham se passado 1h48! Nos créditos o público aplaudia ainda rindo com uma das últimas cenas na qual tenho a certeza que todos gostariam de ver a reação de Hugh Jackman assistindo. O único desânimo que pude sentir em relação à Deadpool é pensar no tempo de espera para o segundo filme!

Não se esqueçam de permanecer na sala quando o filme acabar!

The Walking Dead: Assista aos quatro primeiros minutos do retorno da sexta temporada

Faltando poucos dias para o bombástico retorno de The Walking Dead, a queridinha do canal AMC, foi liberado um vídeo com os 4 primeiros minutos dessa volta tão aguardada pelos fãs.

O vídeo divulgado foca especialmente no encontro nada amigável entre Daryl, Abraham e Sasha com os capangas de Negan. Inclusive o título do episódio pode ser uma referência a esse momento: No Way Out (Sem Saída, em tradução livre).

Agora, se você acha que é o único que está perdendo o sono com essa espera e com alguns acontecimentos, parece que a coisa só vai piorar. Isso porque a estrela Andrew Lincoln deu uma declaração de desesperar qualquer um: “Me senti muito mal quando li o roteiro. Em seis anos de trabalho acabei me atrasando pela primeira vez. Acordei no meio da noite e não consegui mais dormir. Eu estava tão zangado e absolutamente frustrado“, revelou o intérprete de Rick Grimes em entrevista a Entertainment Weekly.

Além disso, o criador dos quadrinhos em que a série é baseada e produtor, Robert Kirkman, afirmou que o grupo de Rick não deve se render lá em Alexandria: “Eles, na verdade, possuem uma chance de sobrevivência a longo prazo e de construir um lugar seguro, não seguindo de refúgio para refúgio como fizeram até agora na série.”, disse Kirkman.

The Walking Dead retorna à TV norte-americana e ao Brasil no mesmo dia, em 14 de fevereiro de 2016. Falta pouco!
Abaixo, assista aos 4 primeiros minutos do retorno da sexta temporada:

House of Cards esbanja tensão no trailer da 4ª temporada

Chega de teasers! As imagens da 4ª temporada de House of Cards são tensas e o trailer ainda mais. Quando você termina de assistir dá vontade de ir correndo para o Netflix, mas aí você lembra que os novos episódios só estarão disponíveis a partir do dia 4 de março. Então você volta e assiste ao trailer novamente.

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O Netflix não divulgou muito sobre a nova temporada, a não ser a frase “Frank e Claire continuam sua busca pelo poder, lutando contra todos, inclusive entre si mesmos“, o que nos faz crer que a temporada é intensa demais para ser descrita.
Será? Bom, a série não irá acabar agora, visto que a Netflix já anunciou a 5ª temporada de House of Cards, sem sequer aguardar a reação dos fãs.
Assista ao trailer (legendado):

Veja tudo que foi publicado sobre House of Cards, clicando AQUI.

I’m Cupid, Stupid! Cupido de volta em Arrow na 4ª temporada

À tempo para o Dia dos Namorados na maior parte do mundo, aparece a notícia de que Arrow está trazendo Cupido de volta!

De acordo com o CBR, Amy Gumenick vai reprisar seu papel como Cupido no episódio 16 desta temporada, que irá ao ar em março. Eles não tem mais detalhes sobre o seu retorno.

Gumenik apareceu pela primeira vez como o Cupido no episódio 7 da 3ª temporada. Ela é uma ex-policial, cujo verdadeiro nome é Carrie Cutler, que ficou obcecada com o Arqueiro depois que ele a salvou do Exterminador. Em uma tentativa de chamar a atenção do Arqueiro, ela assumiu a identidade de Cupido, aprendeu arco e flecha e tentou ser uma vigilante como seu ídolo. Mais tarde, naquela época, ela apareceu fazendo parte do Esquadrão Suicida.

Nova Heroína em Arrow no episódio 4×15: Vixen se une ao Green Arrow

A CW lançou uma descrição oficial para o episódio 15 da 4ª temporada de Arrow, que vai ao ar dia 24 de fevereiro.

