qui, 21 novembro 2024

Crítica | Free Guy: Assumindo o Controle

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Free Guy: Assumindo o Controle, filme mais recente da 20th Century Fox dirigido por Shaw Levy (Stranger Things) chega aos cinemas no dia 19 de Agosto e conta a história de Guy, um NPC ( Non Playable Character), que desenvolve consciência e autonomia mudando o rumo do jogo Free City.

Foto: 20th Century Studios/ Divulgação

O filme começa com uma cena que parece ter sido retirada diretamente de GTA Online, que é uma das inspirações para o jogo Free City, cujo nome também é uma referência a Free Fire, além da sua logo ser muito similar ao famoso jogo mobile. Logo em seguida conhecemos Guy (Ryan Reynolds), um NPC caixa de banco que sempre veste as mesma roupas, diz as mesmas falas e possui mesmas interações (a maioria com seu melhor amigo Bud) e etc. O mais legal que acompanhando a rotina de Guy vemos típicos comportamentos de um NPC, e os atores conseguem com sucesso criar uma sensação de imersão em um jogo.

O roteiro escrito por Matt Lieberman (Crônicas de Natal) explica de modo simples e objetivo como funciona Free City. Quem usa óculos são chamados de Heróis (jogadores) e quem não usa são os NPCs, simplificando a distinção entre os personagens do filme. Para não tornar a trama complexa demais, o longa opta por colocar os mesmos atores interpretando as suas versões no game, o que é divertido de ver já que cada personagem na vida real tem uma personalidade e no mundo virtual outra. O longa ainda usa e abusa de maravilhosos efeitos visuais, para contar a história de modo dinâmico e pra lá de divertido. As cenas de ação dirigidas por Levy são de tirar o fôlego e muito bem filmadas. O filme é um verdadeiro mar de referências a games clássicos e atuais, sendo divertido encontrar alguns cameos nas cenas (um deles é maravilhoso).

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Outro acerto de Free Guy é que ele explica como funciona a comunidade gamer de modo criativo, a montagem é outro destaque da obra que sempre que possível mostra um herói no jogo e a sua versão na vida real. Vemos desde crianças de 12 anos jogando até ao estereótipo do gamer adulto que ainda mora com os pais, o que vai garantir boas risadas. O lado mais comercial do mundo gamer é mostrado de modo que imerge o espectador na trama e nos sentimos assistindo quase que uma Live dos conhecidos streamers.

Foto: 20th Century Studios / Reprodução

Apesar de mostrar a comunidade gamer com muita fidelidade, o roteiro peca no desenvolvimento dos personagens que estão no mundo real, a maioria deles são bem caricatos, o vilão vivido por Taika Waititi (Vingadores: Ultimato) é um típico empresário sem escrúpulos que rouba a ideia dos protagonistas inocentes. Também temos o típico colega de trabalho puxa saco do chefe representado pelo personagem de Utkarsh Ambudkar (A Escolha Perfeita), além da dupla principal Joe Keery (Spree) e Jodie Comer (Killing Eve) que na trama focam no clichê do típico nerd apaixonado pela menina brilhante que não percebe seus sentimentos. O núcleo do jogo é muito mais divertido e interessante, sem falar que o personagem de Ryan Reynolds (Deadpool 2) é a alma do filme, seu personagem é uma sátira ao comportamento tóxico e agressivo de alguns gamers, sua inocência e curiosidade de conhecer um mundo que até então era desconhecido por ele deixa o filme super leve e divertido.

Free Guy: Assumindo o Controle é diversão garantida e cumpre o seu papel de mostrar o mundo gamer para o grande público de uma forma bem simples, direta e o mais importante… Divertida. Assista o quanto antes!

Essa crítica foi escrita por Larissa Costa. Siga ela nas suas redes sociais: Twitter / Instagram

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