O episódio é chamado “Taken” e apresenta a estréia de Megalyn Echikunwoke (aka Megalyn E.K.) como a versão live-action de Vixen da série animada com o mesmo nome. Aqui está a sinopse:

VIXEN SE UNE AO TIME ARQUEIRO – Oliver (Stephen Amell) percebe que ele precisa de ajuda para lutar com Darhk (ator convidado Neal McDonough), de modo que ele chama uma velha amiga –Vixen (atriz convidada Megalyn E.K.). Usando sua habilidade mágica para invocar poderes animais,Vixen recebe uma pista para a localização de Darhk e a equipe vai para a guerra. Enquanto isso,Thea (Willa Holland) tem uma conversa de coração para coração com Malcolm (John Barrowman).

Gregory Smith dirigiu o episódio com a história por Marc Guggenheim e teleplay por Keto Shimizu & Brian Ford Sullivan (#415).

Star City 2046: Oliver Queen do Futuro na Sinopse DC’s Legends of Tomorrow

A CW divulgou a sinopse oficial de “Star City 2046”, o 6º episódio de Legends Of Tomorrow no qual teremos a participação de Stephen Amell como Oliver Queen.

Como já foi dito anteriormente, o episódio contará com uma versão de Oliver remasterizada de O Retorno do Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, no qual ele tinha apenas um braço. Ele também vai ostentar um cavanhaque Van Dyke do qual o Arqueiro Verde é conhecido nos quadrinhos.

A EQUIPE ENCONTRA UM OLIVER QUEEN MUITO DIFERENTE – Quando um mal funcionamento envia o Waverider para Star City em 2046, nossos heróis enfrentam uma versão surpreendente de seu próprio futuro, onde eles nunca impediram Savage (ator convidado Casper Crump) e nunca mais voltaram para casa. A cidade está em ruínas e invadida por criminosos, o que abala Rory (Dominic Purcell). Sara (Caity Lotz) fica frustada com a destruição de sua casa e atordoada quando descobre o que aconteceu com seu velho amigo, Oliver Queen (ator convidado Stephen Amell). Steve Shill dirigiu o episódio escrito por Marc Guggenheim & Ray Utarnachitt.

O episódio irá ao ar em 25 de fevereiro na CW.

Johnny Depp será “O Homem Invisível” em remake da Universal Pictures

Segundo Deadline, o terror “O Homem Invisível” será protagonizado por Johnny Depp no papel de Jack Griffin. Não há diretor ou roteirista definido, mas está confirmado que Alex Kurtzman e  Chris Morgan serão responsáveis pela produção do longa. O filme fará parte de uma série produzida pela Universal de remakes dos clássicos de terror tais como: Drácula, Múmia, Frankenstein, entre outros.

O primeiro filme baseado no livro de H. G. Wells foi lançado em 1933: um cientista descobre uma fórmula que o faz se tornar completamente invisível, porém não consegue achar uma forma de reverter seu estado.

 

‘Batman Vs Superman’ ganha trailer final INCRÍVEL cheio de cenas inéditas

Conforme prometido, ‘Batman vs Superman‘ ganhou seu trailer final. E o vídeo é INCRÍVEL!

Focado no Homem-Morcego, o trailer traz muita ação e Diana falando pela primeira vez. O vídeo estará anexado com as cópias norte-americanas de ‘Deadpool‘, da Fox.

Estamos COMPLETAMENTE sem palavras para o momento.

Confira, com o cartaz IMAX:

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Veja mais notícias sobre o filme clicando AQUI.

Crítica – A Garota Dinamarquesa

[s3r star=4.5/5]

Em pleno século XXI, achamos que não é mais possível descrever uma história de amor que surpreenda e principalmente, que agrade o público. Mais difícil ainda é produzir toda uma trama baseada em um relacionamento amoroso, que irá agradar não apenas os apaixonados por romance, mas qualquer um que assista.

Baseado em uma história real, o filme A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl, em inglês) conta a história da pintora dinamarquesa Lili Elbe, nascida Einar Mogens Wegener, e seu complicado processo para encontrar sua real identidade. A história se passa na Dinamarca dos anos 20 e começa quando a esposa de Einar, Gerda Wegener, pede ao marido que pose para uma de suas pinturas quando sua amiga Ulla não pode comparecer.  Einar começa a se sentir confortável com os trajes femininos e descobre dentro de si, um lado que há muito estava adormecido.

A Garota Dinamarquesa é baseado no livro homônimo de David Ebershoff e mostra a história de amor real entre Lili Elbe (Eddie Redmayne de “A Teoria de Tudo”) e Gerda Gottlieb (Alicia Vikander de “O Agente da U.N.C.L.E”). Lili foi obrigada a viver como Einar Wegener desde seu nascimento, em 1930, época em que esse tipo de comportamento era encaminhado a médicos e psiquiatras. Até conseguir sua cirurgia, Einar foi exposto a tratamentos de radiação e tortura psicológica por parte de doutores que acreditavam poder corrigir o problema. Através do apoio de sua esposa e de seu melhor amigo de infância,Hans Axgil (Matthias Schoenaerts), que Lili conseguiu ser uma das primeiras mulheres a passar por uma cirurgia de transgenitalização, após conseguir o também apoio de um médico alemão, Warnekros (Sebastian Koch de “Duro de Matar: Um Bom Dia Para Morrer”).

Depois de assistir o filme dedicado a vida de Stephen Hawking, espera-se uma grande atuação de Redmayne e é exatamente isso que o britânico nos oferece. Eddie vive o papel de maneira magnífica e merece ser aplaudido de pé! O ator não demonstra nenhuma dificuldade em mais uma vez interpretar um personagem difícil de se interpretar, que diverge do típico papel masculino em um filme de romance e nesse filme, um personagem que se transforma diversas vezes com o decorrer da trama e que oscila entre o delicado de uma mulher e a postura masculina da época. Além disso, o ator dá vida a uma mulher transgênera nos anos 30 e a mudança na personalidade, aparência, voz, figurinos e trejeitos do protagonista são frequentes em toda a produção. Eddie Redmayne conseguiu mais uma vez desempenhar com maestria o papel delicado e central do drama. Apesar de estar concorrendo com grandes nomes, a indicação ao Oscar de Melhor Ator é mais do que compreendida nesse filme. E agora, não sei dizer quem leva a estatueta, pois Di Caprio (O Regresso) também foi fenomenal.

Outro ponto alto do filme é a atuação de Alicia Vikander como Gerda Wegener, já que não apenas a transformação de Einar em Lili é importante, mas também o romance que se desenvolve entre os dois. A jovem é obrigada a observar seu marido se afastar cada vez mais e mesmo assim não desiste de lutar por ele. Diferentemente do esperado, Gerda fica o tempo todo do lado de Einar e o auxilia em sua transformação em Lili, por mais difícil que seja. Também indicada ao Oscar, de Melhor Atriz Coadjuvante, ao lado de outros grandes nomes do cinema, Vikander honra sua indicação com uma interpretação incrível e emocionante de sua personagem.

O retrato dessa história sensacional, baseada em fatos, tem lá seus acertos e seus erros. Se por um lado A Garota Dinamarquesa é um estrondoso espetáculo visual e técnico, o retrato em si tenta imitar sensibilidade, mas não consegue ir além da pretensão de ser importante e atual, o que nem em tudo condiz com ser um trabalho sensível e recheado de emoção. Limitado demais para ser considerado profundo, ou minimalista. A jornada de Lili em busca do reconhecimento feminino e da sua transformação sexual não sai do próprio quintal, de forma com que os obstáculos adentro essa jornada sejam explorados de maneira bastante superficial, rarefeita, sem dar a dimensão necessária do caso ao espectador. Não é um retrato completo.

A Garota Dinamarquesa pode não ter sido o filme com mais indicações pela academia (além das duas já citadas, concorre também por Melhor Figurino e Melhor Design de Produção), mas com certeza merece ser visto, pensado, interpretado e então visto novamente. Com direção de Tom Hooper (vencedor do Oscar por O Discurso do Rei) em pareceria com a Universal Pictures, o filme tem uma história bonita, emocionante e principalmente real, o que nos leva a pensar que pessoas realmente viveram tudo aquilo que hoje assistimos em uma tela de cinema. Eddie Redmayne e Alicia Vikander merecem todos os créditos possíveis pelo destaque a obra obteve, pois dão vida a personagens complicados e que prendem o público do início ao fim. A moral transmitida com o enredo, nos mostra que desde os primórdios o preconceito contra pessoas transgêneras existia e Lili Elbe foi uma das primeiras a ter seu grande desejo atendido.